Bahia inicia venda de ingressos para confronto com o Coritiba
O Bahia iniciou a venda de ingressos para o confronto com o Coritiba. A partida será disputada no próximo domingo (7), às 16h, na Fonte Nova, pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A partir desta quarta-feira (3), a venda dos ingressos ocorre de forma exclusiva para os sócios do clube através do site da Arena Fonte Nova.
Na quinta-feira (4), a comercialização será aberta para o público geral. Além do site da Arena, os bilhetes estão disponíveis na bilheteria Sul do estádio (Dique do Tororó), nas lojas Turma Tricolor, Tantus Sports e Mascote Tricolor.
Como tem feito nos últimos jogos, o Bahia colocou uma carga de ingressos com valor promocional. O setor Sudeste custa R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Confira a programação de venda de ingressos
QUARTA (3) – (exclusivo sócios)
Internet – A partir das 10h
Fonte Nova – 10h às 16h (Bilheterias Dique e Ladeira)
Turma Tricolor Multishop Boca do Rio – 8h às 19h
Turma Tricolor Shopping Piedade – 9h às 20h
Tantus Sports (Praça da Revolução Periperi) – 8h às 19h
Mascote Tricolor (Caminho de Areia) – 8h às 19h
QUINTA e SEXTA (4 e 5)
Internet – A partir das 10h (público geral)
Fonte Nova – 10h às 16h (Bilheterias Dique e Ladeira)
Turma Tricolor Multishop Boca do Rio – 8h às 19h
Turma Tricolor Shopping Piedade – 9h às 20h
Tantus Sports (Praça da Revolução Periperi) – 8h às 19h
Mascote Tricolor (Caminho de Areia) – 8h às 19h
SÁBADO (6)
Internet – A partir das 10h (público geral)
Fonte Nova – 10h às 16h (Bilheterias Dique e Ladeira)
Turma Tricolor Multishop Boca do Rio – 8h às 18h
Turma Tricolor Shopping Piedade – 9h às 19h
Tantus Sports (Praça da Revolução Periperi) – 8h às 18h
Mascote Tricolor (Caminho de Areia) – 8h às 14h
DOMINGO (7)
Internet – Até 16h
Fonte Nova – A partir das 13h15 (Bilheteria Dique)
Turma Tricolor Multishop Boca do Rio – 8h às 14h
Tantus Sports (Praça da Revolução Periperi) – 8h às 12h
Mascote Tricolor (Caminho de Areia) – 8h às 14h
Chuva causa transtornos em Salvador
As chuvas que caem desde a madrugada desta quarta-feira (3) causam transtornos em Salvador. Em diversos pontos da cidade, foram registrados alagamentos, buracos e trânsito intenso.
Os bairros de Pituaçu e Boca do Rio foram os que mais acumularam chuva nas últimas seis horas, conforme a Defesa Civil. O último boletim da Codesal foi divulgado às 6h.
Nas últimas seis horas, em Pituaçu, choveu cerca de 70mm. Já na Boca do Rio, o acumulado foi de 57,6mm.
O Inmet emitiu um alerta laranja para o litoral baiano, incluindo Salvador. A previsão é de chuva de até 60 mm por hora e até 100 mm por dia. Além de ventos intensos, que podem chegar a 100km/h. Com isso, há o risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.
Prefeitura vence prêmio que reconhece melhores práticas em redes sociais do Brasil
A Prefeitura de Salvador venceu o Prêmio Social Media Gov de Comunicação Pública, que reconhece as melhores práticas em redes sociais de órgãos públicos do Brasil. A Comunicação Digital da capital baiana foi premiada na categoria Influencer, que considera ações realizadas em parceria com influenciadores digitais. A premiação foi entregue em Florianópolis, na última quinta-feira (27).
A secretária municipal de Comunicação (Secom), Renata Vidal, e o diretor de Comunicação Digital de Salvador, PV Bispo, foram os representantes da gestão no evento. A Prefeitura de Salvador foi a única entidade de governo municipal ou estadual do Nordeste a ser premiada. O troféu fez parte da 12ª edição do Redes WeGov, um dos maiores eventos de Comunicação Pública do país, que reuniu profissionais de mídias sociais, publicitários e jornalistas de todo o Brasil.
“Esse prêmio é um reconhecimento ao trabalho que desenvolvemos na comunicação da Prefeitura, é resultado do trabalho integrado que realizamos também com o jornalismo e a publicidade. O prêmio reflete esse momento tão especial que Salvador vive, com a cidade que segue em transformação e bombando no país, e isso para nós é motivo de muito orgulho”, afirmou Renata Vidal.
O prêmio na categoria Influencer levou em conta duas ações da Prefeitura junto a influenciadores digitais e que obtiveram um alto engajamento nas redes. Primeiro, quando presenteou o criador de conteúdo sul-coreano Dropmeoff com uma camisa ‘Salvador Meu País’, promovendo o orgulho da cidade, e quando lançou um vídeo em parceria com a Rainha da Gambiarra promovendo ações como o uso de camisinha e o respeito às mulheres no São João de 2022.
“Esse resultado mostra a valorização do nosso trabalho na comunicação digital, mas principalmente na integração do online com as outras áreas da comunicação. Ser a única Prefeitura do Norte e Nordeste conquistando o prêmio de reconhecimento nacional é um feito muito importante. Não posso deixar de agradecer à minha equipe, que tem feito a diferença diariamente e merece muito esse reconhecimento”, afirmou PV Bispo.
Além da Influencer, a Prefeitura de Salvador concorreu também nas categorias Atitude e Top Envolvimento, sendo a entidade que mais recebeu indicações na premiação. Exército Brasileiro, Prefeitura de Curitiba, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Senado Federal, Justiça Federal de Santa Catarina (JF-SC) e Ministério Público da Bahia (MP-BA) foram os demais vencedores.
Lideranças dos Povos Indígenas da Bahia submetem propostas ao PPA
Lideranças do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia - Mupoiba, que integram o Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Indígenas submeteram propostas submetidas ao Plano Plurianual Participativo do Governo da Bahia. Representantes foram recebidos na Secretaria do Planejamento, nessa terça-feira (18).
A entrega de propostas faz parte do processo de escuta social para a elaboração dos programas e ações da gestão estadual para os próximos quatro anos (2024-2027).
Entre as demandas apresentadas, destacam-se algumas áreas, como a educação, com a necessidade de valorização da carreira de professor indígena, promovendo a equiparação salarial e a realização de concurso público, além da concessão de bolsa permanência para os estudantes indígenas; a saúde com a garantia de infraestrutura e equipamentos de saúde qualificados nas aldeias e a segurança, visando a proteção dos territórios indígenas com a criação e a efetivação da ronda indígena nas aldeias.
A superintendente de Políticas para os Povos Indígenas da Secretaria da Promoção da Igualdade, Patrícia Pataxó, que promoveu o encontro, explicou que o trabalho de construção das sugestões de iniciativas governamentais para o PPA envolveu a participação de representantes de diversos povos indígenas.
“Dizer da felicidade de estar aqui nesse momento ímpar. Essa abertura para os povos indígenas, que precisam dessa escuta. Por uma questão de logística e distância, nem sempre os nossos povos indígenas conseguem participar adequadamente das plenárias. Passamos uma semana em diálogo permanente com diversas lideranças da Bahia para que a gente pudesse coletar todas essas demandas”, disse.
Na Bahia vivem 30 povos indígenas, em quase 200 comunidades, totalizando 60 mil indígenas, vivendo em 47 municípios, segundo o coordenador geral do Mupoiba, Agnaldo Pataxó Hã-Hã-Hãe. Ele revela que o diálogo com o governo estadual é fundamental e que as demandas vem sendo tratadas pelo governador Jerônimo Rodrigues. “Nós apresentamos ao governador, durante a campanha, as demandas dos povos indígenas para o Programa de Governo Participativo. Elas serviram de base para a construção desse documento, com a participação de 300 parentes, que entregamos ao PPA”.
O secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, destacou a felicidade por receber as lideranças dos povos indígenas na Seplan, valorizando a importância do momento de resgaste histórico dos povos indígenas vivido no Brasil e na Bahia, sob a liderança do primeiro governador indígena da história.
Prefeitura de Salvador anuncia implantação de mais 46 leitos no Hospital Martagão Gesteira
Vinte pessoas, entre adolescentes e adultos, foram conduzidas pela polícia na Bahia por envolvimento com produção e disseminação de boatos sobre ataques em instituições de ensino ou tentativas de causar pânico. Na manhã desta quinta-feira (13), um estudante do Colégio Estadual Luiz José de Oliveira ameaçou professores e colegas.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), redes sociais como WhatsApp, Instagram, Facebook e Discord estão sendo monitorados pelas forças de segurança. "Seremos rígidos com aqueles que seguem tentando causar pânico nas nossas escolas. O trabalho integrado com a Educação e a Justiça tem ajudado nos flagrantes e seguiremos com tolerância zero", destacou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.
Informações sobre grupos ou possíveis autores podem ser repassadas através do Disque-Denúncia da SSP, no telefone 181. As informações são tratadas pela Superintendência de Inteligência e imediatamente repassadas para as forças policiais.
Fazenda Grande I
As aulas no Colégio Estadual Luiz José de Oliveira, na Fazenda Grande I, em Salvador foram suspensas após um estudante ameaçar professores e colegas.
Em nota, a SSP informou que o estudante de 20 anos alegou ter sido orientado e instigado por meio de um aplicativo para ameaçar colegas e professores. Ele levou uma faca para a escola para causar pânico na comunidade escolar.
Ainda segundo a SSP, ele contou que baixou um aplicativo e, com isso, criminosos tiveram acesso a conteúdos pessoais e familiares e o estavam chantageando.
O estudante foi detido por equipes da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Cajazeiras) após professores acionarem a polícia. Segundo o comandante da 3ª CIPM, tenente-coronel César Augusto Santiago, ninguém ficou ferido. O suspeito presta depoimento na 13ª Delegacia Territorial (DT/Cajazeiras).
Projeto de Lei que proíbe uso de pistolas d’água é aprovado na CCJ e será votado na Alba
O Projeto de Lei (PL) que proíbe o uso de pistolas d'água no Carnaval de Salvador e em demais festas populares da Bahia, de autoria da deputada Olívia Santana (PC do B), foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e será votado em sessão plenária.
A informação foi confirmada ao CORREIO pela equipe da parlamentar nesta segunda-feira (10). O PL foi aprovado pela CJJ no dia 28 de março.
A medida foi adotada após uma mulher ser encurralada e agredida por integrantes do bloco "As Muquiranas", que costumam usar o objeto no desfile do trio. Ainda não há previsão sobre a data da votação.
Criticada pelo comportamento dos foliões do bloco às mulheres no carnaval deste ano, as Muquiranas anunciou o tema "Deusas da África" para o carnaval 2024.
Em postagem nas redes sociais no domingo (9), o bloco informou que o tema foi "regido por toda espiritualidade e a necessidade de reparação histórica, não só social, mas para todos os foliões".
O bloco ressaltou que possui mais de 70% dos foliões negros e que a representatividade é algo que a gremiação está sempre em busca durante a escolha dos temas.
Delegacias da Mulher baianas estão sem estrutura para cumprir lei
Para algumas mulheres, buscar a Delegacia Especializada da Mulher (Deam) para denunciar uma violência sofrida - seja física, psicológica ou moral, entre outras - significa passar por mais um sofrimento. Entre as maiores dificuldades estão não encontrar um ambiente acolhedor, policiais despreparados para lidar com traumas e o assédio. Diante dos problemas, a Lei Federal n° 14.541, publicada em 4 de abril (quarta-feira), estabelece diversas determinações para melhorar a assistência prestada às vítimas.
As baianas contam com 15 Deams em todo o estado, segundo dados da Polícia Civil da Bahia. Duas delas estão em Salvador - Paripe e Brotas - e são as únicas no estado com atendimento 24 horas, uma das determinações da nova lei. As demais estão espalhadas por outros 13 municípios. Agora, a lei estabelece que todas as unidades funcionem ininterruptamente, inclusive em feriados e finais de semana. Apesar do avanço, as Deam cobrem apenas 3,5% do território baiano, já que a Bahia tem 417 municípios.
Nelas, pela nova legislação, o atendimento passa a ser prestado obrigatoriamente em salas reservadas e, preferencialmente, por policiais mulheres. O que antes não acontecia. O texto define ainda que os policiais encarregados do atendimento deverão receber treinamento adequado para permitir o acolhimento das vítimas de maneira eficaz e humanitária. Nos municípios onde não houver Deam, a delegacia existente deverá priorizar o atendimento da mulher vítima de violência por agente feminina especializada.
Já nos municípios que têm unidades especializadas, fica estabelecido que as delegacias devem disponibilizar um número de telefone ou outro canal de comunicação eletrônico exclusivo para o acionamento da polícia civil em casos de violência contra a mulher. A guarnição deve atender a ocorrência imediatamente após ser notificada.
As determinações, no entanto, chegaram muito depois de Juliana* ter precisado fazer uma denúncia. Após dois anos vivendo um relacionamento aparentemente tranquilo, ela foi convidada pelo namorado para ir a um jantar entre casais. Ao chegar no restaurante, descobriu que havia apenas um amigo do companheiro. O encontro seguiu e ela preferiu não beber. Mesmo assim, foi pressionada diversas vezes a consumir álcool.
Quando decidiu ir embora, por estar se sentindo desconfortável, foi convencida pelo namorado a ir para casa dele. Lá, ele continuou insistindo para que ela bebesse. Ela bebeu e foi dopada. No dia seguinte, sentiu que algo de errado havia acontecido, questionou o parceiro, mas ele negou. Meses depois, descobriu que ele armazena fotos dela no celular, tiradas sem consentimento - assim como de outras mulheres. E que naquela noite ele havia armado um plano para estuprá-la junto com o amigo.
Quando buscou uma Deam de Salvador para denunciar o crime, teve a assistência negada e foi assediada pelo policial que a atendeu. “O cara não parava de olhar para os meus seios. Ele mordia os lábios. Eu fiquei tão constrangida que cruzei os braços. Ele me disse que como não apanhei, eu deveria correr atrás de outra forma e que aquilo acontecia o tempo todo”, contou Juliana*, que chegou a questionar se havia uma policial para atendê-la e teve como resposta um “não, é o que tem para hoje”.
A reportagem questionou a Polícia Civil sobre quais medidas eram tomadas nas unidades especializadas para evitar e punir este tipo de ação dos policiais, mas até o fechamento da edição, não obteve resposta.
Avanço limitado
Os dados da Rede de Observatórios da Segurança apontam que de 2021 para 2022, o índice de violência contra a mulher na Bahia cresceu 58%. Ao todo, foram 348 casos registrados no ano passado. Para Larissa Neves, pesquisadora da instituição, a sensibilização do atendimento prestado nas delegacias significa um avanço necessário. Pois a chegada à delegacia muitas vezes é um dos últimos passos que a mulher vítima de violência consegue dar.
“A chegada na delegacia já é um desafio. Daí chegar neste espaço e não conseguir ter um acolhimento de escuta, humanizado, e de enxergar o momento de vulnerabilidade que a mulher está passando, é preocupante, pois até essa mulher conseguir falar, ela já passou por diversas violências. E o testemunho negativo de uma, afasta ainda mais as outras do ato de denúncia", destaca Larissa.
A presidente da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB-BA), Renata Deiró, salienta que a falta de Deams no estado e de estrutura para manter o atendimento 24h são impasses para garantir a segurança das mulheres. Apesar disso, vê a lei como um avanço, e acredita que se as determinações forem cumpridas como previsto nas unidades que já existem, a diferença será ainda maior.
“Sabemos que 50% dos crimes de violência doméstica são praticados após às 18h, por uma série de fatores socioeconômicos. Há aquele tensionamento durante o dia, com ofensas verbais, gritos, ameaças e quando chega a noite, desemboca para a violência mais grave. Isso faz as mulheres necessitarem de ajuda após às 18h. A lei se torna um divisor de águas, obrigando as delegacias a cumprirem o atendimento 24h”, ressalta Renata.
A presidente da Comissão da OAB Mulher participou do grupo de transição do Ministério da Justiça e apresentou como proposta de trabalho, uma nota técnica sobre o funcionamento do estado do Brasil, atualizada em 2010. Nela, estão presentes todas as medidas estabelecidas pela Lei Federal n° 14.541, exceto a que determina que o número de Deams em cada município seja calculado com base no número de habitantes. O que para Renata, é um déficit. "Todo município a partir de 50 mil habitantes deveriam ter uma Deam e os que tenham mais de 150 mil habitantes deveriam ter no mínimo duas.
Falta de efetivo feminino
Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes, a publicação da lei federal n° 14.541 também é uma oportunidade de pressionar o governo estadual a investir na Polícia Civil. Conforme os dados apresentados por ele, em 2023, a Bahia conta com 5.300 policiais civis, quando o ideal seria o estado ter um efetivo de 11.000. Nesse contingente que já está em déficit, apenas 22% são policiais mulheres, ou seja, 1.200 para 4.100 homens.
Ainda segundo EustácioLopes, a polícia Civil também possui um batalhão formado por uma maioria de policiais prestes a se aposentar. Ao todo, 85% estão com 50 anos de idade ou mais. Apenas 15% dos policiais são jovens entre os 20 e os 40 anos de idade. Todos estes fatores juntos são vistos pelo presidente do Sindipoc como impasses para que a corporação consiga cumprir as determinações da lei publicada na quarta-feira.
“Nem sempre conseguimos fazer o acolhimento nas Deams com [policiais] mulheres. Não tem efetivo para o primeiro atendimento, para não constranger [as vítimas], para acolher. Não conseguimos ter centrais de flagrantes para trazê-las [as vítimas para as delegacias]. Em todas as delegacias falta servidores para o plantão, para o administrativo. Então, o governo [do estado] precisa estruturar, fazer concurso”, ressaltou o presidente do Sindpoc.
A reportagem entrou em contato com a Secretária de Segurança Pública (SSP-BA) e com a Polícia Civil (PC-BA), questionando sobre as medidas previstas para o cumprimento da Lei e o tipo de atendimento prestado às mulheres que buscam as Deams no estado, mas não houve retorno. O governo do estado também foi procurado para falar sobre as demandas do Sindpoc, mas não enviou resposta.
*A fonte pediu para ter sua identidade preservada
Caruru de ouro: preço do quiabo dispara às vésperas da Sexta da Paixão
“Quarenta reais! Está uma facada”. O espanto de um cliente que percorre a Feira das Sete Portas em busca de quiabos para o tradicional caruru da Sexta-feira Santa ecoa entre os outros compradores do local. Com a Semana Santa cada vez mais próxima, os altos preços dificultam os planos de quem não comprou os ingredientes da ceia antecipadamente.
Matheus de Jesus, 19, auxilia o tio em uma barraca da feira. Para obter maior lucro, eles vendem o legume apenas aos centos. Segundo o feirante, cem quiabos custavam R$ 10 na semana passada, até a terça-feira (04) estavam por R$ 24 e, nesta quarta-feira (05), o preço chegou a R$ 40. Há expectativa dos vendedores de que aumente ainda mais nos dias seguintes. Nesse mesmo período do ano passado, o quilo do quiabo saltou de R$ 8 para R$ 12, de acordo com uma pesquisa realizada pela reportagem, na época, na Feira de São Joaquim.
De acordo com o Centro de Abastecimento da Bahia (Ceasa), o quilo do quiabo, nesta quarta-feira (05), custava R$ 14,00. Na Feira das Sete Portas, entretanto, vendedores afirmaram que os preços do legume no centro são os mesmos em todas as lojas: enquanto o cento custa agora R$ 40, o quilo está a R$ 25.
Sonilda Batista, 43, usou a tarde de ontem para comprar os ingredientes do caruru e se assustou com o preço do quiabo. “Aumentou muito! Semana passada eu comprei quiabo e o quilo estava a, se não me engano, R$ 1,99”, declarou.
Devido ao aumento da procura de itens específicos em épocas comemorativas, é comum que os preços também sofram ajustes. Dejair Dias, 24, feirante, afirma que isso acontece todos os anos, devido à alta demanda do período. Para ele, apesar de ser comum que os produtos relacionados às comidas típicas da Semana Santa em Salvador encareçam durante esse período, esse ano o quiabo saiu na frente e foi o único item com uma mudança expressiva.
Ana Patrícia de Jesus, 45, é chef de cozinha e vende comida baiana na Semana Santa há 10 anos. Ela afirma nunca ter visto um aumento tão absurdo e relata dificuldades em traçar estratégias para evitar pagar mais caro. "Nem todos os clientes aceitam a substituição, por ser um prato típico da época. Ou faz pouco, ou paga pelo preço, ou não faz mais. É o jeito para não deixar de ter as comidas tradicionais da época", relata.
Quem conseguiu garantir seus produtos antes da semana do feriado teve vantagem. Lusineide Bispo de Lima Oliveira, 63, faz o tradicional caruru na Semana Santa todos os anos. Sabendo da tendência de alta, ela se preparou antecipadamente. “Sempre aumenta, o triplo do valor, mas eu compro antes e congelo já cortado”, conta ela.
André Luis Ornelas trabalha há seis anos com a venda de abará artesanal e quentinhas de comida baiana. O cozinheiro lamenta ter que passar o valor para os clientes, e relata que alguns não concordam, o que faz com que a clientela diminua. Entretanto, ele afirma que esse problema não é específico da época. “Vale acrescentar que não é só na Semana Santa que isso acontece. Simplesmente os agricultores sabendo que em determinadas épocas do ano o consumidor, por conta das suas tradições, irão sim comprar o produto, ele aumenta o valor e acaba ganhando o triplo, abusando da fé do povo”.
Carta de Princípios tenta barrar violência contra jornalistas; ataques chegam a 1 por dia
Uma profissão de risco. É assim que muitos jornalistas definem a atividade que desempenham todos os dias, e não é para menos. Os dados oficiais apontam que somente no ano passado 376 profissionais da imprensa foram agredidos durante a atividade de trabalho no Brasil. Um ataque por dia. Nesta sexta-feira (7), é comemorado o Dia Nacional do Jornalista e, para marcar a data, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) lançaram uma Rede de Combate à Violência Contra Profissionais de Imprensa, nesta terça-feira (4).
Durante o evento, foi apresentada a Carta de Princípios da Rede e marcada a primeira reunião de trabalho do grupo, que envolve representantes das duas associações, órgãos públicos e empresas de jornalismo. O encontro aconteceu no edifício-sede da ABI, na Praça da Sé, e teve participação de diversas autoridades.
Segundo o presidente do Sinjorba, Moacy Neves, existe cerca de 5 mil jornalistas registrados na Bahia, sendo 3 mil em atuação. Os números não incluem os profissionais de outros estados que trabalham na Bahia. Em 2022, foram 14 casos de agressão contra jornalistas no estado. Este ano, em janeiro e fevereiro, foram cinco ocorrências, mas ele frisou que há subnotificação nos dados.
“Esses são casos que comprovamos, mas para cada caso registrado há dois que deixaram de ser denunciados, porque a categoria tem medo de denunciar, por perseguição e até mesmo por conta da repercussão que pode ter sobre a carreira profissional. A maioria das ocorrências acontece no interior e é praticada por agentes públicos, como prepostos das prefeituras e vereadores”, explicou.
A Rede será uma ferramenta para conter a escalada de ataques que coloca o Brasil entre as nações mais inseguras para o trabalho jornalístico.No dia 16 de janeiro, a então repórter da TV Record Tarsilla Alvarindo, hoje na TV Bahia, foi agredida com um soco no rosto durante a cobertura de um acidente na Avenida Orlando Gomes, no Bairro da Paz. Cinco dias antes, a repórter Priscila Pires e o cinegrafista Davi Melo, da TV Aratu, foram ameaçados por um eleitor de extrema direita no Farol da Barra.
Em julho de 2022, o repórter do CORREIO Bruno Wendel foi agredido por um grupo de manifestantes durante uma motociata na Boca do Rio. Ele recebeu tapas nas costas e foi intimidado. Em março de 2021, a repórter fotográfica do jornal Paula Fróes foi xingada, ameaçada e encurralada durante a cobertura de uma manifestação na Mouraria.
Em 2018, durante um debate para as eleições municipais, o repórter fotográfico Arisson Marinho foi agredido ao registrar a prisão de um militante. Um grupo partiu para cima dele e o fotógrafo foi derrubado com socos e chutes. Na época, os policiais que atenderam a ocorrência tentaram apreender o equipamento do profissional.
O presidente da ABI, Ernesto Marques, explicou que o principal objetivo dessa rede é denunciar e garantir a exposição pública dos crimes e dos agressores, acompanhar os casos e cobrar para que eles não terminem em impunidade.
"Quem tiver coragem para praticar qualquer tipo de violência contra a imprensa vai precisar ter coragem para enfrentar a exposição pública e o coletivo como ele está proposto. A Rede não é só para observar, é para registrar, instaurar o inquérito, acompanhar a atuação do Ministério Público e a denúncia que for oferecida à Justiça, para que nenhum caso caia no esquecimento”, disse ele.
Violência
Dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) apontam que houve crescimento de 133% nas ocorrências de ameaças, hostilizações e intimidações contra profissionais de imprensa no Brasil, em 2022, na comparação com o ano anterior. As agressões físicas aumentaram 88,46%, passando de 26 para 49 registros.
Nesta terça-feira, representantes das polícias Civil, Militar e da Segurança Pública informaram que as equipes estão passando por capacitações. O major Sandes Júnior, informou que a corporação iniciou um curso de media training que vai alcançar toda a tropa e tem por objetivo melhorar o trabalho com a imprensa.
O chefe de gabinete da SSP, Nelson Pires Neto, lembrou que os policiais não tem o direito de apreender o equipamento de trabalho dos repórteres, que podem ser filmados no exercício da função e que os órgãos públicos têm o dever de serem transparentes. O assessor especial da Polícia Civil, Ricardo Barros, repudiou os ataques à imprensa e disse que existe uma minuta que será chancelada pela instituição.
“A assessoria técnica da delegada geral se debruçou sobre esse assunto e apresentou uma minuta de oficio circular de observância obrigatória para todos os servidores, com medidas como o atendimento prioritário da ocorrência [envolvendo jornalistas], a separação do autor do crime da vítima no momento do registro, informar a vítima sobre o andamento das investigações e concluir o inquérito no prazo legal”, afirmou.
Segurança
A definição do que é fazer jornalismo passou por mudanças no decorrer dos séculos, mas a gerente de jornalismo da Rede Bahia, Ana Raquel Copetti, explica que existem alguns pontos que não foram alterados, independentemente da época.
“O que não muda é o compromisso do jornalismo em transformar a sociedade a partir das histórias que ele pode contar. Isso nunca vai mudar. Nada vai substituir o jornalismo de retratar a verdade e buscar os lados da história para que as pessoas possam fazer os julgamentos. É um fiscalizador do funcionamento da sociedade”, disse.
Ela frisou que para que o trabalho seja exercido com plenitude o jornalista precisa ter liberdade, segurança e a garantia da integridade. A editora chefe do CORREIO, Linda Bezerra, endossou o discurso. “O jornalista é uma espécie de escultor da democracia. Se o jornalista trabalha sem segurança, a nossa democracia está em risco, o país está em risco e, por isso, é muito importante a composição dessa Rede e que todos assumam esse compromisso com a segurança”, afirmou.
Participaram do encontro representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal de Salvador, Secretarias de Comunicação do Estado e de Salvador, Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.
Leia a Carta de Princípios da Rede aqui - https://sinjorba.org.br/wp-content/uploads/2023/04/CARTA-DE-PRINCIPIOS-REDE.pdf
Confira algumas ações listadas pelas autoridades no evento:
Curso de media trainee para toda a tropa da Polícia Militar;
Prioridades nas delegacias no atendimento das ocorrências envolvendo agressões contra jornalistas;
Separação entre o autor do crime e a vítima no momento de registrar o boletim de ocorrência;
Disponibilizar suporte, como carro ou pessoal, quando for necessário;
Informar ao jornalista que é vítima sobre o andamento das investigações;
Fazer a apuração com celeridade para concluir o inquérito no prazo legal;
Frisar que os agentes públicos não têm o direito de apreender o equipamento de trabalho dos repórteres e que os órgãos precisam ser transparentes;
Mobilizar outras entidades para integrar a rede;
Confira o que abre e o que fecha em Salvador e RMS na Semana Santa
O feriado da Semana Santa está chegando. Com isso, alguns serviços em Salvador e Região Metropolitana vão funcionar em horários especiais na sexta-feira (7), sábado (8) e domingo (9). Confira abaixo.
SHOPPINGS
Shopping da Bahia
Sexta-feira (7)
Lojas e quiosques: 12h às 21h
Praças de alimentação e restaurantes:12h às 21h
Clivale: fechada
Pão de Açúcar: 12h às 21h
Bodytech: 9h às 13h, com acesso exclusivo pela estacionamento D5
Playland: 12h às 21h
Cinema conforme programação no site
Planeta Criança: 12h às 21h
Sábado (8)
Lojas e quiosques: 12h às 21h
Praças de alimentação e restaurantes: 9h às 22h
Clivale: 7h às 13h
Bodytech: 8h às 15h
Domingo (9)
Lojas e quiosques: 13h às 21h
Lojas âncoras, praça de alimentação e restaurantes: 12h às 21h
Clivale: fechada
Bodytech: 9h às 13h (com acesso exclusivo pela estacionamento D5)
Shopping Bela Vista
Sexta-feira (7)
Das 12h às 20h
Cinema conforme programação no site
Academia conforme programação no site
Centro Médico Bela Vista conforme programação no site
Sábado (8)
Das 9h às 22h
Cinema conforme programação no site
Academia conforme programação no site
Centro Médico Bela Vista conforme programação no site
Domingo (9)
Das 12h às 20h
Cinema conforme programação no site
Academia conforme programação no site
Centro Médico Bela Vista conforme programação no site
Shopping Center Lapa
Sexta-feira (7)
Americanas, Pernambucanas e Riachuelo: 11h às 17h
Praça de alimentação: 11h às 19h
Sábado (8)
Lojas e quiosques: 8h30 às 19h30
Praça de alimentação: 8h30 às 19h30
Domingo (9)
Americanas e Riachuelo: 11h às 17h
Praça de alimentação: 11h às 19h
Cinema funcionará em horário normal
Shopping Paralela
Sexta-feira (07)
Lojas, academia, supermercado, salão de beleza e farmácias: 13h às 21h
Praça de alimentação e atrações de lazer: 12h às 21h
Sábado (08)
9h às 22h
Atrações de lazer: a partir das 12h
FEIRAS E SUPERMERCADOS
Ceasa
Segunda-feira (3) e quarta-feira (5): 4h às 17h
Terça-feira (2) e quinta-feira (6): 5h às 17h
Sexta-feira (7): fechado
Sábado (8): 5h às 13
Mercado do Rio Vermelho
Segunda-feira (3) até quinta (6): 7h às 18h
Sexta-feira (7): fechado
Sábado (8): 7h às 18h
Domingo (9)
Boxes: 7h às 14h
Praça de alimentação: 7h às 16h
Mercado do Ogunjá
Segunda-feira (3) a quinta-feira (6): 6h às 18h
Sexta-feira (7): fechado
Sábado (8): 6h às 18h
Domingo (9): 6h às 14h
Sete Portas
Segunda-feira (3) a quinta-feira (6): 6h às 18h
Sexta-feira (7): 6h às 13h
Sábado (8): 6h às 18h
Domingo (9): 6h às 13h
Mercado de Paripe
Segunda-feira (3) a quinta-feira (6): 6h às 18h
Sexta-feira (7): 5h às 14h
Sábado (8): 6h às 18h
Domingo (9): 6h às 14h
Supermercados Assaí
Lojas Salvador:
ASSAÍ CIDADE BAIXA (CALÇADA)
Das 7h às 22h
ASSAÍ GOLF CLUB (JARDIM CAJAZEIRAS)
Das 7h às 22h
ASSAÍ PARIPE
Das 7h às 22h
ASSAÍ MUSSURUNGA
Das 7h às 22h
ASSAÍ BARRIS
Das 7h às 22h
ASSAÍ CABULA
Das 7h às 22h
ASSAÍ VASCO DA GAMA
Das 7h às 22h
Lojas do Interior:
ASSAÍ LAURO DE FREITAS
Das 7h às 22h
ASSAÍ CAMAÇARI
Das 7h às 22h
ASSAÍ FEIRA DE SANTANA
Das 7h às 22h
ASSAÍ TOMBA (FEIRA DE SANTANA)
Das 7h às 22h
ASSAÍ PAULO AFONSO
Das 7h às 22h
ASSAÍ SERRINHA
Das 7h às 22h
ASSAÍ JUAZEIRO
Das 7h às 22h
ASSAÍ VITÓRIA DA CONQUISTA
Das 7h às 22h
ASSAÍ JEQUIÉ
Das 7h às 22h
ASSAÍ GUANAMBI
Das 7h às 22h
ASSAÍ ILHÉUS
Das 7h às 22h
ASSAÍ SENHOR DO BONFIM
Das 7h às 22h
ASSAÍ ITAPETINGA
Das 7h às 22h
ASSAÍ BARREIRAS
Das 7h às 22h
ASSAÍ TEIXEIRA DE FREITAS
Das 7h às 22h
REPARTIÇÕES PÚBLICAS
Bancos
Sexta-feira (07): não haverá expediente - as áreas de autoatendimento ficarão disponíveis para os clientes, assim como os canais digitais e remotos de atendimento (internet e mobile banking)
Correios
Sexta-feira (7): não haverá atendimento nas agências
Sábado (8): expediente apenas nas agências que já atendem nesse dia. Também serão realizadas atividades de entrega.
TRE-BA
De quarta-feira (5) até domingo (9): atendimento suspenso na secretaria e nos cartórios eleitorais de todo o estado
OUTROS SERVIÇOS
Ferreira Costa
O home center estará aberto em horário especial, das 9h às 19h. O estacionamento é gratuito.