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As Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) vão gerir o hospital de campanha da Arena Fonte Nova, que será reaberto por conta da piora da pandemia em Salvador. O governador Rui Costa explicou que houve dificuldades para conseguir contratar uma organização para gerir a unidade, com todas alegando que não conseguiriam formar uma equipe para atender no local.

“Ontem (quinta) fiz apelo às Obras Sociais Irmã Dulce. Hoje, pela manhã, estiveram na Arena, também se reuniram com a Secretaria da Saúde e aceitaram assumir a gestão”, contou Rui.

De acordo com o governador, o processo de contratação já está avançado e a Osid deve, nos próximos dias, assumir o hospital. “Nos comprometemos a fazer uma grande mobilização com eles para a contratação de pessoal. A grande dificuldade hoje em dia é montar equipe para fechar escalas de sete dias, 24 horas por dia. Está sendo difícil e por isso muitos relutaram em aceitar. Quero agradecer às Obras Sociais Irmã Dulce que se dispuseram nesse momento tão difícil para a Bahia, como nossa Santa Dulce sempre fez, a estender a mão ao povo baiano”, destacou Rui.

Segundo o edital da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), o hospital terá 200 leitos, sendo 100 de Terapia Intensiva (UTI) e 100 clínicos, que serão abertos progressivamente. De imediato estarão disponíveis 50 leitos de UTI e 30 clínicos. A grande dificuldade é mesmo na contratação de pessoas.

As equipes já estão sendo formadas e a ideia é inaugurar assim que possível. “Estamos com os equipamentos já instalados, temos insumos no estoque, mas não podemos abrir sem fechar as escalas das equipes", explica.

Salvador: agentes funerários protestam por prioridade na vacinação contra covid-19


Agentes funerários realizaram um protesto nas imediações do 5º Centro de Saúde, na Avenida Centenário, na manhã desta sexta-feira (26), para pedir a inclusão da categoria entre os grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19 em Salvador. O ato começou com uma pequena carreata do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) até o local da manifestação, que ocorreu entre às 10h30 e às 13h.

Segundo o presidente do Sindicato de Empresas Funerárias do estado da Bahia (Sindef), Carlos Brandão, o desejo é que os agentes sejam vacinados juntamente com os trabalhadores da saúde, como indica o Ministério da Saúde. No Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, a pasta aponta que “funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados” integram a classe prioritária dos trabalhadores da saúde.

“Nossa luta é em todo o estado, mas em Salvador, por ser a capital e ter mais hospitais e óbitos, tentamos dar uma pressionada nos órgãos públicos [com o protesto] por ter mais risco. Não temos os dados de infecção dos agentes no estado, mas sabemos que existe um número grande e com a ocorrência de reinfecção”, afirmou o presidente do sindicato.

Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) informou, em nota, já ter feito o contato com o sindicato da categoria para assegurar a imunização dos agentes funerários que trabalham diretamente na manipulação dos cadáveres.

“O sindicato ficou de enviar a lista dos trabalhadores até quarta-feira (3). Posteriormente, o cronograma de imunização deste grupo será definido e divulgado, destacando que o município também depende da quantidade de doses repassadas pelo Ministério da Saúde”, pontuou a pasta da capital em nota.

De acordo com a entidade de classe, o público alvo da vacinação em Salvador é de 400 a 450 agentes funerários e 3.500 em todo o estado. Questionada sobre a vacinação, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia apenas informou seguir o plano nacional de imunização e ressaltou que "cabe às secretarias municipais de saúde a vacinação”.

A insatisfação não se restringe à cidade de Salvador já que a classe só está sendo vacinada em 72 dos 417 municípios da Bahia, segundo Brandão. Em Feira de Santana e Vitória da Conquista, também existe uma preocupação com os agentes funerários pela falta de vacinação desses trabalhadores apesar do número de casos e óbitos nestes locais. Procuradas, as prefeituras de ambas as cidades não responderam até a publicação do texto.

Nenhum novo protesto está marcado na Bahia. A expectativa é de que o ato na capital reverbere para o interior e seja possível resolver a questão da vacinação da classe com diálogo e por meio de ofícios enviados às gestões municipais. Caso o grupo não seja inserido na prioridade de vacinação nas cidades baianas, o sindicato considera entrar com uma ação no Ministério Público do Estado da Bahia.

Em resposta ao Correio, o Ministério da Saúde afirmou que a primeira fase da vacinação conta com as doses aprovadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponibilizadas para distribuição pelos laboratórios. De acordo com a pasta, o escalonamento dos grupos populacionais para vacinação se dará conforme a disponibilidade das doses de vacina, após liberação pela Anvisa.

“Em um momento em que não existe ampla disponibilidade da vacina contra a Covid-19 no mercado mundial, o objetivo principal da vacinação passa a ser focado na redução da morbimortalidade causada pela doença, bem como a proteção da força de trabalho para manutenção do funcionamento dos serviços de saúde e dos serviços essenciais. Diante da indisponibilidade de doses para atender a 100% dos trabalhadores da saúde na primeira etapa, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomendou a priorização das equipes de vacinação que estivessem inicialmente envolvidas na vacinação dos grupos; trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos e de Residências Inclusivas; trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados em unidades de referência para atendimento aos casos suspeitos e confirmados de Covid-19. E, depois, conforme mais vacinas fossem disponibilizadas, os demais trabalhadores de saúde”, respondeu a pasta.

Riscos
Mesmo com a insatisfação, os agentes funerários não pretendem paralisar as atividades. Entretanto, existe o medo de que a contaminação dos trabalhadores impeça a continuidade do serviço.

“A situação do Coronavírus não termina com a morte no hospital, mas passa também pelas funerárias. O trabalho não pode ser feito se tiver uma contaminação geral entre os agentes funerários. Tenho colegas contaminados que levaram a doença para dentro de casa. Estamos à beira do colapso por falta de caixão e exaustão”, afirma Nelson Pitanga, 50 anos, que é empresário do ramo funerário.

Os trabalhadores têm contato com corpos de pessoas que morreram com coronavírus - com a doença confirmada ou não - e com parentes dos mortos. Essas situações fazem com os agentes anseiem ainda mais pela vacina contra a doença.

“Temos que entrar nas câmaras frias com muitos cadáveres para mostrar o corpo para as famílias, mesmo sendo serviço dos hospitais e não dos agentes funerários. Podemos nos contaminar no momento da abertura do saco que envolve os corpos caso não estejamos bem equipados. Também temos contato com a família do óbito, que pode estar contaminada”, ressalta Pitanga.

O presidente do Sindef aponta ainda que os agentes já tiveram que buscar corpos dentro de UTIs e que nem todos os hospitais seguem as regras de segurança, envelopando e lacrando o cadáver em dois sacos impermeáveis.

 

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No dia em que completa um ano do primeiro caso da covid-19, o Brasil registrou recorde do número de mortes em 24 horas desde o início da pandemia, com 1.582 novos óbitos e 67.878 casos, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

O pico da crise do novo coronavírus no Brasil ocorre no momento em que vários Estados se aproximam do colapso do sistema de saúde, surgem variantes mais contagiosas do Sars-CoV-2 e o governo Jair Bolsonaro tem dificuldades de acelerar o ritmo da campanha nacional de vacinação.

A média móvel de mortes pela doença também foi a mais alta em um ano: 1.150. O cálculo leva em consideração as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana. Já são 36 dias com média móvel acima de mil vítimas.

No total são 251.661 mortes e 10.393.886 pessoas contaminadas no País, segundo o balanço mais recente do consórcio formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.

O Estado de São Paulo ultrapassou a marca de 2 milhões de casos confirmados e chegou a 58.873 óbitos nesta quinta-feira. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 70% na Grande São Paulo e 69,7% no Estado. O número de pacientes internados é de 14.809, sendo 8.042 em enfermaria e 6.767 em unidades de terapia intensiva.

Ainda nesta quinta-feira, ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reuniu representantes de secretarias de saúde de Estados e municípios para alertar sobre uma fase mais grave da pandemia, com aumento de casos e internações por todo o País. "Na nossa visão estamos enfrentando a nova etapa dessa pandemia. Tem hoje o vírus mutado. Ele nos dá 3 vezes mais a contaminação", disse Pazuello, sem citar a fonte que detalha o cálculo do poder de contágio da nova cepa do Sars-CoV-2.

Bahia bate recordes de mortes

A Bahia registrou 100 mortes e 4.917 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%), em 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta quinta (25). No mesmo período, 3.932 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%).

Esse é o maior número de mortes registradas na Bahia desde o começo da pandemia, em março de 2020. Antes dos dados desta quinta, o maior número de mortes por dia no estado era 24 de agosto, quando foram contabilizados 77 óbitos.

Consórcio dos veículos de imprensa

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

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A Bahia registrou 100 mortes e 4.917 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%), em 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta quinta (25). No mesmo período, 3.932 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%).

Esse é o maior número de mortes registradas na Bahia desde o começo da pandemia, em março de 2020. Antes dos dados desta quinta, o maior número de mortes por dia no estado era 24 de agosto, quando foram contabilizados 77 óbitos.

Apesar das 100 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta quinta.O número demonstra o crescimento de casos graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. Das 100 mortes, 96 ocorreram em 2021, e 22 delas nos últimos quatro dias.

De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 11.488, representando uma letalidade de 1,72%.

UTIs e número de ativos

A taxa de ocupação das UTIs do estado é de 82%. 945 pessoas estão em Unidades de Tratamento Intensivo até o final da tarde desta sexta. O número também é o maior do estado desde o começo da pandemia. Este é o sétimo dia seguido de recorde no número de pacientes na UTI. Na quarta (24), eram 930 pacientes adultos e pediátricos em estado grave ocupavam leitos nas diversas regiões da Bahia.

Dos 669.821 casos confirmados desde o início da pandemia, 639.286 já são considerados recuperados.

Na Bahia, 42.375 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

A taxa de ativos segue alta no estado. Ainda de acordo com informações da Sesab, 19.047 encontram-se ativos.

Desde a última sexta (19), o estado tem toque de recolher. A medida, válida por sete dias, teve horário ampliado na segunda (22) - de 20 às 5h- e tem possibilidade de prorrogação.

Nesta quinta foram adotadas novas medidas. Todo o estado da Bahia passará por um 'lockdown'. A medida estará em vigor entre sexta (26) e segunda (1º).

A subsecretária de Saúde Tereza Paim comentou o número. Ela reafirmou que o número de mortes são de diversas datas, mas destacou que o espalhamento do vírus está muito alto no estado.

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Após apresentar uma nova piora no quadro de covid-19, o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, precisou retornar para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Aliança, em Salvador, nesta quinta-feira (25). Ele está internado desde o último dia 19.

Esta é a segunda vez que Fábio foi para a UTI. A primeira foi na noite da última segunda-feira (22), e ele permaneceu lá por um dia, até retornar para o apartamento.

Em nota, a secretaria de Saúde explicou que o quadro de saúde do chefe da pasta segue estável, sem febre, com oxigênio em baixo fluxo. O retorno para UTI ocorre a fim de proporcionar fisioterapia respiratória mais intensa.

Ele é assistido pelo pneumologista Sérgio Jezler e pelo infectologista Roberto Badaró. Permanece em uso de medicamentos e ainda não há previsão de alta.

'Não tem sido fácil'
No início da semana, Fábio Vilas-Boas fez um vídeo no qual relata que não tem sido fácil lutar contra a doença, apesar de estar recebendo assistência médica. "Essa é uma doença traiçoeira, a gente não sabe quem vai melhorar, quem vai piorar", contou no vídeo postado nesta segunda-feira (22).

"Tenho permanecido esses dias internado, tomando medicações não tem sido uma experiência fácil. Uma vaga não é uma garantia que você sobreviverá. Nós precisamos lutar para que a taxa de transmissão diminua. Precisamos evitar que as pessoas continuem se contagiando. Os hopitais não vão dar conta", disse o secretário.

Junto ao governador @costa_rui , eu já lutava contra a Covid-19 antes de estar com a doença, mas agora meu apelo é ainda mais forte. Precisamos de cada um de vocês nessa luta. pic.twitter.com/LViEvLZeu9

— Fábio Vilas-Boas (@fabiovboas)
February 22, 2021

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Os governadores do Nordeste assinaram uma carta em que se colocaram contra o fim do gasto mínimo para saúde e educação. O documento foi divulgado nesta quarta-feira (24) e assinado pelos gestores dos nove estados da região. A proposta de cortar o piso para as áreas é defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O fim do gasto mínimo está previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial. O documento foi elaborado pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC) e está alinhado com os posicionamentos da equipe econômica do governo federal.

Também nesta quarta, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou uma nota contra a medida. Para a entidade, a aprovação da PEC Emergencial “causará uma pressão enorme sobre os Municípios e trará impactos preocupantes à sociedade brasileira”.

“Caso aprovada a mudança, os Municípios terão de ampliar o comprometimento da receita com as despesas de educação e saúde. Isso porque, hoje, mais de 95% dos Municípios já aplicam muito acima do mínimo constitucional em ambas as áreas, em razão da demanda que recebem na ponta da execução dessas políticas públicas”, completou.

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Na Bahia, foram registrados 4.398 casos de Covid-19 nas últimas 24h, de acordo com boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), divulgado nesta quarta-feira (24). Segundo boletim, 18.251 casos estão ativos.

Desde o início da pandemia, foram contabilizados 664.904 casos da Covid-19.

Pelo sexto dia seguido, a Bahia registrou o maior número de pacientes internados em UTIs. De acordo com o boletim, são 930 pacientes adultos e pediátricos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no estado.

O boletim informa também que foram contabilizadas 68 mortes, ocorridas em diversas datas. No total, 11.388 pessoas perderam a vida em decorrência da doença, o que representa letalidade de 1,71%.

entre os óbitos, 56,66% ocorreram no sexo masculino e 43,34% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,21% corresponderam a parda, seguidos por branca com 20,38%, preta com 14,59%, amarela com 0,57%, indígena com 0,15% e não há informação em 9,11% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,53%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,48%).

Na Bahia, 42.224 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

O boletim informa também o número de vacinados na Bahia. Segundo a Sesab, 420.792 pessoas foram vacinadas contra o coronavírus, dos quais 82.042 receberam também a segunda dose, até as 15h desta quarta.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17h desta quarta.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma disponibilizada pela secretaria de saúde estadual.

Leitos Covid-19 na Bahia

Nesta quarta, dos 2.228 leitos ativos na Bahia, 1.566 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 70%.

Desses leitos, 1.113 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 82% (908 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 61%, com 22 das 36 unidades em utilização.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 58% da ocupação, e a pediátrica com 71%.

Em Salvador, dos 1.059 leitos ativos, 879 estão com pacientes internados. A taxa de ocupação geral é de 83%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 84% e a pediátrica 63%. Os leitos clínicos adultos estão com 83% e o pediátrico com 84% de ocupação.

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Quarta, 24 Fevereiro 2021 18:56

Bahia recebe 129 mil doses da vacina de Oxford

Após atrasos na entrega, mais doses de vacina desembarcaram no final da manhã desta quarta-feira (24) em Salvador. Chegaram à base do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), no aeroporto, 129.500 doses da vacina Astrazeneca/Oxford.

Segundo informações da Secretaria estadual da Saúde (Sesab), outras 79.500 doses da vacina Coronavac devem chegar no final do dia - a previsão é de desembarque às 21h20.

A subsecretária de Saúde, Tereza Paim, o lote que chegou é menor do que estava previsto pelo Ministério da Saúde. Agora, as doses serão distribuídas pelo estado.

A equipe da coordenação de imunização do estado fará organização para a distribuição das doses para as centrais regionais, de onde serão encaminhadas para os municípios. "Imediatamente a gente faz a distribuição para os núcleos regionais de saúde, hoje ainda por fazer um transporte aéreo. É uma quantidade que esperávamos um pouco mais, 30% do que estava previsto pelo Ministério da Saúde", disse, em entrevista à TV Bahia.

Ainda de acordo com ela, não há previsão da chegada de um novo lote para conseguir concluir a imunização da fase 1. As vacinas que chegam hoje devem ser usadas para continuar a imunização de pessoas da primeira fase, como idosos e trabalhadores de saúde.

Vacinação
Esta é a quinta remessa de vacinas que a Bahia recebe. Com a carga desta quarta-feira (24), o estado totaliza 945.600 doses recebidas, entre Coronavac e Oxford, desde o dia 18 de janeiro, quando chegou a primeira remessa.

Com 417.396 vacinados contra o coronavírus, dos quais 69.964 receberam também a segunda dose, até as 15 horas de ontem (23), a Bahia é um dos estados com o maior número de imunizados.

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O governador Rui Costa afirmou que em uma previsão "muito otimista", 50% da população do estado poderá estar vacinada no meio do ano. Em entrevista à TV Record, Rui falou da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite que estados e municípios comprem vacinadas aprovadas em outros países, afirmando que está negociando com laboratórios.

Ele foi questionado sobre a velocidade que se poderá vacinar a população. "Isso tudo vai depender... Se ficasse dependendo do ritmo apenas do ministério, trabalhando com duas vacinas, poderia dizer que eu não acreditaria, como não acreditei naquele cronograma apresentado", disse o governador "Já na primeira entrega não cumpriu o cronograma. Agora, com essa possibilidade de utilizar outras vacinas, que já estão aprovadas no mundo inteiro, somente a Anvisa achava que não deviam ser utilizadas, aí sim. A gente abre o leque", ressaltou, citando vacinas que ainda não estão no país, como a da Moderna.

O governdor voltou a criticar a Anvisa, agência que regula as vacinas no país, pelo que considera uma lentidão prejudicial. "Com essa decisão, me animo mais para que a gente consiga uma celeridade maior na vacinação. Não necessariamente por quem vai comprar, mas pela situação do STF de acabar com a posição de refém que o povo brasileiro estava da Anvisa. Anvisa insensível assistindo à morte dos brasileiros sem fazer nada. A decisão do STF libertou o Brasil da Anvisa e podemos correr atrás de outras opções de vacinas".

A demora para liberar e correr atrás das vacinas cobrou um preço, pois agora muitos imunizantes não estão mais disponíveis, diz Rui. "Se eu tivesse que fazer uma previsão muito otimista é de chegar no meio do ano, junho ou julho, alcançando 50% (de imunizados). Essa seria uma visão muito otimista. Não é fácil, porque nesses contatos que estou fazendo, com os laboratórios... Todo mundo está dizendo, 'Essas vacinas estavam disponíveis, mas ninguém deixou trancada esperando um belo dia que o Brasil resolvesse comprar'. Essas vacinas foram vendidas para vários países. É o que a vacina russa nos afirmou. Mais de 30 países estão desesperados desde novembro, dezembro, comprando e pedindo a vacina. Nós oferecemos 10 milhões ao Brasil no início de janeiro com prazo de 60 dias para chegar todos os lotes. E agora em fevereiro que vamos correr atrás porque o governo não contratou e a Anvisa não tinha liberado. Vamos correr atrás do prejuízo", garantiu.

Rui falou também do toque de recolher, que segue até o início da próxima semana. "Se todos colaborarem, talvez a gente não precise fazer fechamento total. Se até sábado não conseguirmos resultado, aí teremos sim que anunciar (próximas medidas)", afirmou o governador.

Sobre a volta às aulas, que acontece de maneira remota em 15 de março, Rui falou que serão usados três maneiras para o aprendizado, com conteúdos na internet, na TV e material impresso fornecido aos alunos. "Nós faremos dois anos em um. Os alunos concluirão o ano letivo de 2020 e até dezembro farão o ano de 2021. É um esforço grande. Serão sempre o correspondente a seis dias de aula por semana. Só vai ter fogo em dia de domingo. A segunda etapa será modelo híbrido. Quando baixar a contaminação, vamos voltar com três dias presenciais, alternando. A terceira etapa, quando a vacinação estiver avançada, a gente volta 100% aula presencial", explicou.

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Pelo quinto dia consecutivo, a Bahia registrou o maior número de pacientes internados em UTIs por Covid-19 desde o início da pandemia, segundo informações do boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) nestat erça-feira (23). De acordo com o boletim, são 915 pacientes adultos e pediátricos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no estado.

O número de novos casos da doença em 24 horas também são considerados altos, foram confirmados 5.025. No total, a Bahia registrou 660.506 casos, desde o início da pandemia. De acordo com o boletim, 66 óbitos que aconteceram em datas diversas, foram contabilizados. Assim o número de mortes pela Covid-19 na Bahia é de 11.320, que representa uma letalidade de 1,71%.

Desde sexta-feira (19) que a Bahia registra diariamente recordes de internações em UTI. Antes, o pico tinha sido registrado em 2 de agosto de 2020, quando 857 internações em UTIs foram contabilizadas.

Segundo boletim desta terça-feira, dos mais de 660 casos, 631.606 já são considerados recuperados. Além disso, 1.022.239 casos foram descartados e 152.847 estão em investigação. Na Bahia, 42.097 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Dentre os óbitos, 56,63% ocorreram no sexo masculino e 43,37% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,24% corresponderam a parda, seguidos por branca com 20,35%, preta com 14,55%, amarela com 0,57%, indígena com 0,15% e não há informação em 9,13% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 70,50%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,43%).

O boletim informa também o número de vacinados na Bahia. Segundo a Sesab, 417.396 pessoas foram vacinados contra o coronavírus, dos quais 69.964 receberam também a segunda dose, até as 15h desta terça.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17h desta terça.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma disponibilizada pela secretaria de saúde estadual.

Leitos Covid-19 na Bahia
Nesta terça, dos 2.212 leitos ativos na Bahia, 1.536 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 69%.

Desses leitos, 1.113 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 80% (893 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 61%, com 22 das 36 unidades em utilização.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 58% da ocupação, e a pediátrica com 67%.

Em Salvador, dos 1.059 leitos, 871 estão com pacientes internados. A taxa de ocupação geral é de 82%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 83% e a pediátrica 67%. Os leitos clínicos adultos estão com 82% e o pediátrico com 81% de ocupação.

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A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, primeira pessoa a participar da campanha de imunização contra o coronavírus na Bahia, testou positivo para covid-19. Ela começou a apresentar os sintomas três dias antes de tomar a segunda dose.

A diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes, esclareceu que a infecção não tem nada a ver com reação adversa à vacina. A infectologista disse que a proteção maior ocorre após a aplicação da segunda dose e enfatizou que não existe a possibilidade de nenhuma das vacinas que estão sendo aplicadas na população causar a doença.

Ceuci Nunes também explicou que as vacinas são comprovadamente eficazes para evitar os casos graves da covid-19, mas que ainda não existe confirmação de que possam evitar que as pessoas contraiam a forma leve do coronavírus. Ela ressaltou que, por isso, mesmo as pessoas vacinadas devem seguir usando máscara e mantendo o distanciamento social, até que pelo menos 60% da população brasileira esteja imunizada.

Como funciona uma vacina?
Após a picada, o sistema imunológico começa a agir. Mas isso leva um tempo. Todo esse processo conta com o trabalho fundamental de algumas células e tecidos. Você já ouviu falar de todas elas em aulas de biologia: as células dendríticas, especializadas em identificar um agente estranho; os linfonodos, aquelas glândulas que aumentam de tamanho quando se tem uma infecção de garganta, por exemplo; os linfócitos T e B, que fazem a defesa; e os anticorpos, o resultado desse processo inteiro.

“O nosso sistema imunológico funciona compreendendo o que é do nosso corpo e o que é estranho a ele. No momento em que recebemos a vacina, o sistema analisa a química dela, percebe que tem algo estranho e começa a agir. As células especializadas recebem sinais, como se fossem uma orquestra, e orquestram uma ação”, explica o imunologista André Báfica, coordenador do Laboratório de Imunobiologia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Aquela dor provocada pela inflamação da vacina é um sinal. “As células especializadas pegam o antígeno e levam até os linfonodos, que têm uma estrutura muito propícia a iniciar a resposta do corpo, e é onde o samba acontece”, completa o professor.

Entre a chegada da vacina, o envio da mensagem e o início da resposta, vai um período de até 21 dias, sem contar a segunda dose. É por isso que, memes à parte, uma pessoa vacinada já deu um grande passo, mas ainda não é, necessariamente, uma pessoa blindada contra a covid-19.

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