Observatório Covid-19 mostra queda de 42,6% em óbitos
O Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) referente às semanas epidemiológicas 37 e 38 (de 12 a 25 de setembro) mostra que os avanços na vacinação vêm contribuindo para um cenário positivo. De acordo com a análise, há redução nos números absolutos de óbitos de 42,6% e de internações de 27,7%.
Segundo a Fiocruz, o quadro atual mostra que, uma vez que a população vem sendo beneficiada de forma mais homogênea com a vacinação, o grupo de idosos se consolida como mais representativo entre os casos graves e fatais, com 57% das internações e 79% dos óbitos. “Novamente, pela primeira vez desde o início da vacinação entre adultos, todos os indicadores (internações, internações em UTI e óbitos) passam a ter a média e a mediana acima de 60 anos”, dizem os cientistas.
Para os pesquisadores, apesar da queda dos indicadores, o momento ainda exige cuidado. A análise do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) observa que, mesmo com a redução de incidência nas semanas anteriores, a grande maioria dos estados encontra-se ainda em níveis altos ou muito altos, acima de um caso por 100 mil habitantes. Isso, na avaliação dos pesquisadores, evidencia a necessidade de atenção, com ações de vigilância em saúde para evitar estes casos graves, com sintomas que levam a hospitalização ou a óbito. A incidência da síndrome é um parâmetro de monitoramento da pandemia de covid-19, uma vez que o SARS-CoV-2 é responsável por 96,6% dos casos virais de SRAG registrados desde 2020.
Outro indicador estratégico, a taxa de ocupação de leitos covid-19 adulto mostra que 25 unidades da Federação estão fora da zona de alerta com taxas inferiores a 60%.
Passaporte vacinal
O Boletim também aponta o passaporte de vacinas como importante estratégia para estimular e ampliar a vacinação no Brasil. Ao defender a adoção dessa iniciativa em todo o território nacional, o documento destaca o princípio do ponto de vista da saúde pública de que “a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”.
Para os pesquisadores, é importante que sejam elaboradas diretrizes em nível nacional sobre o passaporte de vacinas para evitar a judicialização do tema, criando um cenário de instabilidade e comprometendo os ganhos que vêm sendo obtidos com a ampliação da vacinação. “Reforçamos, portanto, que esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”, afirmam.
Ministério da Saúde volta a recomendar vacinação de adolescentes contra a covid
O Ministério da Saúde voltou a liberar a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos, mesmo os sem comorbidades, contra a covid-19. O recuo da determinação feita no último dia 16, e que não foi acatada por diversos estados, foi publicado na noite desta quarta-feira (22) no site do ministério. Na ocasião da suspensão, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que existem "eventos adversos a serem investigados".
"Adolescentes de 12 a 17 anos, sem comorbidades, devem ser vacinados seguindo ordem de prioridades. Essa é a recomendação do Ministério da Saúde, publicada em uma Nota Técnica na noite desta quarta-feira (22). Além disso, a pasta reforça a orientação para que estados e municípios utilizem apenas a vacina da Pfizer/BioNTech, única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa-etária. A orientação garante a segurança da campanha", informou a nota divulgada pelo órgão.
“Podemos, a partir de agora, retomar a vacinação dos adolescentes e essa decisão vem após vários estudos e discussões técnicas. Depois de muita investigação, entendendo as causas que fizeram com que se adotasse a suspensão e, depois de uma semana, decidiu-se que podemos retomar a vacinação priorizando os grupos que têm uma imunidade mais deficitária”, disse o Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
Ainda na nota, o ministério diz que, apesar da retomada, os grupos vulneráveis devem ser priorizados: "não só o grupo com comorbidades, mas a população que precisa de reforço e o encurtamento de prazo". Segundo a previsão do órgão, todos os brasileiros devem ser imunizados até o final de 2021, mas o ministério diz que o Plano Nacional de Imunizações (PNI) precisa ser respeitado pelos estados e municípios.
Antes do anúncio desta quarta, um Comitê formado por representantes do ministério, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou que a morte de uma jovem de 16 anos de São Bernardo do Campo, ABC Paulista, não está relacionada com a vacinação contra o coronavírus. O governo de São Paulo já havia feito essa confirmação.
"O processo investigativo foi validado pelos membros do CIFAVI e o diagnóstico referendado. (...) A causalidade foi classificada como coincidente, ou seja, descartou-se a possibilidade de o óbito ter sido relacionado à administração da vacina", afirmou a Anvisa em nota.
Bahia manteve a vacinação
Apesar da recomendação do ministério no último dia 16, a Bahia manteve a vacinação dos adolescentes nos seus 417 municípios após decisão da Comissão Intergestores Bipartite da Bahia (CIB). Nesta quarta-feira (22), Salvador começou a imunizar adolescentes de 12 anos, data limite permitida até o momento pela Anvisa para imunização contra covid.
Salvador alcança marca de 2 milhões de vacinados contra a covid-19
Salvador atingiu a marca de 2 milhões de vacinados contra a Covid-19. O feito, alcançado nesta terça-feira (21), leva em conta os que tomaram a primeira dose do imunizante ou a dose única. Os dados são atualizados em tempo real no https://vacinometro.saude.salvador.ba.gov.br/.
Até as 14h de hoje, 2.005.816 soteropolitanos tinham dado início ao processo vacinal. Já os que completaram a vacinação com duas doses ou dose única, são 1.117.675 soteropolitanos.
A terceira dose, ou dose de reforço, que no momento é ofertada a pessoas acima dos 60 anos, cujo fim do ciclo vacinal ocorreu no dia até o último dia 3 de abril, são 17.810. Para tomar o imunizante, o nome dessas pessoas precisa constar no site da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Além disso, quem completou o esquema vacinal em casa, através do serviço do Vacina Express, não precisa fazer nova solicitação, uma vez que a administração da terceira dose acontecerá automaticamente.
Vacinação nesta terça (21)
Além do pessoal da dose de reforço, estão sendo vacinados hoje os adolescentes com 13, 14, 15, 16 e 17 anos sem comorbidades, que estiverem com o nome na lista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, que residem em Salvador e com nome na lista da SMS poderão procurar pontos fixos e drives.
Também nesta terça segue normalmente a vacinação de gestantes e puérperas com 12 anos ou mais, assim como dos jovens de 12 a 17 anos com comorbidades ou deficiência permanente previamente cadastradas no portal da Saúde. As Prefeituras-Bairro da cidade estão disponibilizando as doses da vacina exclusivamente para as pessoas com 18 anos ou mais que agendarem o serviço de atualização cadastral do cartão SUS. A medida visa otimizar a imunização dos indivíduos que emitem a 1ª via ou realizam a transferência de domicílio do cartão SUS.
Para os indivíduos que tomaram a 1ª dose em outros municípios, a SMS continua com o fluxo de realizar a solicitação da 2ª dose através do cadastro na Ouvidoria da Saúde. A liberação da imunização dessas pessoas está sendo feito de forma gradativa.
Aquelas que estão na mesma situação citada e que ainda não fizeram o cadastro na ouvidoria devem fazê-lo através do site http://www.saude.salvador.ba.gov.br/fale-com-a-ouvidoria/, informando os seguintes dados: nome completo; CPF; data da 1ª dose e do aprazamento da 2ª dose; nome da vacina; local em que tomou a primeira e telefone de contato. Após esta etapa, aguardar contato da SMS informando dia e local do fechamento do esquema vacinal. Aqueles que já fizeram o cadastro mas ainda não receberam contato da ouvidoria, devem aguardar a comunicação para o agendamento.
A aplicação das 2ª doses também segue nesta terça. Quem for receber a vacina da Oxford ou da Pfizer deve estar aprazado com data de retorno até 13 de outubro. Já quem for receber a dose de reforço de Coronavac deve estar aprazado até o dia 21 de setembro. As equipes volantes também seguirão visitando as Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) para imunizar esse público.
Mais de 2,2 mil pessoas estão na fila de espera da doação de órgãos na Bahia
Necessidade de passar por hemodiálise de quatro horas de duração, três vezes por semana. Dores no corpo causadas pela doença renal e uma alimentação limitada em que até os líquidos que ingere por dia devem somar no máximo 500 ml. Essa é a realidade da aposentada Rosana Perez, 61 anos, que tem Nefrite Lúpica e esperou por um rim por cinco anos em São Paulo e, há dez meses, migrou para a fila pelo órgão na Bahia.
Ela é uma das 2.227 pessoas que aguardam órgãos para transplante, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O rim é o órgão que tem mais demanda, com 1.282 pessoas na espera. Para doação de córneas, 931 aguardam. Outros órgãos, como pulmão, coração e pâncreas, e tecidos, como ossos e pele, também podem ser doados, mas possuem uma fila menor no estado.
No caso do rim, a demanda é grande não só na Bahia como em todo Brasil. E quem espera precisa lutar para se manter firme em uma situação que Rosana diz que é desanimadora pelo baixo número de pessoas que doam. Ela, no entanto, mantém a esperança para seguir em frente pensando no que terá assim que seu órgão chegar.
"Vou poder viver como uma pessoa normal. Eu sonho em poder comer o que eu quiser, beber água sem medir os milímetros num copo. Parece pouco, besteira, mas não é. É liberdade mesmo. Poder viajar, por exemplo. Hoje, não posso, porque tenho a diálise toda terça, quinta e sábado, e até dias extras se eu não seguir a dieta de alimentação e líquidos à risca. Eu sonho em ser livre", desabafa.
Conta não fecha
Para dar essa liberdade a Rosana e a tantos outros baianos que esperam por órgãos, a quantidade de doadores deveria acompanhar a demanda. Até por isso, existe a Campanha Setembro Verde, que é realizada todos anos para marcar o Dia Nacional da Doação de Órgãos em 27 de setembro e fazer com que o número de doadores esteja no mesmo nível do número de quem precisa de transplante.
No entanto, Carolina Melo, coordenadora da Central Estadual de Transplantes da Bahia, afirma que isso não tem acontecido nos últimos anos. "A demanda vem sempre em crescimento, infelizmente. Junto com a expectativa de vida que tem aumentado, a fila tem ido pelo mesmo caminho. O que é um problema, já que as doações, apesar de apresentarem um crescimento, não conseguem acompanhar o número de pessoas que precisam dos órgãos", explica Carolina.
E a pandemia impactou nos registros. Em 2019, 111 pessoas doaram múltiplos órgãos no estado. Em 2020, esse número caiu para 85 e, neste ano, até agosto chegou apenas a 65.
Situação que atrasa a possibilidade de pessoas como Jaqueline Ferreira, 21, que viu sua doença renal evoluir em 2020 e precisou entrar na fila por um rim em maio deste ano. Sem o transplante, ela faz diálise peritoneal, tratamento feito com um filtro que, através de um catéter, realiza a função do rim. Só que esse filtro, que tem dois litros, precisa de trocas constantes.
"Preciso trocar quatro vezes por dia. Preciso sempre estar em casa para fazer, o que é cansativo e me limita. Estou afastada do trabalho porque preciso de lugar adequado para fazer a troca e na empresa que estou, não tem. E, se eu fizer isso em um lugar errado, posso pegar uma infecção, o que é muito arriscado", fala ela, que trabalha como auxiliar administrativo e sonha em poder voltar ao emprego e se ver livre para viajar e sair sem ter que seguir uma rotina exaustiva em casa.
Doação é a chave
Jaqueline se enche de esperança para superar o problema toda vez que seu telefone toca. Isso porque a espera por um rim é definida pela compatibilidade genética e não ordem de inscrição na fila, como acontece no caso das córneas. No caso do fígado, a ordem é definida pela gravidade do paciente.
Outro motivo para a esperança de Jaqueline é o fato de que ter um doador é mais do que meio caminho andado para ter uma vida sem tantas limitações, como explica Ricardo Mattoso, médico nefrologista do Hospital Ana Nery, que ressalta que problemas em procedimentos em transplantes são raros.
"Hoje, o risco de complicações é muito pequeno. Mesmo em caso de rejeição, como pode acontecer no transplante renal, conseguimos tratar a maioria dos casos. No geral, a incidência de problemas nesses procedimentos é muito pequena e o benefício dado pelo transplante para os pacientes é muito superior", garante.
Por isso, Mattoso faz questão de salientar a urgência das pessoas tomarem conhecimento de quanto a doação pode ser definitiva para a vida de quem está na fila. "A gente precisa conscientizar as pessoas porque, a partir do momento que elas passarem a doar, seja para rim, fígado, coração ou outros, o transplante, que é o melhor tratamento, vai oferecer qualidade de vida para mais pessoas que hoje aguardam. E isso só acontece quando conectamos doadores com quem está na fila", pontua.
Carolina Melo declara que os esforços para que as pessoas tomem consciência do valor da doação são prioridade e destaca ainda que é preciso que, ao se tornar um doador, o cidadão precisa saber também que é fundamental informar seus familiares da sua decisão. "A grande maioria das famílias que escutam a pessoa falar, em vida, sobre a vontade dela de ser um doador, respeita isso. Eles têm muito a questão de realizar o último desejo. Então, é essencial conversar sobre isso e deixar claro que vai doar porque eles que vão encaminhar isto", conta a coordenadora, que ressalta que o ato de deixar na identidade a informação que é um doador não serve como autorização desde 2001.
Quem saiu da fila
Quem garante que seus familiares entendam o seu desejo de ser um doador salva muitas vidas como a de Patrícia Santos, 40, que, em 2018, sentiu um mal estar e descobriu que seu fígado tinha parado de funcionar. Ela fez hemodiálise por um ano e sofreu por passar mal com frequência. Quando decidiu entrar na fila, levou 13 dias para achar um doador compatível, o que mudou tudo para ela.
"Tem um ano e nove meses que estou transplantada. Minha vida mudou, ainda tomo medicamentos porque é preciso, mas é tudo muito melhor. Tinha um medo danado porque passava mal e não sabia se ia morrer. Hoje, tenho liberdade, vivo sem medo e voltei a viajar, que é uma coisa que eu amo e não podia fazer antes", comemora ela.
Para a psicóloga Verena Martins, 33, o sentimento é parecido. Aos 19 anos, ela foi diagnosticada com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e teve uma nefrite que foi parando sua função renal. Fez tratamento com remédios, mas, mesmo assim, aos 24 anos, perdeu toda função renal, o que a obrigou a fazer hemodiálise e diálise peritoneal. Ela se inscreveu na fila em São Paulo e, após dois anos, conseguiu um doador compatível, o que a deu uma nova vida, como a própria relata.
"Após o transplante, renasci. Estava adaptada com a vida de diálise mas havia limitações e depois do transplante, é uma vida nova. Voltei a dançar, fazer atividade física, trabalhar e fazer valer esse gesto de amor. Hoje sou mãe, tenho um bebê de 1 mês e sigo a vida agradecendo sempre ao meu doador, que eu não conheço, mas salvou não só a minha vida como permitiu o nascimento de outra", diz a psicóloga, que também é doadora.
Outra que nasceu de novo foi Irlana Gusmão, 29, que, quando tinha 20 anos, descobriu que só um de seus rins funcionava e, depois de fazer tratamento por um tempo, acabou o interrompendo. Por isso, no início de 2019, seus rins pararam. A partir dali, ela fez dois anos e quatro meses de hemodiálise, sem se inscrever na fila pelo transplante. Depois de muita insistência de médicos e da família, ela entrou na fila no começo do ano e saiu em maio.
"Foi o dia que salvou a minha vida. Eu poderia ter falecido, mas não aconteceu. Sou muito grata. Agora, tô bem, me adaptando ao rim e deixando ele se adaptar ao meu corpo. No entanto, já voltei a ter uma alimentação menos restrita, que não se limita só a frutas. Tô caminhando aos poucos, mas já é uma vitória imensa", celebra ela.
Como ser um doador?
Se tornar um doador é simples. É necessário apenas ser maior de 18 anos, ter condições adequadas de saúde e passar por uma avaliação médica. Não há um registro em banco de doadores ou qualquer coisa do tipo para garantir a doação. Quem quiser fazê-la precisa conversar com a sua família e manifestar a sua vontade de doar, pois só os familiares poderão autorizar após o falecimento do doador.
No Brasil, não há como garantir a vontade do doador por documentos ou declarações, mas, quando a família tem conhecimento de que a pessoa quer doar, esse desejo é respeitado.
Quem não pode doar?
Quem tem doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos;
Portadores de doenças infectocontagiosas, como soropositivos ao HIV, hepatites B e C, Doença de Chagas, entre outras;
Pacientes em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas (IMOS);
Após 15 dias em suspensão, Sesab anuncia recebimento de novas doses da Astrazenca
Após duas semanas de suspensão, a Bahia já tem data para receber novas doses da vacina Astrazeneca/Fiocruz. Corforme anunciado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), uma carga com 95.250 novas doses do imunizante chegará ao estado na tarde desta quinta-feira (16).
O novo lote desembarcará no Aeroporto de Salvador dois dias depois da Fundação Osvaldo Cruz (fFiocruz) retomar a produção do imunizantes, que ficou suspnso devido a falta de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Até terça, a Sesab ainda não tinha previsão de quando receberia.
Canabidiol será testado no Brasil contra 'covid longa'
Cientistas brasileiros preparam o primeiro estudo de fase 3 (com testes em seres humanos) sobre os efeitos do canabidiol (CBD) medicinal no tratamento da síndrome pós-covid-19. Ela ocorre quando alguns sintomas persistem 60 dias ou mais após o início da doença. Especialistas acreditam que o CDB, um dos princípios ativos da Cannabis sativa (maconha), seja eficaz na redução de problemas relatados pelos pacientes. Eles incluem fadiga, fraqueza muscular, insônia, dores de cabeça e problemas psiquiátricos, como depressão e ansiedade.
Parte desses sintomas persistentes decorre de uma resposta imunológica exagerada do organismo ao vírus. Essa reação, por sua vez, leva ao desequilíbrio da produção de proteínas do sistema imunológico, as citoquinas. O CBD já tem eficácia comprovada contra quadros inflamatórios graves. A ideia é recrutar cerca de mil voluntários para o estudo, previsto para começar em outubro deste ano.
"Estudos internacionais já demonstraram o efeito anti-inflamatório do CBD, que pode ajudar a controlar essa 'tempestade de citoquinas'", diz o cardiologista Edimar Bocchi. Ele é do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP, que coordenará a nova pesquisa em parceria com a empresa canadense Verdemed, produtora do CBD medicinal. "A síndrome pós-covid leva a um comprometimento importante da qualidade de vida. São sintomas que podem persistir para além de três meses, como fadiga, astenia, fibromialgia, falta de ar, palpitações, dores no corpo, distúrbios de memória, distúrbios do sono."
A covid provocada pelo novo coronavírus, o Sars-CoV-2, é inicialmente respiratória. Mas pode se tornar sistêmica. Ataca, então, múltiplos órgãos. Em geral, a doença dura poucos dias. Mas, de acordo com estatísticas internacionais, cerca de 20% dos pacientes relatam sintomas dois meses depois do início da doença Um em cada dez pacientes apresenta problemas após oito meses. Em geral, a covid longa aparece em pacientes que tiveram quadros graves da doença. Mas essa modalidade já foi diagnosticada em quem nem foi hospitalizado.
"Na prática clínica já conhecemos bem esse efeito anti-inflamatório do CBD", conta a médica Paula Dall'Stella. Ele é considerada pioneira na prescrição de cannabis medicinal no Brasil. "O CBD consegue inibir algumas das mesmas vias inflamatórias em que a covid acaba atuando. Mas não é só no contexto físico, mas também mental. O estresse pós-traumático nesses casos é comum, com taquicardia, ansiedade, memórias recorrentes do que ocorreu no hospital. O CBD ajuda essas pessoas a terem uma vida mais saudável, ajuda o corpo a funcionar de forma adequada."
A Verdemed já protocolou na Anvisa pedido de registro do produto Quer vendê-lo no Brasil. A empresa espera conseguir a liberação para o início de 2022. Depois de um longo período de pandemia, ainda bastante intensa em algumas partes do mundo, a pós-covid, atualmente, representa também um grande desafio para os médicos
"Porque já é esperado que parte da população apresente sequelas graves", diz Edimar Bocchi. "Precisamos de meios para tirar essas pessoas do sofrimento e melhorar sua qualidade de vida", afirma o especialista.
'Cabeça fritava, não conseguia respirar': psicólogos narram sobrecarga na pandemia
Niliane atendia 30 pacientes por semana e, duarante a pandemia, a sobrecarga ficou tão grande ao ponto dela ter crise de ansiedade. Milena acompanhava, no máximo, quatro pessoas por dia. Hoje são 11. Anibal tem que conciliar uma média de 20 pacientes clínicos semanais com o trabalho no setor público, atendimentos voluntários e estudo para ingressar no mestrado. Em comum, as três histórias refletem o aumento na demanda por um serviço cada vez mais necessário: a psicologia.
Nesse momento em que lê o texto, talvez você sinta a necessidade desse atendimento especializado. Só entre os jovens de 18 e 24 anos, de acordo com a Pfizer, 50% disseram que a saúde mental ficou ruim ou muito ruim durante a pandemia. Na população geral, o índice é de 30%. Já os dados do Ministério da Saúde mostram que a ansiedade é o transtorno mental mais presente entre os brasileiros. E a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o Brasil tem a maior prevalência de depressão na América Latina, além de ser o país mais ansioso do mundo.
Num cenário de tanto sofrimento psicológico, os especialistas na área desempenham papel de destaque, mas não deixam de sentir efeitos no cotidiano profissional.
“O que a população, em geral, passa na pandeia, o psicólogo também vive. É stress, ansiedade, tristeza, medo, insegurança... só que esse profissional é constantemente buscado para dar auxílio aos demais. E como ele faz para se adaptar a tudo isso?”, questiona Nathalia Caurin, psicóloga clínica e pesquisadora da Universidade São Francisco (USF).
Junto com outros colegas, Nathalia escreveu o artigo “Impactos da pandemia da Covid-19 em profissionais da Psicologia”, um dos poucos trabalhos acadêmicos que abordam o tema, como explica o também autor do estudo, André Sousa Rocha. “É escasso a quantidade de trabalhos que trazem a visão do psicólogo. Tem estudos que falam dos impactos nos profissionais da saúde, mas por vezes os psicólogos perdem o protagonismo, são como se eles não fossem afetados pela pandemia”, diz.
Mas eles são. A psicóloga de 36 anos, Niliane Brito, por exemplo, teve que lidar com a crise de ansiedade. “Chegou um momento em que a cabeça fritava e eu estava sem raciocinar direito, não conseguia respirar, queria passar o dia todo na cama, não conseguia levantar. Crise mesmo! Fui diminuindo o ritmo aos poucos e percebi que precisava cuidar da saúde. Tenho acompanhamento psicológico e psiquiátrico”, diz a profissional, dismistificando o preconceito que impede alguns colegas de expressarem seus problemas.
“Ao falar sobre isso, encontro pessoas que dizem se inspirar e se identificar em mim. Eles pensam que eu estou mais próxima deles, por estar mais aberta”, afirma. Dos 30 pacientes que ela tinha no auge da pandemia, hoje são apenas 13 que fazem a chamada psicoterapia, o acompanhamento realizado através de diálogos periódicos entre o profissional e o paciente. No entanto, isso não quer dizer que seu trabalho reduziu.
“Num turno, atuo na clínica. Em maio, comecei a trabalhar na linha de frente da covid em um hospital privado de Salvador. Lá pude vivenciar uma outra face da pandemia, pois realizava o atendimento de pacientes e familiares, que também demandavam muito. Toda a equipe ficava abalada com esse cenário e os sintomas se manifestavam de formas diferentes em cada profissional. Saber lidar com isso é o X da questão”, relata.
Estar bem consigo mesmo para poder cuidar do outro
O pesquisador André Sousa Rocha defende que, para o atendimento psicológico ser oferecido da melhor forma possível, é de interesse que psicólogos estejam saudáveis fisicamente e mentalmente. “O profissional precisa reconhecer o seu limite e saber até onde pode ir. Ele precisa ver se as demandas que surgem podem ser atendidas, se ele tem capacidade técnica e domínio teórico para lidar com isso. Se não, vai ter que encaminhar para outro profissional”, defende.
O especialista também recomenda a adoção de um planejamento profissional que inclua atividades de lazer e intervalos entre os atendimentos. A psicóloga Milena Oliveira, 32 anos, faz exatamente isso. Nos dias mais atarefados, ela chega a atender 11 pacientes, três vezes a mais do que era antes da pandemia. Para lidar com isso, ela divide os clientes em três turnos: quatro pela manhã, quatro pela tarde e três pela noite. Cada turno é seguido de um intervalo de descanso de 1h30.
“Foi em setembro do ano passado que minha agenda começou a ficar cheia”, lembra. Coincidência ou não, esse é justamente o mês da campanha brasileira de prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo. Esta sexta (10), inclusive, é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio e, novamente, Milena vê o número de pacientes buscando atendimento aumentar.
“Só hoje (quarta-feira), fiz duas novas anamneses. (...) Agora, literalmente agora, tem intensificado muito mais”, diz.
Para os especialistas, o relato é um reflexo de que a campanha está fazendo efeito, uma vez que as pessoas estão buscando mais ajuda. “Elas buscam a terapia para lidar com os efeitos da pandemia: enfrentar tantos óbitos, adoecimentos e o isolamento social”, afirma a pesquisadora Nathalia Caurin.
O estudante Carlos Bahia, 22 anos, também começou a fazer terapia em setembro de 2020, influenciado pelos desafios vividos durante a crise sanitária. “Eu até tinha vontade antes, mas a coisa do ficar em casa talvez tenha ajudado a amadurecer de vez e decidir que eu precisava fazer”, diz o rapaz, que não tem intenção de interromper as consultas tão cedo. “Esse é um momento bem importante da minha semana”, relata.
Já a autônoma Daniele*, 29 anos, aproveitou o dinheiro do auxílio emergencial, em 2020, para começar a terapia. “Eu me sentia inútil dentro de casa, sem motivação. Tive que ficar longe de muitas pessoas e isso me levou a uma solidão. Se não fosse o auxílio, não teria como fazer”, aponta. Quando o benefício emergencial diminuiu, ela não conseguiu dar conta dos custos e precisou parar a terapia (Veja no final do texto onde procurar atendimento gatuito ou com valores sociais).
“Não por escolha e, sim, por falta de opção, busco mais conhecimento em livros, páginas da internet, lives e vídeos do YouTube. Nunca é a mesma coisa e nem sempre são fontes seguras, logo, nem se compara ao benefício de uma terapia. Saber que alguém pode te ouvir, não te julgar, te acolher e te ajudar com os problemas é algo muito bom”, comenta.
Dicas do laboratório Pfizer para cuidar da saúde mental durante a pandemia:
Descanse. O sono regular interfere diretamente no equilíbrio emocional. Busque atividades que auxiliem no sono profundo e de qualidade.
Alimente-se bem. Ter atenção ao que se come e priorizar uma dieta balanceada permite a ingestão de todos os nutrientes necessários ao organismo.
Evite drogas como escape do estresse. Álcool e tabaco se tornam vícios e, a longo prazo, causam muito malefícios à saúde física e mental.
Fortaleça seus contatos, ainda que à distância. Uma conversa com amigos ou com a família por mensagens, ligações telefônicas ou videochamadas pode aliviar sensações ruins.
Tire um tempo para você. Não preencha seus dias apenas com atividades obrigatórias - libere um espaço na sua agenda para atividades de lazer
Não é apenas sobrecarga de trabalho
Coordenada pelo professor Pedro Henrique Antunes da Costa, da Universidade de Brasília (UNB), o projeto Impactos da Pandemia de Coronavírus para a Psicologia nas Políticas Públicas identificou outros problemas vividos pelos psicólogos além da sobrecarga de trabalho. Alteração da rotina, impossibilidade ou restrição de atendimento presencial, receios de usuários dos serviços e carências estruturais são algumas das outras barreiras que os profissionais superam para trabalhar.
“As principais formas de cuidado à saúde mental destes profissionais referem-se a melhores condições de trabalho: realização de concursos com estabilidade e melhores salários; aprimoramento da infraestrutura; fornecimento de insumos; ampliação e potencialização dos serviços e redes, diminuindo a demanda e a consequente sobrecarga", avalia o coordenador da pesquisa à UNB.
O psicólogo Lucio Oliveira, 47 anos, por mais que tenha dobrado o atendimento na pandemia, não deixou de lado o programa Rádio África, na Educadora FM, que ele comanda todo sábado, às 15h. “Nunca peguei tantos pacientes em tão pouco tempo. Além da clínica, atuo como psicólogo social junto a uma instituição de educação e faço doutorado. Algumas coisas do programa de rádio só consigo fazer no final de semana, mas não deixo esse serviço”, diz.
Anibal Dantas, 40 anos, segue essa mesma linha. Ele concilia o atendimento clínico com trabalhos voluntários e estudo para o mestrado, além de atuar num Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), no interior baiano. O espaço público recebe pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social, como mulheres vítimas de violências, adolescentes vítimas de abusos e idosos vítimas de maus-tratos.
“No Creas, o atendimento tem aumentado muito. Eu comecei lá no início do ano, mas pegando os dados de 2020 e 2019, dá para perceber esse aumento em todos os casos. E são temas densos, pesados, onde muitas famílias estão em situação de extrema vulnerabilidade. No início, era muito difícil, pois sou muito sensível, sobretudo a questões sociais, mas somos técnicos e temos que estar preparados para acolher a demanda”, afirma.
Mesmo tendo menos de um ano de formada, a psicóloga Carla Leticia, 26 anos, pensa igual. Ela já atende 13 pacientes semanalmente e precisa lidar com casos graves, algo comum durante a pandemia. “Já aconteceu de domingo a noite ou segunda, de madrugada, às 1h, o paciente me ligar com algum tipo de crise. Olha que tenho o sono pesado, mas acordei na hora e dei toda a assistência necessária”, lembra.
Quais são os sinais aos quais devemos ficar atentos?
Sono (alterações; não conseguir dormir; dormir demais; sono bagunçado, etc);
Alimentação (perda de apetite; comer muito mais ou muito menos do que normalmente come);
Tristeza muito forte e frequente (muito além de uma tristeza normal);
Hipersensibilidade;
Humor alterado;
Ansiedade patológica (é normal ficar ansioso nesse contexto, mas uma ansiedade que tira o sono não é normal);
Não conseguir ter a rotina;
Taquicardia e respiração ofegante;
Falta de motivação;
Dificuldade para organizar o pensamento;
Pensamentos catastróficos com frequência;
Abuso de álcool e drogas;
Não conseguir ter contato com as pessoas que gosta;
Feedback familiar (se outras pessoas, que convivem com você, têm notado alterações no seu comportamento).
Leia mais: Covid-19: confinamento e distanciamento social preocupam psicólogos
Quais são as principais doenças psiquiátricas que têm se manifestado na pandemia?
Ansiedade: Todo mundo pode estar ansioso em algum momento. No entanto, a ansiedade patológica é quando esse sentimento é excessivo e interfere na vida cotidiana. É uma preocupação intensa e persistente que pode envolver dor no peito, frequência cardíaca elevada, tremores e respiração ofegante.
Depressão: A depressão é um dos transtornos de humor. É uma doença crônica que provoca uma tristeza profunda e forte sentimento de desesperança. Pode vir associada a dor, amargura, desencanto e culpa, além de alterações de apetite e no sono.
Transtorno bipolar: Também é um dos transtornos de humor. Nesse caso, é uma doença marcada pela alternância entre períodos de depressão e períodos de euforia (mania). Os episódios de mania podem incluir perda de contato com a realidade e falta de sono. Cada episódio pode durar dias, meses ou semanas, além de vir com pensamentos suicidas.
Síndrome do pânico: O transtorno do pânico envolve crises repentinas de ansiedade aguda, vindas de forma inexplicável. Costumam ser associadas a medo e desespero, com a sensação de que a pessoa vai morrer ou enlouquecer. Ataques de pânico podem também um sintoma da ansiedade.
Entidades médicas se mobilizam em campanha de conscientização sobre o suicídio
Com o objetivo de chamar atenção para o tema numa abordagem responsável e acolhedora, diversas instituições médicas se uniram nesse Setembro Amarelo. Trata-se do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Associação Bahiana de Medicina (ABM), Cooperativa dos Medicos Anestesiologista da Bahia (Coopanest-BA) e a Sociedade dos Anestesiologistas do Estado Bahia (Saeb).
De acordo com o psiquiatra Lúcio Botelho, quase a totalidade dos suicídios está relacionada a distúrbios mentais, envolve pessoas portadoras de algum sofrimento psíquico e os transtornos de humor como a depressão respondem por cerca de 36% dos casos.
“A depressão tem alta prevalência na população mundial. É uma doença crônica com tendência a recorrência. Isso significa que quem teve um episódio de depressão na vida, pode vir a ter outros”, relata.
Os sintomas comuns de depressão são tristeza constante; perda do interesse em atividades rotineiras; redução do apetite com perda de peso, ou o contrário, aumento do apetite e ganho de peso; insônia ou necessidade aumentada de dormir; cansaço e fraqueza todo o tempo; sensação de inutilidade, culpa e falta de esperança; irritação constante; dificuldade em concentrar-se, tomar decisões ou lembrar-se das coisas; e ter pensamentos frequentes de morte e suicídio.
Entre profissionais de saúde, segundo as instituições, a taxa de suicídio é de três a cinco vezes maior do que na população em geral. A exaustão pode ser fruto da cobrança inerente à profissão, à rotina de trabalho ou ainda por questões individuais e sociais. E o cenário da pandemia agravou a pressão sobre os trabalhadores, que passaram a ter inúmeras demandas, não só entre os que estão na linha de frente do combate à covid-19.
Cuidar da saúde mental é a melhor estratégia para a prevenção ao suicídio, de acordo com o psiquiatra. “Alimentação saudável, sono regular, rotinas bem estruturadas e exercício físico são medidas não farmacológicas que diminuem as chances de depressão. No entanto, quando a pessoa estiver passando por um problema, o recomendado é que se procure ajuda de um profissional. Cuidar da saúde mental é ser gentil consigo mesmo. É preciso se permitir. Adoecer faz parte da condição humana. Não é demérito, não é vergonhoso ter depressão”, salienta.
Saiba onde buscar ajuda de forma gratuita ou com "valores sociais”:
CVV: É gratuito em todo o país e funciona 24 horas por dia, através dos telefones (71) 3322-4111 ou 188 e do site www.cvv.org.br.
Programa Escuta Acessível: Atendimento psicológico online ou presencial com valor social. Entre em contato pelo WhatsApp (71) 99637-1226 e faça seu agendamento. O psicólogo Anibal Dantas atua nesse projeto. “A sessão ou o valor mensal fica bem acessível, chegando a mais de 50% de desconto no valor real dos honorários”, explica.
Escola Bahiana de Medicina: A clínica de psicologia tem atendimentos com valores sociais. É preciso entrar em contato pelos telefones (71) 3286-8259, (71) 99249-3483 ou (71) 99287-3091 para fazer o agendamento. Os atendimentos estão ocorrendo de forma online e presencial de segunda a sexta, das 8h às 12h e 13h às 17h.
UniFTC: A instituição mantém o Ambulatório de Saúde Mental, espaço que disponibiliza atendimento interprofissional e conta com atendimentos gratuitos por dois modos:
Modalidade Plantão Psicológico: Um espaço de acolhimento e escuta especializada, na modalidade online, oferecido por profissionais da psicologia de modo pontual. Possui caráter breve, com foco no atendimento em momento de necessidade daquele que busca o serviço. Disponível de segunda a quinta, de 8h às 12h e de 14h às 18h. Nessa modalidade a pessoa não precisa de agendamento. Poderá realizar o atendimento com o profissional disponível no plantão. Link de acesso: bit.ly/plantaopsicologico_uniftc
Modalidade Atendimento Convencional: Os serviços disponibilizados à comunidade contemplam os projetos de acolhimento psicológico, grupos terapêuticos com adolescentes, grupos terapêuticos com idosos, grupos terapêuticos com professores, grupos terapêuticos com comunidade LGBTQIA+, grupo de acolhimento a ansiedade em tempos de pandemia, grupo de gestantes e puérperas, orientação profissional, clínica do trabalho, clínica do luto, psicoterapia individual. Sujeito a disponibilidade de atendimento e é necessário realizar agendamento. Link de acesso:
Unijorge: Oferece o plantão psicológico, um serviço do curso de psicologia com atendimentos feitos por psicólogos egressos da instituição, que estão inscritos nos Conselhos Regionais de Psicologia e estão autorizados a fazer atendimento virtual. O serviço é feito por telefone, através de plantões com dias e horários pré-determinados. Contato para marcação:
Mônica Hanhoerster
CRP 03/18470
Segunda-feira 18h às 22h
(71) 98113-3519
Lelciu Muniz
CRP 03/22799
Terça-feira 18h às 22h
(71) 98216-1222
Jorge Ícaro Medeiros
CRP 03/22992
Quarta-feira 08h às 12h
(73) 98239-1000
Larissa Caires
CRP 03/23015
Quinta-feira 13h às 17h
(71) 99198-6620
Vandeilton Trindade
CRP 03/23889
Sexta-feira 08h às 12h
(75) 99200-3115.
Confira quatro dicas para cuidar da saúde mental durante a pandemia, segundo o laboratório Pfizer:
1. Lembre-se que você não está sozinho. Todos estão na mesma situação. E, apesar disso, cada um encontra uma melhor forma de lidar com este momento. Não se compare com outras pessoas e tente encontrar o que mais funciona para você.
2. Este é um momento intenso e fora do comum. É completamente normal se sentir triste, assustado e/ou menos produtivo que o habitual. Uma pandemia e o distanciamento social geram diversas emoções que são difíceis de lidar. Novos sentimentos são esperados. Não se cobre para estar bem 100% do tempo.
3. Observe suas demandas internas. Abafar e ignorar sentimentos não é saudável. Tente colocar tudo o que está acontecendo no mundo em perspectiva e relacione ao que você está sentindo - estão interligados? Se colocar como parte do todo vai trazer autoconhecimento e facilitará encontrar o equilíbrio da situação.
4. Limite o tempo ligado nas notícias. É importante estar informado, mas são muitos processos acontecendo ao mesmo tempo - e todos eles bastante intensos. Mudanças na rotina de trabalho, no relacionamento com amigos e família, dilemas políticos e financeiros em todo o mundo. Estipule quanto tempo do seu dia você pode se dedicar ao consumo de notícias e, se necessário, reduza. Não se esqueça de buscar fontes oficiais para evitar notícias falsas.
* Nome alterado a pedido da entrevistada.
Novo lote com mais de 140 mil doses da vacina contra a Covid-19 chega à Bahia
Um novo lote com 146.250 doses da vacina contra a Covid-19 chegou á Bahia, na manhã desta quarta-feira (8).
Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), toda a carga é composta por imunizantes da Pfizer/BioNTech.
O avião que fez o transporte da carga pousou por volta das 9h30 no aeroporto de Salvador.
Com esta nova carga, a Bahia chegará ao total de 17.373.418 doses de vacinas recebidas, sendo 6.653.518 da Sinovac/Coronavac; 6.751.580 da Oxford/AstraZeneca; 3.707.220 da Pfizer e 261.100 da Janssen.
Brasil chega a 30% da população completamente vacinada contra a covid-19
O Brasil chegou nesta quinta-feira, 2, à marca de 30% da população completamente imunizada contra a covid-19 - cerca de um mês após ter atingido 20%, no dia 3 de agosto. Ao todo, 64 687.797 (30,32%) pessoas receberam dose única ou duas doses de imunizantes anticovid. Já aqueles que foram vacinados com ao menos uma dose são 133.043.816, o equivalente a 62,37% do total
O País aplicou 2.001.990 doses de vacinas contra a covid nas últimas 24 horas. Foram administradas 868.972 primeiras doses, 1 128.217 segundas doses e 4.801 doses únicas. Os dados foram reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.
Em termos proporcionais, São Paulo continua sendo o Estado que mais vacinou com a primeira dose até aqui: 73,42% de seus habitantes estão parcialmente imunizados. Enquanto isso, o Mato Grosso do Sul é o que o Estado que possui a maior parcela com imunização completa: 45,26%.
Brasil notifica 776 mortes por covid em 24h; média móvel de vítimas é de 628
Com 776 novas mortes por covid-19 notificadas nas últimas 24 horas, a média móvel de vítimas da doença no Brasil chegou nesta quinta-feira, 2, a 628. É o menor patamar do índice desde o dia 28 de dezembro do ano passado, quando a marca ficou em 617 Além de representar queda de 23% na média móvel de óbitos em comparação há duas semanas.
Ao todo, o País já contabiliza 582.004 vítimas e 20.830.712 diagnósticos positivos de covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registrados 27.040 novos casos da doença. Com isso, a média móvel de casos caiu 26% em relação há duas semanas e agora é de 22.196.
Bahia registra 13 mortes e 830 novos casos de covid-19 nas últimas 24h
A Bahia registrou 13 mortes e 830 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,07%) em 24h, de acordo com dados do relatório epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) até a noite desta quinta (2). No mesmo período, 830 pacientes (+0,06%) foram considerados curados da doença.
Dos 1.222.427 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.192.999 já são considerados recuperados, 2.918 encontram-se ativos. Na Bahia, 51.883 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Desde o começo da pandemia, 26.510 tiveram óbito confirmado no estado. A média móvel semanal de mortes no estado, considerando apenas os últimos 7 dias úteis é de 19,5 óbitos por dia.
Até às 19h30, a taxa de ocupação de UTI Covid adulto no estado é de 31%, com 313 leitos ocupados dos 1.000 disponíveis. Enquanto a taxa de enfermaria adulto é de 19% de ocupação, com 195 internados e 1.017 leitos disponíveis.