Terça, 05 Novembro 2024 | Login

A Bahia registrou 20 mortes e 1.955 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (10). No mesmo período, 1.605 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Dos 365.941 casos confirmados desde o início da pandemia, 351.993 já são considerados recuperados. Ao todo, 7.838 pessoas já perderam a vida para a doença no estado e, pelo menos, 6.110 pessoas estão com a doença ativa.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,64%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.947,23), Itabuna (6.668,61), Almadina (6.661,79), Aiquara (6.567,70) e Madre de Deus (6.532,97).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 752.871 casos descartados e 87.213 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça.

Na Bahia, 29.625 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 20 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.838, representando uma letalidade de 2,14%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,03% ocorreram no sexo masculino e 43,97% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,31% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,09%, preta com 14,99%, amarela com 0,74%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,76% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,83%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,55%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Publicado em Saúde

A Bahia registrou 22 mortes e 840 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta segunda-feira (9). No mesmo período, 883 pacientes foram considerados curados da doença (+0,3%).

Dos 363.986 casos confirmados desde o início da pandemia, 350.388 já são considerados recuperados e 5.780 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,67%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.940,70), Almadina (6.661,79), Itabuna (6.657,82), Aiquara (6.567,70) e Madre de Deus (6.518,75).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 748.474 casos descartados e 85.304 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda-feira (09/11).

Na Bahia, 29.537 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 22 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.818, representando uma letalidade de 2,15%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,02% ocorreram no sexo masculino e 43,98% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,30% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,10%, preta com 15,02%, amarela com 0,74%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,74% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,85%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,59%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Publicado em Saúde

A assinatura do contrato definitivo da obra para a construção da Ponte Salvador-Itaparica será assinado no dia 12 de novembro pelo Governo do Estado e o consórcio chinês que irá realizar a obra, formado pelas estatais chinesas China Communications Construction Company (CCCC Ltd), CCCC South America Regional Company (CCCCSA) e China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20).

A data inicial de assinatura era no início do ano, mas foi prorrogada por conta da pandemia de Covid-19. Com o documento assinado, as empresas terão um ano para elaborar o projeto e outros quatro para executar o equipamento.

De acordo com as previsões a ponte terá uma extensão de 12,4 quilômetros, com acessos em Salvador, por túneis e viadutos, e em Vera Cruz, com a ligação à BA-001. Também deverá ser realizada uma nova rodovia expressa e a interligação com a Ponte do Funil, que será revitalizada. A concessão do projeto executado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) será de 35 anos. O concessionário terá prazo de cinco anos para a realização de estudos e construção do sistema viário, os demais 30 anos serão de gestão e administração do sistema. O investimento será de R$ 5,4 bilhões e o aporte do Estado será de R$ 1,5 bilhão.

A estimativa é que 24 municípios sejam beneficiados com o encurtamento da distância e redução do tempo de viagem em mais de 40%, por não mais ser necessário realizar o contorno de 100 quilômetros pela BR-101 para acessar a capital baiana. Outros 52 municípios devem ter a distância reduzida entre 20% e 40% da atual. A estimativa é que sejam gerados sete mil empregos durante a construção do equipamento e cerca de 100 mil postos de trabalho em 30 anos.

A assinatura representa um passo definitivo no processo de construção da ponte, conseguinte ao leilão que foi vencido pelas empresas que integram o consórcio responsável pela PPP no dia 13 de dezembro de 2019. De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a homologação da licitação representa a perda de objeto de uma medida cautelar, iniciada em dezembro do mesmo ano, por auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que tentava suspender o andamento do processo de continuidade da obra. A medida questionava o orçamento geral da ponte e a quantidade de material necessário para construção do equipamento.

Ainda segundo a PGE, o órgão discorda da argumentação apresentada pelos auditores, pois, conforme determina a legislação, a análise das parcerias público-privadas deve ser diferente da análise das contratações tradicionais de obras públicas, privilegiando-se, neste caso, o valor global da contratação.

Publicado em Bahia

O governador Rui Costa assinou na manhã desta segunda-feira (9) a ordem autorizando o início das obras da nova rodoviária de Salvador, que ficará em Águas Claras, às margens da BR-324. A estimativa é de que a obra custará cerca de R$ 120 milhões.

Rui lembrou a rodoviária que ficava na Sete Portas, até 1975, quando mudou para região do Iguatemi, dizendo que essas alterações mudam a cara da cidade. Ele afirmou que agora é um novo marco histórico. "Aqui será a maior estação de transbordo do Norte e Nordeste do Brasil", disse. "Todos os ônibus urbanos, metropolitanos, intermunicipais, não entrarão mais em Salvador", explicou. "Vão parar aqui nesse ponto para fazer o transbordo para o metrô. Com isso, mudamos o fluxo de carro, de transporte, de trânsito, dentro da cidade", avaliou.

O prazo previsto de construção é de dois anos. A área tem 200.000 m² e, como destacado, terá ligação ao transporte da capital baiana, com a estação do metrô de Águas Claras, com o terminal de transporte de ônibus metropolitano e urbano e, futuramente, com o corredor de VLT, na Avenida 29 de Março. Comparando com a atual rodoviária, a parte do terminal triplicará de tamanho de 22.000 m² para 70.000m².

Rui destacou também os empregos que serão gerados com a nova rodoviária. "Será um fluxo intenso de pessoas e o comércio, evidente, se potencializa, se fortalece, quanto maior o fluxo de pessoas num local. Aqui está projetado 10 mil m² de empreendimentos. Não existe empreendimento sem comerciários, trabalhadores. Significa que aqui centenas, para não falar milhares de pessoas, irã trabalhar", diz.

Segundo o governador, a melhoria na rodoviária beneficia não apenas os soteropolitanos. "Em geral, são moradores de outras cidades que utilizam na maior parte das vezes a rodoviária. São pessoas que têm negócios para resolver em Salvador, ou têm família. Um grande volume de pessoas que frequentam a rodoviária não são necessariamente de Salvador, e sim do interior da Bahia, é um benefício para toda população", afirmou Rui.

Publicado em Bahia

A Bahia registrou 23 mortes e 2.006 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta sexta-feira (6). No mesmo período, 1.776 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Dos 361.136 casos confirmados desde o início da pandemia, 347.207 já são considerados recuperados e 6.175 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,81%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.783,96), Almadina (6.643,48), Itabuna (6.615,61), Madre de Deus (6.504,53) e Aiquara (6.455,24).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 741.178 casos descartados e 85.586 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta sexta.

Na Bahia, 29.380 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 23 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.754, representando uma letalidade de 2,15%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,13% ocorreram no sexo masculino e 43,87% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,29% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,03%, preta com 15,05%, amarela com 0,75%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,77% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,99%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,56%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Publicado em Saúde

Nascidas no último dia 29, em Salvador, as irmãs Aila e Maila foram separadas por uma cirurgia delicada, na madrugada desta sexta-feira (6), mas, infelizmente uma delas acabou não resistindo.

O procedimento foi realizado na Maternidade de Referência José Maria de Magalhães Netto, onde elas nasceram e que é referência nesse tipo de caso.

Horas após a cirurgia de separação, finalizada por volta das 3h, Maila acabou tendo uma piora e veio a óbito. As informações são da TV Bahia.

A morte foi confirmada pela manhã. As irmãs, filhas de uma jovem de 18 anos, estavam em observação já que, apesar da cirurgia ter ocorrido bem, as bebês tinham condição de saúde grave, conforme a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

Ainda de acordo com a TV Bahia, o procedimento foi feito por Célia Britto, cirurgiã da maternidade, e também pelo cirurgião pediátrico de Goiás, Zacharias Calil, um dos profissionais mais conhecidos do país para este tipo de caso.

Inicialmente, a previsão era de que o procedimento fosse feito dentro de um mês, mas precisou ser antecipado após piora no estado de saúde de uma das irmãs.

"Elas estavam estáveis até quarta-feira de tarde, quando subitamente elas tiveram uma piora clínica, o que nos fez diagnosticar um processo inflamatório intestinal, que é uma enterocolite necrosante, patologia típica de pacientes prematuros. E em decorrência dessa patologia, que leva à necrose do intestino e de órgãos como estômago, intestino delgado e grosso, tivemos que adiantar a cirurgia, na tentativa de salvar as duas gêmeas", explicou Célia Brito.

O cirurgião pediátrico Zacharias Calil explicou que as irmãs “tinham que ser separadas, não tinha opção”. “Infelizmente, era um quadro esperado: ou você faz ou morre as duas”, disse o médico.

Segundo ele, Aila possui cardiopatia, mas está com saúde estável e segue em tratamento na maternidade. Ela deve passar por outra cirurgia, mas ainda não há data prevista.

Segundo Célia Brito, ela está bem, já está se recuperando, e tem um plano pós-operatório dentro do esperado, já com redução das medicações. “Ela está reagindo dentro do esperado para o primeiro pós-operatório de uma cirurgia grave, onde a irmã com uma necrose intestinal importante, comprometia a vida dela”, explicou ela à TV Bahia.

Após o nascimento, a Sesab explicou que, na avaliação preliminar, as gêmeas siamesas estavam interligadas pelo fígado.

Publicado em Bahia

Um funcionário do Complexo Ford foi morto a tiros na manhã desta sexta-feira (6) no bairro Nascente do Rio Capivara, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Anderson de Araújo Guedes, 34 anos, foi baleado na Rua Marlin Azul, quando ia para o trabalho de moto. O veículo e outros pertences do metalúrgico foram encontrados no local.

Segundo a Polícia Militar, o 12º Batalhão (Camaçari) foi chamado às 5h50 com a informação de que havia um homem ferido no Bairro Novo. No local, eles encontraram Anderson ferido. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou que Anderson já estava morto. Os PMs isolaram área para perícia e remoção do corpo.

O candidato a vereador de Camaçari, Tarcísio Coiffer, usou as redes sociais para lamentar a morte de Anderson, afirmando que ele era colaborador de sua campanha. "Estamos todos tristes com a situação em que nos encontramos com a perda de nosso amigo",m escreveu, afirmando que diante do crime estava suspendendo todas as atividades do dia. "Continuaremos lutando por dias melhores e carregaremos o nosso Anderson para sempre em nossos corações".

O crime será investigação pela 4ª Delegacia de Homicídios, diz a Polícia Civil.

Publicado em Polícia

As gêmeas siamesas que nasceram na Maternidade de Referência José Maria de Magalhães Netto, em Salvador, passaram pela cirurgia de separação na madrugada desta sexta-feira (6). O procedimento foi finalizado por volta das 3h03.

Elas seguem em observação. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), apesar da cirurgia ter ocorrido bem, são bebês que têm uma condição de saúde grave.

Inicialmente, a previsão era de que o procedimento fosse feito dentro de um mês, mas precisou ser antecipada após piora no estado de saúde de uma das irmãs.

O procedimento foi feito por Célia Britto, cirurgiã da maternidade, e também pelo cirurgião pediátrico de Goiás Zacharias Calil. Ao G1, o médico informou na quinta-feira (5) que ficou ciente da piora no estado de saúde de uma das meninas, que nasceu com cardiopatia e precisou vir à Bahia para adiantar o procedimento.

As bebês nasceram no dia 29 de outubro. Na ocasião, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) explicou que, na avaliação preliminar, as gêmeas siamesas estavam interligadas pelo fígado.

Publicado em Bahia

A Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), iniciou as ações do Novembro Negro. As atividades começaram ontem (05) com uma palestra na internet sobre o tema "Novembro Negro – Covid19 e população negra: privados de liberdade, população em situação de rua e quilombola, o que temos com isso?". O evento acontece também nos dias 12, 19 e 24 deste mês e reúne pesquisadores baianos, profissionais da SMS e Secretaria Municipal de Reparação (Semur) e sociedade civil.

O primeiro dia do seminário contou com a participação dos secretários das duas pastas, Leo Prates e Ivete Sacramento, respectivamente, além de pesquisadoras e estudiosas da temática. "Tenho muito orgulho de ter colaborado no ano passado com a história do enfrentamento ao racismo institucional dentro da SMS em parceria com a Semur. O Novembro Negro é isso, um fórum de debate, trazendo a tônica da reparação para dentro da saúde", disse Prates.

"Estamos intensificando os trabalhos de cuidado com a saúde da população negra. É o mínimo que nós podemos fazer. O desejo é de que o Novembro Negro perdure por anos e anos e que cada vez mais a política de atenção à saúde da população negra se fortaleça na capital baiana, e sobretudo aqui na Secretaria Municipal da Saúde", completou o secretário.

Dados do IBGE de 2019 indicam que a população de Salvador é formada por 81,5% das pessoas declaradas pretas ou parda. Diferente dos anos anteriores, devido à pandemia do Coronavírus, as atividades da campanha serão concentradas de forma virtual ao longo do mês, para evitar aglomerações, com aprimoramento dos profissionais de saúde da rede municipal para lidar com a população negra.

Mês - O mês de novembro tornou-se referência para a luta e resistência da população negra em enfrentamento ao racismo, reafirmação da identidade e, principalmente, na busca por melhorias de políticas públicas voltadas para esta fatia da população. Isso porque o 20 de novembro, quando se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, relembra a morte de Zumbi dos Palmares, último líder do quilombo dos Palmares, assassinado em 1695.

Publicado em Bahia

Elas são mais da metade da população baiana, mas continuam sub-representadas nas eleições municipais. Sim, as mulheres respondem por apenas 14,71% dos 1.366 pedidos de inscrição de candidaturas para o cargo de prefeita nas 417 cidades da Bahia. Em 2016, as candidatas ao posto totalizavam 14,93% das 1.246 solicitações. Ou seja, as mulheres perderam representatividade dentro da mesma faixa dos 14%. Os dados foram retirados do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 16h10 desta quarta-feira (4).

Em números absolutos, são 15 mulheres a mais concorrendo ao cargo em 2020, quando comparado a 2016. A Bahia passou de 186 pedidos de registro da candidaturas femininas às prefeitura para 201 solicitações nesta eleição. No sexo oposto, são 105 a mais.

Em 2020, o TSE regsitrou 162 municípios com pedidos de registro de candidaturas femininas para às prefeituras. Apenas 38,85% das 417 cidades baianas tiveram pedidos de registro de candidatura de mulheres ao posto neste ano.

Nacionalmente, a quantidade de pedidos de inscrição de candidaturas femininas para as prefeituras de todo Brasil cresceu. Em 2016, foram registradas 2.149 solicitações, o que representava 12,97% do total. Neste pleito, as mulheres são 13,43% dos 19.342 candidatos que requisitaram a participação na disputa pelo cargo de prefeito, com 2.597 postulantes.

Em pequeno número nas urnas, poucas mulheres também são eleitas. Segundo dados da pesquisa Perfil das prefeitas no Brasil: mandato 2017-2020, do Instituto Alziras, apenas 13% dos municípios baianos eram governados por mulheres em 2018.

A professora do Departamento de Estudo de Gênero e Feminismo e pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim/UFBA), Maíra Kubík, aponta que existe um quadro geral de exclusão da mulher da política tradicional.

É nas eleições proporcionais, como para os cargos de vereador, existe um pequeno aumento da candidatura de mulheres como consequência das cotas de 30% para as candidatas, afirma a estudiosa.

“Esse pequeno aumento não ocorre nas majoritárias, que são as candidaturas que mais representam o partido, onde se unifica a disputa da eleição e é mais difícil uma mulher conseguir a indicação para esse espaço de mais poder”, afirma a pesquisadora.

Segundo a professora, as pesquisas indicam que as candidaturas com mais estrutura e financiamento são as vitoriosas. Esse fato também reduz as chances de eleição de uma candidata ao passo que as grande siglas com mais recurso, majoritariamente, indicam candidatos do gênero masculino. “As mulheres não possuem a mesma estrutura de campanha que os homens. É preciso que elas possam participar mais dos partidos, que sejam vistas como representantes legítimas da sigla, possam se candidatar e tenham uma campanha estruturada caso sejam indicadas para a majoritária”, pontua Kubík.

Candidaturas simultâneas
Três é o número máximo de pedidos de inscrição de candidaturas femininas para a prefeitura em uma mesma cidade da Bahia em 2020. O recorde foi registrado em cinco municípios, mas em só três deles todas as mulheres tiveram a solicitação deferida e podem concorrer ao cargo. Esse é o caso de Morro do Chapéu, onde três postulantes do sexo feminino e um homem competem pela vaga no poder executivo.

Apesar do marco, todas as postulantes de Morro do Chapéu concordam que suas candidaturas não são fruto de um trabalho de apoio à participação femininas na política e de empoderamento das mulheres da cidade, que nunca teve uma prefeita do sexo feminino.

Na cidade, a manutenção de poder reinava, segundo a candidata Antônia Souto (Patriota). Sempre os mesmo grupos estavam com o poder e o escolhido para suceder os mais velhos eram homens.

“Aqui se acredita que os homens que devem governar, não tive espaço neste meio e fui buscar meus próprios caminhos. Essa minha decisão faz com que eu sofra ameaças. Inclusive, já tentaram impedir que que fizesse campanha na rua com meus apoiadores”, comenta.

Postulante à prefeitura de Morro do Chapéu, Juliana Araujo (PL) acredita que as prefeitas fazem um governo mais sensível às questões sociais. Para ela, que é a atual vice-prefeita do município, a mulher possui um olhar diferenciado para as famílias e as crianças: “o homem não tem essa mesma sensibilidade”.

Sua oponente, a petista Sheila Cristina da Silva (PT), conhecida como Professora Sheila, ressalta que não basta ser mulher, tem que ter uma construção política de apoio às causas femininas.

“Minha construção política e a forma como entrei na política é diferente da das minhas concorrentes. Eu nunca trato a participação da mulher por apenas ser mulher, é preciso trabalhar de acordo com o seu lugar para dar voz aos que historicamente se tornaram invisíveis”, afirma Sheila.

Ainda de acordo com a pesquisa do Instituto Alziras, 69% das prefeituras brasileiras chefiadas por mulheres tem ações específicas para esse público. Apesar do dado, é necessário analisar a trajetória política da candidata, ressalta a professora Maíra Kubík.

“O mais importante é pensar que a maneira como a pessoa governa tem a ver com as experiências de vida. Ser mulher traz diferentes experiências diferentes, isso impacto o olhar que a pessoa vai ter, mas outras questões também impactam essa gestão. É importante não naturalizar, não é por ser mulher que a gestora necessariamente vai agir de determinada forma”, explica a pesquisadora do Neim.

Kubík também afirma que as mulheres podem ingressar na política de formas variadas, o que também implica no tipo de campanha que é feito. A pesquisadora aponta as duas vias tradicionais para a entrada de pessoas do gênero feminino na política: a herança familiar e a militância de sindicatos. “A continuidade do poder dos familiares é mais comum em partidos localizados à direita. Já a política dos sindicatos é algo de siglas de esquerda ou centro-esquerda. Ao utilizar o nome da família, uma campanha pode receber mais financiamento do que a candidata que não seguiu essa linha”, explica.

Salvador
Na capital, duas mulheres concorrem à prefeitura, como ocorreu em 2016. Devido ao aumento no número de postulantes em 2020 - de 7 para 9, a proporção de candidaturas femininas em Salvador caiu em 6,35 pontos percentuais, passando de uma representação de 28,57%, em 2016, para 22,22% no pleito de 2020.

Ser candidata em meio a tantos homens é um desafio para Major Denice (PT), que afirma que a sua candidatura vai de encontro ao patriarcado e o machismo.

"Estou desafiando a lógica perversa, que tentam normatizar na nossa sociedade, segundo a qual mulheres não podem ocupar espaços de poder e o poder foi criado para se associar exclusivamente à masculinidade. Eu acredito em uma sociedade igualitária, em que todas as pessoas podem colocar seu nome à disposição para representar seu povo. Precisamos de mais gente como a gente governando", afirma a petista.

A outra postulante que concorre ao cargo de prefeita de Salvador é Olívia Santana (PCdoB). Sobre a estagnação da represenatividade feminina nas busca pelas prefeituras, a candidata aponta que ocorreu o crescimento do feminismo negro e a expansão das formas de sororidade, mas esse movimetno ainda não teve grandes reflexos na política.

"Não basta apenas eleger mulheres, é preciso conjugar a eleição dentro de uma agenda do campo democrático. É preciso trabalhar pela emancipação, para que mais mulheres ocupem espaços de poder em todos os ambientes, em todos os partidos. O desafio não para aí, queremos mulheres com pautas avançadas comprometidas com a transformação estrutural da sociedade em favor da igualdade. O discurso da sororidade é importante, mas a prática é fundamental", comenta.

Representatividade
Nesta eleição, a cidade de Lençóis tem os mesmos três candidatos que concorreram ao cargo de prefeito no pleito de 2016: Edileide Mauhnoom (PP), Vanessa Senna (PSD) e Marcos Airton Alves de Araujo (Republicanos). Naquele ano, o único homem levou a prefeitura. Dessa vez, as postulantes esperam que o resultado seja diferente.

A candidata do PSD, Vanessa Senna acredita que ainda temos um grande caminho a percorrer para aumentar a representatividade das mulheres na política por sermos um povo que vota em homens de forma recorrente.

“Ouço eleitores e até mesmo eleitoras me dizerem que não votam em mulheres. Como concorri em 2016, percebi que as coisas têm mudado, mas de forma lenta. Com as cotas de 30% dos recursos para campanha, as mulheres do meu partido realmente têm um grande desejo de estarem na política”, diz a candidata.

As candidaturas de mulheres também têm o papel de inspirar e abrir caminhos para que as mulheres ingressem na política. Edileide Mauhnoom acredita que ela foi uma das responsáveis por fortalecer o interesse das mulheres de Lençóis sobre as questões políticas do município.

“Até 2012, não exisitia a possibilidade de mulheres se lançarem candidatas em Lençóis. Naquele ano, eu fiz pré-campanha, o que chamou a atenção dos políticos, que lançaram uma outra mulher, que acabou se elegendo prefeita. Já eu não consegui me candidatar”, afirma a pepista.

A candidata à prefeitura de Sítio do Mato, Gláucia Nunes (PT) também acredita que as mulheres têm se despertado para a política ao observarem a atuação de prefeitas, vereadoras, senadoras e deputadas. “As mulheres estão passando a compreender que só se muda uma realidade de atrasos com luta. Temos muito ainda que avançar na participação das mulheres na política, mas chegaremos lá”, torce a candidata.

Na cidade, estão na disputa pela prefeitura duas postulantes do gênero feminino e um homem. Procurada, Sofia Márcia Nunes Gonçalves (DEM), conhecida como Marcinha de Alfredinho, não foi encontrada para comentar o assunto. Ela é a atual prefeita de Sítio do Mato tendo assumido após o antigo gestor deixar o cargo.

Chapa feminina
Em Mata de São João, no Litoral Norte, uma chapa totalmente feminina tenta chegar à prefeitura. A atual vice-prefeita, Luciene Cardoso (PSD), conhecida como Lulu, busca o cargo junto com a candidata a vice, Márcia Dias (PP). Elas concorrem contra três chapas de candidatos do sexo masculino.

Lulu reconhece que não existe um incentivo para a inserção das mulheres na política, por isso, considera sua chapa atípica e importante. “Nós somos maioria na população, mas continuamos sub-representadas. Ainda temos dificuldade para preencher a cota de 30% dos partidos porque existe a ideia de que a mulher não deve participar da política. Os homens sempre acham que têm que estar na ponta”, afirma a candidata. Ela ainda pede mais sororidade entre as mulheres para que se torne mais fácil ocupar os locais de decisão.

A postulante ao cargo de vice-prefeita, Márcia Dias, foi chefe do executivo municipal por 8 anos, entre 1997 a 2004. Para ela, a participação da mulher na política pouco mudou desde que ela deixou o cargo. “Ser prefeita foi um desafio muito grande por ter que lutar contra o machismo. Atualmente, o machismo ainda impera e as mulheres continuam distantes da posição de poder. Nós somos discriminadas em todos os sentidos”, afirma. Para ela, é necessário educar as mulheres desde a infância para que elas sejam empoderadas e fortes.

Desafios
Candidata à prefeitura de Lauro de Freitas, Mirela Macedo (PSD) diz que a pouca representatividade das mulheres na política é consequência da sociedade machista e patriarcal em que estamos inseridos. “O PSD em Lauro tem 50% das candidaturas de mulheres, é um esforço diário para que elas tenham uma participação efetiva. É preciso que que todas tenham a participação valorizada”, afirma a postulante que também é presidente da sigla na cidade.

Em busca da reeleição para a prefeitura de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT) relembra os ataques que sofreu por se candidatar, como críticas a aparência. "Um oponente me chamava de cafona e me criticava por isso. Isso é machismo porque os homens não sofrem com as mesmas críticas. Ainda temos poucas candidatas por motivos financeiros, pelo machismo ou até pelo medo da política afetar a família", comenta a candidata à reeleição em Lauro de Freitas, que diz que sua gestão prioriza as política públicas voltadas para as mulheres.

Quando uma mulher entra na política, ela ainda enfrenta preconceitos impostos pela sociedade. Segundo o estudo do Instituto Alziras, 53% das prefeitas ouvidas já sofreram assédio ou violência política por ser mulher, 48% afirmaram ter enfrentado a falta de recursos para campanha e 23% sofreram com o desmerecimento de seu trabalho ou de suas falas.

Juliana Araujo acredita que parte das mulheres não saem candidatas pelo peso dessas barreiras. "Se a mulher não tiver foco e muita força, ela acaba desistindo das candidaturas pelas dificuldades que são apresentadas. Eu mesma fui vítima de calúnia e difamação por ser candidata à prefeitura", afirma a mulher que concorre à prefeitura de Morro do Chapéu.

O uso de candidaturas femininas laranjas para atingir a cota do fundo eleitoral também é um problema. Segundo a candidata Professora Sheila, Morro do Chapéu enfrentou graves problemas de fraudes na cota com o uso de mulheres para garantir a candidatura dos homens. "Não existe uma formação política para que sejamos encorajada e também não reconhecem nossa capacidade de governar", menciona a postulante.

A professora Maíra Kubík concorda que as mulheres têm mais dificuldade para fazer campanha pela ideia errônea de que a política não é lugar para elas e pelos comentários machistas que as candidatas recebem.

“Os homens falam mais fácil na esfera pública, isso é algo da socialização masculina. Para as mulheres sempre existe uma lente de aumento, analisam se elas estão seguras, as suas roupas. Os comentário machistas que a mulher ouve diariamente também são amplificados na campanha”, afirma a pesquisadora.

Candidaturas totais de mulheres
A representação das mulheres entre todos candidatos a totais da Bahia aumentou nas eleições de 2020 passando de 31,8%, em 2016, para 32,9%, no pleito deste ano. A proporção de inscrição de candidaturas do gênero feminino aumentou em 1,1 pontos percentuais entre os dois pleitos.

Em Salvador, o acréscimo das mulheres na corrida eleitoral foi menor, com um aumento na proporção de pedidos de candidaturas femininas em 0,6 pontos percentuais. Em 2016, as mulheres representavam 30,99% dos que solicitaram concorrer na capital, agora, são 31,59%.

Em números absolutos, também houve um acréscimo. Pediram para concorrer aos cargos da gestão municipal na Bahia 13.684 mulheres. Quatro anos antes, em 2016, eram 11.707 solicitações Na capital, a quantidade de pedidos de inscrição de candidaturas femininas passou de 332, em 2016, para 508, em 2020.

Publicado em Política