Neto diz que aumento de casos de covid preocupa: 'Receio com relação à 2ª onda'
O prefeito ACM Neto disse que está preocupado com o aumento de casos de covid-19 em Salvador e de internações em leitos clínicos e de UTI. "Está aí, vocês estão vendo. Basta a gente ver as pessoas conhecidas nossas. Quando começou a cair, cada vez menos a gente ouvia dizer que uma pessoa estava de covid, teve problema. Volta a subir, a gente começa a ouvir cada vez mais. Eu tenho os números, mas esse é um parâmetro para qualquer pessoa comum", disse.
"Há essa preocupação, há esse receio com relação à segunda onda em todo Brasil, há um aumento concreto no número de pacientes que estão precisando de internação, por isso estamos começando a reabrir leitos", afirmou na manhã desta quarta-feira (25), durante a inauguração de uma escola no Engenho Velho da Federação.
Neto afirmou que se reúne na tarde de hoje com a equipe de saúde para discutir o assunto e ter uma programação para a reabertura de leitos específicos para covid-19. "Nosso trabalho num primeiro momento será todo nesse sentido, de ampliar a oferta". No final de semana, 30 leitos para covid-19 foram reabertos.
Ele disse que também muitos hospitais e clínicas particulares começaram a internar pessoas com outras comorbidades e não têm mais a mesma agilidade em ofertar leitos para covid agora. "Volta todo aquele cenário de olhar tanto a rede particular como está se comportando, como a rede pública. Porque se uma colapsar, a outra colapsa".
O prefeito disse que não pensa agora em restrições. "A gente vai tentar evitar qualquer medida de restrição, de fechamento, porém não depende apenas das autoridades, depende de cada um", destacou.
Sobre a vacina, o prefeito disse que o país de origem não é importante. "Defendo que independentemente da origem da vacina, da China, da Rússia, Reino Unido, EUA... Se for uma vacina eficaz, é preciso que todos trabalhem para que esteja presente no Brasil e seja distribuída à população", afirmou. Ele disse que por conta do tamanho do país e dos limites de produção das vacinas, possivelmente o país terá que trabalhar com todas que sejam aprovadas.
Carnaval e Réveillon
Neto negou que tenha ido ao Rio de Janeiro discutir questões sobre a data do Carnaval do ano que vem. Ele afirmou que viajou como presidente nacional do Democratas para discutir questões da campanha do prefeito Eduardo Paes (DEM), que disputa segundo turno com Marcello Crivella (Republicanos).
"Essa é uma das eleições mais importantes que o Democratas está participando neste segundo turno, maior colégio eleitoral. Temos grandes expectativas em torno da vitória de Eduardo neste domingo. Será o quarto prefeito de capital que vamos eleger. Vamos ficar aguardando a eleição que foi atrasada em Macapá, onde o Democratas também disputa com grande chance", avaliou Neto. "Nada mais natural que como presidente do partido, prefeito e amigo dele eu fosse ao Rio de Janeiro levar uma palavra de apoio e tomar algumas decisões de ajustes finais em relação à campanha", acrescentou.
Ele disse que não trataria desse assunto do Carnaval com nenhum prefeito que não tenha sido eleito ou esteja no cargo e prometeu para a sexta (27) novidades sobre o tema. "Devo na sexta-feira fazer uma coletiva para apresentar a vocês os protocolos de Natal. Ideia é que já a partir de segunda o Natal de Salvador comece... Iluminação já está aí, em alguns lugares, mas vamos abrir o Campo Grande na segunda. Aproveito a oportunidade para oficializar a nossa posição sobre o Carnaval de Salvador, ao lado do prefeito eleito Bruno Reis", afirmou.
Bahia registra 20 mortes e 1.465 novos casos de covid-19 em 24h
A Bahia registrou 20 mortes e 1.465 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (24). No mesmo período, 1.662 pacientes foram considerados curados da doença (+0,4%).
Dos 387.786 casos confirmados desde o início da pandemia, 371.474 já são considerados recuperados e 8.169 encontram-se ativos.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,04%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (9.130,09), Aiquara (6.860,10), Itabuna (6.818,21), Madre de Deus (6.803,20), Almadina (6.716,69).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 787.648 casos descartados e 98.394 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira (24).
Na Bahia, 30.885 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 20 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.
Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.143, representando uma letalidade de 2,10%.
Perfis
Dentre os óbitos, 56,32% ocorreram no sexo masculino e 43,68% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,61% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,20%, preta com 14,81%, amarela com 0,72%, indígena com 0,11% e não há informação em 11,54% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,72%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,25%).
A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.
Rui Costa diz que festas de Réveillon estão proibidas na Bahia
O governador Rui Costa declarou nesta terça-feira (24) que as festas de Réveillon estão proibidas na Bahia. O crescimento da ocupação de leitos voltados para o tratamento de pessoas com covid-19 fez o governador do estado decretar a proibição.
“Não será permitida em nenhum município da Bahia festas públicas e privadas. E se for para a praia? Não temos condições de dispersar pessoas nas praias. Vamos fazer um campanha, vamos fazer um apelo para que as pessoas não ocupem as areias da praia no Ano Novo. Não vou jogar bomba de gás na areia de praia. Espero que a consciência das pessoas fale mais alto”, declarou Rui.
“Festas por iniciativas privadas e poder público não serão permitidas. Se individualmente as pessoas vão aglomerar, o que vou fazer?”, questionou.
Rui já havia se pronunciado nas redes sociais no dia 19 de novembro, em que disse que não deveria haver "aglomeração no Natal, no Réveillon ou em qualquer outra data comemorativa enquanto não tivermos vacina". Ele disse que os eventos sem autorização da Vigilância Sanitária poderiam ser cancelados.
Escolas defendem retorno presencial em fevereiro
A programação é que as aulas do próximo ano letivo nas escolas particulares de Salvador e Região Metropolitana que integram o Grupo de Valorização da Educação (GVE) comecem em fevereiro. O desejo da entidade é que as atividades sejam híbridas com, pelo menos, 50% dos estudantes nas salas logo no primeiro mês do retorno.
O porta-voz e diretor executivo do grupo Perfil, Wilson Abdon, diz que a solicitação da entidade se baseia no protocolo de retomada da aulas das universidades da Bahia - as instituições de ensino superior puderam voltar a realizar atividades presenciais em 3 de novembro com 50% da capacidade.
“A ideia é começar com os ensinos infantil, fundamental e médio com 50% dos alunos em fevereiro e aumentar o número de alunos nas escolas com o passar do tempo, com base nos dados do coronavírus e o desejo dos pais e alunos”, conta Abdon. As escolas particulares estão com as aulas presenciais suspensas desde 18 de março.
A possibilidade vai ser discutida com a prefeitura e o governo do Estado em 1º de dezembro, em reunião com o GVE. Participarão do encontro as secretarias de educação municipal e estadual, as pastas de saúde de Salvador e da Bahia, o Ministério Público e os conselhos municipal e estadual de educação.“Esse retorno é uma possibilidade real; hoje, temos pesquisas e artigos do mundo todo que apoiam”, afirma Abdon.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado informa que as aulas presenciais na educação básica no estado permanecem suspensas, conforme decreto 19.586, até o dia 2 de dezembro. Atividades presenciais só devem ser retomadas mediante novo decreto governamental, considerando as condições de segurança e indicação das autoridades de saúde. Um novo calendário referente à retomada do ano letivo 2020 ainda será divulgado.
Antes da volta da aulas presenciais, o grupo espera poder receber os alunos nas escolas para um acolhimento em dezembro - a ideia inicial era começar a atividade em novembro, mas isso não foi permitido. O presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia, Paulo Gabriel Nacif, diz que o próximo ano deve ser de atividades híbridas.“As escolas vão encerrar o ano de forma remota, mas, no ano que vem, vamos fazer atividades híbridas. Manter o estudante longe da escola foi importante, mas várias instituições relatam que é bom que haja o retorno desde o começo”, conta o presidente do conselho.
Nacif ressalta que cabe ao governador Rui Costa e o Secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas a decisão sobre a data, o modelo e as restrições do retorno das aulas na Bahia. “Com base no cenário de hoje, acredito que seja possível voltar, mas isso depende dos casos de coronavírus e da segunda onda”, comenta.
Ensino híbrido
A Escola Girassol trabalha com vários planos para o próximo ano. Caso o retorno remoto seja possível, as salas já contam com webcams e computadores para transmitir as aulas para o estudantes que continuarem em casa. “Os professores fazem uma capacitação para ministrar a aula híbrida. Pensamos em fazer um rodízio semanal, com os alunos revezando entre a escola e a casa”, relata a diretora Rosa Silvany.
No Grupo Perfil, dirigido por Abdon, a estratégia será montar seu modelo híbrido com 50% dos estudantes. Diretora pedagógica da Escola Lua Nova, Walkyria Freire Rodamilane conta que a instituição optou por não ofertar ensino simultâneo para os alunos presenciais e os remotos. “Vamos ofertar ensino remoto para quem está em casa e híbrido para quem vai para a escola”, diz.
A professora universitária Alessandra Reis, 41, quer que suas filhas de 9 e 7 anos retornem para a escola assim que for seguro. As meninas estudam na Casa da Infância.“Agora não é esse momento, ainda existem muitos riscos. Mas todos desejam essa volta”, diz.
Reunião
Sem abordar a possibilidade de retorno da aulas presenciais em 2021, o Conselho Estadual de Educação da Bahia se reuniu, nesta segunda-feira, com representantes de escolas particulares do ensino fundamental e médio do GVE para explicar as regras de validação do ano letivo com a realização de atividades remotas. Publicada na última quinta-feira, a Resolução CEE/BA nº 50/2020 reitera a dispensa dos 200 dias letivos para a educação básica e superior. Para as escolas fiscalizadas pelo conselho, o ano letivo deve ter, no mínimo, 800h. A universidades têm autonomia para definir a carga horária.
O texto reafirma a necessidade de fiscalização das instituições que realizaram ações de ensino remoto durante a suspensão da atividades presenciais. O documento também autoriza as redes e instituições a adotarem o regime do calendário contínuo (2020 + 2021).“As escolas estão preocupadas, o que é lógico porque elas foram pegas de surpresa por essa necessidade de recorrer ao ensino remoto”, explica o representante do GVE, Wilson Abdon.
“Em nenhuma hipótese, é preciso que essas 800h sejam horas digitais. Não se pode esperar que o aluno acompanhe todo esse tempo de aula online. Vamos considerar a situação única da pandemia”, diz Paulo Gabriel Nacif, presidente do conselho. Mais de 90 escolas participaram da reunião.
A fiscalização e a autoavaliação das instituições de ensino será feita em etapas. Na primeira, as escolas que aderiram às atividades remotas devem responder um formulário até 29 de novembro. Na segunda, cada unidade educacional deve apresentar seu relatório de atividades, ao final do ano letivo, ao Conselho Escolar ou instância equivalente que encaminhará uma ata ao Conselho Estadual de Educação, avaliando as atividades remotas desenvolvidas pela respectiva instituição de ensino.
No relatório, a escola tem que incluir todos os e-mails dos pais de estudantes e dos professores para que o CEE/BA possa contatá-los. O conselho vai realizar um sorteio de 150 escolas do sistema estadual de ensino para uma avaliação mais detalhada, estabelecendo um diálogo com a comunidade e buscando aferir as informações fornecidas.
Maracás deve receber implantação de indústria de café
O município baiano de Maracás deve receber até R$ 2 milhões em investimentos privados, da Vale Bahia Indústria e Comércio de Alimentos, para implantação de uma unidade industrial na região. A empresa será destinada a fabricação de café torrado e moído, leite em pó, milho moído, óleo e tem a previsão de gerar até 60 empregos diretos. A capacidade de produção prevista é de um 1,152 milhões de toneladas por ano. O protocolo de intenções foi assinado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, nessa terça-feira (24).
"De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), o estado da Bahia é o 4º maior produtor de café do Brasil. Recentemente, o café da agricultura familiar, produzido na Chapada Diamantina, pela Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã) foi premiado e está entre os cinco melhores do país. A implantação dessa unidade só tem a agregar a economia local e, em consequência, para o estado", destaca o vice-governador João Leão, titular da SDE.
Segundo o gerente geral da Vale Bahia, Ednaldo Almeida, inicialmente serão gerados 60 novos postos de trabalho, podendo chegar até 120 empregos diretos e mais 50 a 70 indiretos. "Fazer a torrefação do café na região vai promover o desenvolvimento econômico local. Teremos um produto totalmente baiano, pois vamos adquirir boa parte ou 100% da matéria prima do café dos agricultores daqui. Sendo assim, vamos incentivar a agricultura familiar e regional, teremos preço competitivo e um produto de qualidade para o consumidor. O industrial da Vale Bahia vai aquecer diretamente a agricultura familiar. Também temos a intenção de implantar uma usina de açúcar refinado na região", diz.
Turista morre após cair do 7º andar de hotel em Ondina
Um turista que estava hospedado no Ondina Apart Hotel, no bairro de Ondina, morreu após cair do 7º andar. A queda aconteceu na noite de domingo (22).
O hóspede era Marcos Pereira da Silva, de 37 anos, que era natural do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, ele chegou a receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco após dar entrada na unidade de saúde.
Ainda não se sabe o que causou a queda de Marcos, que inicialmente é tratada como acidental. O caso está sob investigação da 7ª Delegacia Territorial (Rio Vermelho), que já expediu as guias de perícia e remoção.
O corpo do hóspede foi levado para o Institulo Médico Legal Nina Rodrigues, onde passará por perícia. Em seguida, será encaminhado ao Rio de Janeiro, onde deve ocorrer o velório.
Bahia deve vacinar 3,5 milhões de animais contra a febre aftosa até o final do mês de novembro
A segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa na Bahia vai até o dia 30 de novembro. O estado possui um rebanho com mais de dez milhões de cabeças de gado e há 23 anos é considerado zona livre de febre aftosa. A expectativa é de que, após a vacinação do próximo ano, seja avaliada a possibilidade da retirada da vacina por conta da erradicação da doença em território baiano.
Segundo o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Maurício Bacelar , a previsão é de que sejam vacinados 3,5 milhões de animais no estado. "Iremos vacinar todos os bovinos e bubalinos de 0 a 24 meses. Mais uma vez, a Adab, Secretaria de Agricultura e o Governo do Estado conta com a colaboração dos produtores para imunizar o rebanho. É importante destacar que a campanha só se encerra após a declaração de todo o rebanho e esse prazo vai até dia 15 de dezembro. A declaração pode ser feita presencialmente nos escritórios da Adab ou no em nosso site", explicou.
A agência possui 384 escritórios espalhados pelos 27 territórios de identidade do estado. Além disso, a vacina de 2 ml poder ser comprada pelos produtores rurais em mais de mil pontos de revendas credenciados pela Adab. A avaliação para retirada da vacina dependerá da realização de auditorias e sorologia dos animais.
A agência também ressalta a necessidade de recadastramento dos produtores que pode ser feita também no momento da declaração dos animais. O recadastramento consiste atualização dos dados pessoais do produtor, bem como informações sobre a propriedade. Esta ação só pode ser realizada de forma presencial.
O secretário estadual de Agricultura, Lucas Costa, pontua a relevância da ação para o negócio agropecuário baiano. " Essa vacinação é fundamental para manter os mercados totalmente abertos para a Bahia. Agora vamos buscar a retirada da vacina, provavelmente em 2022. A vacinação ajuda demais já que todos os anos a Bahia vem atingindo todas as metas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura. Os produtores têm abraçado a causa e promovendo sanidade alimentar para a população e com isso atingindo mercados atrativos para o setor".
A vacinação é voltada para os animais de 0 a 24 meses e, segundo a Adab, os bezerros mais jovens são os que melhor reagem a vacinação e não apresentam reações significativas. Os produtores que não realizarem a vacinação pagarão multa no valor de R$ 53 por animal. Informações detalhadas sobre a vacinação contra a febre aftosa estão disponíveis no site da Adab.
Afundamento do ferry Agenor Gordilho pode aquecer turismo subaquático na Bahia
O afundamento do assistido do ferry-boat Agenor Gordilho e do rebocador Vega na manhã deste sábado, 21, pode iniciar o aquecimento e investimento do turismo subaquático na Bahia.
De acordo com a Secretaria do Turismo do Estado (Setur), o objetivo é promover e dinamizar o turismo náutico na Baía de Todos-os-Santos.
As duas embarcações submergiram a uma profundidade de 36 metros, em frente ao Yacht Clube da Bahia, em Salvador. A expectativa é de que na próxima semana já sejam realizadas atividades de mergulho no local.
Com 71 metros de comprimento e 19 metros de altura, o Agenor Gordilho fez a viagem inaugural no Sistema Ferry Boat no dia 5 de dezembro de 1972. A embarcação realizou a travessia Salvador-Itaparica durante 45 anos, até o fim de 2017.
De acordo com a Setur, o naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes. A expectativa é de que a embarcação esteja repleta de vida marinha em 12 meses.
“Este é um grande marco, pois é a primeira vez na história do Brasil que há um afundamento de um ferry-boat desta magnitude. Nós temos a Baía de Todos-os-Santos, que é esse privilégio, com águas quentes o ano inteiro, dentro da cidade, e que não é explorado na sua intensidade. O turismo subaquático existe no mundo inteiro. Normalmente, as pessoas ficam mais dias na cidade que o de costume, gerando emprego e renda. Nós, que temos tantas diversidades e somos tão privilegiados, agora criamos um outro tentáculo, chancelando essa perspectiva de turismo subaquático”, disse o gestor da Setur, Fausto Franco.
Para viabilizar o afundamento, foram feitos estudos prévios de localização e de impactos ambientais. Óleos e combustíveis da embarcação foram removidos para atender às especificações ambientais, assim como peças que oferecessem riscos aos futuros mergulhadores.
Setor de delivery enfrenta falta de plástico no mercado baiano
Depois que o delivery se tornou uma saída viável para a sobrevivência de bares, restaurantes e pizzarias na pandemia, um elemento básico desse tipo de serviço tem se tornado motivo de preocupação para os empresários. Isso porque a demanda é tanta que os fornecedores de embalagem descartáveis não têm conseguido suprir as necessidades, gerando mudanças importantes de preço e prazo de entrega.
O aumento nos preços ultrapassou 60% e a entrega ficou pelo menos 20 dias mais longa. “É uma resposta natural a esse incremento do delivery que ocorreu por conta do isolamento. De imediato, esse impacto é sentido porque as embalagens são fundamentais para esse tipo de serviço”, comenta Luiz Henrique do Amaral, presidente executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na Bahia. Segundo a Associação, o número de empresas que recorrem ao delivery quase dobrou: antes da pandemia, eram 25% dos associados; hoje, 43%.
A dificuldade tem sido verificada até por quem não incrementou a modalidade de entrega. É o caso da empresária Karla Baqueiro, responsável pelo boteco Bagacinho, na Barra: “Para o tamanho do meu negócio, eu tenho até um volume considerável de delivery, mas não é tão volumoso quanto outros estabelecimentos. E, mesmo assim, os fornecedores, realmente, não estão conseguindo acompanhar a demanda. Já estou precisando pesquisar fornecedores fora do estado para conseguir atender”.
Karla, que opera o delivery somente nos fins de semana, explica que conta com apenas um fornecedor e que, na impossibilidade de ser atendida por ele, recorre a lojas de embalagem próximas ao bar. Para os pedidos da última semana, ela chegou a procurar as embalagens em duas lojas, sem conseguir tudo que queria. “A preocupação é que chegue uma segunda onda e a demanda aumente de novo”, destaca a empresária.
Mesmo quem trabalha com pedidos agendados tem sentido dificuldade. É o caso do restaurante Caminho de Casa, com unidades no Rio Vermelho e no Itaigara. “Estamos tendo muito aumento de preços por parte dos fornecedores, que diminuíram o prazo de pagamento. Como estamos com poucos clientes, a gente não consegue repassar o preço para não impactar ainda mais no movimento do restaurante”, explica Marcelo Góes Lerner, sócio do estabelecimento.
“É lógico que a demanda cresceu, com muitos restaurantes e bares precisando atender por delivery, e isso aconteceu numa escala global”, diz Diógenes Antunes, da DOA Soluções e Embalagens, um dos principais fornecedores de embalagens para alimentos prontos - as conhecidas marmitas de papel - do estado. Na DOA, pedidos enviados a partir do último dia 10 só têm previsão de entrega para a segunda semana de janeiro. Antunes explica que a mudança nos hábitos de consumo e aumento dos pedidos de entrega começou a ser sentido pelo setor em maio e que desde setembro passou a refletir em mudança nos preços. “O aumento na demanda gera falta de matéria prima de vários tipos”, diz ele, que também precisou alterar seu prazo de produção de 15, para 35 dias úteis.
Pizzarias
Um dos setores que mais tem sofrido com a falta das embalagens, as pizzarias não estão encontrando os produtos tão necessários para fazer as entregas. A Pizza 15, na Boca do Rio, é uma das que enfrenta as dificuldades. O restaurante trabalha com as caixas mais baratas do mercado (aquelas sem marca da empresa) e mesmo assim já percebe mudança no valor do insumo.
“Desde o início da pandemia, estamos enfrentando dificuldades com insumos. Antes era o queijo, agora são as embalagens que subiram absurdamente de preço ”, diz o empresário Luã Reis, que usa 210 caixas de pizza, em média, num final de semana. Cada pacote com 25 caixas, que antes saia por R$ 16, agora sai por R$ 26, um aumento de 62,5%. “A gente não consegue passar esse aumento para o cliente”, explica Reis.
Outra preocupação dos donos de pizzaria é no que diz respeito ao prazo de entrega. Quem trabalha com as caixas personalizadas viu o tempo de espera aumentar muito, gerando a necessidade de uma estocagem maior. “As pizzarias são muito pequenas e comprar caixa com tanta antecedência acaba gerando uma questão de estoque também”, garante Gustavo Candotta, da Pizza Santa Fé, em Lauro de Freitas, que a cada pedido estoca 2 mil caixas. Entre o último e o penúltimo pedido, ele diz que identificou um aumento de mais de R$ 1 mil: “Vai chegar o momento de ter que repassar o valor para o cliente”.
Novo app
Com tanto aumento da demanda, Salvador ganhou mais um aplicativo de entrega de comida. Na última quarta, o 99Food começou a operar com mais de mil entregadores e restaurantes. Para o diretor executivo da 99Food, Danilo Mansano, o início das operações em Salvador é uma conquista dupla por ser um marco profissional e pessoal: “Como plataforma, nós temos a estratégia de refletir a cozinha local. Além dos mais, sou filho de baiana e passei muitas férias no Rio Vermelho”.
Salvador é a 10ª cidade a receber o serviço no Brasil. Em cada local, busca entender o consumo dos usuários. A empresa ainda não possui dados dos soteropolitanos, mas sabe que um dos desafios na capital da Bahia é o transporte de pratos mais líquidos, como moqueca e caruru. Nesses primeiros dias de operação, o cliente terá taxa de entrega grátis e promoções. Resta saber se terá embalagem.
Bahia contabiliza 23 mortes e 1.870 novos casos de covid-19 em 24h
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.870 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) e 1.702 recuperados (+0,5%). Dos 382.164 casos confirmados desde o início da pandemia, 365.848 já são considerados recuperados, 8.255 encontram-se ativos. A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (25,22%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.077,85), Itabuna (6.783,98), Madre de Deus (6.774,76), Almadina (6.698,39), Aiquara (6.657,67).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 781.098 casos descartados e 94.688 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta sexta-feira (20).
Na Bahia, 30.577 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 23 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.061, representando uma letalidade de 2,11%. Dentre os óbitos, 56,27% ocorreram no sexo masculino e 43,73% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,53% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,17%, preta com 14,86%, amarela com 0,73%, indígena com 0,10% e não há informação em 11,60% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,74%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,29%).
A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.