Bahia registra 23 mortes e 653 novos casos de covid-19 em 24h
A Bahia registrou 22 mortes e 653 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (17). No mesmo período, 946 pacientes foram considerados curados da doença (+0,3%).
Dos 375.374 casos confirmados desde o início da pandemia, 360.594 já são considerados recuperados e 6.791 encontram-se ativos.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,31%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.019,07), Itabuna (6.748,33), Madre de Deus (6.732,09), Almadina (6.698,39), Aiquara (6.590,19).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 770.997 casos descartados e 87.982 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira (17).
Na Bahia, 30.176 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 22 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.
Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.989, representando uma letalidade de 2,13%.
Perfis
Dentre os óbitos, 56,19% ocorreram no sexo masculino e 43,81% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,50% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,12%, preta com 14,86%, amarela com 0,74%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,68% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,77%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,38%).
A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.
Salvador tem mais de 11 mil casos de Chickungunya de janeiro a novembro; aumento passa de 200% em relação a 2019
Salvador registrou um aumento de mais de 223% dos casos de chikungunya, de janeiro a novembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, este ano, até 7 de novembro, já haviam sido registrados 11.836 casos de chikungunya. No mesmo período do ano passado foram 3.659 casos.
"Esse número é um acumulado de janeiro a novembro e está comparado ao ano passado. Na realidade, o aumento expressivo de casos se deu no mês de abril e maio. Se você observar, foi justamente logo depois que começou a pandemia, em março", explica Isolina Miguez, coordenadora das ações de controle das arboviroses do município.
As regiões de Salvador, que lideram com maior número de casos de chikungunya é o Cabula/Beiru (2.345), Pau da Lima (1.698) e São Caetano/Valéria (1.336).
"Nós já sabíamos que haveria um aumento no número de casos, nos preparamos, mas fomos surpreendidos pela pandemia, no qual foram retirados os agentes de dentro de casa. Eles só podem fazer o perímetro do domicílio [ao lado de fora das residências], isso significa que o mosquito continua no domicílio", conta a coordenadora.
Para a redução desses números, Isolina conta que equipes do Centro de Controle de Zoonoses continuam reforçando a fiscalização nas ruas e que serão realizadas limpezas na cidade.
"Nós estamos intensificando as ações, em todos os lugares e também, de 7 a 11, de dezembro faremos um faxinaço na cidade para combate a essas arboviroses", disse.
A chikungunya é transmitida pela picada do Aedes aegypti, que também causa doenças como dengue e zika vírus.
A infecção por chikungunya começa com febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas (joelhos, cotovelos, tornozelos, etc), em geral, dos dois lados, podendo também apresentar, em alguns casos, manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo.
O quadro agudo dura até 15 dias e cura espontaneamente. Algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas juntas que duram meses ou anos.
Vacina da Moderna contra coronavírus é 95% eficaz, indica estudo preliminar
A vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Moderna, tem 95% de eficácia, conforme dados divulgados pelo laboratório nesta segunda-feira (16). A empresa informou que é um "grande dia" e que pretende soliciar a aprovação da vacina nas próximas semanas.
Para o estudo, foram testadas 30 mil pessoas nos Estados Unidos, sendo que metade recebeu duas doses do imunizante e a outra metade recebeu o placebo. Os dados sobre a taxa de eficácia foram analisados a partir dos 95 casos de covid-19 entre os voluntários.
Segundo o laboratório, apenas cinco dos casos de covid-19 ocorreram em pessoas que receberam a vacina, e 90 foram em pessoas que receberam o tratamento simulado. A empresa afirma que a vacina está protegendo 94,5%. Dos voluntários, 11 desenvolveram casos graves da doença, mas nenhum que tenha recebido o imunizante.
"A eficácia geral foi notável. É um grande dia", disse Tal Zaks, o diretor médico da Moderna, à BBC News. A empresa não divulgou como a vacina se comporta em pessoas que fazem parte de grupos de risco, como idosos.
Assim como a Pfizer, a Moderna usou uma a mesma tecnologia para desenvolver o imunizante: injetando parte do código genético do vírus para provocar uma resposta imunológica.
A empresa espera ter até um bilhão de doses disponíveis para uso em todo o mundo no próximo ano e planeja buscar aprovação em outros países também.
Bahia registra 24 mortes e 712 novos casos de covid-19 em 24h
A Bahia registrou 24 mortes e 712 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta segunda-feira (16). No mesmo período, 953 pacientes foram considerados curados da doença (+0,3%). Dos 374.721 casos confirmados desde o início da pandemia, 359.648 já são considerados recuperados e 7.106 encontram-se ativos.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,33%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.019,07), Itabuna (6.738,49), Madre de Deus (6.727,35), Almadina (6.698,39), Aiquara (6.590,19)
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 769.994 casos descartados e 88.439 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda-feira (16).
Na Bahia, 30.147 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 24 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.
Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.967, representando uma letalidade de 2,13%.
Perfis
Dentre os óbitos, 56,18% ocorreram no sexo masculino e 43,82% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,46% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,12%, preta com 14,87%, amarela com 0,74%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,70% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,75%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,48%).
A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.
Sesab confirma três novos casos de doença de Haff
Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou nesta quinta-feira (12), três novos casos da doença de Haff, todos residentes no município de Camaçari, com relato de consumo de pescado.
O Centro Informação Estrategica em Vigilância em Saude da Bahia (CIEVS) alerta que a doença de Haff é uma sindrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da urina cor de café, associada a elevação sérica de da enzima CPK, associada a ingestão de pescados. A doença pode evoluir rapidamente com insuficiência renal e, se não adequadamente tratada, levar ao óbito.
Em agosto de 2020, o municipio de Entre Rios registrou a ocorrencia de três casos suspeitos de doença de Haff com relato de ingestão de pescado. Houve consumo do peixe conhecido como “olho de boi”, onde cinco pessoas da mesma familia fizeram a ingestão do peixe e aproximadamente sete horas depois, o primeiro caso, indivíduo de 53 anos, apresentou sintomas de fortes dores no corpo, tontura, náuseas e fraqueza. Outros familiares apresentaram os mesmos sintomas.
Em Salvador, nos meses de setembro e outubro, duas unidades hospitalares notificaram a ocorrência de casos da doença de Haff, totalizando seis pacientes que apresentaram início súbito de dor muscular de origem não determinada.
Em 2016, a Bahia também registrou casos da síndrome, o que afetou a venda de pescados em Salvador e Região Metropolitana. Na época, os casos foram registrados na capital, Valença e em Guarajuba (Camaçari).
Orientações gerais à população:
• Aos primeiros sintomas, busque uma unidade de saúde imediatamente e identifique outros individuos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possiveis novos casos da doença.
Aos profissionais de saúde:
• Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiolise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 a 72 horas.
• Evitar o uso de antiinflamatórios.
• Na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK), TGO e monitorização da função renal;
Bahia registra 23 mortes e 1.590 novos casos de covid-19 em 24h
A Bahia registrou 23 mortes e 1.590 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quinta-feira (12). No mesmo período, 1.407 pacientes foram considerados curados da doença (0,4).
Dos 369.259 casos confirmados desde o início da pandemia, 354.813 já são considerados recuperados e 6.564 encontram-se ativos.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,54%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.979,89), Itabuna (6.692,05), Madre de Deus (6.689,42), Almadina (6.661,79), Aiquara (6.567,70).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 760.605 casos descartados e 87.993 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quinta-feira (12/11).
Na Bahia, 29.836 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 23 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.
Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.882, representando uma letalidade de 2,13%.
Perfis
Dentre os óbitos, 56,10% ocorreram no sexo masculino e 43,90% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,38% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,09%, preta com 14,96%, amarela com 0,75%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,72% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,80%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,54%).
A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.
Bahia registra 21 mortes e 1.728 novos casos de covid-19 em 24h
A Bahia registrou 21 mortes e 1.728 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (11). No mesmo período, 1.413 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%).
Dos 367.669 casos confirmados desde o início da pandemia, 353.406 já são considerados recuperados e 6.404 encontram-se ativos.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,58%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.973,35), Itabuna (6.677,52), Almadina (6.661,79), Aiquara (6.567,70) e Madre de Deus (6.566,16).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 757.126 casos descartados e 87.751 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (10/11).
Na Bahia, 29.723 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 21 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.
Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.859, representando uma letalidade de 2,14%.
Perfis
Dentre os óbitos, 56,06% ocorreram no sexo masculino e 43,94% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,35% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,09%, preta com 14,98%, amarela com 0,75%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,73% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,80%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,55%).
A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.
Anvisa autoriza retomada de testes da Coronavac no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quarta-feira (11) que os testes da Coronavac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac para a covid-19, serão retomados no Brasil. O Instituto Butantan coordenam os testes por aqui. A vacina havia sido suspensa na noite da segunda-feira (9) após um "evento adverso grave", que foi a morte de um voluntário.
Na ocasião da suspensão, a Anvisa não detalhou especificamente os motivos. No dia seguinte, ontem, houve embate entre a agência e o Instituto Butatan, em São Paulo, que tem o acordo para fabricar a vacina no país. O diretor do instituto, Dimas Covas, afirmou que o óbito não estava relacionado à vacina e disse estranhar a decisão. Um boletim de ocorrência mostrou que a morte do voluntário, um homem de 33 anos, foi registrado como suicídio.
O diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres, deu uma coletiva de imprensa para afirmar que a decisão foi inteiramente técnica e negar politização, suspeita que surgiu após uma celebração do presidente Jair Bolsonaro (leia mais abaixo). "Objetivamente, não havia essa informação (da causa da morte) entre as que recebemos ontem (segunda)", disse.
Apesar do Butantan ter enviado a notificação da morte, que ocorreu no dia 29 de outubro, no último dia 6, a Anvisa só recebeu na segunda, alegando problemas técnicos por conta de ataques de hackers ao sistema.
O Butantan alega que enviou duas vezes cópias das notificações à Anvisa sobre a morte do voluntário. O instituto disse que as informações sobre o caso foram enviadas pela primeira vez na sexta-feira (6) e reenviadas no começo da noite de segunda (9), horas antes de a suspensão do estudo ser comunicada à imprensa, o que aconteceu pouco depois de um e-mail informar ao Butantan da suspensão.
O diretor da Anvisa afirmou que paralisações de testes são normais em caso de eventos adversos e lembrou que uma outra vacina já ficou seis dias com trabalho suspenso enquanto se compreendia tudo sobre a situação - foi a da Astrozeneca.
Bolsonaro celebrou
A nuvem de suspeição sobre um possível motivo político para a suspensão se criou após uma declaração do presidente Jair Bolsonaro celebrando o fato.
Na terça, depois do diretor do Butantan já ter dito que o evento adverso era uma morte, o presidente escreveu em uma rede social que a suspensão dos testes da vacina era "mais uma que Jair Bolsonaro ganha";
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro.
O presidente se refere a João Doria (PSDB), governador de São Paulo e seu rival político. O acordo entre o Butantan e a Sinovac foi assinado por Doria, já que o instituto é vinculado à Secretaria de Saúde de SP. Esse acordo, que prevê compra de 46 milhões de doses da vacina e transferência da tecnologia para o Brasil, já havia sido alvo de conflito entre governo estadual paulista e governo federal. O MInistério da Saúde chegou a anunciar que compraria vacina chinês, mas a negociação foi desautorizada por Bolsonaro.
Vacina Sputnik V tem 92% de eficácia, diz governo russo
A Rússia anunciou que a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleia contra a Covid-19, é 92% eficaz. A informação é baseada nos dados preliminares de estudos da fase 3.
Segundo o estudo, a eficácia foi confirmada após 20 casos confirmados de covid em voluntários que tomaram a vacina e o placebo, em uma primeira análise provisória obtida 21 dias após a primeira injeção.
A taxa de eficácia é calculada a partir da proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado. Na prática, se uma vacina tem 90% de eficácia, isso significa dizer que a pessoa tem 90% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for.
A informação foi divulgada pelo Instituto Gamaleya, ligado ao Ministério da Saúde do país, e o fundo de investimento russo que financia o desenvolvimento da vacina.
De acordo com comunicado, atualmente, 40 mil voluntários participam de ensaios clínicos duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo da Sputnik V, dos quais mais de 20 mil foram vacinados com a primeira dose e mais de 16 mil receberam duas doses.
Pfizer
Na última segunda-feira (9), a Pfizer anunciou que a sua vacina experimental da Pfizer tem mais de 90% de eficácia. A vacina está na fase 3 e é desenvolvida em parceira com a alemã BioNTech.
Segundo a Pfizer, a análise provisória foi conduzida após 94 participantes do estudo desenvolverem a Covid-19 e examinar quantos deles receberam a vacina em comparação com o placebo. Para confirmar a taxa de eficácia, a empresa vai continuar o estudo até que haja 164 casos de covid-19 entre os participantes.
De acordo com Bill Gruber, que acompanha os estudos, esse número pode ser alcançado no início de dezembro. "Estou quase em êxtase", afirmou Gruber. "Este é um grande dia para a saúde pública e para o potencial de nos tirar a todos das circunstâncias em que estamos agora."
Bahia registra 20 mortes e 1.955 novos casos de covid-19 em 24h
A Bahia registrou 20 mortes e 1.955 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (10). No mesmo período, 1.605 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).
Dos 365.941 casos confirmados desde o início da pandemia, 351.993 já são considerados recuperados. Ao todo, 7.838 pessoas já perderam a vida para a doença no estado e, pelo menos, 6.110 pessoas estão com a doença ativa.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,64%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.947,23), Itabuna (6.668,61), Almadina (6.661,79), Aiquara (6.567,70) e Madre de Deus (6.532,97).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 752.871 casos descartados e 87.213 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça.
Na Bahia, 29.625 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 20 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.
Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.838, representando uma letalidade de 2,14%.
Perfis
Dentre os óbitos, 56,03% ocorreram no sexo masculino e 43,97% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,31% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,09%, preta com 14,99%, amarela com 0,74%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,76% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,83%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,55%).
A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.