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O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, alertou para o possível crescimento de casos de coronavírus no interior do estado em virtude das aglomerações realizadas em movimentos políticos com carreatas, passeatas e paredões móveis. Durante o Papo Correria, na noite desta terça-feira (20), ele afirmou que apesar da queda no número de óbitos e de pacientes internados, a queda nos novos casos registrou redução nos últimos 20 dias.

Vilas-Boas ainda comentou sobre a possibilidade de vacinação da população já em janeiro de 2021 e afirmou que “é algo muito pouco provável de acontecer”. De acordo com o secretário, o inverno pode agravar a situação dos casos da Covid-19 e, por causa disso, os países que ficam no Hemisfério Norte devem ter prioridade para o início das aplicações da vacina. Com isso, o Hemisfério Sul, onde se encontra o Brasil, deve ter a vacinação iniciada em um segundo momento.

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A Bahia registrou nesta quinta-feira (15) 29 mortes, 1.575 casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) e 1.434 curados (+0,5%). Dos 331.362 casos confirmados desde o início da pandemia, 317.297 já são considerados curados e 6.822 encontram-se ativos. O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.243, representando uma letalidade de 2,19%. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (27,01%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (7.438,61), Almadina (6.551,98), Itabuna (6.307,01), Madre de Deus (6.239,04), Apuarema (5.716,23).

O boletim epidemiológico desta quinta contabiliza ainda 671.204 casos descartados e 76.967 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quinta-feira (15).

Na Bahia, 27.489 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 29 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.243, representando uma letalidade de 2,19%. Dentre os óbitos, 55,93% ocorreram no sexo masculino e 44,07% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,16% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,47%, preta com 15,13%, amarela com 0,79%, indígena com 0,11% e não há informação em 12,39% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 72,12%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (75,27%).

Taxa de ocupação de leitos
Dos 2.051 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para atender pacientes com o novo coronavírus na Bahia, 908 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 44%. Dos 877 leitos de UTI (adulto) disponíveis no estado, 433 estão ocupados, o que representa uma taxa de 49%.

Em Salvador, de acordo com a Sesab, dos 889 leitos ativos, 422 estão ocupados, o que significa que a taxa de ocupação é de 47%. Já os leitos de UTI adulto, estão com 37% de ocupação. Já o de UTI pediátrica, 67% de ocupação. A capital baiana tem taxa de ocupação de 53% (adulto) e 78% (pediátrico) de leitos de enfermaria.

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Um estudo brasileiro divulgado nessa terça-feira (13) na plataforma medRxiv comprova que o vírus SARS-CoV-2 é capaz de infectar células do tecido cerebral, tendo como principal alvo os astrócitos. Os resultados revelam ainda que mesmo os indivíduos que tiveram a forma leve da Covid-19 podem apresentar alterações significativas na estrutura do córtex – região do cérebro mais rica em neurônios e responsável por funções complexas como memória, atenção, consciência e linguagem.

A investigação foi conduzida por diversos grupos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP) – todos financiados pela FAPESP. Também colaboraram pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Dois trabalhos anteriores haviam detectado a presença do novo coronavírus no cérebro, mas não se sabia ao certo se ele estava no sangue, nas células endoteliais [que recobrem os vasos sanguíneos] ou dentro das células nervosas. Nós mostramos pela primeira vez que ele de fato infecta e se replica nos astrócitos e que isso pode diminuir a viabilidade dos neurônios”, conta à Agência FAPESP Daniel Martins-de-Souza, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, pesquisador do IDOR e um dos coordenadores da investigação.

Os astrócitos são as células mais abundantes do sistema nervoso central e desempenham funções variadas: oferecem sustentação e nutrientes para os neurônios; regulam a concentração de neurotransmissores e de outras substâncias com potencial de interferir no funcionamento neuronal, como o potássio; integram a barreira hematoencefálica, ajudando a proteger o cérebro contra patógenos e toxinas; e ajudam a manter a homeostase cerebral.

A infecção desse tipo celular foi confirmada por meio de experimentos feitos com tecido cerebral de 26 pacientes que morreram de COVID-19. As amostras foram coletadas durante procedimentos de autópsia minimamente invasiva conduzidos pelo patologista Alexandre Fabro, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). As análises foram coordenadas por Thiago Cunha, professor da FMRP-USP e integrante do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID).

Os pesquisadores adotaram uma técnica conhecida como imuno-histoquímica, que consiste em usar anticorpos para marcar antígenos virais ou componentes do tecido analisado, como explica Martins-de-Souza. “Por exemplo, podemos colocar na amostra um anticorpo que ao se ligar no astrócito faz a célula adquirir a coloração vermelha; outro que ao se ligar na proteína de espícula do SARS-CoV-2 marca a molécula de verde; e, por último, um anticorpo para marcar de roxo o RNA viral de fita dupla, que só aparece durante o processo de replicação do microrganismo. Quando todas as imagens feitas durante o experimento foram colocadas em sobreposição, notamos que as três cores aparecem simultaneamente apenas dentro dos astrócitos.”

De acordo com Cunha, a presença do vírus foi confirmada nas 26 amostras estudadas. Em cinco delas também foram encontradas alterações que sugeriam um possível prejuízo ao sistema nervoso central.

“Observamos nesses cinco casos sinais de necrose e de inflamação, como edema [inchaço causado por acúmulo de líquido], lesões neuronais e infiltrados de células inflamatórias. Mas só tivemos acesso a uma pequena parte do cérebro dos pacientes, então, é possível que sinais semelhantes também estivessem presentes nos outros 21 casos estudados, mas em regiões diferentes do tecido”, diz Cunha.

Sintomas persistentes
Em outro braço da pesquisa, conduzido na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, exames de ressonância magnética foram feitos em 81 voluntários que contraíram a forma leve da COVID-19 e se recuperaram. Em média, as avaliações presenciais ocorreram 60 dias após a data do teste diagnóstico e um terço dos participantes ainda apresentava sintomas neurológicos ou neuropsiquiátricos. As principais queixas foram dor de cabeça (40%), fadiga (40%), alteração de memória (30%), ansiedade (28%), perda de olfato (28%), depressão (20%), sonolência diurna (25%), perda de paladar (16%) e de libido (14%).

“Divulgamos um link para que interessados em participar da pesquisa pudessem se inscrever e, para nossa surpresa, em poucos dias já tínhamos mais de 200 voluntários, muitos deles polissintomáticos e com queixas bem variadas. Além do exame de neuroimagem, eles estão sendo avaliados por meio de exame neurológico e testes padronizados para mensurar o desempenho em funções cognitivas, como memória, atenção e flexibilidade de raciocínio. No artigo apresentamos os primeiros resultados”, conta a professora Clarissa Yasuda, integrante do Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN).

Foram incluídas na pesquisa somente pessoas que tiveram o diagnóstico de COVID-19 confirmado por RT-PCR e que não precisaram ser hospitalizadas. As avaliações foram feitas após o término da fase aguda e os resultados foram comparados com dados de 145 indivíduos saudáveis e não infectados.

Pela análise dos exames de ressonância magnética foi possível perceber que algumas regiões do córtex dos voluntários tinham espessura menor do que a média observada nos controles, enquanto outras apresentavam aumento de tamanho – o que, segundo os autores, poderia indicar algum grau de edema.

“Observamos atrofia em áreas relacionadas, por exemplo, com a ansiedade – um dos sintomas mais frequentes no grupo estudado. Considerando que a prevalência média de transtornos de ansiedade na população brasileira é de 9%, os 28% que encontramos é um número elevado e alarmante. Não esperávamos esses resultados em pacientes que tiveram doença leve”, afirma Yasuda.

Nos testes neuropsicológicos – feitos para avaliar as funções cognitivas – os voluntários do estudo também se saíram pior do que a média dos indivíduos brasileiros em algumas tarefas. Os resultados foram ajustados de acordo com a idade, o sexo e a escolaridade de cada participante. Também foi considerado o grau de fadiga relatado pelo participante aos pesquisadores.

“A pergunta que fica agora é: serão esses sintomas passageiros ou permanentes? Para descobrir pretendemos continuar acompanhando esses voluntários por algum tempo”, conta a pesquisadora.

Metabolismo energético afetado
No Laboratório de Neuroproteômica do IB-Unicamp, coordenado por Martins-de-Souza, foram realizados diversos experimentos com tecido cerebral de pessoas que morreram de COVID-19 e com culturas de astrócitos in vitro para descobrir, do ponto de vista bioquímico, como a infecção pelo SARS-CoV-2 afeta as células do sistema nervoso.

As amostras de necrópsia foram obtidas por meio de colaboração com o grupo do professor da Faculdade de Medicina da USP Paulo Saldiva. Todo o conjunto de proteínas (proteoma) presente no tecido foi mapeado por espectrometria de massas – técnica que permite discriminar substâncias em amostras biológicas de acordo com a massa molecular.

“Ao comparar com resultados de indivíduos não infectados, percebemos que diversas proteínas que estavam com a expressão alterada são abundantes em astrócitos, o que valida os achados obtidos por imuno-histoquímica”, diz Martins-de-Souza. “Nessas células, observamos alterações em diversas vias bioquímicas, principalmente naquelas relacionadas ao metabolismo energético”, conta o pesquisador.

O passo seguinte foi repetir a análise proteômica em uma cultura de astrócitos infectada em laboratório. As células foram obtidas a partir de células-tronco pluripotentes induzidas (IPS, na sigla em inglês), método que consiste em reprogramar células adultas (provenientes da pele ou de outro tecido de fácil acesso) para fazê-las assumir estágio de pluripotência semelhante ao de células-tronco embrionárias. Esta primeira parte foi realizada no laboratório do professor da UFRJ Stevens Rehen, no IDOR. Em seguida, o time de Martins-de-Souza induziu, por meio de estímulos químicos, as células IPS a se diferenciarem em células-tronco neurais e depois em astrócitos.

“Os resultados foram parecidos com os da análise feita no tecido obtido por necrópsia, ou seja, indicaram disfunção no metabolismo energético. Fizemos então uma análise metabolômica [do conjunto de metabólitos produzidos pelos astrócitos em cultura], que indicou alteração no metabolismo de glicose. Por algum motivo, o astrócito infectado passa a consumir mais glicose do que o normal e, apesar disso, os níveis de piruvato e de lactato – os dois principais substratos energéticos – estão bastante diminuídos na célula”, conta.

Como explica o pesquisador, lactato é um dos subprodutos do metabolismo da glicose e o astrócito exporta esse metabólito para o neurônio, que o utiliza como fonte de energia. As análises in vitro mostraram que a quantidade de lactato no meio de cultivo das células estava normal, embora estivesse reduzida em seu interior. “Aparentemente o astrócito se esforça para manter o fornecimento do substrato energético para o neurônio em detrimento de seu próprio funcionamento”, comenta Martins-de-Souza.

Como resultado desse processo, as mitocôndrias dos astrócitos – organelas responsáveis pela produção de energia – passaram a funcionar de forma alterada, o que pode influenciar os níveis cerebrais de neurotransmissores como o glutamato (que excita os neurônios e está relacionado com a memória e o aprendizado) e o ácido gama-aminobutírico (GABA, capaz de inibir o disparo neuronal excessivo e promover sensação de calma e relaxamento).

“Em outro experimento, tentamos cultivar neurônios nesse meio em que antes estavam sendo cultivados os astrócitos infectados e observamos que as células morrem mais do que o esperado. Ou seja, esse meio de cultivo ‘condicionado pelos astrócitos infectados’ diminuiu a viabilidade dos neurônios”, conta Martins-de-Souza.

Segundo o pesquisador, os achados descritos no artigo – ainda em processo de revisão por pares – vão ao encontro de diversos trabalhos já publicados, que apontaram possíveis manifestações neurológicas e neuropsiquiátricas da COVID-19, mas dá um passo além.

“Havia ainda uma grande dúvida: a disfunção cerebral seria decorrente da inflamação sistêmica ou o vírus estaria prejudicando diretamente o funcionamento das células nervosas ao infectá-las? Nossos resultados indicam que o SARS-CoV-2 pode de fato entrar nas células cerebrais e afetar seu funcionamento”, diz.

Na avaliação de Cunha, a próxima pergunta a ser respondida é como o vírus chega ao sistema nervoso central e qual é o mecanismo usado para entrar nos astrócitos – o que pode dar pistas para possíveis intervenções capazes de barrar a infecção.

“Também pretendemos fazer experimentos com camundongos geneticamente modificados para expressar a ACE2 humana [principal proteína usada pelo vírus para infectar as células]. A ideia é confirmar nesses animais se há uma relação de causa e efeito, ou seja, se a infecção por si só é capaz de induzir as alterações que observamos nos cérebros dos pacientes”, adianta Cunha.

Marcelo Mori, professor do IB-Unicamp e integrante do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), destaca que a pesquisa só foi possível graças à colaboração de pesquisadores com formações e expertises variadas e complementares. “Este é um exemplo de que para fazer ciência de qualidade e competitiva é preciso aliar esforços interdisciplinares. É difícil competir internacionalmente se ficarmos apenas dentro do nosso laboratório, limitados às técnicas que conhecemos e aos equipamentos que temos acesso”, afirma.

Ao todo, o artigo tem 74 autores. Os experimentos foram conduzidos por quatro pós-doutorandos: Fernanda Crunfli, Flávio P. Veras, Victor C. Carregari e Pedro H. Vendramini.

Tanto o OCRC quanto o CRID e o BRAINN são Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. O apoio da Fundação também se deu por meio de outros sete projetos.

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A Bahia registrou 26 mortes e 2.460 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (14). No mesmo período, 1.600 pacientes foram considerados curados (+0,5%).

Com isso, um dia após registrar o menor número de casos ativos da doença desde 16 de maio (5.876), o número voltou a subir e chegou a 6.710.

Dos 329.787 casos confirmados desde o início da pandemia, 315.863 já são considerados livres da doença.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (27,10%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (7.347,18), Almadina (6.551,98), Itabuna (6.286,38), Madre de Deus (6.220,07), Apuarema (5.702,59).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 666.672 casos descartados e 76.243 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (14).

Na Bahia, 27.375 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 26 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.214, representando uma letalidade de 2,19%.

Perfis
Dentre os óbitos, 55,93% ocorreram no sexo masculino e 44,07% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,14% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,41%, preta com 15,15%, amarela com 0,79%, indígena com 0,11% e não há informação em 12,39% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 72,12%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (75,30%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

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A ocupação de leitos pediátricos exclusivos de covid-19, dedicados à crianças e jovens, tem crescido na Bahia. Atualmente, o estado está com taxa de 74% de ocupação das UTIs nesta categoria de paciente. O secretário estadual de saúde Fábio Vilas-Boas comentou, nesta quarta-feira (14), sobre esse aumento e alertou que o fenômeno pode ter ligação com o relaxamento nos cuidados contra a doença, sobretudo entre pessoas de 20 a 40 anos, que também vêm registrando aumento de infecção.

“Estamos observando ao longo das últimas semanas um aumento de ocupação nas UTIs e enfermarias pediátricas em todo o estado. Isso vem acontecendo paralelamente à mudança de faixa etária das pessoas que vêm sendo contaminadas. Hoje, nós temos um grande contingente de pessoas contaminadas entre 20 e 40 anos de idade, são exatamente essas pessoas que estão em praias, bares, paredões políticos e festas nos finais de semana”, disse.

Para ele, essa é uma demonstração clara de que tem acontecido uma ‘flexibilização indevida’ entre essa faixa etária adulta, o que poderia explicar, em parte, a ocorrência do aumento do acometimento do público infanto-juvenil. “Em breve, irão contaminar, de novo, os idosos”, declarou o secretário.

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) acredita que o crescimento de casos pode estar relacionado aos comícios e passeatas políticas nas cidades do interior. "Já na capital, são as festas com paredões que são os maiores riscos. Também temos observado uma tendência de aumento de pacientes internados nos hospitais privados de Salvador, similar a fase inicial da pandemia, em março de 2020", afirmou o órgão.

Desde a semana passada, em 8 de outubro, a taxa das UTIs já vinha em 74% e as enfermarias pediátricas em 62%. O Instituto Couto Maia, unidade de referência para casos graves da covid-19, estava com ocupação máxima das vagas destinadas para crianças e jovens, com pessoas internadas em suas 10 vagas. Procurada na ocasião, a Sesab informou que o estado possui, ao todo, entre UTIs e enfermarias, 70 leitos pediátricos, sendo que deste total 31 são UTIs.

Quando consideradas só as UTIs, qualquer variação de apenas três pacientes tem a capacidade de oscilar 10 pontos percentuais para cima ou para baixo, explicou o órgão. Ao todo, a Bahia possui mais de 2,2 mil leitos de covid-19 ativos e o número limitado de 70 vagas pediátricas é explicado pelo fato de que apenas 4% dos casos confirmados no estado — 13.496 — são de pacientes de até 9 anos e um percentual muito menor precisou de internamento. Nesta quarta, o estado chegou a 329.787 casos acumulados de covid-19.

“Ressaltamos que monitoramos diariamente os leitos pediátricos e, caso necessário, abriremos novos leitos, mas isso não foi demonstrado até o momento”, disse a Sesab.

Salvador

Na capital, a taxa de ocupação dos leitos pediátricos de UTI segue a mesma tendência, com 74%, e a de enfermaria com 59%, segundo dados do painel epidemiológico municipal desta quarta.

O prefeito ACM Neto demonstrou preocupação com o índice de ocupação das UTIs pediátricas em Salvador e afirmou na terça-feira (13) que a situação pode atrasar o plano de retomada das aulas na rede municipal de ensino.

"Todo movimento de aumento de casos representa um alerta para a prefeitura. Houve esse movimento que nos chamou a atenção e vamos aguardar pra ver se o aumento é momentâneo ou se é algo permanente. Mas é claro que tudo isso tem influência direta nas conversas para o retorno às aulas”, declarou Neto, durante a coletiva sobre a reconstrução da Escola Municipal Elisa Saldanha, na Fazenda Grande III.

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Salvador pode ter acesso à vacina da empresa chinesa Sinovac Biotech contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. Esse foi o desejo manifestado hoje (14) pelo prefeito ACM Neto, que se reuniu com o governador de São Paulo, João Dória, para tratar do assunto. A expectativa do governo paulista é que a população comece a ser vacinada ainda em dezembro deste ano.

"Expressei ao governador João Dória o desejo que Salvador tem de participar desse movimento em parceria com o estado de São Paulo. Vim à capital paulista justamente para conhecer o estágio em que esse processo se encontra. Assim que houver o registro, queremos disponibilizar doses dessa vacina para os soteropolitanos rapidamente", declarou ACM Neto.

A vacina tem se mostrado segura até agora, sem registro de efeitos colaterais graves nos testes realizados, inclusive entre os idosos. ACM Neto tem dito que a capital baiana só voltará à normalidade quando a população for imunizada.

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Falta pouco para a Arena Fonte Nova deixar de funcionar como um hospital de campanha e voltar a ser um estádio de futebol. É que o hospital de campanha montado no local vai ser desativado em breve.

Transformada em hospital de campanha desde o começo de junho, a Fonte Nova já não recebe mais pacientes com covid-19, mas ainda tem três pessoas internadas em seus leitos. Como os pacientes estão estáveis, a expectativa é que recebam alta ainda durante esta semana, possibilitando a desativação do hospital de campanha.

Apesar disso, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), o estádio manterá em sua estrutura alguns equipamentos médicos, caso seja necessária uma reativação de leitos futuramente. Ao todo, o espaço tem 240 leitos, sendo 140 clínicos e 100 de UTI, todos para o público adulto.

Com a desativação, a Arena Fonte Nova fica apta a receber jogos de futebol novamente. No entanto, não há uma data de quando será a reestreia nos gramados do local.

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Num cenário de pandemia onde todas as atenções estão voltadas para as doenças respiratórias por conta da Covid-19 médicos se preocupam também com doenças do coração. É que durante a pandemia as mortes por doenças cardíacas cresceram 50% no país em relação ao ano anterior. Se comparadas as mortes em casa, quando o paciente não busca tratamento, o crescimento de mortes por causas do coração também foi significativo. Entre 16 de março e 31 de maio 15.870 pessoas morreram de doenças cardíacas antes de chegar ao atendimento médico neste ano. No mesmo período do ano passado foram 11.997, um aumento de 32%.

Na Bahia, até o mês de agosto, uma média de duas mortes por por doenças cardíacas a cada hora foi registrada. Dados obtidos pelo CORREIO junto à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), indicam que 11.500 pessoas morreram por doenças cardiovasculares no estado nos primeiros meses de 2020. Em todo ano passado foram 20464 mortes na Bahia por esse mesmo motivo.

Para os especialistas, o abandono de acompanhamento médico regular gerado pelo isolamento e pelo medo de se expor a ambientes hospitalares, principalmente no início da pandemia, pode ser a causa do crescimento nas mortes. Diante do cenário, cardiologistas baianos vão se reunir virtualmente para discutir os impactos da pandemia na especialidade e se atualizar nas mais recentes inovações da área no 32 Congresso de Cardiologia do Estado da Bahia, que acontece virtualmente entre 10 e 12 de Outubro.

“Sem dúvidas, a súbita interrupção de acompanhamento por parte de pacientes que precisavam de atenção cardiológica mais próxima está sendo um grande problema que estamos vivenciando neste momento.Manter um acompanhamento com seu cardiologista, com todos os cuidados de proteção, é fundamental. E, na análise de cada caso, a depender da condição do paciente, o profissional poderá indicar a recomendação de um intervalo maior de retornos, se isso for possível”, explica Gilson Feitosa-Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia - Secção Bahia, cardiologista do Hospital Aliança e do Hospital Santa Izabel e professor universitário.

O médico explica que uma característica básica de várias das condições ligadas à cardiologia acaba gerando a necessidade de acompanhamento constante. “Em realidade, a grande maioria das doenças cardiovasculares é silenciosa em sua fase inicial. Um paciente com colesterol alto, por exemplo, nada sente até ter um evento. As pessoas costumam acreditar que hipertensão arterial leva a dor de cabeça, mas na verdade, na imensa maioria dos casos é silenciosa. São dois dos muitos exemplos que passam despercebidos se não fizermos uma avaliação periódica. Identificar estas condição numa fase muito precoce fazem muita diferença”, diz Filho.

Até para os eventos agudos, como são os derrames ou infartos, por exemplo, o isolamento acabou se transformando em um complicador, dizem os médicos. “Lá no início da pandemia, existia um medo maior de sair de casa, a orientação do isolamento que era correta, mas os eventos agudos não deixaram de acontecer, e muito desses pacientes chegaram mais tarde ao hospital, justamente pelo medo do covid. E isso gera impacto inevitavelmente”, relata o médico cardiologista, Dr. Joberto Sena, diretor científico do congresso.

Por fim, os médicos alertam que o próprio coronavírus pode acabar gerando reflexos na saúde cardíaca dos pacientes. “Ainda que a porta de entrada do covid seja essencialmente por vias aéreas, de modo ainda não completamente esclarecido este vírus tem o potencial de desencadear problemas cardíacos, através.por exemplo, de uma inflamação do coração,e pode gerar infartos ou embolias”, relata Filho.

Inovações
Além de discutir os reflexos da pandemia na saúde cardíaca, o congresso virtual discute ainda o que há de mais avançado na área. Dentro da programação do evento, por exemplo, um simpósio satélite realizado pelo Hospital Santa Izabel está voltado especificamente ao estudo de casos inovadores.

Na programação serão debatidos e apresentados temas como os manejos de microcardiopatias em situações especiais e de síndrome coronariana crônica, métodos diagnósticos funcionais e anatômicos não invasivos e invasivos, estratégia de revascularização e como utilizar antiarrítmicos e anticoagulantes em fibrilação atrial “Este Simpósio Satélite, que já é tradição na área, representa uma oportunidade para discutirmos os avanços e as novas técnicas e evidências científicas, além de promover discussão de casos clínicos e contribuir com o processo contínuo de troca de experiências e fortalecimento de vínculos.”, afirma Sena.

“Serão discutidas as aplicações práticas das mais importantes e recentes pesquisas em cardiologia no mundo. Profissionais experientes da Bahia, do Brasil e um internacional discutirão detalhes a respeito de infarto, insuficiência cardíaca, hipertensão, dislipidemia, prevenção, arritmias, procedimentos, etc, para uma aplicação imediata que possa, ao fim, aperfeiçoar o atendimento aos nossos pacientes. Nos surpreendemos pela procura e desejo de contribuir de todos os profissionais realmente envolvidos. Tudo isso só reforça a reconhecida qualidade da cardiologia baiana”, completa Gilson.

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A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 28 mortes, 1.817 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) e 1.504 curados (+0,5%). Dos 321.798 casos confirmados desde o início da pandemia, 7.049 morreram, 307.869 já são considerados curados e 6.880 encontram-se ativos. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (27,40%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (7.007,58), Almadina (6.551,98), Itabuna (6.195,39), Madre de Deus (6.186,89), São José da Vitória (5.568,32).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 646.048 casos descartados e 78.916 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quinta-feira (8).

Na Bahia, 26.775 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Mortes
O boletim epidemiológico desta quinta-feira (8) contabiliza 28 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.049, representando uma letalidade de 2,19%. Dentre os óbitos, 55,84% ocorreram no sexo masculino e 44,16% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 53,92% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,39%, preta com 15,18%, amarela com 0,78%, indígena com 0,11% e não há informação em 12,61% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 72,14%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (75,36%).

Ocupação de leitos
Dos 2.286 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para o novo coronavírus na Bahia, 1.035 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 45%. Dos 1.032 leitos de UTI (adulto) disponíveis no estado, 534 estão ocupados, o que representa uma taxa de 52%.

Em Salvador, de acordo com a Sesab, dos 1.096 leitos ativos, 485 estão ocupados, o que significa que a taxa de ocupação é de 44%. Já os leitos de UTI adulto, estão com 43% de ocupação. Com relação aos leitos de enfermaria, a capital baiana tem taxa de ocupação de 42% (adulto) e 70% (pediátrico).

Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence. As informações são da Ascom Sesab.

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Com 36 novos óbitos registrados em 24h, nesta quarta-feira (7) a Bahia alcançou a triste marca de 7 mil pessoas mortas pela covid-19 num período de apenas 192 dias. É o período entre hoje e a confirmação da primeira morte pela doença no estado. Foi em 29 de março, quando a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informou que um homem de 74 anos tinha falecido, em um hospital da capital, após contrair o novo coronavírus.

Nesta quarta, a Bahia chegou a 7.021 perdas humanas para a pandemia. Também registrou 1.834 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) e 1.633 pacientes curados (+0,5%).

Dos 319.981 casos confirmados desde o início da pandemia, 306.365 já são considerados curados e 6.595 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (27,49%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (6.955,33), Almadina (6.551,98), Madre de Deus (6.167,92), Itabuna (6.167,25), São José da Vitória (5.532,97).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 641.241 casos descartados e 78.200 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta.

Na Bahia, 26.639 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 36 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.021, representando uma letalidade de 2,19%. Dentre os óbitos, 55,79% ocorreram no sexo masculino e 44,21% no sexo feminino.

Em relação ao quesito raça e cor, 53,90% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,38%, preta com 15,18%, amarela com 0,78%, indígena com 0,11% e não há informação em 12,65% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 72,13%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (75,45%).

As informações são da Ascom Sesab.

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