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Bahia com Tudo

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O Governo do Estado vai iniciar a flexibilização do sistema de transporte intermunicipal na Bahia. Para isso, a taxa de ocupação dos leitos de UTI precisa permanecer abaixo de 70%. Caso isso ocorra, a retomada será iniciada no começo da próxima semana. O ponto de partida será a liberação da circulação de ônibus e embarcações entre cidades distantes até 100 quilômetros de Salvador. Para tornar o processo o mais seguro possível e evitar a contaminação pela COVID-19, alguns protocolos serão exigidos, como a testagem periódica dos funcionários que atuam nos transportes e terminais, e a ocupação da capacidade em 50%. A Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) e a Agerba estão acompanhando e fiscalizando as determinações para a reabertura.

"A partir de agora iremos realizar o retorno progressivo, lento e gradual da retomada do transporte intermunicipal. Estamos no terceiro dia seguido com taxa de ocupação dos leitos de UTI abaixo de 70% em Salvador. Usamos o parâmetro de ocupação dos leitos para retomar o transporte. Se continuarmos até o final de semana com esse índice abaixo dos 70%, iremos liberar o transporte metropolitano de Salvador e o transporte intermunicipal em cidades que estão até 100 quilômetros de distância da capital. Para as demais regiões ainda iremos aguardar mais um pouco em função da taxa de ocupação de leitos voltados para a covid-19", explicou o governador Rui Costa durante o programa Papo Correria em suas redes sociais na ultima quinta-feira (6).

No sistema hidroviário (Lanchinhas e Ferry Boat) continua valendo a ocupação máxima em 50%. A novidade será o cumprimento do quadro de horário regular, incluindo sábados, domingos e feriados. Lanchinhas voltam a funcionar a partir das 5h00 até as 21h, e os ferries com saídas de hora em hora, de 5h às 23h30. A operação de Catamarãs para Cairu (Morro de São Paulo) será retomada, cumprindo o quadro de horário regular e também com restrição de embarque de 50% da capacidade das embarcações.

Os ônibus intermunicipais vão poder circular com 50% de ocupação, venda de passagens antecipadas e testagem dos funcionários. Fazem parte desta categoria 42 municípios, que terão os transportes liberados entre si, a exemplo estão as cidades de Salvador, Feira de Santana, Alagoinhas e Santo Antônio de Jesus, não podendo operar fora do raio definido. As saídas e chegadas de transporte interestadual também poderão ser retomadas apenas nas 42 cidades listadas a seguir, cumprindo todos os protocolos citados, a exemplo de Salvador X Aracaju. Não podendo sair linhas interestaduais de municípios que não estão na lista.

Já as operações das linhas metropolitanas serão retomadas em todas as cidades com ligação rodoviária. Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho, que mantinham linhas operando devido à ligação física entre os municípios, passam a operar linhas também com Camaçari, Candeias, Dias D'Ávila, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, São Francisco do Conde e São Sebastião do Passé.

Além das novas regras, continuam em vigor medidas de higienização regular e proibição de entrada e permanência de passageiros sem máscara facial em embarcações, veículos e terminais. Nos terminais, o funcionamento dos guichês deverá cumprir os protocolos impostos pelos órgãos de saúde e fazer cumprir medidas de distanciamento entre passageiros e funcionários. As medidas serão adotadas em todo o plano de retomada dos serviços em transportes, e foram definidas a partir de critérios técnicos.

Confira como fica a retomada gradativa de cada categoria:

TRANSPORTE HIDROVIÁRIO

Ferry-boat (Salvador – Itaparica)
Saídas de hora em hora, nos dois sentidos, das 5h00 às 23h30

Lanchas (Salvador – Vera Cruz)
Saídas de Vera Cruz: 5h00 às 19h30
Saídas de Salvador: 6h30 às 21h00

Catamarãs (Salvador - Morro de São Paulo)
Saídas de Salvador: 9h00, 10h30, 13h30 e 14h30
Saída de Morro de São Paulo: 9h00, 11h30 e 15h00

TRANSPORTE METROPOLITANO

Retorno das operações de linhas entre as cidades de:

Camaçari
Candeias
Dias D'Ávila
Madre de Deus
Mata de São João
Pojuca
São Francisco do Conde
São Sebastião do Passé

(incluindo Salvador, Simões Filho e Lauro de Freitas, que estavam operando entre si)

TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL - 42 cidades

Autorizado retorno de mais de 100 linhas de longa distância, intermunicipais, distantes de Salvador em até 100 quilômetros. Cidades fora deste raio não estão autorizadas a retomar os transportes, com quadro de horário regular.

Retorno das operações de linhas entre as cidades de:

ALAGOINHAS
AMÉLIA RODRIGUES
ANTONIO CARDOSO
ARAÇAS
ARAMARI
ARATUÍPE
CACHOEIRA
CATU
CONCEIÇÃO DA FEIRA
CONCEIÇÃO DO ALMEIDA
CONCEIÇÃO DO JACUIPE
CORAÇÃO DE MARIA
CRUZ DAS ALMAS
DOM MACEDO COSTA
FEIRA DE SANTANA
GOVERNADOR MANGABEIRA
IPECAETÁ
IRARÁ
ITANAGRA
JAGUARIPE
MARAGOGIPE
MUNIZ FERREIRA
MURITIBA
NAZARÉ
PEDRÃO
SALINAS DA MARGARIDA
SANTO AMARO
SANTO ANTÔNIO DE JESUS
SANTO ESTEVÃO
SÃO FELIPE
SÃO FELIX
SÃO GONÇALO DOS CAMPOS
SAUBARA
TEODORO SAMPAIO
CAMAÇARI
CANDEIAS
DIAS D'ÁVILA
MADRE DE DEUS
MATA DE SÃO JOÃO
POJUCA
SÃO FRANCISCO DO CONDE
SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ

A gasolina, com uma alta de preços de 3,42% em julho, foi o item que mais impactou a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no mês. Os combustíveis, de uma forma geral, subiram 3,12%, devido a aumentos de preços no óleo diesel (4,21%), etanol (0,72%) e gás veicular (0,56%).

“A gasolina continua revertendo o movimento que teve nos meses de abril e maio. Já havia subido em junho e voltou a subir em julho”, disse o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Pedro Kislanov.

Os transportes foram o grupo de despesas que teve maior influência no IPCA de julho, com alta de 0,78%.

O IPCA fechou o mês em 0,36%, influenciado também pelo aumento do custo com habitação (0,80%), puxado pela alta de preços da energia elétrica (2,59%). Outros grupos que tiveram impacto importante na inflação foram saúde e cuidados pessoais (0,44%), artigos de residência (0,90%) e comunicação (0,51%).

Os alimentos subiram apenas 0,01% e tiveram pouco impacto na inflação de julho. Três grupos registraram deflação (queda de preços): vestuário (-0,52%), despesas pessoais (-0,11%) e educação (-0,12%).

A Caixa credita nesta sexta-feira (7) o auxílio emergencial para 3,9 milhões de beneficiários nascidos em junho. O pagamento faz parte do ciclo 1 de concessões da ajuda federal de R$ 6oo (R$ 1,2 mil para mães solteiras), criada para reduzir os efeitos da crise econômica causada pela pandemia da Covid-19. Os saques e transferências estarão liberados no dia 22 de agosto.

No ciclo 1, o crédito na poupança social da Caixa está agendado para o período de 22 de julho a 26 de agosto, conforme o mês de nascimento. Os saques e transferências estão sendo feitos de 25 de julho a 17 de setembro. No total, o pagamento das quatro parcelas será feito para 46,4 milhões de pessoas.

A Caixa tem disponibilizado o auxílio em uma poupança digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem. Pelo aplicativo é possível fazer compras online em estabelecimentos autorizados e pagar boletos.

O saque em dinheiro do benefício, em uma agência do banco, é autorizado posteriormente, conforme calendário definido pelo governo, considerando o mês de nascimento do beneficiário. As transferências para outros bancos ou para contas na própria Caixa seguem o mesmo calendário de saque. Nesse caso, os recursos são transferidos automaticamente para as contas indicadas pelo beneficiário.

A quebra do sigilo bancário do policial militar aposentado Fabrício Queiroz revela novos empréstimos do amigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à primeira-dama Michelle Bolsonaro. A informação é de uma reportagem da revista Crusoé publicada nesta sexta-feira (7).

Segundo a revista, os extratos contrariam a versão apresentada recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Entre as transações de Queiroz, até aqui se sabia que haveria repasses que somavam R$ 24 mil para a mulher do presidente.

Em entrevistas após a divulgação do caso, Bolsonaro disse que o ex-assessor repassou a Michelle dez cheques de R$ 4.000 para quitar uma dívida de R$ 40 mil que tinha com ele (essa dívida não foi declarada no Imposto de Renda). Também afirmou que os recursos foram para a conta de sua mulher porque ele “não tem tempo de sair”.

Mas, segundo Crusoé, os cheques que caíram na conta de Michelle somam R$ 72 mil, e não os R$ 24 mil até então revelados nem os R$ 40 mil ditos pelo presidente.

A quebra de sigilo atingiu a movimentação financeira de Queiroz de 2007 a 2018. Nesse período, não há depósitos de Jair Bolsonaro na conta do ex-assessor que comprovem o empréstimo alegado. Assim, se o empréstimo ocorreu, foi feito em espécie.

Márcia, mulher de Queiroz, destinou R$ 11 mil à primeira-dama

O jornal Folha de S. Paulo diz ter confirmado as informações obtidas pela revista Crusoé e apurado ainda que a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, pagou pelo menos quatro cheques a Michelle em 2011, no valor total de R$ 11 mil.

Os repasses ocorreram em dois períodos. Entre 2011 e 2013, Márcia e Queiroz pagaram cerca de R$ 40 mil em cheques à primeira-dama. Em 2016, foram nove cheques de R$ 4 mil.

Queiroz e Bolsonaro se conheceram no Exército e são amigos há mais de 30 anos. Foi por meio de Jair que o ex-assessor ingressou no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

O ex-PM é acusado de comandar um suposto esquema de rachadinha, em que servidores devolveriam parte de seus salários ao filho mais velho do presidente da República.

A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 3.953 novos casos da Covid-19 e 53 novas mortes por causa da doença, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), na noite desta quinta-feira (6).

Com isso, o número de casos da doença confirmados no estado sobe para 183.690 e o de mortes para 3.789. De acordo com a Sesab, a taxa de crescimento no número de casos, nas últimas 24 horas, foi de 2,2% e 1,4% no de mortes.

São consideradas recuperadas 165.984 pessoas, e 13.917 estão com o vírus ativo, podendo transmiti-lo.

O primeiro caso do novo coronavírus na Bahia foi confirmado no dia 6 de março. Foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, que voltou da Itália em 25 de fevereiro. No país europeu, ela teve passagens por Milão e Roma.

A primeira morte de uma pessoa infectada pelo vírus no estado ocorreu em março, quando a Bahia tinha 147 casos confirmados. O paciente era um homem de 74 anos, que estava internado em um hospital particular de Salvador. Ele estava entubado e em diálise contínua.

Os casos confirmados ocorreram em 411 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (33,49%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Almadina (4.154,47%), Dário Meira (4.005,60%), Gandu (3.647,81%), Itajuípe (3.596,70%) e Ipiaú (3.333,12%).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 360.125 casos descartados e 82.843 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quinta.

Na Bahia, 16.203 profissionais da saúde tiveram diagnóstico positivo para Covid-19, a maioria técnicos ou auxiliares de enfermagem.

O boletim completo está disponível no site da Secretaria de Saúde e também em uma plataforma disponibilizada pela Sesab.

Taxa de ocupação
Dos 2.791 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para o novo coronavírus, 1.484 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 53%. Dos leitos de UTI (adulto e pediátrico) disponíveis no estado, 65% estão ocupados.

Em Salvador, de acordo com a Sesab, dos 1.420 leitos ativos, 797 estão ocupados, o que representa uma taxa de ocupação de 56%. Já o leitos de UTI adulto, que são os que contam para a flexibilização do comércio na capital baiana, estão com 60% de ocupação.

A taxa de ocupação de leitos de UTI pediátrica em Salvador está em 48%. Com relação aos leitos de enfermaria, a capital baiana tem taxa de ocupação de 51% (adulto) e 78% (pediátrico).

A Sesab ressaltou que o número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.

O historiador e professor Jaime Sodré morreu nesta quinta-feira (6), aos 73 anos, em Salvador. Ainda não há informação do que causou a morte de Sodré, que era doutor em HIstória da Cultura Negra e referência na área. Também estudava as Religiões de Matriz Africana. Monica Silva, uma amiga da família que estava na casa de Sodré pela tarde, confirmou a morte do historiador. A suspeita é que ele tenha morrido de infarto.

Sodré era professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), antigo Cefet.

A morte de Sodré acontece apenas três dias após a perda de outra referência para a educação na Bahia, o professor Jorge Portugal, ex-secretário de Cultura do estado, que morreu na segunda (3) por conta de um problema cardíaco.

Jaime Santana Sodré Pereira nasceu em 19 de fevereiro de 1947 em Salvador. Ele se formou em Desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 1975.

Fez ainda mestrado em Teoria e História da Arte, apresentando trabalho sobre a influência da religião afro-brasileira na obra de esculturas de Mestre Didi.

Entre 1995 e 2011, Sodré publicou diversos artigos sobre a Cultura Negra, como a antologia Literatura e Afrodescendência no Brasil, e o livro Da Diabolização à Divinização: A Criação do Senso Comum, publicado pela editora Edufba.

Durante toda a sua carreira acadêmica, ganhou diversos prêmios, como o troféu Caboclo da Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (2005), e o 2º lugar no Prêmio Funarte (2003), além de homenagens, como a medalha Zumbi dos Palmares, da Câmara Municipal de Salvador. Sodré também fez parte do Conselho do Olodum, entre o final da década de 1990 e o ano 2000.

Homenagens
Presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro lamentou a perda. "Professor Jaime sempre deu aulas de vida. Com um conhecimento ancestral, levava tudo com uma leveza e generosidade que encantava. Não tenho mais palavras, só emoção de perder um grande amigo e conselheiro, gênio da raça", afirmou, em nota.

A deputada estadual Olívia Santana também comentou. "Acabo de receber a noticia da morte do professor e historiador, Jaime Sodré, meu amigo e ex-vizinho. Mais uma terrível perda para a luta antirracista e para todo o povo baiano. Momento de muita dor. Que ano difícil", escreveu ela, nas redes sociais.


Muito emocionada, a jornalista e doutora em antropologia Cleidiana Ramos contou ao CORREIO que considerava Sodré um pai. "O professor Jaime Sodré foi um dos grandes intelectuais que eu conheci. A nossa relação de fonte e repórter virou para uma grande amizade passei a considerá-lo um padrinho. Gentil, com uma sensibilidade inigualável para a arte, pois era compositor, artista plástico, escritor. Era xicarangoma, sacerdote músico, do Tanuri. Junsara e oloê, uma espécie de conselheiro do Bogum. Tinha um verdadeiro amor pela sua religião, o candomblé, e um ativista contra o racismo e a intolerância religiosa pela via da educação. É uma perda inigulável", lamentou.

Doutor em Sociologia (USP) e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o professor Fábio Nogueira publicou uma homenagem ao educador: "Lamento a perda desse ícone cultural nacional, um verdadeiro acervo intelectual para nós. Meus sentimentos aos familiares e amigos".

Amiga de Jaime Sodré, a diretora baiana Fabiola Aquino publicou uma homenagem. "São dias tristes por sucessivas e dolorosas perdas de nossos importantíssimos griôs, intelectuais e pensadores negros que nos deram lastro e norte para melhor compreender o mundo repleto de contradições e coisas belas. Exemplos de uma luta que esta longe de cessar. Hoje partiu para o Orun Mestre Jaime Sodré, fonte de grande inspiração na tessitura da montagem de "Àkàrà no fogo da intolerância", um dos cantos digitais onde o nosso amigo Jaime viverá para sempre, entre nossos corações e os frames do documentário. Que sejamos capazes de honrar todo extenso e valoroso legado que construiu e avançarmos, JUNTOS, na luta pela cultura da paz promovendo o diálogo inter-religioso. Descanse em paz bom amigo", escreveu.

Jaime Sodré foi personagem no documentário “Àkàrà no fogo da intolerância”, lançado em junho/2020, que teve produção executiva de Fabiola.

Ex-repórter do CORREIO, a diretora e roteirista Julia Ferreira escreveu uma homenagem ao professor. "Conheci o querido Jaime Sodré há uns 15 anos, como repórter do jornal Correio*. Eu estava descobrindo a força do candomblé, e ficamos horas conversando sobre isso. Nos tornamos amigos imediatamente. Jaime tinha um lado místico muito forte, era um leitor de almas. Enxergava as pessoas por dentro. Com ele, aprendi a desenvolver e confiar na minha intuição. Acabei indo morar fora, mas seus ensinamentos permaneceram. Essa é uma perda inestimável para mim, para a Bahia, pois Jaime era um pensador brilhante. Triste! Mas certeza que onde ele está, está num bom lugar. Era uma alma linda", publicou nas redes sociais.

O governador Rui Costa (PT) também lamentou a grande perda e fez uma homenagem nas redes sociais. Confira.

Para contribuir com a aprendizagem e ampliar os conhecimentos dos alunos durante pandemia, a ferramenta virtual de leitura "Árvore de Livros" atende estudantes da rede municipal nos anos finais de ensino. A plataforma abriga um acervo com mais de 30 mil títulos para alunos e professores, gratuitamente, pelo período de cinco meses. A iniciativa, liderada pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), visa potencializar o conhecimento dos aprendizes.

Em mais de duas semanas, a plataforma já acumula mais de 150 livros lidos, 108 indicados e mais de 1.500 emprestados. Além do acervo diversificado, oferece ferramentas pedagógicas que auxiliam o professor, como os relatórios de leitura que mostram o progresso dos estudantes, a possibilidade de realizar indicações de livros, envio de atividades pela plataforma, projetos e trilhas de leitura alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Os educadores podem acessar e aplicar o conteúdo junto com os alunos. O estudante tem acesso a um ambiente lúdico, que estimula a leitura a partir das funcionalidades da plataforma e da Liga de Leitores, um campeonato nacional. O ambiente virtual também permite que os jovens acessem somente livros indicados para sua faixa etária.

"Essa iniciativa é muito legal, pois, com o acesso gratuito a vários livros de diversos gêneros e autores, temos a oportunidade aprender e não ficar estressados com tudo isso que estamos passando. Na plataforma, há uma função que nos permite indicar livros para os colegas, sendo assim todo mundo pode se conectar com a leitura", afirma o estudante Davi Campos.

"Ações como essa permitem que a interação entre professores e alunos aconteça mesmo fora de uma sala de aula tradicional. É um espaço seguro, que nos permite continuar construindo conhecimento. Estou gostando muito, além de ler para elaborar roteiros para meus alunos, encontro muitos livros interessantes para mim também", ressaltou a professora da rede municipal Anna Frascolla.

Cada escola foi responsável pela mobilização e entrega dos códigos para acesso dos alunos. Ao todo, a tecnologia educacional vai atender 22.843 alunos do ensino fundamental, matriculados do 6º ao 9º ano, e 7.452 professores.

"A parceria com a 'Árvore de Livros' é mais um instrumento de estímulo aos nossos alunos, para que gostem e se interessem cada vez mais pela leitura. Além do conhecimento proporcionado, o contato com os livros, de literatura ou de outros gêneros, promove diversas vantagens, como a melhoria da interpretação de textos, o aperfeiçoamento da aprendizagem da língua portuguesa, entre outras", destacou o o titular da Smed, Bruno Barral.

A taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes com a Covid-19 caiu para 60% nesta quinta-feira (06), a menor já registrada desde que o percentual é calculado, no início de maio. Dessa forma, a fase dois da retomada das atividades econômicas já pode acontecer na próxima segunda-feira (10).

O protocolo conjunto elaborado pela Prefeitura e governo do Estado prevê que, entre as fases de reabertura, é preciso que haja um ciclo de 14 dias de intervalo. Esse ciclo se encerra hoje (06). Além disso, para o começo da fase dois, é preciso que a taxa esteja em no máximo 70% por cinco dias, que podem ser contados dentro do ciclo de intervalo. Hoje, é o quinto dia com a taxa nesse patamar.

No último dia 30, a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com o novo coronavírus foi de 68%. No dia 31, de 70%. No dia 4, de 68%. Ontem (05), alcançou 67% e, hoje, 60%. Teoricamente, a fase dois de reabertura poderia acontecer nesta sexta-feira (06), mas o prefeito ACM Neto já avisou que isso só ocorrerá a partir de segunda (10), para evitar aglomerações em bares e restaurantes no Dia dos Pais, domingo (09).

Na fase dois, poderão reabrir, mediante a obediência dos protocolos geral e específico, academias de ginástica e similares; barbearias, salões de beleza e equivalentes; centros culturais, bibliotecas, museus e galerias de arte; lanchonetes, bares e restaurantes.

Aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros, a caderneta de poupança voltou a atrair o interesse dos brasileiros em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19). No mês passado, os investidores depositaram R$ 27,14 bilhões a mais do que retiraram da aplicação, informou nesta quinta-feira (6) o Banco Central. Em julho do ano passado, os brasileiros tinham sacado R$ 1,61 bilhão a mais do que tinham depositado.

O resultado de julho é o maior já registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995. Com o resultado do mês passado, a poupança acumula entrada líquida de R$ 111,58 bilhões nos sete primeiros meses do ano.

A aplicação tinha começado o ano no vermelho. Em janeiro e fevereiro, os brasileiros retiraram R$ 15,93 bilhões a mais do que depositaram. A situação começou a mudar em março, com o início da pandemia da covid-19, quando os depósitos passaram a superar os saques.

O interesse dos brasileiros na poupança se mantém apesar da recuperação da bolsa de valores nos últimos meses e da melhora das condições de outros investimentos, como títulos do Tesouro. Nos dois primeiros meses da pandemia, as turbulências no mercado financeiro fizeram investidores migrar para a caderneta.

Rendimento
Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança atraiu mais recursos mesmo com os juros básicos em queda. Com as recentes reduções na taxa Selic, o investimento está rendendo menos que a inflação.

Nos 12 meses terminados em julho, a aplicação rendeu 3,12%, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que serve como prévia da inflação oficial, atingiu 2,13%. O IPCA cheio de junho será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) amanhã (7).

Para este ano, o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, prevê inflação oficial de 1,63% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com a atual fórmula, a poupança renderia 1,4% este ano, caso a Selic de 2% ao ano, definida ontem (5) pelo Banco Central, estivesse em vigor desde o início do ano. No entanto, como a taxa foi sendo reduzida ao longo dos últimos meses, o rendimento acumulado será um pouco maior.

Histórico
Até 2014, os brasileiros depositaram mais do que retiraram da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões, e em 2018, com captação líquida de R$ 38,26 bilhões. Em 2019, a poupança registrou captação líquida de R$ 13,23 bilhões.

Sete organizações sociais da Bahia receberam mais de R$ 1,5 milhão para apoiar famílias atingidas pela pandemia de covid-19 no estado. As doações foram viabilizadas pelo Itaú Social e o valor será usado para envio de kits de higiene, limpeza, refeições, gás de cozinha e cestas básicas para comunicades vulneráveis.


As doações acontecem após análises preliminares para identificar as regiões mais vulneráveis e as necessidades básicas da população. As sete organizações foram escolhidas para permitir uma maior distribuição das doações.

“Nesse momento, é preciso somar esforços dos diferentes atores da sociedade, em parceria com os governos, para garantir rapidamente à população, especialmente às crianças e adolescentes, o acesso à saúde, educação, informação e alimentação”, destaca Camila Feldberg, gerente de Fomento do Itaú Social. “As ações precisam ser rápidas e efetivas. Atuamos com as organizações sociais porque elas conhecem bem os territórios e as suas necessidades”.

Os recursos disponibilizados fazem parte da doação de R$ 150 milhões realizada pelo Itaú Unibanco por meio da Fundação Itaú para Educação e Cultura (que reúne Itaú Social e Itaú Cultural) e do Instituto Unibanco; e a edição emergencial do programa Comunidade, Presente!, voltada este ano para apoiar financeiramente as ações das OSCs no auxílio às famílias e aos comércios locais durante a pandemia.

Veja as organizações que receberam o apoio:

Casa do Sol Padre Luís Lintner, em Salvador - R$ 997.200 destinados para apoiar 2100 famílias
Associação Pracatum Ação Social (Apas), emm Salvador - R$ 112.500 destinados para apoiar 250 famílias
Escola Comunitária Maramar, em Maraú - R$ 26.196 destinados para apoiar 59 famílias
Profissionais da Área de Saúde Promovendo Ações Sociais, em Teixeira de Freitas - R$ 90.000 destinados para apoiar 300 famílias
AVSI Brasil, em Salvador - R$ 250.000 destinados para apoiar 490 famílias
Associação Indígena Kirir da Aldeia Pau Ferro, em Benzaê - R$ 26.520 destinados para apoiar 52 famílias
Sociedade Beneficente Luz Proterora, em Santo Amaro - R$ 51.000 destinados para apoiar 100 famílias