Quarta, 06 Novembro 2024 | Login

Com R$ 50 você pode comprar uns quatro quilos de peito de frango, cinco placas de ovo, três quilos de corvina ou um quilo de carne de primeira. Sim, a carne vermelha virou artigo de luxo. Cortes como alcatra, contrafilé e patinho, que no ano passado costumava ser vendido por R$ 24, agora chega a custar, em média, R$ 33. Mas em alguns mercados de Salvador, um quilo desse alimento pode sair por até R$ 50, como indicado no aplicativo Preço da Hora Bahia, do Governo do Estado.

“Esse valor médio de R$ 33 é relativo ao mês de setembro de 2020. Ainda não temos os dados de outubro e pode ser sim que tenha ocorrido um aumento”, explicou Nadia Souza, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa instituição pesquisa o preço dos alimentos que compõem a cesta básica em algumas capitais brasileiras e constatou que, em Salvador, do início de 2020 até setembro, o preço da carne vernelha teve um aumento de 26,5%.

Na manhã dessa terça-feira (6), o CORREIO esteve em alguns frigoríficos de Salvador e constatou, com os consumidores, o preço alto. Na Boca do Rio, o quilo da carne de primeira estava R$ 40. No bairro vizinho, o Imbuí, o preço era R$ 42. “Eu costumava comprar carne de primeira, mais aumentou muito. Até a carne de segunda aumentou! Por isso, tô preferindo o peixe, soja, frango... o problema é que o frango enjoa, mas temos que aguentar, pois é mais barato”, disse a dona de casa Zenilde Abreu Brito, 60 anos.

Ela conversou com o CORREIO após comprar fígado, uma carne de segunda, a qual ela teve que dar mais preferência. “Antes o quilo do fígado era R$ 10 e agora saiu por R$ 19,99. Até para fazer uma feijoada está difícil. Eu coloco apenas uma calabresa no feijão e pronto”, disse.

Na frente desse frigorífico, dois ambulantes vendiam pescados. “Nosso faturamento aumentou, pois muita gente percebe o preço alto da carne vermelha e dá preferência para o peixe. Aqui a guaricema está R$ 10, a corvina R$ 15 e o camarão R$ 25”, disse um dos vendedores, que não quis se identificar. O idoso Antonio Carlos, 64 anos, foi um dos clientes conquistados pela dupla. Ele levou meio quilo de camarão e ainda foi comprar um quilo de frango no supermercado, para completar.

“Eu sou fã de carne vermelha, mas sei que hoje temos que comprar outros alimentos. Na situação que estamos atravessando, está muito difícil comprar carne. Todos os cortes aumentaram e não tem como o trabalhador sobreviver só de carne de boi”, reclamou.

Óleo
Além da carne vermelha, a aposentada Zuleica Leite, 70 anos, destacou o aumento no preço de outros produtos. “Tá um absurdo! O óleo mesmo está muito caro. Eu fui um dia desses no mercado e comprei um litro por mais de R$ 7. Normalmente era R$ 4. Aumentaram todas as carnes de segundas, o arroz, o leite”, disse.

Já a consumidora Ana Cleide, 25 anos, até pensou em levar o óleo, mas desistiu quando viu o preço. “Eu costumo levar o de soja, mas com esse preço não dá. Para substituir, vou usar o azeite de oliva. É estranho, pois era um produto menos usado antes, mas a gente precisa de algum óleo para fazer as comidas, não tem jeito”, disse.

Ana conversou com o CORREIO no Atakarejo da Boca do Rio. Lá, uma garrafa de 500mL de óleo de soja custava R$ 5,15. Os outros tipos de óleo (milho e girassol), chegava a atingir R$ 10. No Extra da Avenida Paralela, cada cliente só poderia levar cinco unidades de óleo de soja, cuja garrafa de 900mL custava R$ 7,19. A mesma limitação ocorria no Bompreço e na RedeMix, ambos do Imbuí, onde a garrafa de óleo de soja saía por R$ 6,59 e R$ 6,98, respectivamente.

Segundo a economista do Dieese, de agosto para setembro, o aumento no preço do óleo de soja foi de 30,11%. Se comparado a janeiro de 2020, esse salto é de 60,5%. No Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, o óleo de soja foi o produto que mais aumentou de preço, com alta de 8,32% em agosto, e 20,8% de variação acumulada do ano.

Motivo
O que explica esses números, tanto para o óleo como para a carne vermelha, são fatores externos.

“O dólar está muito caro, o que significa que nossa moeda está desvalorizada e, assim, nosso produto fica mais barato lá fora. Atualmente, temos exportado muito, pois o mercado internacional está reaquecendo. A demanda por exportação está alta, pois é barato comprar do Brasil. Por isso, os produtores preferem vender para o exterior do que no mercado interno”, disse a economista do Dieese.

Nadia Souza também explicou que o fim dos estoques públicos de alimento no país foi um fator que contribuiu para que o preço não ficasse regulado. “Antes, o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, mantinha um estoque de produtos para regular o preço. Quando estava muito caro, colocava mais produto no mercado e o preço caía. Como não há mais essa política, fica realmente o livre mercado. E se tem pouco produto aqui dentro, o preço sobe”, disse.

Para comprar barato, uma dica é pesquisar bem os preços. “Essa é uma boa dica, mas ela também depende da quantidade de produto que você consume. Se para pesquisar você precisa fazer um deslocamento que gaste transporte, talvez não compense”, disse Nádia. No final do texto, confira dois aplicativos gratuitos que te ajudam a comparar preços sem sair de casa. “Às vezes tem aquele dia da semana que os mercados fazem promoções. É bom dar preferência a esses dias”, concluiu.

No total, a cesta básica do soteropolitano teve um aumento de 27,4%, se comparado o mês de setembro com o de janeiro de 2020. Além do óleo de soja e da carne bovina, o tomate foi o grande responsável por esse preço. “É uma fruta perecível, um produto de durabilidade baixa. Então, seu preço flutua muito e é dependente da safra”, explicou Nadia.

Confira a variação anual dos 12 principais produtos da cesta básica em Salvador:

Tomate – 85,3%

Óleo de soja – 60,5%

Arroz – 42,1%

Banana – 30,9%

Carne bovina – 26,5%

Leite líquido - 21,2%

Feijão – 17%

Açúcar - 15,6%

Pão - 14,6%

Farinha de mandioca – 5,3%

Manteiga – 0,61%

Café - Redução de 3,7%

Total: aumento de 27,4% na cesta básica do soteropolitano.

*Fonte: Dieese

Confira dois aplicativos gratuitos que te ajudam a comparar preços sem sair de casa:
Preço da Hora Bahia - disponível para Android e iOS. O aplicativo reúne dados de milhares preços extraídos das notas fiscais eletrônicas do estado da Bahia, disponibilizando as melhores ofertas. É um aplicativo do Governo do Estado.

Menor Preço Brasil - disponível para Android e iOS. É um aplicativo da Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul, mas que está presente na Bahia graças a um convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O programa funciona da mesma maneira que o anterior, disponibilizando o valor por meio das notas fiscais emitidas.

Relembre algumas dicas para compras no supermercado:
Planejamento: É importante planejar bem o que você vai comprar de acordo com os seus hábitos e também com o espaço que tem na sua casa. Não adianta fazer uma compra gigante onde não vai ter onde colocar. Não compre além, nem estoque coisas. Isso só vai gerar desperdício.

A boa e velha lista de compras: Nesse momento em que é necessário equilibrar a difícil tarefa de reduzir ao gastos com supermercado, ao mesmo tempo em que, as pessoas estão ficando mais tempo em casa. A dica é programar um cardápio das refeições e não deixar de fazer uma lista do que precisa comprar. Evite ir no supermercado com a lista de cabeça na base do ‘sei de tudo que estou precisando’.

Alimentos versáteis: Dê preferência aos alimentos e congeláveis (não congelados ou processados), ou seja, que rendem vários preparos e pratos. Quanto mais versátil for um alimento mais preparo ele rende e menor os gastos.

Experimente novas marcas: Principalmente, se elas estiverem mais baratas. Esta estratégia também ajuda na hora de reduzir o peso do carrinho no orçamento.

Fique atento aos ‘truques’: Aí é redobrar atenção diante das estratégias que os supermercados usam para que o consumidor compre mais, como cercar produtos básicos de outros complementares, dispor na prateleira os produtos mais caros no campo de visão do consumidor e aquele o apelo do corredor até o caixa, sempre abastecido de itens que, geralmente, são comprados por impulso.

Publicado em Bahia

Ainda não há remédio muito menos vacina para o coronavírus. Mas parte das pessoas que ficaram em isolamento social nos últimos sete meses estão cansadas e buscando quebrar essa rotina, por isso, acabam optando por viagens curtas, as famosas “escapadas”. É justamente esse desejo coletivo por algo diferente que faz o setor de turismo ensaiar uma retomada na Bahia.

O cenário ainda está longe do ideal, mas o feriadão desde 12 de outubro, dia da Nossa Senhora Aparecida, deve ser o melhor desde março, quando a pandemia atingiu o Brasil. Em Salvador, a taxa de ocupação dos hotéis deve ficar entre 30 e 35%, informa Roberto Duran, presidente da Salvador Destination.

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA) não sabe precisar a taxa de ocupação prevista para a data, mas espera que o índice fique, pelo menos, acima de 50% para os hotéis abertos de Salvador.

A Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha) é mais otimista. Segundo o presidente da entidade, Silvio Pessoa, a taxa de ocupação na capital deve ficar na faixa dos 60% para o feriadão. Já outras localidades turísticas, como Porto seguro, Morro de São Paulo e o Litoral Norte, devem registrar entre 70% e 80% dos seus leitos ocupados.

Nem com o otimismo, a ocupação dos hotéis de Salvador deve se aproximar do que era registrado no mesmo período de 2019, quando a taxa estava na casa dos 80%, segundo a Febha. Nos outros pontos turísticos mais procurados da Bahia a situação é melhor podendo atingir a faixa dos 80% de leitos ocupados, como ocorreu no feriadão do dia das crianças do ano passado.

Litoral em alta
Na capital baiana a recuperação é lenta, mas outros destinos na Bahia estão tendo índices melhores, como Porto Seguro, Itacaré, Morro de São Paulo e, principalmente, Litoral Norte.

“Esses destinos estão com alta procura principalmente de pessoas saindo de Salvador, que querem entrar num carro com a família para descansar durante o fim de semana, mesmo que seja só para alugar uma casa na Linha Verde e curtir uma piscina”, explica Luís Leão, presidente do Sindicato das Empresas de Turismo da Bahia (Sindetur).

O fato dos destinos de sol e praia, como Porto Seguro e Itacaré, estarem abertos há mais tempo impacta a escolha do local para passar o feriadão, aponta o Secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco. “As pessoas se sentem mais seguras para ir”, diz.

Para o gestor, nesse momento, a procura é por lugares com menos aglomerações, o que também incentiva a visita a cidades do interior da Bahia. Franco ressalta que o movimento de turistas ainda é tímido se comparado com o período anterior à pandemia, mas demonstra o processo de retomada do setor. Procurada, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) não respondeu até o fechamento desta edição.

O pouco mais de um mês de diferença entre o 7 de setembro e o 12 de outubro vai fazer diferença no turismo. Um dos fatores apontados pelo presidente da Febha é a liberação do transporte intermunicipal no estado, em 28 de setembro.Pesa contra Salvador também as medidas de restrição presentes na cidade.

“Com praias e museus fechados o número de atrativos diminui. Então, o turista que está disposto a entrar num avião acaba optando por Balneário Camboriú, Gramado e outras capitais nordestinas. Não que essas medidas sejam negativas. Elas dificultam que futuramente o número de casos de covid-19 em Salvador aumentem exponencialmente e seja necessário fechar ainda mais atividades”, pondera Roberto Duran.

Apesar da reabertura de mais destinos desde o 7 de setembro, muitos ainda trabalham com restrições. “Deve-se viajar com cautela e respeitando as regras, com uso de máscara, álcool. Ainda estamos em uma pandemia”, ressalta o secretário Fausto Franco.

Perfil do turista
O trade turístico também avalia que houve uma mudança no perfil dos viajantes. As pessoas estão evitando entrar em ônibus, aviões e transportes coletivos em geral, dando preferência a destinos próximos, que dê para ir de carro com a família e amigos.

“As pessoas estão na sede de sair de casa. Estão buscando qualquer coisa, mesmo que seja apenas para respirar coisas novas e descansar num lugar diferente. É mais para quebrar a rotina”, avalia Luís Leão.

Os turistas também devem percorrer distâncias menores para viajar, aponta Pessoa. Os mineiros, por exemplo, procuram as praias de Porto Seguro, enquanto, os turistas de Aracaju devem passar o dia das crianças no Litoral Norte. “Acredito muito nos visitantes do interior do estado ou de estados vizinhos”, pontua o presidente da Febha.

Para o secretário de turismo da Bahia, a busca pelas viagens mais próximas também ocorre pela baixa oferta de voos. “Vamos para 35% de oferta da malha a aérea na comparação com o número de voos antes da pandemia. É difícil achar voos e quando acha, os preços são pouco convidativos”, afirma Franco.

Por enquanto o público que voltou a “turistar” é aquele de até 40 anos, em sua maioria. Os idosos e aposentados, grandes impulsionadores do turismo do Brasil, ainda estão mais relutantes. “Isso é um problema porque essas pessoas, que são quem tem tempo e dinheiro, formam o grupo de maior risco da covid-19. Com isso estão preferindo ficar em casa esperando as condições melhorarem”, diz Luís.

No período que se comemora o dia das crianças, muitas famílias têm buscado viajar com os pequenos, aponta o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA), Luciano Lopes. “A maioria das pessoas viaja por lazer, o que tem predominância das famílias”, aponta o presidente, que ainda indica que muitos paulistas têm procurado Salvador para passar o feriadão já que a malha aérea favoreceu essa conexão.

Resorts
A lista de destinos preferidos mudou. Festas e badalação perderam espaço para sossego e tranquilidade. “O turista não está viajando para conhecer um lugar diferente. Ele quer apenas descansar e sair da rotina. Por isso lugares como resorts estão tendo uma procura maior que a média, por eles oferecerem toda a estrutura e segurança”, exemplifica Luís.

Para a presidente da seccional baiana da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-BA), ngela Carvalho, os resorts do Litoral Norte saem na frente por oferecerem um turismo em ambiente aberto e com atividades ao ar livre. “Assim como os resorts, os destinos de praia do interior da Bahia chamam atenção”, pontua.

No Gran Hotel Stella Maris, o cenário é mais animador para o feriadão. A diretora de Vendas e Marketing do resort, Viviane Pessoa, estima que a taxa de ocupação do empreendimento para a data é de, pelo menos, 80%. Apesar de significativa, a procura por reservas no hotel caiu, assim como o valor da diária média. O hotel está com 100% dos leitos abertos.

“O período do dia das crianças sempre é interessante e tem um bom nível de ocupação. Mesmo com a pandemia, estamos tendo uma procura muito grande para a data, que culmina com o recesso de algumas escolas particulares. Isso junto com a desaceleração nas taxas de contágio do coronavírus motiva os visitantes”, indica a diretora do Gran Hotel Stella Maris.

O Gran Paladium Imbassaí está com 70% de ocupação para o feriado do dia 12, o que é o máximo já que parte dos leitos está fechada. Segundo a Diretora Comercial Brasil do Palladium Hotel Group, Carollina Abud, os principais visitantes do hotel são da Bahia e de Sergipe. Do sudeste, a maior parte dos hóspedes são de São Paulo e Minas Gerais; e Brasília e Goiânia no centro oeste.

O Tivoli Ecoresort Praia do Forte registra o melhor feriado desde o início da retomada, com a maior parte dos hóspedes de fora do estado, sobretudo de São Paulo. O hotel do Litoral Norte trabalha com 60% da capacidade total de leitos e todos estão reservados.

Antes da pandemia, a ocupação dos leitos no Tivoli Ecoresort Praia do Forte era de 90% a 100% para feriados como o de 12 de outubro. Desde a reabertura, o hotel possui uma ocupação média de 40% dos leitos totais, o que representa uma taxa de ocupação de 70% da capacidade atual do empreendimento.

O presidente da ABIH indica ainda que as reservas têm sido feitas mais em cima da hora. Antes da pandemia, em um feriado como esse, os leitos estariam comercializados 20 dias antes da data. Agora, Lopes acredita que até a próxima quinta-feira (8) e sexta (9) ainda devem receber novas reservas.

O turismo só deve voltar à normalidade após a vacina ou a descoberta de algum remédio eficiente no tratamento do coronavírus. Atualmente, a ocupação dos hotéis melhora entre a noite de quinta-feira e sábado, mas amarga índices baixos durante a semana, o que não permite que os empreendimentos consigam equilibrar suas contas. Na noite de última segunda, apenas 28,31% dos leitos disponíveis em Salvador estavam ocupados.

Redução no IPTU
20% dos hotéis que fecharam as portas provisóriamente em Salvador ainda não retornaram. E aqueles que estão recebendo hóspedes continuam operando no vermelho.

Para diminuir o prejuízo deste setor, o prefeito ACM Neto sancionou a lei, aprovada na Câmara dentro do pacote elaborado pelo Executivo de incentivos fiscais para diversos setores nesse momento de crise sanitária, que estabelece o desconto de 40% no IPTU de 2021 para estabelecimentos inseridos no Programa Especial de Incentivos Fiscais à Atividade Turística (Proturismo).

“Essa redução é muito positiva para diminuir o custo nos hotéis, que estão passando por grande dificuldade neste período. Essa redução, que serve para minimizar os impactos da pandemia, irá beneficiar todos os estabelecimentos que aderiram ao programa”, comemora Luciano Lopes.

Locais mais procurados

Litoral Norte
Porto Seguro
Morro de São Paulo
Itacaré

Destinos abertos**

Imbassaí
Diogo
Santo Antônio
Costa do Sauípe
Praia do Forte
Itacaré
Cairu (incluindo Morro de São Paulo e Boipeba)
Camamu
Valença
Taperoá
Igrapiúna
Ituberá
Porto Seguro
Arraial d’Ajuda
Trancoso
Caraíva
Santa Cruz Cabrália
Maraú
Lençóis
Mucugê
Prado
Caravelas – Abrolhos
Vitória da Conquista
Bonito
Campo Formoso
Jacobina
Migual Calmon
Miragaba
Ourolândia
Pindobaçu
Senho do Bonfim
Quixabeira
Utinga
Paulo Afonso
Jandaíra
Entre Rios
Conde
Lauro de Freitas
Esplanada
Dias D´Ávila
Camaçari
Alcobaça
Itamaraju
Mucuri
Nova Viçosa
Prado
Teixeira de Freitas

** destinos cuja reabertura foi informada à Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur) até 6 de outubro

Publicado em Bahia

O Grupo de Trabalho (GT) de Enfrentamento ao Novo Coronavírus do Ministério Público (MP-BA) estadual informou que pediu nesta terça-feira (6) para que a Justiça obrigue, em decisão liminar, o município de Salvador a retomar a circulação de 100% da frota de ônibus do sistema de transporte coletivo municipal durante os horários de pico: das 5h às 08h; das 8h às 12h e das 16h às 21h.

O pedido, segundo o MP-BA, foi realizado em ação civil pública ajuizada pelos promotores de Justiça Rita Tourinho e Rogério Queiroz, coordenadores do GT, e Adriano Assis. "Foi solicitado ainda que a Justiça determine, em decisão final, a total retomada da frota durante todo o horário regular de circulação", diz comunicado enviado à imprensa.

O ajuizamento da ação ocorre após a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) não atender a recomendação encaminhada pelo MP para o retorno imediato do transporte público coletivo e depois de diversas reuniões realizadas com o objetivo de formalizar um acordo que promovesse a retomada integral dos ônibus na capital.

De acordo com o MP, pesquisas de campo foram realizadas, no final de setembro e início deste mês, pela equipe técnica da Coordenadoria de Segurança Inteligência (CSI) do MP, e constataram ônibus lotados, com pessoas em pé, nas estações de Pirajá, Lapa, Acesso Norte e Mussurunga.

O Ministério Público diz que "o levantamento destoa do diagnóstico de demanda indicado pela Semob". “De acordo com o entendimento da Secretaria, a partir de 12 de setembro, a demanda média de passageiros transportados foi de 55% do normal, de modo que a oferta média requerida do serviço deveria girar em torno de 65% do normal, o que, segundo informa, teria se verificado. No entanto, conforme será demonstrado, a disponibilização de apenas 65% é insuficiente para acomodar a demanda do serviço, como evidenciam as frequentes aglomerações nos ônibus”, afirmaram os promotores.

Segundo a ação, a perspectiva da Semob seria disponibilizar 100% da frota (2.213 veículos) a partir somente da fase 4 de retomada da atividade econômica na cidade.

Procurada pelo CORREIO, a Semob informou que "a Prefeitura não foi notificada oficialmente dos termos da ação para responder. "O órgão reforça que continua com mesa aberta com Ministério Público, inclusive com reunião agendada para esta quarta-feira (7), às 14h, no MP", disse, em nota, a assesoria da Semob.

Os promotores do MP-BA disseram que a proposta de retomada de 100% da frota apenas na quarta fase da retomada das atividades na pandemia "desconsidera a situação de risco de contágio por covid-19 que a população está atualmente exposta ao circular em ônibus superlotados". “Conforme noticiado, por exemplo, no primeiro domingo de abertura dos shoppings centers de Salvador (dia 13 de setembro), passageiros registraram e enfrentaram ônibus superlotados na capital baiana. As filmagens da linha Rodoviária x Paripe mostram as pessoas aglomeradas, desconfortadas e revoltadas com o risco de contaminação pelo novo coronavírus”, pontuaram.

Ainda na ação, os autores apontaram que "não cabem, diante de uma questão de saúde pública, as justificativas apresentadas pelo município, como queda de demanda e desequilíbrio econômico dos contratos de concessão, pois a retirada dos ônibus em circulação máxima 'transfere para a população o ônus que deveria ser administrado pelo Município de Salvador'".

“Não guarda coerência o Município de Salvador estabelecer medidas de distanciamento social, inclusive mantendo o fechamento de praias, quando a população se aglomera nos ônibus de Salvador, não para atividades de lazer, mas para seu deslocamento laboral”, afirmaram.

Voltar com 100% da frota de ônibus 'é impossível', afirmou ACM Neto
No último dia 18, o prefeito ACM Neto afirmou que é "impossível" cumprir a recomendação do MP-BA para retomar o funcionamento de 100% da frota de ônibus em Salvador. Ele chamou a conta de "impagável" e diz que isso deixaria outras áreas desassistidas. "Não tem milagre".

“Ou a prefeitura vai ter que botar mais dinheiro do que já vai colocar e aí vai faltar dinheiro para saúde, vai faltar dinheiro para a manutenção da cidade, para limpeza... Ou nós vamos transferir para a tarifa e aí quem paga a conta é o cidadão”, disse Neto, que falou durante inauguração de obras da Lagoa dos Pássaros, no Stiep.

Segundo Neto, a frota tem rodado com 80% dos veículos, transportando 54% dos passageiros que eram levados em comparativo com período anterior à pandemia. Ele lembrou que a prefeitura assumiu o comando de uma concessionária que quebrou acordo.

"Quem é que vai pagar essa conta? A prefeitura. Estou em negociação, fechando números. Mas os números iniciais apontam uma necessidade, vou dizer um número que não tá fechado, mais ou menos R$ 30 milhões que a prefeitura vai ter que aportar no sistema em duas bacias. Porque a terceira nós estamos bancando, comprando óleo diesel, pagando rodoviário, para não ter demissão e paralisação... Mais do que isso é impossível", disse.

Na ocasião, ele afirmou que a Semob estava observado os horários de pico e linhas mais cheias para aumentar a oferta nestas especificamente. "Mas é impossível agora rodar com 100%", reforçou. "Imagino que o Ministério Público não deseje que o cidadão venha a pagar R$ 5 no ônibus. Porque até o dia 31 de dezembro, enquanto eu for prefeito, não vou permitir que isso aconteça”, disse Neto.

O prefeito voltou a repetir que o transporte público é a "maior dor de cabeça" de Salvador hoje em dia. "A prefeitura está gastando dinheiro para impedir que a prefeitura pague", afirmou. "O sistema começou a se equilibrar e aí veio a pandemia. Lascou tudo", disse, afirmando que se trata de um fenômeno nacional.

No início do mês passado, o prefeito já havia falado do assunto, citando seu envolvimento, através da Frente Nacional dos Prefeitos, na negociação para que o governo federal injetasse auxílio para o município para o setor do transporte. "Mobilizei prefeitos do Brasil, consegui de alguma forma interlocução com o governo federal, chamar atenção para necessidade desse socorro, o governo fez até a MP, mas a Câmara dos Deputados inviabilizou o texto. O projeto final aprovado pela Câmara foi horrível", disse na ocasião, se referindo à Medida Provisória 938.

Por conta disso, Neto esteve em Brasília para se encontrar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para entregar um documento com sugestões de alteraçãoes à MP para que ela "tenha efetividade e possam vir recursos para Salvador". "Esse periodo de pandemia gerou um desequilibrio grande nos sistemas. A prefeitura vai ter que aportar recurso", disse Neto. "Uma parte vamos ter que pagar para o sistema não quebrar e parar", afirmou.

Publicado em Bahia

A Bahia registrou 32 mortes e 2.142 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (6). No mesmo período, 1.816 pacientes foram considerados livres da doença (+0,6%).

Dos 318.147 casos confirmados desde o início da pandemia, em março, 304.732 já são considerados curados e 6.430 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (27,60%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (6.896,55), Almadina (6.551,98), Madre de Deus (6.167,92), Itabuna (6.125,98), São José da Vitória (5.532,97).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 636.779 casos descartados e 77.075 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça.

Na Bahia, 26.535 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
Ainda segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta terça contabiliza 32 óbitos ocorridas em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 6.985, representando uma letalidade de 2,20%. Dentre os óbitos, 55,76% ocorreram no sexo masculino e 44,24% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 53,84% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,31%, preta com 15,23%, amarela com 0,79%, indígena com 0,11% e não há informação em 12,71% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 72,08%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (75,47%).

Publicado em Saúde

O Dia das Crianças é uma das datas mais importantes do calendário do varejo nacional, devendo movimentar R$ 6,2 bilhões neste ano. Segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entre os estados do Nordeste, a Bahia aparece em primeiro lugar no quadro de expectativa de distribuição do faturamento para a data, com R$ 149,8 milhões, na frente do Ceará (R$ 95 milhões) e Pernambuco (R$ 84,5 milhões). As informações são da Fecomércio-BA.

Nacionalmente, São Paulo (R$ 1,77 bilhão), Minas Gerais (R$ 667,3 milhões), Rio de Janeiro (R$ 514,1 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 454 milhões) deverão responder por mais da metade (54,8%) do total movimentado com a data em 2020.

Brasil
Conforme pesquisa da CNC, o volume de vendas voltada para o Dia das Crianças deverá registrar queda de 4,8% em relação ao mesmo período de 2019. Se confirmada, essa seria a primeira retração das vendas para a data desde 2016 (-8,1%), já descontada a inflação.

Com alta esperada de 3,2%, o ramo de hiper e supermercados deverá movimentar R$ 4,4 bilhões (70,2% do total) e será o único a apurar avanço nas vendas para a data deste ano. Outros segmentos que costumam se beneficiar do aumento sazonal das vendas nesta época do ano tendem a amargar perdas: brinquedo e eletroeletrônicos (-2,5% ou R$ 1,3 bilhão); livrarias e papelarias (-9,9% ou R$ 48,1 milhões); e lojas de vestuário e calçados (-2,1% ou R$ 489 milhões).

A CNC ressalta que o processo de resgate do nível de atividade do varejo desde o início da recessão provocada pela pandemia da Covid-19 ainda não está completo em diversos segmentos do varejo.

A Confederação avalia ainda que o travamento do mercado de trabalho, com desemprego em alta, aumento da informalidade e subutilização da força de trabalho, ainda é um desafio para o setor não apenas para esta data comemorativa, mas para as demais deste ano. A queda do auxílio emergencial a partir de setembro também deverá dificultar a retomada das vendas mesmo em um cenário de inflação e juros baixos.

Publicado em Economia

Outubro é o mês em que, tradicionalmente, começa a temporada de matrículas escolares, quando mães e pais renovam a inscrição de seus filhos ou saem em busca de novas escolas. Neste ano, mesmo sem definição de quando haverá o retorno das aulas presenciais, muitas instituições de ensino de Salvador e Lauro de Freitas já começaram a matricular os alunos para 2021, prioritariamente de forma online, enquanto fazem os últimos ajustes dos protocolos sanitários para o ano que vem.

A gestão municipal já definiu o modelo de retorno das aulas – faculdades primeiro, escolas depois. A expectativa de alguns gestores de escolas ouvidos pela reportagem é de que as atividades presenciais retornem em novembro. Contudo, tudo depende do aval da prefeitura e do governo do estado. Até lá, a maioria das instituições de ensino se preparam para os dois cenários: a manutenção do ensino remoto ou o presencial - com certas limitações - e também apostam no ensino híbrido, mesclando as duas modalidades.

A rede do Colégio Nossa Senhora do Resgate, que fica nos bairros de Brotas, Cabula e São Lázaro, e o colégio Montessoriano, na Boca do Rio, estão renovando primeiramente as matrículas para os alunos que são da casa. A estrutura das escolas já foi adaptada com dispensers de álcool em gel, sinalizações para manter o distanciamento mínimo de 1,5m e tapetes sanitizantes. Mesmo com a liberação dos governos, eles pretendem manter algumas atividades remotas.

“Estamos nos preparando para os dois modelos: híbrido, transmitindo as aulas simultaneamente, ou presencial. A maioria das famílias quer que seja mantido o ensino remoto, mas nós temos que oferecer as duas opções, com o ok dos governos”, disse o diretor geral dos Colégios Nossa Senhora do Resgate, Sérgio Pires. Ele informou ainda que a equipe de professores está passando por um treinamento para se adaptar a esse novo formato.

São mais de 2 mil alunos nas três unidades, que atendem da educação infantil até o ensino médio. Pires disse ainda que a escola “está com saudade do aluno” e não vê a hora de recebê-los novamente. “Quem dá vida à escola é o aluno, sem eles, vira um prédio morto”, desabafa.

No Montessoriano, a expectativa é que as aulas continuem no online, pelo menos até o final do ano. Segundo a diretora da escola, Lúcia Matos, foi feita uma pesquisa com as 950 famílias dos estudantes e apenas 14% dentre os 580 que responderam desejam o retorno das aulas presenciais em 2020.

“É um público bem restrito, a gente pensa que seria melhor a manutenção. Mas se tiver demanda para fazer o ensino híbrido, não seria problema e nenhuma família ficará sem atendimento”, explicou Matos. A rematrícula está aberta de 14 de outubro a 30 de novembro, com descontos para quem pagar as primeiras parcelas adiantadas. Os valores das mensalidades não foram ajustados para o ano que vem. Bebedouros com acionamento de pedal foram instalados e as salas de aula estão com as mesas mais espaçadas.

Não querer o ensino presencial é o posicionamento da maioria dos pais de alunos de escolas particulares de Salvador e Lauro de Freitas, de acordo com uma pesquisa feita pelo Grupo de Valorização da Educação (GVE), que reúne mais de 60 instituições de ensino nas duas cidades. “O índice de retorno era muito baixo, cerca de 30%. Ele tem aumentado em torno de 15%, mas a maioria prefere não retornar. Mas a decisão não é nossa, é do governo, e só podemos voltar com a maior segurança possível”, disse o porta-voz do GVE e diretor do grupo Perfil, Wilson Abdon.

Apesar da maioria das matrículas estarem sendo de forma virtual, o atendimento presencial, por hora marcada, já é possível em Lauro de Freitas é possível desde a semana passada. A expectativa, se o ensino for híbrido, é que cada escola adote um modelo diferente, com um escalonamento gradativo, isto é, 50% dos alunos irão à escola num primeiro momento, depois 70%, até se chegar ao contingente total.

O Colégio Educacional Maria José, em Pernambués, não deu detalhes sobre o planejamento, que já está pronto, mas informou que as matrículas serão abertas a partir deste mês. Já o Colégio Nossa Senhora Conceição, em Brotas, não definiu valores para o próximo ano letivo, pois espera as diretrizes do Conselho Estadual de Educação. O mais provável é a hibridização do ensino. Na Escola Ribeiro de Araújo, na Plataforma, os gestores aguardam um posicionamento da prefeitura junto ao Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia) para poder iniciar o processo de matrículas.

Protocolos
Sem bebedouro compartilhado, sem o baba no intervalo, sem todos os alunos na sala. Com entradas diferentes, câmeras na sala. Essa deve ser a nova realidade na maior parte das escolas particulares para 2021. “Todas as rotinas foram revisitadas”, contou Viviane Brito, CEO do Villa Campus de Educação, na Avenida Paralela. O infectologista Roberto Badaró, que também é diretor do Hospital Espanhol, unidade de saúde exclusiva para atender doentes da covid-19, assessorou a elaboração do protocolo da escola.

Lá, houve marcações no chão para relembrar o distanciamento de um metro e meio entre as pessoas, potes de álcool em gel foram fixados no chão e lavatórios distribuídos e máscaras serão obrigatórias. Mas as mudanças se estendem a toda rotina no próximo ano. O ensino também tende a ser híbrido e haverá rodízio entre os alunos para respeitar o distanciamento – uns irão terça e quinta e outros segunda e quarta, depende da quantidade da turma.

Todos os alunos ficarão, pelo menos uma vez por semana, na escola. As salas também foram equipadas com câmera, caixas de som e microfone para que, de casa, os alunos possam acompanhar as aulas. “O que a gente acredita é que muitas famílias vão voltar, mas outras vão esperar até a vacina chegar”, disse Viviane, que diz que a escola está pronta para o retorno a qualquer momento.

Nem todos os pais decidiram quanto ao futuro escolar dos filhos - principalmente se os filhos retornarão, em 2021, sem uma vacina. O administrador André Lima, 41, ainda tem dúvidas quanto a deixar, ou não, as duas filhas, alunas de um colégio particular, voltarem às atividades presenciais. "Acho que vamos esperar um pouco antes do retorno total. Ver como será o comportamento, como será na prática, até lá continua como estão, estudando de casa", opinou.

As rotinas
Os protocolos foram criados pelas próprias escolas, com orientação de infectologistas e com base em recomendações científicas internacionais, mas pode passar por alterações de acordo com o determinado pela prefeitura e pelo Governo do Estado da Bahia. O plano mostrado pelo CORREIO, no sábado, estabelece redução no número de alunos por cada turma e escalonamento de horários e escolas, como já previam as instituições em seus respectivos estudos para a retomada.

A ideia, segundo detalhou Bruno Barral, secretário municipal de Educação, é que, quando reabrirem as escolas, primeiro sejam liberadas as unidades do Ensino Médio, depois o Ensino Fundamental e, por último, a Educação Infantil – provavelmente a partir de 2021. “No início do próximo ano letivo, os pais ainda assim vão poder escolher se vão ou não para o presencial. Nossa ocupação deve ser em torno de 15 crianças por sala”, acredita Márcia Schwartz, diretora da Acbeu Maple Bear Canadian School.

As aulas serão gravadas e os alunos poderão assistir, ao vivo, em casa. Tudo que não é lavável será evitado e o digital será sempre a primeira escolha. A biblioteca ficará fechada, justamente por isso. Os professores, coordenadores e diretores sabem que o retorno deve ser acompanhado de um acompanhamento muito próximo dos alunos, que precisarão, na verdade, se readaptar a antiga rotina, mas de uma nova forma.

“A gente planejou também o acolhimento com equipe de psicologia, já estamos passando para treinar em casa, dia a dia, é uma nova rotina, uma nova maneira de viver”, complementou.

As aulas de educação física, por exemplo, foram reformuladas, e os encontros em grupos – para jogos na quadra, durante o intervalo, por exemplo – serão proibidos. O professor, diretor operacional da DOM e consultor da Unesco para alfabetização, Tony Lima, diz que as atividades serão transformadas, mas continuarão existindo.

“Estamos tentando entender como se faz isso, porque boa parte das experiências vem pelo contato e a educação física, além de ser indicada a saúde, também traz isso”. Os bebedouros coletivos também serão banidos. “É um possível espaço aglutinador de contaminação”, explicou Tony.

O ensino híbrido ainda não é regulamentado pelo Ministério da Educação, apenas em cursos técnicos, mas os gestores acreditam que é possível haver uma mudança nesse sentido. No caso das três escolas – Villa, Maple Bear e DOM – será possível escolher a modalidade de ensino. As mudanças devem valer para os futuros cuidados com a higiene, mesmo com uma possível vacina no horizonte. “Eu acho que isso é algo que veio para ficar, que se tiver resfriado, qualquer coisa, os pais avisem”, concluiu Tony.

Conselho Estadual de Educação aconselha se preparar para os dois cenários
O presidente do Conselho Estadual de Educação, Paulo Gabriel Nacif, explicou que as escolas têm autonomia para manter as atividades remotas. “Enquanto perdurar a pandemia, nós temos uma resolução que determina que a escola pode adotar o modelo remoto. Nada impede que a matrícula para o ano que vem adote os mesmo moldes”, afirmou.

A resolução, publicada em março, estabeleceu uma flexibilização do cumprimento dos 200 dias letivos para as escolas. Para este ano, é necessário apenas cumprir a obrigação das 800 horas. O presidente disse que vai avaliar com o conselho nacional como será a configuração das aulas para o ano que vem, mas que incentiva que as escolas já comecem a se planejar com as famílias dos alunos. “A gente incentiva que esse processo seja o mais regular possível e que as escolas se preparem para os dois cenários. É muito provável que o primeiro semestre ocorra com mais atividades remotas e híbridas, mais do que as presenciais”, prevê Nacif.

Publicado em Bahia

Desaparecida desde a última terça-feira (29) na trilha da Serra da Miaba, localizada no município de São Domingos, na Região Agreste Central de Sergipe, a jovem baiana Joana Gabriela Coutinho, de 21 anos, foi encontrada na tarde deste domingo (4) por equipes do Corpo de Bombeiros e do Grupamento Tático Aéreo (GTA).

Segundo infomações do GTA, a jovem estava em uma área de difícil acesso e foi preciso utilizar técnicas como rapel para chegar até ela, que estava consciente, mas tinha um ferimento na cabeça e picadas de inseto pelo corpo.

De acordo com G1, Joana foi levada em um helicóptero do grupamento até o Aeroclube de Aracaju, onde uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizou os primeiros atendimentos. Em seguida, foi encaminhada para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

Familiares disseram que Joana foi de Salvador para a casa de uma irmã, em Aracaju, e na terça-feira (29) saiu para fazer uma trilha com um guia e um amigo. Os dois retornaram, mas ela não. A mãe da jovem, que também mora na capital baiana, chegou em Sergipe na noite da sexta-feira (2) para acompanhar as buscas.

Publicado em Brasil

A Bahia registrou 28 mortes e 565 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta segunda-feira (5). No mesmo período, 994 pacientes foram considerados curados da doença (+0,3%).

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 6.953, representando uma letalidade de 2,20%.

Dos 316.005 casos confirmados desde março, 302.916 já são considerados curados e 6.136 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (27,65%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (6.792,06), Almadina (6.515,37), Madre de Deus (6.144,22), Itabuna (6.105,81), São José da Vitória (5.497,61).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 631.411 casos descartados e 75.947 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda-feira (5).

Na Bahia, 26.408 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 28 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Perfis
Dentre os quase 7 mil mortos, 55,75% são do sexo masculino e 44,25% do sexo feminino.

Em relação ao quesito raça e cor, 53,76% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,32%, preta com 15,27%, amarela com 0,79%, indígena com 0,12% e não há informação em 12,74% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 72,07%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (75,57%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

Publicado em Saúde


Além dos percentuais de intenção de voto para a Prefeitura de Salvador nas Eleições 2020, a Pesquisa Ibope divulgada pela TV Bahia nesta segunda-feira (5) também mostra os percentuais de avaliação das administrações do prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM), e do governador da Bahia, Rui Costa (PT).

O levantamento questionou os cidadãos sobre as classificações ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo dos dois governantes e ainda perguntou diretamente se os entrevistados aprovavam ou não a administração de ACM Neto, que encerra sua gestão em 31 de dezembro deste ano. Confira os resultados abaixo.

ACM Neto
Avaliação:

Ótima/Boa: 73%
Regular: 19%;
Ruim/Péssima: 6%
Não sabem avaliar: 1%
Aprovação:

Aprova: 85%;
Desaprova: 12%;
Não sabem avaliar: 3%

Rui Costa
Avaliação:

Ótima/Boa: 64%
Regular: 26%;
Ruim/Péssima: 8%
Não sabem avaliar: 2%
Sobre a pesquisa
Margem de erro: 4 pontos percentuais para mais ou para menos
Quem foi ouvido: 602 eleitores da cidade de Salvador.
Quando a pesquisa foi feita: 3 e 4 de outubro.
Número de identificação na Justiça Eleitoral: BA-03105/2020
O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.

 

Publicado em Política

A primeira pesquisa Ibope registrada dessa eleição, em Salvador, foi divulga pela TV Bahia na tarde desta segunda-feira (5) e traz o candidato Bruno Reis (DEM) na dianteira, seguido de Pastor Sargento Isidório (Avante). As candidatas Major Denice (PT) e Olívia Santana (PCdoB) empatam na terceira posição.

Confira os percentuais de intenção de voto para a Prefeitura de Salvador nas Eleições 2020 abaixo:

Bruno Reis (DEM): 42%
Pastor Sargento Isidório (Avante): 10%
Major Denice (PT): 6%
Olívia Santana (PC do B): 6%
Bacelar (Podemos): 5%
Cézar Leite (PRTB): 3%
Hilton Coelho (PSOL): 2%
Rodrigo Pereira (PCO): 1%
Celsinho Cotrim (PROS): 0%
Ao todo, Branco/Nulo: 17%
Não sabe/Não respondeu: 8%
Ao todo, 602 eleitores de Salvador foram ouvidos entre o sábado (3) e domingo (4) passados. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número BA-03105/2020.

Publicado em Política