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Bahia com Tudo

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A Bahia segue com altos números de mortes em 24h por covid-19. A situação, que se repetiu ao longo de todo mês de março, quando o estado bateu sucessivos recordes de óbitos, fez o estado alcançar um novo pico de mortes nesta quarta-feira (7). A Bahia registrou 189 mortes. Esse é o maior número de óbitos registrado no estado desde o começo da pandemia, superando os 160 mortos registrados no último dia 31 de março.

Ainda foram registrados 3.712 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) no estado, nas últimas 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta quarta. No mesmo período, 3.442 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%).

O alto número de mortes reflete a alta taxa de ocupação nas UTIs. No começo da noite desta quarta, a taxa de ocupação de leitos de UTIs para adultos é de 83%.

Apesar das 189 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta quarta. 185 ocorreram em 2021 e 96 delas nos seis primeiros dias do mês de abril.

De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 16.107, representando uma letalidade de 1,95%. Dos 825.015 casos confirmados desde o início da pandemia, 794.967 já são considerados recuperados, 13.941 encontram-se ativos. Na Bahia, 45.896 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h desta quarta-feira, 112 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 35 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

O Governo do Estado anunciou, nesta quarta-feira (7), que fez o depositou de R$ 250 milhões no Fundo Garantidor para construção da Ponte Salvador-Itaparica. O depósito integra o compromisso firmado no contrato que prevê a implementação, nos próximos cinco anos, do equipamento, através de Parceria Público-Privada (PPP). 

O Fundo Garantidor do Aporte da Ponte Salvador-Itaparica é destinado aos contratos para a execução das obras e dos serviços de construção, operação e manutenção da estrutura. O governo baiano investirá R$ 750 milhões no fundo, divididos em parcelas anuais de R$ 250 milhões.

A ponte Salvador-Itaparica terá 12,4 quilômetros de extensão e terá investimento de R$ 5,4 bilhões e aporte total do Estado de R$ 1,5 bilhão.

A construção será feita pelo consórcio vencedor da licitação, formado pelas empresas China Communications Construction Company (CCCC Ltd), CCCC South America Regional Company (CCCCSA) e China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20). De acordo com o Governo do Estado, a previsão é que as obras comecem no final de 2021 e tenha duração de quatro anos. A previsão é que as obras gerem até oito mil empregos.

A ponte contará com duas pistas, cada uma delas com duas faixas e acostamento, e ainda com um trecho estaiado de 860 metros. Após a conclusão da obra, o consórcio chinês ficará responsável pela manutenção e administração do sistema pelos próximos 30 anos.

Com expectativa de atingir um fluxo de 28 mil veículos por dia já no início da operação, a ponte, em Salvador, será acessada na região de Água de Meninos. Na Ilha de Itaparica, a cabeceira do equipamento ficará na região da Gameleira.

Ainda de acordo com o Governo do Estado, a previsão é que a ponte beneficie diretamente 4,4 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Salvador, e indiretamente, mais de 5,4 milhões de baianos em outros 100 municípios do Recôncavo e do Baixo Sul da Bahia.

Duas mil vagas de empregos diretos e indiretos durante as obras e 1.500 empregos diretos serão gerados quando da ocupação dos galpões. É essa a estimativa da Golgi, que abrirá o seu primeiro centro logístico nordestino e escolheu o Centro Industrial de Aratu, em Simões Filho, como destino.

O novo centro ocupará uma área de 330 mil metros quadrados de terreno e terá aproximadamente 130 mil metros quadrados construídos. O empreendimento gerará mais de dois mil postos de trabalhos durante a obra e mais de 1.500 empregos diretos durante a sua operação.

Para atingir esse objetivo, a Golgi firmou uma operação de retro locação de longo prazo, também conhecida pelo termo de “Sale & Lease Back”, com a Avon, por meio do qual a empresa de cosméticos continuará operando seu centro logístico implantado em parte do imóvel desde 2004, no município de Simões Filho. Golgi, por sua vez, irá desenvolver e construir novos galpões logístico-industriais no restante daquela área, trazendo mais desenvolvimento, empregos e arrecadação de tributos ao estado e município.

Esta operação permitirá que a Avon solidifique e modernize sua operação no município, enquanto a construção de novos galpões logísticos e industriais atrairá para aquela região outras empresas que já demandam centros logísticos-industriais para se instalar, gerando empregos e impostos no estado da Bahia.

Os centros logísticos-industriais são atualmente uma peça fundamental na cadeia de produção e distribuição de produtos, tendo em vista a crescente importância do e-commerce para as empresas dos mais variados ramos de atividade. É em torno dos centros logísticos-industriais que gira grande parte da atividade econômica nos dias de hoje e, durante a pandemia da Covid-19, esse setor da economia tem demonstrado resiliência e encontrado espaço fértil para ampliar seu desenvolvimento.

Como especialista em espaços industriais-logísticos, a Golgi permite que seus clientes liberem o capital que estaria aplicado em imóveis para fins de desenvolvimento de produtos, treinamento, tecnologia, capital de giro, máquinas, serviços e afins. Empresas como Amazon, FIAT, Mercedes, B2W, Bridgestone, Portobello, Suzano, Braskem e Carrefour, dentre outras, são inquilinas dos empreendimentos da Golgi.

Atualmente, a Golgi possui nove empreendimentos logísticos que, juntos, somam mais de 1,4 milhão de m² de área locável. Os empreendimentos estão localizados em São Paulo, Rio de janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.

A Bahia foi o estado escolhido pela Golgi para sua entrada no Nordeste brasileiro em razão de seu potencial para a absorção de galpões logísticos-industriais, resultado da presença de um enorme mercado consumidor naquele que é o maior território desta importante região do Brasil

Apesar da pandemia da Covid-19, a Golgi mantém seus investimentos ao redor do país e sua forte expectativa de excelentes resultados na Bahia.

Febre, dor de cabeça, diarreia, desconfortos abdominais e sintomas gripais. Pessoas que apresentem sinais da Covid-19 ou que já tenham tido resultado positivo de um exame RT-PCR para o Sars-CoV-2 devem evitar tomar as vacinas disponíveis por, ao menos, um mês.

A médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Adielma Nizarala, explica que o paciente deve buscar um atendimento médico para a confirmação do diagnóstico logo que apresentar sintomas.

“Se a pessoa vai tomar a primeira ou segunda dose da vacina e apresenta sintomas do coronavírus, deve procurar um atendimento de saúde para ser diagnosticada, independente da dose. Uma vez diagnosticado, o indivíduo não poderá fazer o uso da vacina”, diz.

Conforme a médica, caso haja a confirmação do contágio da Covid-19, o recomendado é adiar a aplicação do imunizante por 30 dias. Isso para garantir que se encerre a janela de transmissão do vírus e agravamento dos sintomas, bem como uma recuperação do sistema imunológico.

“Para o diagnóstico positivo de Covid-19 é indicado o uso da vacina após quatro semanas do início dos sintomas. Para outras doenças, o indivíduo só pode ser vacinado depois que sair do quadro respiratório e não tiver mais na fase aguda da virose. Independentemente de ser Covid, qualquer pessoa que tiver sintomático respiratório, com febre, não deve ser vacinado” explica Adielma.

A infectologista esclareceu, no entanto, a diferença entre reações pós-vacina e sintomas da doença. Conforme a profissional, a imunização contra o coronavírus pode causar efeitos por um curto período. “Normalmente, essas reações acontecem no mesmo dia da aplicação e pode evoluir até três, quatro dias, no máximo. Nesse caso, não é doença”, destaca.

Casos graves
As reações são muito semelhantes com os sintomas da doença contra a qual a pessoa foi vacinada. No caso da Covid-19, a pessoa pode apresentar dor de cabeça, dor no corpo, desconforto abdominal, diarreia e febre, de forma leve. A médica ressaltou que é muito pouco provável que o efeito colateral da primeira dose chegue até a data da aplicação da segunda dosagem. “O período mínimo de uma dose para outra é de 28 dias. Este prazo, com quadro agudo respiratório, o paciente deve estar internado, investigando o que está acontecendo”, alertou Adielma.

De acordo com especialistas, é correto afirmar que nenhuma vacina previne em 100% as chances de a pessoa contrair o coronavírus. No entanto, o imunizante serve para prevenir os casos mais graves – ou seja, se a pessoa contrair o vírus, ela deverá sentir apenas sintomas mais leves.

“O objetivo do imunizante é evitar que o indivíduo apresente quadros que o levem à morte. Mesmo após 21 dias da segunda dose, a pessoa pode ser infectada. A garantia da vacina que essa pessoa não evolua ao ponto de necessitar a internação em UTIs”, relata Adielma.

Dessa forma, a infectologista alerta para a necessidade de manter as medidas de segurança, mesmo após a aplicação das duas doses da imunização. “Trinta a cinquenta por cento das pessoas vão pegar o vírus mesmo estando vacinadas. A diferença é que essas não farão casos graves. Por isso é tão importante que mesmo pessoas imunizadas ainda se mantenham em uso de todas as medidas de precaução, para evitar que outras pessoas sejam infectadas”, reforça.

O Brasil é o país com o maior número de jornalistas mortos vítimas do novo coronavírus. É o que aponta o dossiê “Jornalistas vitimados por Covid-19”, divulgado na terça-feira (6) pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas).

De acordo com levantamento feito pela entidade, a partir de notícias e de acompanhamento pelos sindicatos da categoria no país, 169 jornalistas morreram entre abril de 2020 e março de 2021. O dossiê também mostra que, em três meses de 2021, o número de óbitos supera todo o ano de 2020, quando foram registradas 78 mortes de abril a dezembro. Este ano, foram, até agora, 86 vítimas, percentual 8,6% maior que no total do ano passado.

Segundo Norian Segatto, diretor do Departamento de Saúde da Fenaj e responsável pela sistematização do dossiê, no primeiro trimestre de 2021 a média é de 28,6 mortes de jornalistas por mês. “Os 169 casos apurados até agora são resultado da necropolítica do governo federal. Os números mostram a urgência de a sociedade se posicionar contra o governo genocida de Jair Bolsonaro”, afirma o dirigente.

Os estados com maior número de mortes de jornalistas são Amazonas, Pará e São Paulo, com 19 ocorrências cada, seguido do Rio de Janeiro (15) e Paraná (13). Na categoria, a maioria dos casos é na faixa etária dos 51 a 70 anos (54,9% das mortes) e entre homens, sendo que entre as vítimas fatais da doença, 9,8% são mulheres jornalistas.

“Assim com os profissionais da saúde, a categoria dos Jornalistas também está se sacrificando para garantir informação de qualidade para a população brasileira. Os números são alarmantes, mas vamos continuar cumprindo nosso papel, porque informação verdadeira também ajuda a salvar vidas”, afirma Maria José Braga, presidenta da Fenaj.

A entidade alerta que os dados podem estar subnotificados e que o dossiê é atualizado de maneira constante.

Desde o início da pandemia, a federação atua em diversas frentes para orientar e organizar a ação dos Sindicatos, de forma a garantir condições adequadas de trabalho, denunciar junto aos órgãos fiscalizadores quando as medidas sanitárias são desrespeitadas e, ainda, denunciar à sociedade os ataques sofridos pelos profissionais jornalistas, que também contribuem pelo combate à pandemia com a produção de informação.

Os bares e restaurante de Salvador voltam a funcionar a partir desta quarta-feira (7). Segundo o cronograma de retomada das atividades não essenciais divulgado pela prefeitura na semana passada, esse segmento poderá operar de quarta-feira a domingo, das 11h às 20h. Mas, um decreto do governo do estado divulgado nesta terça-feira (6) determinou a probição de venda de bebidas alcóolicas no sábado (10) e no domingo (11). Ou seja: os bares podem abrir, mas não vai rolar a cervejinha gelada.

A decisão desanimou alguns donos de bares e restaurantes. Rafael Prazeres, dono do Oxente bar e Petiscaria, no Cabula, disse que vai manter o estabelecimento fechado. Ele explica que o horário liberado de quarta a sexta é quando normalmente os bares ainda estão fechados. Os clientes começam a chegar por volta das 19h, quando, pelas novas regras, já precisariam começar a 'passar a saideira' para os bares baixares as portas às 20h.

"A gente tem a ânsia de querer voltar logo, mas tem que ser algo pensado para não dar prejuízo. O Oxente Bar e Petiscaria tem as características e filosofia de barzinho raiz. Então, nosso forte é vender cerveja gelada e variedades de petiscos. Aos finais de semana vendemos almoço. Nosso delivery não é nada muito expressivo. Então abrir sem comercializar bebidas alcoólicas e com esse horário restrito, não cobriria nem 40% do nosso custo básico com as contas e funcionários", explica o empresário.

Os horários ainda levantam dúvidas na cabeça de Márcio Oliveira, dono do Point do Caranguejo, em Paripe. De acordo com o empresário, não há atratividade em seu negócio sem a comercialização de bebidas. "São o nosso carro-chefe e, apesar de não representar o principal do faturamento, é a cervejinha gelada que abre os olhos e o apetite para nossos pratos e especialidades", disse. O restaurante abre nesta quarta (7) e ele avaliará junto aos sócios a viabilidade de continuar funcionando no decorrer da semana.

Os shoppings funcionam até sábado às 19h, mas os bares e restaurantes que tiverem acesso independente poderão funcionar nos mesmo dias e horários do restante da categoria. As lanchonetes também voltam a operar de quarta a domingo, das 7h às 15h.

O plano de retomada das atividades foi dividido em quatro fases. A primeira é a roxa, quando apenas serviços considerados essenciais funcionam e os demais serviços ficam suspensos. Estava em vigor até o domingo passado.

A segunda fase é a vermelha, quando as atividades não essenciais funcionam de forma escalonada, 8h por dia, com algumas restrições, fechando dois dias por semana, e com toque de recolher às 20h. A etapa começou essa semana.

As duas últimas fases são a amarela, quando a abertura ainda será escalonada, mas o toque de recolher será às 23h, e a verde, com aberturas escalonadas e sem toque de recolher. Ainda não há previsão de quando essas fases serão ativadas.

Um estudo com mais de 67 mil profissionais de saúde de Manaus indica que a vacina Coronavac tem 50% de eficácia contra a a variante P.1, que foi identificada pela primeira vez na capital do Amazonas.

Segundo os dados da pesquisa, a vacina se mostrou 50% efetiva em prevenir adoecimento por covid-19 após 14 dias da primeira dose. Esse é o primeiro estudo que avalia o impacto do imunizante em locais em que a variante de Manaus é predominante.

O estudo é conduzido pelo grupo Vebra Covid-19, que inclui pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, além de servidores do estado de São Paulo e do Amazonas e dos municípios de São Paulo e Manaus. A Organização Panamericana de Saúde (Opas) presta apoio.

O infectologista Julio Croda, responsável pelos trabalhos, diz que a vacina mantém contra o P1 o mesmo nível de eficácia que os ensaios clínicos mostravam. "É uma tranquilidade. Enquanto a gente tiver a P.1 como variante predominante, o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais podem continuar administrando a vacina porque ela vai trazer algum impacto do ponto de vista do controle da doença", argumenta, falando ao G1.

O trabalho vai continuar para avaliar mais a longo prazo o efeito da imunização. Croda diz que a variante brasileira, como hoje é chamada a P1, já está se tornando dominante em vários países da América Latina.

Manaus foi escolhida como local do estudo justamente porque a cidade tem uma prevalência desta cepa, que foi descoberta em 10 de janeiro deste ano, quando o Jaoão notificou o Brasil de que quatro viajantes com sintomas da covid-19 que chegaram em Tóquio, vindos do Amazonas, tinham uma nova variante do coronavírus.

Desde então, a variante se espalhou pelo Brasil. Assim como novas linhagens identificadas no Reino Unido e na África do Sul, acredita-se que ela é possivelmente mais contagiosa.

Os estudos de efetividade vacinal avaliam o impacto real da vacinação na redução de casos, mortalidade e hospitalizações. Croda diz que agora o grupo vai avaliar também a efetividade da Coronavac e da Oxford/Astrazeneca, as duas vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil, para idosos, acompanhando em Manaus, Campo Grande e todo estado de São Paulo.

"A gente verificou quem desses (profissionais) tinha tido a doença e foi checar se ele tomou a vacina. E a partir desses dados a gente conseguiu calcular a efetividade da vacina, que é a eficácia na vida real, no mundo real", explicou Croda.

A agência de regulação de drogas e medicamentos da Europa divulgou nesta quarta-feira (7) que encontrou uma ligação entre a vacina contra a covid-19 produzida pela Oxford/AstraZeneca e raros problemas de coagulação do sangue em adultos. No Brasil, as doses são produzidas pela FioCruz e aplicadas em todo o país. Os acidentes vasculares relatados são considerados um "efeito colateral possível".

“Uma explicação plausível para a combinação de coágulos sanguíneos e plaquetas sanguíneas baixas é uma resposta imunológica, levando a uma condição semelhante à observada às vezes em pacientes tratados com heparina”, disse a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

A agência diz que o imunizante deve continuar sendo usado para prevenir a covid-19, já que os efeitos superarm e muito os riscos desse efeito colateral registrado. A EMA é responsável por autorizar a comercialização de remédios em 30 países europeus, além de recomendar seu uso. A decisão final, contudo, cabe aos governos nacionais.

Segundo Peter Arlet, chefe de farmacovigilância da EMA, há relatos também de acidentes vasculares raros entre imunizados com a Pfizer, Moderna e Janessen, mas o número de vacinados é menor. "Avaliação de risco farmacológico exige uma abordagem calma e baseada em dados, na qual casos suspeitos sejam investigados e pesados contra as milhares de vidas salvas pela vacina", diz. O epidemiologista Danny Altmann compara com o uso de anticocepcionais, que podem causar coágulos em 1 a cada 100 mil pessoas que tomam. Agora, foram 30 acidentes vasculares entre 18 milhões de britânicos que tomaram a vacina - 1,6 caso por milhão.

O Reino Unido suspendeu a aplicação da vacina de Oxford em adultos menores de 30 anos por conta do risco relatado. A possibilidade é de oferecer outros fabricantes para essa população.

 
 
 
 

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.581 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) e 3.805 recuperados (+0,5%). O boletim epidemiológico desta terça-feira (6) também registra 122 mortes. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes foram realizadas nesta terça. Dos 821.303 casos confirmados desde o início da pandemia, 791.525 já são considerados recuperados, 13.860 encontram-se ativos e 15.918 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.138.067 casos descartados e 184.138 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira. Na Bahia, 45.826 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 15.918, representando uma letalidade de 1,94%. Dentre os óbitos, 55,35% ocorreram no sexo masculino e 44,65% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,73% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21,65%, preta com 15,25%, amarela com 0,48%, indígena com 0,13% e não há informação em 7,76% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 66,73%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,90%).

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Situação da regulação de Covid-19
Às 15h desta terça-feira (6), 116 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 45 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Vacinação
Com 1.766.534 vacinados contra o coronavírus (Covid-19), dos quais 379.152 receberam também a segunda dose, até as 15 horas desta terça-feira, a Bahia é um dos estados do País com o maior número de imunizados. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas e disponibiliza as informações detalhadas no painel.

Tem se observado volume excedente de doses nos frascos das vacinas contra a Covid-19, o que possibilita a utilização de 11 e até 12 doses em apenas um frasco, assim como acontece com outras vacinas multidoses. O Ministério da Saúde emitiu uma nota que autoriza a utilização do volume excedente, desde que seja possível aspirar uma dose completa de 0,5 ml de um único frasco-ampola. Desta forma, poderá ser observado que alguns municípios possuem taxa de vacinação superior a 100%.

O Governo do Estado está fornecendo cilindros de oxigênio para unidades de saúde de redes municipais que estão atendendo pacientes com Covid-19. Os equipamentos estão sendo adaptados pelo Senai Cimatec, no Cimatec Park, para receber oxigênio medicinal. O primeiro lote com 23 cilindros foi entregue na noite da última quinta-feira (1º) para a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), que está fazendo a distribuição para os municípios.

“Mesmo com a garantia do fornecimento regular em todas as unidades de saúde da rede estadual, estamos buscando apoiar os municípios baianos, que estão recebendo uma demanda muito maior deste equipamento para as unidades de saúde municipais. Para isso, contamos com a expertise do Senai Cimatec, que está fazendo a adequação de cilindros de gases industriais para que possam ser abastecidos com oxigênio medicinal”, destacou o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.

O secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, detalha que esse lote foi distribuído para 13 municípios. São eles: Brumado, Cabaceiras do Paraguaçu, Conceição do Coité, Carinhanha, Governador Mangabeira, Matina, Pedro Alexandre, Pindaí, Riacho de Santana, São Felix do Coribe, Sátiro Dias, Saubara e Vereda. O titular da pasta estadual da Saúde ressalta ainda que “para além desse apoio logístico, caso um município sinalize que os estoques de oxigênio estão baixos, a Central Estadual de Regulação assegura a transferência imediata dos pacientes para outras unidades”.

O gerente executivo do Senai Cimatec, André Oliveira, explica como funciona o processo de adaptação dos equipamentos. “Este é um trabalho que se inicia a partir de um processo de identificação de cilindros industriais que estejam aptos para ser convertidos em cilindros de ambientes hospitalares. Inicialmente, catalogamos os equipamentos e em seguida fazemos a limpeza, lixamento, pintura e realizamos a troca de válvulas. Depois podemos enviar para as indústrias que vão envasar gases hospitalares. Importante destacar que todo esse processo foi validado pela Anvisa”.