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Bahia com Tudo

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Os sindicatos dos trabalhadores dos Correios decidiram decretar greve por tempo indeterminado já que não houve acordo na proposta de reajuste salarial em curso. A avaliação dos funcionários é que a greve precisa acontecer para que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos. Eles também se colocam contra a privatização da estatal. A paralisação foi decidida assembleia na segunda-feira (17), segundo a colunista Crla Araújo, do portal UOL.

De acordo com a publicação, os Correios informaram que estão cientes do estado de greve nos estados do Amapá, Bahia, Brasília, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, além dos municípios de Santos (SP) e no Vale do Paraíba (SP).

À coluna, o presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, afirmou que “a divulgação de informações deturpadas ou inverídicas prejudica os funcionários, a empresa e a população em geral”.

“O que testemunhamos é uma tentativa de confundir os empregados acerca de temas sobre os quais a direção dos Correios não tem influência: os estudos de desestatização são conduzidos pelos órgãos competentes e baseados em minucioso planejamento que visa, ao fim e ao cabo, à determinação da melhor alternativa para a empresa e para a sociedade”.

De acordo com o secretário da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), Emerson Marinho, a greve será nacional. “Todos os sindicatos decidiram pela paralisação hoje”. Segundo ele, nos locais onde há terceiro turno de trabalho a greve começará às 22 horas de hoje. Já nos demais locais, em todo o país, a paralisação será iniciada a partir da meia-noite.

Por se tratar de um serviço essencial, inclusive salientado no decreto de calamidade pública assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, os sindicatos avisam que o mínimo de trabalhadores será mantido.

Marinho diz que a proposta da estatal é injusta e tira benefícios, por exemplo, de filhos dependentes com necessidades especiais. “Não podemos permitir esse retrocesso de direitos”.

O homem que estuprou e engravidou a sobrinha de 10 anos no Espírito Santo foi preso durante a madrugada desta terça-feira (18). A informação foi divulgada pelo governador Renato Casagrande (PSB).

"Que sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza. Detalhes da operação serão repassada pela equipe segurança ainda hoje", disse o governador.

Foragido, R. H. de J., de 33 anos, ex-presidiário, ele já chegou a cumprir pena por tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma. O novo mandado de prisão, por estupro de vulnerável, foi expedido pela 3.ª Vara Criminal de São Mateus, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), na quarta-feira passada (12).

De acordo com a polícia, a prisão aconteceu na madrugada desta terça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os policiais civis capixabas estão voltando com o acusado para o Espírito Santo, mas não há previsão de quando ele chegará ao estado.

Grávida de cerca de 20 semanas, a criança interrompeu a gravidez em Recife, em Pernambuco. Ela já tinha desenvolvido diabetes gestacional. Com a descoberta da gestação, o tio da criança passou a ser investigado por estuprá-la desde os seis anos de idade.

Repercussão
Apesar de a legislação prever a interrupção da gravidez em caso de violência sexual, a jovem teria tido o atendimento negado na unidade de referência no Espírito Santo, estado onde mora e, por isso, precisou ir a Pernambuco para realizar a interrupção da gravidez. Ao tomar conhecimento da vinda da criança, grupos contrários e favoráveis ao procedimento se aglomeraram em frente ao Cisam. O tumulto se formou com direito a bate boca e empurrões.

Ela chegou ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no Recife, por volta das 16h. Cerca de uma hora depois, o óbito fetal já havia sido induzido, através de medicamentos. Segundo o médico Olímpio Barbosa, diretor da unidade de saúde, o processo de expulsão do feto leva de 12h a 24h. O diretor do Cisam disse que foi contactado após a decisão da Justiça. "Recebi uma ligação solicitando ajuda. Me passaram a decisão da Justiça e eu já tinha acompanhado o caso através da imprensa. O que fizemos é o que consta na Lei, que garante o abortamento em caso de estupro. Eu considero, no caso de uma criança de 10 anos que não deseja a gravidez, um ato de tortura."

O médico ainda destacou que a menina corria risco de vida, caso a gravidez fosse mantida. "Não é algo natural. Se trata de um organismo que não está formado. Há risco de hemorragia, parto prematuro, hipertensão algumas centenas de vezes mais alto do que em uma mulher adulta. O mais importante é preservar a vida dessa criança", argumentou.

Cumprindo medida judicial do estado do Espírito Santo para interromper a gestação de uma menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio, o médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho lamentou os protestos contra o procedimento, ocorrido neste domingo (16), e contra o qual se colocaram grupos religiosos pró-vida.

Em entrevista à BandNews, o profissional comentou que sua reação aos movimentos “foi de tristeza”. “Pessoas que defendem a vida chamando a criança de assassina, querendo fazer justiça dessa forma, logo em uma maternidade que acolhe mulheres em risco, fazendo barulho em um hospital com 104 mulheres internadas. Nunca passei por nada parecido”, declarou o médico.

Segundo Olímpio Barbosa, são realizados cerca de 50 procedimentos relacionados ao estupro por ano no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), em Pernambuco, onde a criança capixaba foi atendida. Ainda de acordo com o médico, é comum meninas de 11 a 12 anos procurarem assistência médica para uma gravidez vinda de uma violência sexual.

“Se nós não fizéssemos nada, o Estado brasileiro estaria conivente com a dor e a violência. O mais importante é que ela não queria, foi torturada, obrigar uma criança a ter uma gravidez forçada é um absurdo”, observou.

O médico gestor do Cisam-UPE afirmou ainda que o caso da menina de 10 anos é raro, por não ser comum uma criança desta idade ovular e possibilitar uma gravidez, e disse que, se a gestação não fosse interrompida, provavelmente ela teria complicações por não ter um corpo desenvolvido.

País da hipocrisia
O Cisam-UPE é referência no tipo de procedimento e de acolhimento às vítimas, e para Olímpio há uma "hipocrisia" no assunto de interromper gestações vindas de estupros.

“A classe alta procura o aborto com maior frequência do que a classe desfavorecida. O Brasil é o país da hipocrisia. A defesa da vida é uma falácia. Se consideram que o embrião tem vida, deveriam estar nas portas das clínicas de reprodução humana, que descartam milhares de embriões”, pontuou.

Confira a entrevista do médico obstetra à BandNews FM.

Criança passa bem
A criança de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio conseguiu expelir o feto espontaneamente nesta segunda-feira (17), após indução iniciada por médicos do Cisam, no Recife (PE). Agora pela manhã a garota passou por avaliação mutiprofissional que analisou a necessidade de uma curetagem para retirar os últimos vestígios do feto, segundo informação do Uol.

A criança está acompanhada pela avó e por uma assistente social que veio com ela do Espírito Santo, onde a garota mora. "Quando ocorre a indução do aborto pela medicação, às vezes não sai completo; se isso ocorrer, ela deve ser submetida à curetagem ainda hoje. Se tudo seguir bem, ela deve ter alta amanhã", explica Benita Spinelli, coordenadora de enfermagem da unidade.

A menina foi para o Recife depois que o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, em Vitória (RS), se recusou a realizar o aborto. Segundo reportagem do Fantástico, a equipe da unidade alegou que já passava do tempo de gravidez em que o aborto é permitido, mesmo com autorização judicial afirmando que é legítimo e legal o aborto acima de 20/22 semanas no casos de gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e feto com anencefalia.

A enfermeira contou que o processo de aborto demora horas, mas até agora tudo segue conforme se espera. "Para se fazer esse procedimento, existe uma sequência. Assim que ela chegou, foi feita a indução, mas isso leva algumas umas horas. Ela já expulsou, na verdade, e agora está sendo atendida por essa equipe multiprofissional", explica.

A coordenadora classificou de "balbúrdia" os protestos diante do hospital, que tentaram impedir o aborto da criança.

"Uma coisa completamente contraditória; pessoas fazendo esse tipo de atividade na porta de um hospital, que é um local que requer silêncio, tranquilidade, ainda mais por ser uma criança de 10 anos, que há quatro anos era estuprada, que teve de sair para outro estado para ter seu direito garantido", criticou.

"Nós temos que poupar ela dessa balbúrdia que foi feita ontem na porta de um hospital", diz ela, ressaltando que se trata de uma menina em situação extremamente vulnerável, que foi protegida como possível do que aconteceu do lado de fora. Nesta segunda, o local estava tranquilo, sem manifestantes.

Ataques recorrentes
Segundo a Polícia Civil, a menina era vítima de estupros desde quando tinha 6 anos de idade. No último dia 7, acompanhada de uma tia, ela deu entrada em um hospital público de São Mateus, a 220 km de Vitória, afirmando acreditar que estava grávida, o que foi confirmado por exames.

A menina contou então que era vítima de abusos há quatro anos, mas não denunciava o tio por conta de ameaças que sofria. O suspeito de 33 anos foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça está foragido.

Buscas na Bahia
Segundo o portal G1, a polícia do Espírito Santo chegou a fazer buscas pelo suspeito no Sul da Bahia. Ele chegou a morar em Ibirapuã, antes de se mudar para a cidade capixaba.

Procurada pelo CORREIO para saber detalhes das buscas na Bahia, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito (SESP) informou em nota que, "no que lhe compete, tem empenhado esforços no sentido de localizar o autor do crime e dar cumprimento ao mandado de prisão expedido pela justiça em seu desfavor".

"A Polícia Civil, por meio da Superintendência de Polícia Regional Norte (SPRN), com o apoio da Superintendência de Polícia Especializada (SPE), tem realizado buscas de forma incansável e sem prazo determinado. (...) O inquérito policial que investigava o caso, instaurado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de São Mateus, foi concluído na última quinta-feira (13), e o suspeito, de 33 anos, foi indiciado pela prática dos crimes de ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal, e de estupro de vulnerável, previstos no artigo 217-A do Código Penal, ambos praticados de forma continuada. Policiais civis de São Mateus fizeram buscas em possíveis endereços onde o suspeito poderia estar escondido, no entanto, ele não foi localizado e passou a ser considerado foragido. Cabe destacar que qualquer agência de segurança pode cumprir o mandado de prisão", destaca a nota, sem informar se a polícia da Bahia participou das buscas.

Ainda segundo o governo capixaba, "neste momento não há incursões sendo realizadas no Estado da Bahia" e denúncias que auxiliem no trabalho da polícia e contribuam para localização de suspeitos podem ser feitas por meio do Disque - Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br.

A Bahia registrou 69 novas mortes, confirmadas após investigações ocorridas entre 22 de maio e este domingo (16), em decorrência da covid-19, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) divulgado nesta segunda-feira (17).

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram 1.085 novos casos confirmados da doença (taxa de crescimento de + 0,5%) e 2.189 curados (+1,1%).

Dos 217.115 casos confirmados desde o início da pandemia, 199.181 já são considerados curados e 13.459 encontram-se ativos.
A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 413 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (31,69%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Almadina (4.795,02), Dário Meira (4.547,15), Salinas da Margarida (4.180,76), Itapé (4.166,19) e Ibirataia (4.088,30).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 410.546 casos descartados e 82.075 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta segunda.

Na Bahia, 18.105 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 69 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se, segundo a Sesab, a uma sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 4.475, representando uma letalidade de 2,06%.
Dentre os óbitos, 55,93% ocorreram no sexo masculino e 44,07% no sexo feminino.

Em relação ao quesito raça e cor, 50,82% corresponderam a parda, seguidos por branca com 15,33%, preta com 15,17%, amarela com 0,87%, indígena com 0,13% e não há informação em 17,68% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 76,11%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (78,13%).

Uma das maiores referências em planejamento familiar do país, o médico baiano Elsimar Metzker Coutinho, que estava internado com covid-19 desde 20 de julho, não resistiu à doença e morreu nesta segunda-feira (17). Inicialmente, ele deu entrada no Hospital Aliança, em Salvador, mas foi encaminhado para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Cientista pioneiro no desenvolvimento de anticoncepcionais femininos e na fabricação de implantes hormonais, Elsimar tinha 90 anos e deixa esposa, Tereza Coutinho, filhos e netos. Elsimar chegou a fazer hemodiálise e traqueostomia, e estava sob os cuidados do Dr. Roberto Kalil Filho.

Formado nos cursos de Farmácia e Medicina pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), o médico tinha mais de meio século de carreira em pesquisa. Fundador do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (Ceparh), no bairro da Federação, ele era autoridade mundial em tratamentos de infertilidade provocada por endometriose e miomatose. Quando estudante, Elsimar chegou a estudar nos EUA ao lado de George Corner, descobridor do hormônio feminino progesterona.

Em longa entrevista ao CORREIO em abril deste ano, na véspera do seu aniversário de 90 anos, o médico respondeu com bom humor quando foi perguntado se tinha uma vida sexualmente ativa. “Claro. É que ainda sou novo, só tenho 90 anos”, brincou ele, que na ocasião ainda falou sobre morte, aborto e menstruação.

Pojuca, Paris, Salvador
Nascido na região metropolitana de Salvador, na cidade de Pojuca, Elsimar herdou do pai o interesse pela medicina. Depois de cursar duas graduações na Ufba, ele conseguiu uma bolsa pública, paga pelos governos brasileiro e francês, para estudar na Sorbonne, Universidade de Paris, ao lado do professor Claude Fromageot. Por lá, se interessou pelo estudo dos hormônios, assunto ao qual se dedicou até seus últimos dias.

Ao voltar da França, Elsimar tornou-se professor da Escola de Farmácia da Ufba, mas logo foi convidado a se aperfeiçoar em estudo e pesquisa na área de endocrinologia reprodutiva na Fundação Rockfeller, hoje Rockfeller University, em Nova York, onde conheceu Corner.

De volta ao Brasil, Dr. Elsimar assumiu a direção de pesquisas clínicas da Maternidade Escola da Ufba, que mais adiante viria a ser a Maternidade Climério de Oliveira, com sede no bairro de Nazaré, mas atualmente funcionando provisoriamente no Hospital Salvador, na Federação. A maternidade foi o primeiro centro de referência para estudos e pesquisas na área da Reprodução Humana da Organização Mundial da Saúde no Brasil.

No início dos anos 1960, o médico estava dedicado a pesquisar sobre a progesterona e sua ação na prevenção do trabalho de parto prematuro e descreveu o efeito anticoncepcional da substância. A partir dali, ele começou a propor os primeiros testes de anticoncepcionais injetáveis, combinados com estrogênio.

Por causa destes experimentos, Elsimar passou a se destacar e se tornar um dos maiores especialistas em reprodução e planejamento familiar do país. O médico participou do desenvolvimento dos primeiros anticoncepcionais injetáveis de efeito prolongado (Depo Provera), entre outros métodos, como o implante em bastonete inserido sob a pele do braço das mulheres e a pílula vaginal, pesquisados ao longo dos quarenta anos de ligação com a Faculdade de Medicina da Ufba, da qual se aposentou compulsoriamente em 2000, aos 70 anos.

Em seu site pessoal, consta que foi de sua autoria o primeiro caso relatado na literatura médica sobre regressão de mioma numa grávida, publicado em 1982. Além de tudo, ele chegou a presidir o South to South, um organismo internacional que reune pesquisadores de países em desenvolvimento, localizados no Hemisfério Sul, para o desenvolvimento conjunto de novos métodos contraceptivos mais adequados como um à base de gossipol, uma fração de óleo de algodão com efeito anti-espermatogênese, tida como a primeira proposta de pílula anticoncepcional masculina, entre outras ideias.

Elsimar Coutinho era membro de 32 sociedades médicas e, só até o ano de 2000, havia participado de mais de 250 congressos como conferencista convidado. Ao todo, publicou mais de 350 trabalhos científicos, a maioria em revistas médicas internacionais como Nature, Endocrinology, Fertility and Sterility, American Journal of Obstetrics and Gynecology e Contraception.

Também publicou e editou mais de dez livros, a maioria no exterior. Sua obra sobre a menstruação, publicada em 1996, chegou à 8ª edição. A versão inglesa do livro foi lançada pela Oxford University Press e recebeu elogios de revistas médicas como Lancet, Journal of the American Medical Association (JAMA) e do British Medical Association cujo reviewer o classificou como obra prima.

Atualmente, ele mantinha consultórios não só em Salvador, mas também em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, para onde viajava praticamente todas as semanas.

O Google, o Facebook e o Twitter, até o final da noite desta segunda-feira (17), deverão retirar do ar todas as informações divulgadas nas plataformas da criança que que sofreu violência sexual em São Mateus, no Espírito Santo. O pedido foi feito pela Defensoria Pública do Espírito Santo (DP-ES), sob o argumento que os dados causam constrangimento à menina e aos familiares. As informações foram divulgadas por uma líder extremista.

Em um trecho da decisão, o juízo do plantão ressalta que “não se pretende obstar o direito à liberdade de expressão, o qual é, inclusive, constitucionalmente assegurado, à luz do art. 5º, inciso IV da CF, entretanto, consoante se extrai dos autos os dados divulgados são oriundos de procedimento amparado por segredo de justiça”. Caso das empresas descumpram a medida, será aplicada uma multa diária de R$ 50 mil.

A partir de amanhã (18), as agências da Caixa passarão a funcionar em novo horário, das 8h às 13h, para o atendimento a serviços essenciais. Até hoje (17), o horário é das 8h às 14h.

O banco reforça que não é preciso madrugar nas filas, pois todas as pessoas que chegarem nas agências durante o horário de funcionamento serão atendidas.

Aplicativo
Os recursos do saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do auxílio emergencial podem ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem. Os usuários que precisam atualizar o cadastro no aplicativo podem enviar a documentação pelo próprio app.

Pagamentos em espécie
Nesta terça-feira (18) começa o saque em espécie do auxílio emergencial para os beneficiários do Bolsa Família com NIS final 1. Já no Saque Emergencial do FGTS podem realizar saque em espécie os trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro.

Canais digitais
A Caixa orienta os clientes a acessarem os serviços do banco por meio dos canais digitais. Os clientes podem usar Internet Banking pela internet ou celular. Estão disponíveis ainda os serviços em aplicativos para acesso a informações e transações de cartões de crédito, FGTS, benefícios sociais e habitação.

A Advocacia-Geral da União (AGU) recuperou 3,29 bilhões para os cofres públicos no primeiro semestre de 2020, por meio de cobranças judiciais e acordos. O valor, que engloba apenas atuações da Procuradoria-Geral da União (PGU) e da Procuradoria-Geral Federal (PGF), é 32,83% maior que o obtido no mesmo período do ano passado, quando foram arrecadados R$ 2,48 bilhões. As informações são da Agência Brasil.

Somente no âmbito da PGF, responsável pela representação judicial de autarquias e fundações públicas federais, foram R$ 2,39 bilhões recuperados no primeiro semestre deste ano – 11% a mais que no mesmo período de 2019. De acordo com a AGU, montante foi obtido por meio de ações regressivas, de ressarcimento e de cobranças dos valores devidos às 164 autarquias e fundações federais.

Já na PGU, foram R$ 895,7 milhões arrecadados. Segundo a AGU, esse valor é recorde para os primeiros seis meses do ano e supera, inclusive, a quantia arrecadada pela unidade durante todo o ano de 2019.

Parte significativa do montante, cerca de R$ 459,5 milhões, é decorrente da atuação coordenada entre a Advocacia-Geral, a Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) e o Ministério Público Federal (MPF), que permitiu o recebimento de recursos depositados ou bloqueados pela Justiça no âmbito da Operação Lava Jato.

Também foram arrecadados R$ 166,3 milhões referentes ao acordo celebrado entre a AGU, o MPF e a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), empresa que explora os serviços de transporte ferroviário de carga no Centro-Oeste. No total, o acordo prevê a devolução de mais de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos.

Outra recuperação relevante ocorreu por meio de acordo celebrado pela Advocacia-Geral da União e outros ministérios com a mineradora Vale. A empresa se comprometeu a ressarcir os cofres públicos em R$ 12,6 milhões em virtude das despesas do governo federal com o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro do ano passado.

A avaliação negativa do Congresso Nacional cresceu cinco pontos percentuais, três acima da margem de erro, do fim de maio para cá, aponta pesquisa Datafolha divulgada na noite de domingo (17). Segundo análise do jornal Folha de S. Paulo, o resultado coincide com o arrefecimento do conflito institucional alimentado por Jair Bolsonaro no primeiro semestre.

Já o Supremo Tribunal Federal, outro polo de conflito com o chefe do Executivo durante a primeira metade do ano, manteve sua avaliação estável —embora oscilando negativamente, dentro da margem.

O arrefecimento do conflito institucional alimentado por Jair Bolsonaro no primeiro semestre coincidiu com uma piora da avaliação do Congresso Nacional.

O Datafolha fez seu levantamento com 2.065 pessoas por telefone, em 11 e 12 de agosto.

A julgar o cenário de médias, a atual legislatura mantém certa estabilidade, após uma queda mais acentuada no auge da disputa com o Executivo.

Em relação à pesquisa feita em 25 e 26 de maio, a aprovação do Congresso se manteve estável: de 18% para 17% de ótimo e bom. Já a reprovação subiu de 32% para 37%. Os que acham o trabalho de deputados e senadores regular oscilaram negativamente de 47% para 43%.

Enquanto isso, a atuação dos 11 ministros do STF se manteve estável. O índice de ótimo e bom oscilou de 30% para 27%, o de regular, de 40% para 38%, e o de ruim/péssimo, de 26% para 29%.

Na rodada anterior, tanto a corte quanto o Congresso haviam experimentado uma queda na rejeição popular ante a pesquisa feita em dezembro de 2019: os ministros, de 39% a 26%, e os parlamentares, de 45% para 32%.

Até o fim de junho, a temperatura política foi extremamente alta. Bolsonaro e o Congresso tiveram uma queda de braço pelo manejo do Orçamento e, depois, pelas medidas de combate à pandemia. Isso se somou à retórica usual do presidente, de negação da política de coalizão e crítica contumaz aos partidos.

Secretário da Saúde de Salvador, Léo Prates divulgou ontem em sua conta pessoal no Twitter que a capital baiana é 6ª entre todas do Brasil com mais Equipes de Saúde da Família, com 319 equipes. O número é histórico para a cidade, que já foi a última neste mesmo ranking, de acordo com Ministério da Saúde.

Além disso, a capital baiana alcançou 55,13% de cobertura de Atenção Primária. Em 2012, esse número era de 18%, de acordo com o Secretário Léo Prates: “A atenção básica é a estrutura mais importante do SUS, na minha visão. Ela é quem evita que os pacientes agravem e no final ela evita que você perca vida. O Sistema Básico de Saúde visa prevenção e essa é a coisa mais importante. Quando o prefeito ACM Neto assumiu, a cidade tinha 18% de atenção primária e hoje chegamos a 55%, um esforço para que Salvador tenha uma cobertura digna por sua saúde”.

Grandes cidades costumam ter um número menor neste indicador de atenção básica por um motivo simples: a população costuma ser maior. De acordo com o Caderno de Avaliação de Monitoramento da Atenção Básica (Camab), elaborado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), essa conta é feita levando em consideração o número de equipes de Saúde da família equipes de atenção básica e a população do município.

Léo Prates diz que Salvador deve, inclusive, subir mais algumas casas no ranking de Equipes de Saúde da Família porque a capital baiana tem à disposição um total de 346 equipes atendendo a população soteropolitana. Além disso, Salvador tem 153 postos.

Especialista em Saúde Pública, Danielli Costa explica que a saúde no Brasil é dividida em três atenções: primária, secundária e terciária. Em resumo, a primária serve como uma porta de entrada para o sistema de saúde. A Organização Pan-Americana de Saúde aponta que a Atenção Primária “cuida das pessoas e não apenas trata doenças ou condições específicas”.

Segundo a OPAN, esse setor oferta atenção integral o mais próximo possível do ambiente cotidiano dos indivíduos, famílias e comunidades. Isso inclui um espectro de serviços que vão desde a promoção da saúde (por exemplo, orientações para uma melhor alimentação) e prevenção (como vacinação e planejamento familiar) até tratamento de doença agudas e infecciosas, controle de doenças crônicas, cuidados paliativos e reabilitação.

“Ter uma atenção básica forte impacta em maior número de medidas preventivas. Se você previne uma diabetes, por exemplo, desafoga o sistema hospitalar que integra a atenção terciária e representa o final dessa cadeia. A atenção primária traz uma segurança nas outras etapas do sistema de saúde como um todo”, explica Danielli.

A Organização Mundial da Saúde define a atenção primária, ou básica, em cima de três pilares. O primeiro deles é garantir que as pessoas tenham acesso a serviços abrangentes de promoção, proteção, prevenção, cura, reabilitação e cuidados paliativos ao longo da vida, priorizando estrategicamente as principais funções do sistema voltadas para indivíduos, famílias e população em geral como elementos centrais da prestação de serviços integrados em todos os níveis.

Em segundo lugar está uma ação de forma sistemática sobre os determinantes mais amplos de saúde por meio de políticas públicas e ações baseadas em evidências em todos os setores. Por fim, a ideia de empoderar indivíduos, famílias e comunidades para otimizar sua saúde, como defensores de políticas que promovam e protejam a saúde e o bem-estar, como cuidadores de saúde de si mesmos e de outras pessoas.

De acordo com o Camad, a Bahia tem cobertura estimada de Atenção Básica, atualmente, em 77,6%. Entre 2008 e 2018, houve um aumento de aproximadamente 21% neste número.