Terça, 05 Novembro 2024 | Login

Como se não bastasse os acontecimentos do ano de 2020, os baianos levaram um susto na noite desta segunda-feira (26), ao verem uma bola de fogo cair no céu da Bahia. Moradores de cidades do Baixo Sul do estado relataram terem visto um forte clarão, acompanhado de estrondo. Tiveram ainda janelas de algumas casas que tremeram e um morador viu sua pressão subir, pois achava que estava em um filme de ficção científica.

Especialistas ouvidos pela reportagem explicam que se trata de um bólido, isto é, um meteoro maior, com mais energia, portanto, brilhante, e não é sem precedente - já é o segundo evento como esse no mês de outubro registrado em território baiano. O primeiro foi em 19 de outubro, visto em Paulo Afonso e Curaçá, no norte do estado, que foi capturado por câmeras também em Sergipe, Ceará e Paraíba. Foi na Bahia, inclusive, que foi encontrado o maior meteorito do Brasil, apelidado de Bendegó, encontrado no século XVIII, onde hoje é o município de Uauá.

Segundo uma análise feita pela Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), o bólido atingiu a atmosfera às 21:29 (horário de Brasília) em um ângulo de 71,8° em relação ao solo. Ele começou a brilhar aproximadamente a 85 km de altitude a leste de Ituberá e seguiu por 5,2 segundos na direção sudoeste a uma velocidade de 48,9 mil km/h (13,6 km/s), até desaparecer a cerca de 18 km de altitude a oeste do município de Camamu, na Bahia.

Ainda não há detalhes sobre a massa, velocidade ou onde o meteoro caiu. A estimativa da Bramon, no entanto, é que os restos dos meteoro, chamados de meteoritos, estão dispersos na zona rural de Camamu. Moradores da região que encontraram pedaços dos meteoritos podem encaminhar à uma universidade para que os cientistas possam aprofundar o estudo. Os especialistas orientam que os cidadãos não peguem com mão, mas o embrulhem em um material como plástico ou papel, para não comprometer a pesquisa. A Bramon tem uma rede de cerca de 300 câmeras para que fenômenos como esse sejam registrados e estudados.

Relatos de moradores
“Tudo ficou dia. Depois do clarão, veio o estrondo, como se tivesse caindo uma coisa muito pesada. Tremeu tudo. Foi uma coisa incrível e muito estranha. Na hora do estrondo, parecia uma bomba atômica, pelo barulho. Na hora do clarão, parecia aqueles filmes que aquelas naves vem descendo e clareando tudo. A gente não pensou em nada na hora, ficamos imobilizados”, relatou o cozinheiro Natanael Ferreira Santos, 33 anos, que presenciou o evento na cidade de Maraú. Ele disse que as janelas da cada tremeram e o susto foi tamanho que teve que tomar um remédio, pois a pressão subiu.

Já o auxiliar administrativo Juarez Souza Soares, 46 anos, viu a cena da cidade de Ituberá, onde mora. "Primeiro uma bola de fogo no céu imensa, muito rápida. Depois de alguns segundos tremeu foi tudo. Aí teve um clarão parecendo dia. Parecia uma bomba de Hiroshima, só que três vezes maior. Tô assustado até hoje", narrou Soares.

Em Amargosa, o relato de um internauta foi de que também houve um estrondo forte. "As paredes e o piso da casa tremeram, após ouvir um forte estrondo, como se fosse um trovão, mas rápido", escreveu um morador. Outro descreveu o fenômeno como "uma 'explosão' azul e amarela super rápida". Até de Salvador teve registro de quem presenciou a bola de fogo. "Alguém de Salvador viu uma bola de fogo caindo do céu agora? Vei, que negócio estranho, nunca vi algo parecido", escreveu. Pelas redes sociais, moradores de Ubaíra, Elísio Medrado, Wenceslau Guimarães e São Miguel das Matas também confirmaram terem visto o clarão.

Meteoros são comuns, dizem especialistas
O astrônomo Marcel de Cicco, pesquisador do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e coordenador da Rede Exoss, que monitora meteoros no Brasil e é parceira do Observatório Nacional, explica que esse é um evento muito comum. “É um fenômeno natural, comum de acontecer. A frequência é que um bólido dessa monta atinja o planeta Terra algumas vezes por mês”, disse o pesquisador. O que se está havendo, segundo ele, é um maior registro desses eventos, a partir do surgimento de mais laboratórios de observação, mas não estão caindo mais meteoros na Terra.

O doutor em geologia e especialista em estudo de meteoritos, Wilton Carvalho, explica que os meteoros, que são pedaços de rochas de asteroides ou, menos comuns, fragmentos de lixo espacial, caem na Terra por uma perturbação em sua órbita. “Eles estão girando em órbita no espaço e entram em rota de colisão com a Terra. Quando adentra a atmosfera, encontram resistência do ar. Ela vai ficando mais densa e ele vai esquentando, em calor que é transformado em luz, que é visto como meteoro ou bólido, mais conhecido como bola de fogo”, esclarece o especialista.

O professor da Universidade Federal da Bahia, doutor em Física da Atmosfera, Alberto Brum, supõe que, pela proximidade, esse bólide possa ser um fragmento da cometa Halley. “Esse meteoro possivelmente veio do cometa Halley. Os cometas começam a perder massa. Essa massa são pequenas partículas que ficam nessa cauda. De vez em quando, a terra passa por ela e essa cauda passa pela atmosfera”, supõe o físico. O cometa Halley pode ser visto de 80 em 80 anos. A última vez que foi visto da Terra foi em 1986.

Já Cicco acredita que seja algum fragmento do Complexo de Taurids, um região com um acúmulo de detritos. “O complexo são restos antigos de cometas que já se foram e os detritos ficaram. Todo ano a terra atravessa essa região nesse período do ano, entre setembro, outubro e novembro. Existe uma suspeita que esse complexo seria uma fonte de bólidos”, diz o astrônomo.

Maior meteorito do Brasil foi encontrado na Bahia, em 1784
O maior meteorito (resto de meteoro) já registrado no Brasil foi encontrado na Bahia. No ranking mundial, ele é o 16º maior, com peso de 5,36 toneladas. Ele foi encontrado por um vaqueiro na cidade onde é hoje o município de Uauá, no ano de 1784, às margens do riacho Bendegó, que deu o nome do meteorito. Porém, estudiosos observaram que ele havia caído na Terra há 100 mil anos. Como a área era despovoada, não causou estragos.

Devido ao peso e dificuldade de transporte, Bendegó só foi transportado em 1887, a mando do imperador Dom Pedro II, com destino ao Museu Nacional do Rio de Janeiro. Ele ficou alguns dias exposto em Salvador, mas voltou ao museu carioca, onde se encontra até hoje. Ele é composto por ferro e níquel, alguns dos elementos que compõem o núcleo da Terra. As informações são do especialista Wilton Carvalho, que fez uma tese de mestrado sobre o Bendegó. O trabalho pode ser acessado no site: bendego.com.br. O maior meteorito do mundo tem massa de 60 toneladas e foi encontrado na Namíbia, na África, em 1920.

O que são meteoros?

São fenômenos luminosos que ocorrem a partir da entrada de objetos do espaço sideral na atmosfera da Terra. Eles podem pequenos pedaços de rocha, cometas, asteróides ou lixo espacial (pedaço de foguetes, satélites, etc). A velocidade que ele precisa para adentrar a atmosfera terrestre é em torno de 100 mil km/h. Seu tamanho pode variar de 30 centímetros a mais de 2 metros. Sua massa pode ter 5 kg e pode chegar a 60 toneladas.

Por que eles brilham, causam clarões e estrondos?

Meteoros acumulam muita energia e, pelo choque ao adentrar a atmosfera da Terra, sua alta velocidade (energia cinética) diminui, assim como sua massa, que são convertidas em energia luminosa e sons. Como a luz tem uma velocidade maior que o do som, normalmente vê-se o clarão e depois ouve-se o barulho.

Meteoróide - objeto do espaço sideral antes de entrar na atmosfera terrestre
Meteoro - ao entrar na atmosfera, se torna um fenômeno atmosférico luminoso
Bólide - meteoro maior, com mais energia e brilhante
Meteorito - é o resto do meteoro, que começa a se desintegrar quando atravessa a atmosfera da Terra

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A Bahia registrou 22 mortes e 1.772 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (27). No mesmo período, 1.397 pessoas foram consideradas recuperadas da doença (+0,4%).

Dos 347.721 casos confirmados desde o início da pandemia, 333.046 já são considerados recuperados e 7.156 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (26,34%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.235,37), Almadina (6.570,28), Itabuna (6.484,29,) Madre de Deus (6.414,45), Apuarema (6.084,58).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 708.594 casos descartados e 83.410 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira (27).

Na Bahia, 28.640 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 22 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.519, representando uma letalidade de 2,16.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,03% ocorreram no sexo masculino e 43,97% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,28% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,74%, preta com 15,15%, amarela com 0,76%, indígena com 0,11% e não há informação em 11,97% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,98%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,82%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Publicado em Saúde

O último ano foi certamente o mais complicado da curta vida de Isabela Cerqueira, 4 anos. Diagnosticada com neuroblastoma, um tipo de câncer raro que estava no nível 4, o mais avançado da doença, ela precisava de um transplante de medula óssea para buscar sua cura. Veio a primeira barreira: nenhum hospital público da Bahia realizava o procedimento em crianças com idade inferior a 14 anos.

Com uma grande mobilização de profissionais, a menina, ainda tão nova, entrou para a história e se tornou a primeira paciente que passou pelo procedimento através do Sistema Único de Saúde (SUS) em território baiano e, agora, vê suas chances de sobreviver decolarem. O procedimento foi feito no Hospital Martagão Gesteira, que também se tornou a primeira unidade pública do estado a fazer o transplante em uma criança tão nova.

Após a cirurgia, a pequena foi encaminhada para uma casa de apoio, onde foi monitorada pela equipe médica da instituição. Nesta terça-feira (27), mais uma vitória: ela teve alta e reagiu bem a todo processo.

A alta é considerada pela equipe médica do Martagão e pelas autoridades de saúde pública como um momento histórico para o atendimento pediátrico pelo SUS no estado. Para a família de Isabela, a data ficará marcada como o dia do milagre da vida da menina.

Em êxtase, o pai de Isabela, o lavrador Rubem Cerqueira, 57, ficou emocionado ao falar da filha. “É difícil ter palavras, viu. Hoje é o começo de uma vida com mais qualidade para a minha filha. Estou feliz de uma forma que não sei se consigo explicar, não cabe no peito tanta alegria que sentimos agora. A doença dela foi um baque para nós, mas, com a ajuda que recebemos do hospital, tudo isso passou. Daqui pra frente, só esperamos melhora”, afirmou Rubem, que é lavrador em Licurituba, comunidade rural próxima à Serrinha.

Sem condições financeiras para pagar um transplante para a filha na rede privada, através de planos de saúde, ele também fez um agradecimentos aos médicos. “É impossível pensar em uma situação em que a gente pudesse custear esse transplante pra ela. Não temos condições para isso por conta da minha renda que é apenas de um salário mínimo. Por isso, seremos eternamente gratos aos responsáveis por cuidar da minha filha dessa forma”, concluiu.

O acontecimento traz também esperança para quem trava batalhas semelhantes à de Isabela. Isso porque o Martagão anunciou hoje que passará a disponibilizar o serviço para toda a população baiana.

O encaminhamento de pacientes será feito através do serviço social da cidade do paciente. A unidade enviará os relatórios dos pacientes, que passarão por consulta com a equipe médica do hospital para verificar se há ou não indicação para o transplante. Havendo necessidade do procedimento, a pessoa entrará na fila que será organizada pelo grau de gravidade e complexidade da patologia apresentada.

Para quem mais precisa
Assim como Isabela, existem centenas de pacientes de baixa renda que não podem arcar com os custos de um transplante de forma particular. Segundo dados do Martagão, atualmente mais de 100 crianças aguardam para passar pelo procedimento na rede pública de saúde no estado. E é justamente para essas pessoas que as atividades do local serão destinadas. Hoje, cerca de 50% das crianças atendidas no Martagão são de famílias com renda equivalente a um salário mínimo ou menos.

As notícias para essas pessoas são boas. Segundo Natália Borges, oncopediatra do Martagão, especialista em transplante de medula óssea, o serviço está oficialmente em funcionamento.

Inicialmente, o hospital realizará o procedimento em dois pacientes por mês, número que pode ser ampliado. “Atualmente, temos dois leitos, então a nossa capacidade, hoje, é de realizar dois transplantes por mês, mas isso pode aumentar dependendo da demanda apresentada e do crescimento da equipe destinada para transplante e do aparato técnico que temos à disposição”, explicou.

A oncopediatra também falou sobre a existência de critérios de prioridade para o atendimento dos pacientes. Em resumo, crianças com doenças mais graves terão acesso ao serviço antes. “Há uma avaliação de prioridade na organização da fila para transplante. Existem algumas patologias que a gente precisa antecipar como, por exemplo, os linfomas. Eles precisam passar na frente porque são patologias que precisam de um tempo mais curto para coincidir com a etapa certa de quimioterapia. Há uma organização feita a partir dos envios dos relatórios e da gravidade e complexidade da patologia”, afirmou.

No momento, não existe uma fila para o transplante no Martagão, mas sim pacientes que têm indicação para o procedimento. O que há é uma demanda interna, já listada, de 10 pacientes que têm indicação da necessidade do transplante.

Quem já tiver o diagnóstico e a indicação de passar pelo transplante, precisa procurar o serviço social da cidade para fazer o envio dos relatórios do estado de saúde da criança ao Martagão, que serão analisados pela equipe responsável da instituição.

“A fila de transplante vai ser organizada através de um e-mail onde vamos receber esses relatórios e fazer consultas para verificar a necessidade do transplante do paciente”, informa. Para encaminhar os relatórios, os interessados precisam procurar o serviço social e solicitar o encaminhamento dos detalhes para O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Salvador e Bahia comemoram
As maiores autoridades em saúde pública de Salvador e da Bahia comemoraram o feito do Martagão e afirmaram que o procedimento foi um importante passo na história da saúde do estado. O secretário municipal de Saúde, Léo Prates, não esteve presente na coletiva, mas enviou vídeo falando sobre o transplante.

“Hoje é um dia histórico para nossa cidade. Um passo importante para que o Martagão cuide ainda mais das saúde das nossas crianças. O Martagão cumpre com a sua missão social de cuidar das pessoas e a missão de saúde que é realizar um trabalho de excelência para a cidade do Salvador e para todo o estado”, falou.

O secretário de saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, corroborou com a fala de Léo e parabenizou o Martagão pelo sucesso na missão de trazer um transplante tão necessário para a Bahia. "Esse é um momento muito importante para a consolidação do sistema de saúde público da Bahia. É motivo de muita felicidade poder enxergar essa instituição galgando mais um patamar na construção de sua referência como um lugar de atendimento pediátrico", declarou.

Já Carlos Emanuel Melo, presidente da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, entidade mantenedora da instituição, reforçou o compromisso do hospital com os baianos mais necessitados dos serviços de saúde pública.

Carlos destacou que o aspecto social da conquista de um hospital que, ao longo de sua história, trabalhou para levar atendimento de qualidade para os baianos com pouca renda. “Este transplante é um marco histórico por vários motivos. O primeiro deles, porque vai no cerne da missão do Martagão Gesteira de fazer justiça social do ponto de vista humanitário, consegue trazer este procedimento inédito para uma população de baixa renda, excluída do serviço de saúde privado e que depende exclusivamente do SUS. Como em toda a sua história nos últimos 55 anos, o Martagão tem trabalhado sempre em prol daquelas crianças que mais precisam”, disse.

Publicado em Saúde

Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que Salvador é a cidade brasileiro que concentra o maior número de portadores da anemia falciforme. 

Segundo os dados, a cada grupo de 650 bebês que nascem, um tem a doença, o que representa em média 65 doentes no ano. Já em todo o país, são 3.500 recém-nascidos com essa condição - ou seja, 1 bebê a cada 1.000 nascimentos.

De acordo com o próprio ministério, a anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, que atinge predominante os negros. A doença pode ser grave se não tratada, levanto o paciente à morte.

Em Salvador, a rede municipal possui dois Ambulatórios Especializados em Doença Falciforme, que são também os primeiros centros do perfil implantados no país. As unidades ficam nos Multicentros Carlos Gomes e Vale das Pedrinhas e são administradas pelo Instituto Saúde e Cidadania.

Nessas unidades, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os cidadãos contam com atendimento especializado no diagnóstico, prevenção e aconselhamento aos pacientes e familiares através da atuação de médicos hematologistas e hepatologistas pediátricos e adultos, além de psicológos.

“É muito importante que, ao nascer, seja feito o teste do pezinho para o diagnóstico imediato da patologia e dar início ao tratamento. Apesar de ser uma doença hereditária e que não tem cura, com o acompanhamento multidisciplinar é possível o portador conviver com o agravo com boa qualidade de vida”, destacou Silvia Caetano, médica hematologista pediátrica.

Segundo a SMS, "a anemia falciforme caracteriza-se por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos".

A doença ocorre por conta de uma mutação genética, que deforma essas glóbulos vermelhos e causa sintomas como dores articulares, palidez e icterícia, atraso no crescimento, feridas nas pernas, tendência a infecções, e problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais.

O diagnóstico da doença é realizado através do teste do pezinho, que está disponível gratuitamente em todas unidades básicas de saúde da rede municipal para os recém-nascidos entre o terceiro e sétimo dia de vida. Para quem não realizou a triagem neo-natal, existe ainda a possibilidade de fazer, pela rede pública, o exame laboratorial (eletroforese) para a identificação da anemia falciforme. Os pacientes que fazem tratamento na capital contam ainda com a dispensação dos medicamentos da farmácia básica de forma gratuita.

Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que Salvador é a cidade brasileiro que concentra o maior número de portadores da anemia falciforme. 

Segundo os dados, a cada grupo de 650 bebês que nascem, um tem a doença, o que representa em média 65 doentes no ano. Já em todo o país, são 3.500 recém-nascidos com essa condição - ou seja, 1 bebê a cada 1.000 nascimentos.

De acordo com o próprio ministério, a anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, que atinge predominante os negros. A doença pode ser grave se não tratada, levanto o paciente à morte.

Em Salvador, a rede municipal possui dois Ambulatórios Especializados em Doença Falciforme, que são também os primeiros centros do perfil implantados no país. As unidades ficam nos Multicentros Carlos Gomes e Vale das Pedrinhas e são administradas pelo Instituto Saúde e Cidadania.

Nessas unidades, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os cidadãos contam com atendimento especializado no diagnóstico, prevenção e aconselhamento aos pacientes e familiares através da atuação de médicos hematologistas e hepatologistas pediátricos e adultos, além de psicológos.

 

“É muito importante que, ao nascer, seja feito o teste do pezinho para o diagnóstico imediato da patologia e dar início ao tratamento. Apesar de ser uma doença hereditária e que não tem cura, com o acompanhamento multidisciplinar é possível o portador conviver com o agravo com boa qualidade de vida”, destacou Silvia Caetano, médica hematologista pediátrica.

Segundo a SMS, "a anemia falciforme caracteriza-se por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos".

A doença ocorre por conta de uma mutação genética, que deforma essas glóbulos vermelhos e causa sintomas como dores articulares, palidez e icterícia, atraso no crescimento, feridas nas pernas, tendência a infecções, e problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais.

O diagnóstico da doença é realizado através do teste do pezinho, que está disponível gratuitamente em todas unidades básicas de saúde da rede municipal para os recém-nascidos entre o terceiro e sétimo dia de vida. Para quem não realizou a triagem neo-natal, existe ainda a possibilidade de fazer, pela rede pública, o exame laboratorial (eletroforese) para a identificação da anemia falciforme. Os pacientes que fazem tratamento na capital contam ainda com a dispensação dos medicamentos da farmácia básica de forma gratuita.

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Uma nova flexibilização em relação às medidas restritivas foi anunciada pela Prefeitura, nesta terça-feira (27). Eventos com até 200 pessoas estão permitidos em Salvador. A decisão segue na mesma linha do Governo do Estado, que também já havia anunciado esse relaxamento na semana passada.

Desde que as medidas restritivas começaram a ser implantadas por conta da pandemia, em março, a Prefeitura tinha limitado o número de pessoas em um mesmo espaço para evitar aglomerações e a contaminação em massa do novo coronavírus.

Inicialmente, o limite era de até 50 pessoas por evento. Com a retomada das atividades econômicas, no segundo semestre, o limite foi ampliado para 100 pessoas por evento. Nesta terça, o prefeito ACM Neto afirmou que vai ampliar para 200 o número de participantes desses encontros.

“O Governo do Estado alterou o seu decreto no limite de capacidade de pessoas em recinto para 200 pessoas. A Prefeitura está recepcionando o decreto do estado, portanto, está acompanhando o estado na alteração desse limite”, afirmou.

A medida vale para templos religiosos, circos e eventos particulares. Já festa privadas, com vendas de ingresso, seguem proibidas. O decreto será publicado ainda nesta terça-feira.

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As frotas de ônibus que atendem às estações de transbordo voltam a partir desta terça-feira (27) a rodar com 100% da capacidade nos horários de pico, segundo anunciou o prefeito ACM Neto em coletiva on-line.

Os horários de pico são das 5h30 às 8h30 e das 16h30 às 19h30. Funcionarão com 100% as 43 linhas da estação Pirajá, com frota de 309 ônibus; 37 linhas da estação da Lapa, com 259 ônibus; 25 linhas daestação Mussurunga, com 165 ônibus, e 20 linhas do Acesso Norte, com 104 ônibus.

Com isso, dos 2.214 coletivos da frota total de Salvador, 1.900 estarão circulando. "Os outros 314 ônibus voltarão à medida que a demanda continuar aumentando. Especialmente me refiro à volta da educação. À medida que voltarem as aulas, esses ônibus voltarão", disse o prefeito, afirmando que deve tratar de mais detalhes sobre a retomada das aulas esta semana.

Salvador terá também operações assistidas, que vão atuar em algumas das principais avenidas da cidade, como na Avenida Afrânio Peixoto (Suburbana), Avenida São Rafael (São Marcos) e Rua Silveira Martins (Cabula). O objetivo é reforçar a oferta de ônibus quando necessário, com ações táticas e de direcionamento específico.

O prefeito apresentou números que mostram que houve uma redução de 66% da demanda de passageiros de março a julho, comparando com o período pré-pandemia. Com a retomada de atividades econômicas, houve recuperação de apenas 26% da demanda, de agosto a outubro.

Prejuízo
Ele contou que as despesas da Prefeitura com o transporte público durante a pandemia estão em R$ 107 milhões. O montante foi o que impediu o colapso do sistema. Estão sendo gastos R$ 5 milhões em vale-transporte para uso em programas sociais pós-pandemia, R$ 55 milhões com intervenção na concessionária CSN e R$ 47 milhões com a indenização das outras duas concessionárias da diferença entre os custos operacionais e a arrecadação do sistema.

Apesar das dificuldades, Neto descartou a possibilidade de aumento o preço da passagem. "Está descartado o aumento de tarifa. Não há hipótese da prefeitura colocar um centavo a mais na tarifa, onerando as pessoas. Porque a gente sabe que o passageiro não tem como pagar essa conta", disse o prefeito.

Publicado em Bahia

Consultas por município e cargo, acesso à informações detalhadas sobre a situação dos candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, que pediram registro para concorrer às Eleições Municipais de 2020 já estão disponíveis na plataforma DivulgaCandContas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ferramenta traz ainda todos os dados declarados à Justiça Eleitoral, inclusive informações relativas às prestações de contas dos concorrentes

O sistema é aberto a todos os cidadãos, sem necessidade de cadastro prévio ou autenticação de usuário. Na consulta, basta selecionar a unidade da federação no mapa ou a sigla do estado que quiser informações.

Na página principal do sistema, o interessado encontrará o quantitativo total de candidaturas por cargo (prefeito, vice-prefeito e vereador). No mapa do Brasil, é possível filtrar a pesquisa clicando na unidade da Federação e depois no cargo desejado. Em seguida, aparecerá uma lista com todos os políticos que concorrem ao cargo no estado.

Selecionado o nome do candidato, é possível obter informações sobre o seu número, partido, composição da coligação que o apoia (se for o caso), nome que usará na urna, grau de instrução, ocupação, site do candidato, limite de gasto de campanha, proposta de governo, descrição e valores dos bens que possui, além de eventuais registros criminais. Também é possível acompanhar a situação do pedido de registro e eleições anteriores das quais o candidato tenha participado.

Prazo
A ferramenta é atualizada toda hora à medida em que chegam solicitações de registros à Justiça Eleitoral. No dia 26 de setembro, às 19h, termina o prazo para os partidos políticos e coligações apresentarem o requerimento de registro de candidatos e chapas à Justiça Eleitoral.

Caso os partidos políticos ou coligações não tenham requerido o registro de algum candidato escolhido em convenção, a data-limite para a formalização individual do registro perante o TSE ou algum Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é o dia 1º de outubro, também até as 19h.

Situação da candidatura
A situação do registro do candidato aparece ao lado da foto, além do tipo de eleição à qual ele está concorrendo e um guia sobre os termos, inclusive os jurídicos, utilizados para definir a situação dele perante a Justiça Eleitoral.

Quando o processo é registrado na Justiça Eleitoral, é informada a palavra “cadastrado” e, em seguida, “aguardando julgamento”. Isso significa que o candidato enviou o pedido de registro de candidatura, mas o pedido ainda não foi julgado, ou seja, o processo está tramitando e aguarda análise.

Após o processo ser apreciado, o registro pode ser considerado “apto” ou “inapto”. Caso o candidato não tenha nenhuma contestação e o pedido tenha sido acatado, a situação que aparecerá no sistema será “apto” e “deferido”. Candidatos que aparecem como aptos, mas houve impugnações e a decisão é no sentido de negar o registro. Nesse caso, a situação será “apto” e o complemento será “indeferido com recurso”.

Há ainda candidatos que apresentaram o registro e as condições de elegibilidade avaliadas foram deferidas pelo juiz e, no entanto, o Ministério Público Eleitoral (MPE) ou o partido recorreu da decisão. Nessa hipótese, a condição será “apto” e “deferido com recurso”.

Na situação de registro julgado como apto, ainda há possibilidades de situações como “cassado com recurso” ou “cancelado com recurso”. Isso ocorre quando o candidato teve o registro cassado ou cancelado pelo partido ou por decisão judicial, porém apresentou recurso e aguarda uma nova decisão.

Por fim, também consta do sistema a condição de “inapto”, com os complementos: “cancelado”, quando o candidato teve o registro cancelado pelo partido; “cassado”; “falecido”; “indeferido”, quando o candidato não reuniu as condições necessárias ao registro; “não conhecimento do pedido”, candidato cujo o pedido de registro não foi apreciado pelo juiz eleitoral; e “renúncia”.

Contas
O sistema também disponibiliza as informações relativas às prestações de contas dos candidatos das eleições. O usuário pode fazer a pesquisa das receitas dos concorrentes por doadores e fornecedores, além de acessar a relação dos maiores doadores e fornecedores de bens e/ou serviços a candidatos e partidos políticos.

Publicado em Política

Uma operação da Polícia Civil localizou 30 membros de facções criminosas rivais na Bahia nesta terça-feira (27). Ao todo, foram cumpridos mandados em cinco cidades do estado. Segundo a investigação, as duas facções disputavam a venda de drogas na região Norte da Bahia, com maior ação em Senhor do Bonfim. Drogas, celulares, munições e anotações foram apreendidos na operação, batizada de Gunsmith (armeiro) por cona da presença de armas artesanais nos crimes dos bandos.

O Departamento de Polícia do Interior (Depin), através da 19ª Coorpin (Senhor do Bonfim), é responsável pela operação, desencadeada após um ano de investigação. Foram mapeados autores das mortes ligadas ao tráfico e também os mandantes dos crimes. "Com ações de inteligência, confirmamos que três detentos, utilizando celulares, determinavam as mortes, comércio de drogas, tortura de rivais, entre outros ilícitos", diz o titular da 19ª Coorpin, delegado Felipe Neri.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos por 150 policiais em Senhor do Bonfim, Juazeiro, Barreiras, Lauro de Freitas e Feira de Santana, em residências e no sistema prisional. Em um imóvel em Senhor do Bonfim, a cadela farejadora Jade, da Coordenação de Operações Especiais (COE), detectou cocaína na parte superior de um armário. Em outra casa, um traficante tentou se esconder atrás de um armário, mas também foi percebido.

Além da 19ª Coorpin, da SI da SSP e da COE, atuaram na Gunsmith a Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati) do Depin, as 1ª, 25ª, 14ª, 15ª, 16ª e 17ª Coorpins, além da Seap, com equipes da Coordenação de Inteligência (GSI).

Publicado em Polícia

Depois de meses de isolamento e restrições, o fim da pandemia do novo coronavírus se tornou a notícia mais esperada do ano. Infectologistas, no entanto, apontam janeiro como o mês em que se pode esperar uma onda mais acentuada de casos de covid-19. Entre os motivos estão a flexibilização das regras de isolamento e as esperadas festas de fim de ano - eventos capazes de gerar aglomerações, que são um perigo para a proliferação do vírus.

Na última sexta-feira (23), o Comitê Científico do Nordeste emitiu um alerta para a possibilidade de uma segunda onda de casos chegar à região nos próximos meses. Segundo o grupo, o fenômeno que já preocupa países da Europa como França, Espanha, Itália e Reino Unido pode acontecer no Brasil se cuidados específicos não forem tomados.

Questionado sobre o porquê de janeiro ser um mês preocupante, o infectologista do Hospital São Rafael, Fábio Amorim, explica:

“Em janeiro, espera-se um número maior porque em dezembro começam as grandes festas. Chega o verão também. As pessoas não aguentam ficar sem praia. E a maioria da população vai à praia de ônibus. São pontos de ônibus cheios, os próprios veículos com pessoas aglomeradas, então é de se esperar um aumento, da gente passar por tudo novamente”.

“Hoje a gente já recebe pacientes que se contaminaram na comemoração do feriado de 12 de outubro [Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil]. Há duas semanas, quando teve o primeiro aumento, recebemos muitos pacientes do interior, vindos de convenções partidárias. Para cada feriadão, se conta de 10 a 12 dias e se tem um novo incremento no número de pacientes. A gente que chegou a diminuir o número de leitos dedicados à covid-19, já estamos vendo aumentar”, completou Amorim.

Quem realmente decidir flexibilizar o isolamento precisa fazê-lo com certo cuidado. “Depois de tantos meses, de fato, existe uma influência da saúde mental de quem não aguenta mais estar isolado, mas ainda precisa se proteger do covid. É preciso chegar num meio-termo, de se você realmente for socializar, que faça de maneira segura, mantendo distância, em ambientes arejados, usando máscaras. Realmente procurar essas medidas para conseguir manter a sanidade mental sem se descuidar do covid”, diz a médica infectologista do Hospital CardioPulmonar, Clarissa Ramos.

Ela diz que todas as festas de fim de ano preocupam. “São eventos que geram aglomeração e que demora algumas semanas para que os sintomas comecem a surgir”, disse a médica, destacando a possibilidade de aumento dos casos no início do ano.

Chance real
“A segunda onda é uma possibilidade real, mas ainda não é uma certeza. Em países da Europa ela já está acontecendo. Existem países que tiveram um aumento no número de casos que chegou ao dobro do pico anterior. No Brasil, temos uma curva diferente da dos países europeus. Nossa curva sobe desde março e só começou a cair há pouco tempo, então temos uma primeira onda muito longa, e por isso talvez não tenhamos a segunda. Mas é preciso estar alerta, de sobreaviso”, explica o professor Sérgio Rezende, um dos coordenadores do Comitê Científico do Nordeste.

Segundo o grupo, a própria Europa pode ser influência para confirmação da chamada segunda onda na Bahia e estados vizinhos em função do fluxo de turistas europeus que costumam vir para nossas praias nas festas de fim de ano.

“Existem países da Europa que não aceitam brasileiros por conta da pandemia, ou que exigem atestado de saúde na entrada. Nosso conselho aos governantes é que seja montado um esquema nos aeroportos para testar os turistas que vierem, que seja exigido esse atestado para eles também”, diz Rezende.

Além do reflexo europeu, outra preocupação do comitê diz respeito à flexibilização das regras de isolamento e das restrições reguladas pelos governadores e prefeitos. “Esse não é o momento dos governadores afrouxarem exageradamente as medidas. Isso gera efeitos.”

Na Bahia, já se percebe uma mudança no comportamento dos casos de covid, segundo monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). “Acompanhamos a evolução dos casos todos os dias, e desde a terceira semana de setembro observamos uma interrupção do processo de queda. Há cerca de 30 dias temos um platô, a manutenção dos mesmos números de ocupação hospitalar, de casos ativos e novos casos todos os dias, em vez de queda. Isso, embora não possa ser ainda chamado de segunda onda, nos alerta para o fato de poder estar acontecendo um aumento da transmissão do vírus no estado”, diz o titular da pasta, Fábio Vilas-Boas.

Apesar da mudança, o governador Rui Costa disse, na manhã dessa segunda-feira (26), que não vê razão para acreditar em segunda onda. “Estávamos em uma queda acentuada nas taxas de contaminação e parou de cair. As aglomerações estão provocando algum grau de contaminação. Não o suficiente, graças a Deus, pra provocar uma subida nos números, mas foi o suficiente para conter a queda”, avaliou.

Em Salvador, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), estudos serão realizados nos próximos dias para entender as dimensões atuais da pandemia na cidade. Questionada, a pasta também disse que previsões para meses na frente não são seguras. “A Secretaria Municipal da Saúde só realiza projeções sobre a pandemia do novo coronavírus de, no máximo, 15 dias, pois há possibilidade de erro em estimativas mais prolongadas. A partir da próxima semana iniciaremos o Inquérito Sorológico em Salvador, que nos dará uma realidade mais fidedigna da situação epidemiológica do município”, informou a pasta, em nota.

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Um meteoro foi visto na noite da segunda-feira (26) em várias cidades da Bahia. Moradores relataram terem visto um forte clarão em cidades, especialmente na região do Baixo Sul. Segundo boletim do observatório Bramon, trata-se de um bólido, meteoro brilhante, que foi registrado em câmera em duas cidades - Ipirá e Itaberaba.

Nícolas Oliveira, doutorando no Observatório Nacional, diz que para provar que foi um bólido seria preciso encontrar um meteorito, mas que é provável que seja um meteoro que explodiu no ar, o que explicaria os barulhos ouvidos. "Tudo indica que de fato tenha sido o meteoro pela própria dinâmica do movimento, e essa rocha espacial explodiu devido aos gases na atmosfera. Ele provavelmente explodiu no ar, que é o que causa o estrondo", diz ele. "A diferença básica é que meteoro explode no ar e os fragmentos desta explosão que chegam ao chão são os meteoritos", continua. "A depender da velocidade da explosão e da onda de choque pode causar um tremor. É algo que vem em altíssima velocidade que pode fazer com que as regiões vizinhas sintam algum tremor", explica.

Um morador de Ituberá contou que viu o clarão por volta das 21h45. "Lá em casa tremeu foi tudo. Primeiro uma bola de fogo no céu muito grande, depois de alguns segundos tremeu foi tudo. Aí teve um clarão, parecendo dia. Era uma bola imensa de fogo, muito rápida. Parecia uma bomba de Hiroshima, só que três vezes maior. Tô assustado até hoje", diz o auxiliar administrativo Juarez Souza Soares, 46 anos. "O tremor foi bem rápido", acrescenta. "O pessoal falou que a bola de fogo caiu no mar, na praia de Pratigi. Se tivesse caído na terra teria tido algum incêndio", acredita.

Outra pessoa da cidade usou as redes sociais para descrever a cena. “Acaba de cair em Ituberá um objeto não identificado. O céu ficou todo azul e após uma bola de fogo, seguido de uma explosão muito forte ao qual fez tremer muitas casa. Cidade assustada!", escreveu.

Em Amargosa, relato de que houve um estrondo forte. "As paredes e o piso da casa tremeu, após ouvir um forte estrondo, como se fosse um trovão, mas rapido", escreveu um morador. Outro descreveu o fenômeno como "uma 'explosão' azul e amarela super rápida". Até de Salvador teve registro de quem diz que viu. "Alguém de Salvador viu uma bola de fogo caindo do céu agora? Vei, que negócio estranho, nunca vi algo parecido", relatou uma internauta.

De Maraú, o morador Natan também contou sua história. "Estávamos na varanda de casa, no alto, e houve um clarão no céu de 7, 8 segundos, que eu, com 33 anos, nunca vi na minha vida", diz. "Em seguida uma explosão, tipo uma trovoada que demorou 10 segundos, sem parar, acompanhada de um estrondo". Para ele, a experiência foi incrível, mas também assustou: "Tive que tomar meu remédio de pressão para não enfartar".

Houve relatos de quem viu o clarão ainda em Ubaíra, Elísio Medrado, Wenceslau Guimarães e São Miguel das Matas, entre outros. A partir da análise dos vídeos, a Bramon concluiu que o bólido teve uma trajetória predominantemente de leste para oeste, surgindo às 21h29 a cerca de 5 km acima de Taperoá, seguindo até cerca de 10 km de altitude sobre Burietá. A trajetória ainda é considerada preliminar.

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