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Bahia com Tudo

Bahia com Tudo

O ano da Copa do Mundo do Catar começou para o Brasil. A seleção deu o pontapé inicial em 2022 nesta quinta-feira (27), mas ficou devendo. Em um dia sem grande atuação, a equipe do técnico Tite só empatou em 1x1 com o Equador, no estádio Casa Blanca, em Quito, pela 15ª rodada das Eliminatórias. Casemiro abriu o placar, e Félix Torres deixou tudo igual.

A arbitragem foi a protagonista da partida. O árbitro de vídeo chamou o juiz Wilmar Roldán ao monitor quatro vezes - e em todas ele mudou de decisão, salvando o Brasil. Com o auxílio do VAR, o goleiro equatoriano Domínguez foi expulso, o goleiro Alisson teve cartão vermelho anulado duas vezes e dois pênaltis para os donos da casa foram retirados.

O empate com o Equador fez a seleção igualar um recorde nas Eliminatórias: a maior sequência invicta de toda a história do torneio, com 31 jogos sem perder. A última derrota aconteceu há mais de seis anos, em outubro de 2015, para o Chile, por 2x0, em Santiago.

A marca é a mesma do próprio Brasil, que também alcançou a invencibilidade de 31 partidas entre 1954 e 1993, até cair para a Bolívia por 2x0 em La Paz (a primeira derrota na história da seleção em Eliminatórias).

Durante o duelo, Daniel Alves também fez história. O baiano saiu do banco para se tornar o terceiro jogador que mais vezes defendeu a seleção brasileira. Aos 38 anos, o lateral-direito chegou a 121 jogos, ultrapassando Rivellino, com 120. Daniel só fica atrás de outros dois lendários laterais: Cafu, com 150 partidas, e Roberto Carlos, com 132.

O Brasil, já classificado para a Copa do Mundo do Catar, segue líder invicto das Eliminatórias, agora com 36 pontos em 14 jogos disputados. Já o Equador, que também está perto de assegurar a vaga, chegou a 24, na terceira posição.

A próxima missão da Seleção será diante do Paraguai, na terça-feira (1º), às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte. O zagueiro Éder Militão está suspenso, pelo segundo cartão amarelo.


Gol do Brasil e expulsões

O duelo entre Equador e Brasil começou animado. Ainda antes dos dois minutos de jogo, Emerson Royal fez falta em Moisés Caicedo. Estupiñán cruzou e Enner Valencia apareceu completamente livre para cabecear. A bola raspou a trave de Alisson, mas saiu à esquerda.

A seleção de Tite não se deixou abalar. Aos cinco minutos, veio a primeira chance brasileira - e com gol. Coutinho cobrou escanteio, houve um bate rebate da defesa e, na sobra, o camisa 11 levantou de novo. Matheus Cunha tentou o cabeceio, a redonda tocou na zaga e sobrou para Casemiro concluir para o fundo da rede: 1x0.

Pouco depois, o Brasil também ficou com um homem a mais na partida. Matheus Cunha foi lançado e disputou bola na entrada da área. Até que o goleiro Domínguez saiu mal e deu uma 'voadora' no atacante, acertando uma solada no pescoço do jogador. Após revisar o lance no monitor, o árbitro mostrou o cartão vermelho para o arqueiro, aos 14 minutos. Na cobrança, Coutinho mandou para fora.

A vantagem numérica da pentacampeã em campo, porém, durou pouco. Cinco minutos depois, Emerson atingiu Estrada em dividida e levou o segundo amarelo, resultando na expulsão.

A situação quase se inverteu aos 25 minutos, quando Alisson também levou o vermelho depois de sair para fazer corte e atingir o rosto de Enner Valencia. O juiz foi novamente ao vídeo, e mudou a cor do cartão, dando o amarelo para o goleiro brasileiro. Assim, as duas equipes seguiram com 10 jogadores.

Depois de tanta agitação, poucas chances claras foram criadas no primeiro tempo. O Brasil só voltou a ter uma oportunidade aos 51 minutos, quando Matheus Cunha recebeu de Vini Jr. e arriscou. A bola foi bloqueada, mas voltou para o camisa 7, que bateu de novo, passando perto da trave direita de Galíndez.

Empate e mais VAR em ação

O segundo tempo também começou com o Equador chegando com perigo primeiro - e, dessa vez, chegou a balançar a rede. Após cruzamento pela direita, Estupiñán apareceu do outro lado e cruzou. Daniel Alves e Alisson se atrapalharam, a bola ficou com Estrada, que mandou para o fundo do gol, aos 3 minutos. Mas nada valeu: a arbitragem marcou saída de bola pela linha de fundo.

O Brasil descontou na sequência, com batida de chapa de Casemiro, mas foi para fora. Aos 9, mais um susto: Estupiñán caiu após tentar passar por Raphinha, e o juiz assinalou pênalti. Mas, mais uma vez, mudou de ideia ao olhar o monitor do VAR.

A seleção canarinha ainda tentou ampliar com Alex Sandro, de batida forte de fora da área, e Gabriel Jesus, que recebeu de Daniel Alves, dominou, cortou para o meio e bateu. Mas Galíndez impediu os dois momentos.

Aos 29 minutos, o Equador conseguiu o empate. Ayrton Preciado cobrou escanteio, Félix Torres subiu com Casemiro, mas ganhou a disputa e conseguiu cabecear para o fundo da rede. Alisson chegou a tocar a bola, mas não evitou o gol: 1x1.

Já nos acréscimos, o VAR voltou a entrar em ação. Alisson saiu do gol para afastar a bola de soco, mas atingiu a cabeça de Ayrton Preciado na sequência do movimento. O árbitro marcou o pênalti, expulsou o goleiro brasileiro e, pela quarta vez, foi ao monitor checar. De novo, voltou atrás: cancelou a penalidade e o segundo cartão amarelo para Alisson. No fim, o empate se manteve.

FICHA TÉCNICA

Equador 1x1 Brasil - 15ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Catar-2022

Equador: Alexander Domínguez, Angelo Preciado (Romario Caicedo), Torres, Hincapié e Estupiñán; Alan Franco (Galíndez), Moisés Caicedo (Jhegson Méndez), Gruezo (Ayrton Preciado) e Plata; Estrada (Carcelén) e Enner Valencia. Técnico: Gustavo Alfaro.

Brasil: Alisson, Emerson Royal, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Philippe Coutinho (Daniel Alves); Raphinha (Antony), Vinicius Júnior (Gabriel Jesus) e Matheus Cunha (Gabigol). Técnico: Tite.

Estádio: Rodrigo Paz Delgado (Casa Blanca), em Quito, no Equador
Gols: Casemiro, aos 5 minutos do primeiro tempo; Félix Torres, aos 29 minutos do segundo tempo;
Cartões amarelos: Enner Valencia e Moisés Caicedo, do Equador; Alisson, Raphinha e Éder Militão, do Brasil;
Cartão vermelho: Alexander Domínguez, do Equador; Emerson Royal, do Brasil;
Arbitragem: Wilmar Roldan, auxiliado por Alexander Guzman e Jhon Leon (trio da Colômbia). VAR: Leodan Gonzalez, do Uruguai.

Novos leitos serão abertos para atender à demanda da covid-19 na Bahia. Serão 230 unidades nos hospitais Espanhol, Metropolitano, Couto Maia e Riverside.

"Essa semana eu autorizei 230 novos leitos, sendo 60 de UTI e o restante de enfermaria. são 230 só este mês. O que não foi aberto será aberto até a semana que vem", anunciou o governador Rui Costa, nesta quinta-feira (27).

O avanço da ômicron preocupa a gestão, apesar do menor impacto nos leitos de UTI, que não é proporcional ao número de casos, mas vem crescendo. "Em dezembo, tínhamos 180 pessoas internadas em UTI e já estamos chegamos a 400 agora. Nós estamos em locais do estado com 100% de ocupação de leitos de UTI covid", alertou o governador.

Além do aumento dos leitos, o governador também anunciou que profissionais de saúde serão contratados para ocupar as vagas dos que foram afastados por estarem doentes.

"Autorizei que cada hospital envie a sua demanda para a Sesab para suprir os profissionais afastados por causa da covid e vamos contratar".

Entrega e convênios
As declarações do governador à imprensa aconteceram durante um evento, na manhã desta quinta-feira (27) no estacionamento da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

Na ocasião, foram entregues 15 ambulâncias e convênios foram assinados para obras de pavimentação asfáltica e outras intervenções urbanas de diversos municípios baianos.

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ratificou nesta quinta-feira (27), por unanimidade, a decisão dos governadores em estenderem o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis por mais 60 dias, até o 31 de março. Os estados chegaram a anunciar que a medida seria encerrada na data original de 31 de janeiro, mas voltaram atrás após o presidente da República, Jair Bolsonaro, prometer enviar ao Congresso uma PEC para zerar os impostos federais sobre a gasolina e o diesel.

O cálculo do preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) que serve de base para o imposto estadual sobre os combustíveis está estagnado desde novembro do ano passado. Há duas semanas, os Estados haviam formado maioria no âmbito do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz) para encerrar o congelamento, alegando a falta de medidas concretas por parte do governo federal. Na quarta-feira, 26, porém, 21 governadores assinaram uma carta considerando "imprescindível" a extensão da iniciativa até que soluções estruturais para a estabilização dos preços sejam estabelecidas.

Os secretários de Fazenda reafirmaram nesta quinta-feira que o congelamento do ICMS não é suficiente para impedir os reajustes dos combustíveis, uma vez que os preços são determinados pela variação do dólar e a política da Petrobras de paridade com o mercado internacional do petróleo.

"O Comsefaz apoia a criação do fundo de equalização como forma de evitar que os reajustes do barril de petróleo no mercado internacional sejam repassados para o preço final dos combustíveis, como tem ocorrido, gerando os aumentos frequentes", completou o Comsefaz.

Mesmo com o ICMS congelado desde novembro, o impacto no preço dos combustíveis não foi significativo. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro gasolina nos postos em novembro era de R$ 6,744, recuando para R$ 6,67 em dezembro e para R$ 6,627 em janeiro - uma diferença de menos de 12 centavos ao longo de três meses. No caso do óleo diesel, houve inclusive um ligeiro aumento no preço médio praticado nas bombas no período, de R$ 5,359 por litro em novembro para R$ 5,457 em janeiro - uma diferença de quase 10 centavos.

Antes do congelamento, o ICMS incidia sobre o preço médio ponderado ao consumidor final, que é reajustado a cada 15 dias. Cada Estado tem competência para definir a alíquota. Segundo dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis), ela varia entre 25% e 34% na gasolina, dependendo do Estado.

O preço final dos combustíveis é composto pelo valor cobrado pela Petrobras nas refinarias (atrelado ao preço do barril do petróleo no mercado internacional e ao câmbio), mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estaduais (ICMS), além das margens de distribuição e revenda e do custo do biodiesel, no caso do óleo diesel, e do etanol, na gasolina.

Heloisa de Carvalho, a filha mais velha do escritor e astrólogo Olavo de Carvalho, disse que pode doar parte de eventual herança do pai para a campanha do ex-presidente Lula (PT) em 2022. A declaração ocorreu no contexto de comentários de apoiadores de Olavo, nas redes sociais, sobre se ela teria interesse em receber parte de eventuais bens deixados pelo ideólogo bolsonarista apesar da relação conturbada entre eles.

Rompida com o pai desde 2017, Heloisa é eleitora do PT e filiou-se ao partido ainda no ano passado. No Twitter, ela publicou uma captura de tela onde ironizava uma pessoa que comentava sobre o direito dela a eventuais quantias em dinheiro deixadas por Olavo. "Se sobrar algum, porque ele é cheio de dívidas e calotes, eu vou, sim. E talvez doe para a campanha do Lula, com direito a sair na mídia e tudo, só para vocês passarem raiva".

Olavo morreu no último dia 24, aos 74 anos, em um hospital na Virgínia, nos Estados Unidos. Segundo Heloísa, o pai “deve milhões” em indenizações e não teria “essa grana para pagar”. Um dos casos de maior repercussão ocorreu em 2017, quando Olavo chamou o cantor Caetano Veloso de pedófilo. Após Veloso entrar com processo contra o guru bolsonarista, Olavo foi condenado a pagar indenização de R$ 2,9 milhões.

A cantora gospel Ludmila Ferber morreu na noite dessa terça-feira (26), aos 56 anos. A ex-integrante do grupo Koinonya lutava contra um câncer no pulmão, com metástases no fígado e nos ossos desde 2018.

Ferber teria iniciado o quinto tratamento contra a doença em um hospital de São Paulo na semana passada. Antes disso, em março de 2021, ela revelou, através das redes sociais, que teve um aumento de células cancerígenas no fígado e precisou suspender a quimioterapia para iniciar um novo tratamento.

"Hoje começo um novo processo no caminho do milagre. Por conta do aumento das células cancerígenas no fígado, precisei suspender totalmente a quimioterapia que estava tomando já há dois anos, e buscar um novo tratamento. Enfim, para a glória de Deus, eis me aqui neste primeiro dia de uma nova experiência lutando contra o câncer, e crendo e declarando a vitória sobre este gigante! Afinal, Deus vem operando maravilhas em todos os dias desta jornada", contou na ocasião.

O último post da pastora em seu Instagram foi ainda esta semana, na segunda (24), quando ela citou um trecho de sua canção Buscar Tua Face é Preciso.

“‘Quando tudo parece estranho ao redor / Buscar tua face é preciso, Deus / Quando a gente não sabe o que está ocorrendo / Buscar tua face é preciso, Deus”, dizia trecho da canção na legenda.

Carreira

Ludmila Ferber integrou o grupo Koinonya, banda cristã brasileira, formada em 1988 na cidade de Goiânia. Dos quinze discos gravados, Ferber esteve em 8 deles. Em 1996, ela partiu para a carreira solo e lançou Marcas, seu primeiro álbum.

Lançou 12 discos de estúdio depois, e o último foi gravado em 2020, "Um Novo Começo". Ela ainda tem nove álbuns ao vivo e um disco dedicado a canções infantis, Meu Amigão do Peito.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), anunciou quais serão as medidas tomadas para evitar aglomerações durante as celebrações de Iemanjá, no dia 2 de fevereiro. A principal delas será a limitação do acesso à praia do Rio Vermelho.

Tapumes serão instalados para que a população não entre na areia. Apesar disso, o funcionamento de bares e restaurantes está liberado. A entrega do presente também está confirmada.

"Serão, basicamente, as mesmas medidas do ano passado, mas sem restrição de bares e restaurantes. Tem uma série de limitações, inclusive no que diz respeito a praia. Posso adiantar que estará fechada por tapumes", anunciou Bruno Reis. Todas os detalhes serão divulgados nesta quinta-feira (27).

Complexo esportivo
As falas do prefeito foram dadas durante a entrega do Complexo Esportivo e de Lazer do Poeirão, na Rua José Tibério, em Boa Vista de São Caetano. Um equipamento que reúne uma praça e um campo de futebol.

De acordo com Reis, o complexo vai incentivar a prática do esporte e a convivência entre os cidadãos.

Na obra, foram realizados serviços de macrodrenagem, pavimentação, piso intertravado, meio-fio e passeio, além de pergolado e cercado do parque infantil em eucalipto, grama, alambrado, novas traves e iluminação em LED.

Com o aumento dos casos ativos e da taxa de transmissão da covid-19, a fila da regulação para pacientes com a doença voltou a crescer na Bahia. Houve um aumento de 928% nos primeiros dias de janeiro de 2022. Dia 1º, eram 25 pessoas na fila – oito para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 17 para leitos clínicos. Já na última segunda-feira (24), eram 257 baianos na espera – 75 para UTI e 182 para a enfermaria. Analisando só o aumento da fila para as UTIs, essa alta foi de 837,5%. Já para os leitos clínicos, o crescimento foi de 970,6%.

Para acompanhar a demanda, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ampliou o número de leitos de UTI exclusivos para o novo coronavírus de 546 para 609, neste mesmo período. Mesmo assim, cinco dos nove Núcleos Regionais de Saúde (NRS) do estado estão com ocupação acima de 70%. A região Nordeste do estado, onde ficam localizados os municípios de Alagoinhas e Ribeira do Pombal, é a mais crítica, com 88%. Em seguida, está o Sudoeste (82%), Sul e Leste (76%), e Oeste (71%). Os dados são de um levantamento do CORREIO a partir dos boletins epidemiológicos da Sesab.

De acordo com a secretária estadual da saúde da Bahia, Tereza Paim, essa necessidade de ampliação do número de leitos se deu com o avanço da variante ômicron, que fez subir exponencialmente a taxa de transmissão e casos ativos. Ela pontua que os pacientes da regulação têm características distintas de outras ondas da covid-19. Antes, eles eram internados exclusivamente pelo vírus. Agora, ocupam os leitos por terem doenças de base e também por estarem infectados.

“Com o espalhamento da ômicron, as pessoas estão com doenças que já existem, estando também contaminadas com o vírus. E precisamos eleger essas pessoas para hospitais dedicados à covid. Portanto, esse aumento se deu por pessoas que levam a covid para dentro de hospitais e pelas pessoas que procuram as unidades com sintomas gripais, e que têm outras comorbidades. A realidade do aumento é de pessoas com outras patologias, afetas pela covid”, explica Tereza Paim.

Gravidade menor
Os sintomas, segundo ela, estão mais leves e o tempo de permanência nesses leitos, menor. “Entre março e outubro, o tempo médio era de sete a 10 dias. Hoje, está em torno de quatro dias, no máximo sete. Isso porque a gravidade da doença está menor, em relação à delta e gama, e por conta da vacinação. Pessoas vacinadas têm sintomas menos graves e menos preponderantes”, esclarece.

Isso não diminui, segundo ela, a gravidade da doença, que já matou mais de 27.819 baianos. “A covid é um grande problema de saúde pública, porque tenho que elencar os pacientes isolados, inclusive, e vai chegar uma fase que não vamos conseguir mais fazer isso. E essa é uma doença que só está existindo porque as pessoas deixaram de usar máscara, voltaram a se reunir com a família”, argumenta.

A previsão é que novos leitos sejam abertos até a próxima semana, para desafogar a fila. Cerca de 30 leitos (em torno de 15 clínicos e 15 de UTI) serão abertos no Hospital Espanhol, além de um centro cirúrgico específico para pacientes com covid-19 que precisem operar. “O Espanhol vai chegar ao máximo de sua capacidade instalada e temos estimulado os municípios a abrirem leitos próprios”, anuncia a secretária Tereza Paim.

Somente em Salvador, a prefeitura ampliou o número de leitos clínicos de 110 para 191, entre 30 de dezembro e 11 de janeiro. A ocupação, até a tarde de ontem era de 82%. Em relação aos leitos de UTI, com 67% de ocupação, a prefeitura abriu mais 60, até a última sexta-feira (21). O CORREIO solicitou dados sobre a espera nas filas de regulação da capital, mas a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) não enviou os números.

Interior se adapta ao avanço da ômicron
O município de Guanambi, no Centro-Sul, abriu 20 novos leitos para covid-19 na última semana. A prefeitura ainda intensificou a fiscalização da vigilância sanitária e dobrou a equipe de vacinação. Essas ações ocorrem no momento em que a cidade acumula o maior número de casos ativos desde o início da pandemia e é a segunda no ranking, em toda a Bahia.

Guanambi, que tem pouco mais de 80 mil habitantes, tem 612 pessoas contaminadas. Segundo a prefeitura, quando houve o pico da doença, em março de 2021, não chegou a 60% desse número. Há pouco mais de um mês, no dia 20 de janeiro, eram 26 casos ativos.

Já Barreiras, no Extremo-Oeste baiano, quase triplicou a capacidade de testagem. Até o início de janeiro, eram, em média, 60 coletas por semana. A partir dessa semana, são 200 amostras coletadas. A quantidade de testes positivos aumentou. Dia 3 de janeiro, dos 134 testes feitos, 46 positivaram (34,3%). Na última segunda (24), esse percentual foi de 46,6%. São Desidério, na mesma região, saiu de 6 para 195 casos ativos, basicamente no mesmo período.

Em Feira de Santana, no Centro-Norte, 33 pessoas em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas aguardam transferência para hospitais. Segundo o secretário de saúde, Marcelo Britto, nenhuma é por covid. “Tivemos um aumento de 40% no número de atendimentos ambulatoriais e na unidade pós-covid, para pessoas que se recuperam das sequelas da doença, mas pouquíssimos internamentos, afirma o secretário.

Atualmente, Feira é a terceira cidade com maior número de casos ativos da covid. São 576, número quase quatro vezes maior que no dia 2 de janeiro, quando eram 145. A quantidade de casos confirmados da doença também teve alta, de 3.275%, no mesmo período. Em contrapartida, houve uma redução nas hospitalizações, de 83,3%.

Em Barra do Rocha, no Sul baiano, a prefeitura aplicou toque de recolher, até a próxima segunda-feira (31), das 22h às 5h, e também proibiu o funcionamento de bares e restaurantes nos finais de semana. A quase 500 km dali, em Teixeira de Freitas, no Extremo Sul, houve ampliação do horário de atendimento do centro covid - que funciona até 0h dia de semana e até 17h final de semana - e abertura de mais cinco unidades de testagem.

A União dos Municípios da Bahia (UPB) foi procurada, mas não pôde disponibilizar fonte até o fechamento da matéria.

Tosse, febre, mal-estar e dor de garganta. A recomendação é clara para quem apresenta esses sintomas: testagem e isolamento. Com 19.995 casos ativos na Bahia, segundo o último boletim divulgado na segunda-feira (24) pela Secretaria de Saúde (Sesab), muitos profissionais estão afastados do trabalho. As baixas atingem setores diversos e, em alguns casos, trazem transtorno à população.

No setor bancário, 30% dos funcionários do estado foram afastados em janeiro por causa da contaminação por covid-19, o que representa 5.100 pessoas. Na terça-feira (25), dez agências estavam fechadas devido aos surtos, sendo nove delas na capital e uma em Itapetinga. Só neste mês, mais de 50 agências fecharam as portas temporariamente pelo mesmo motivo.

“Com esse alto número de funcionários afastados, aumenta a sobrecarga de trabalho e as dificuldades de atendimento à população, tendo em vista que as pessoas recorrem para outras unidades, impactando em mais filas, estresse e adoecimento ocupacional”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários Augusto Vasconcelos.

Os bancos não exigem comprovante de vacinação, mas o presidente do sindicato apresentou um projeto na Câmara de Vereadores de Salvador em dezembro do ano passado, que prevê a necessidade do passaporte vacinal para conter o avanço da disseminação da doença.

Agência do Bradesco na Avenida Joana Angélica fechada por conta de surto da covid-19
“Se nosso projeto for aprovado, será obrigatória a vacinação dos funcionários e clientes para entrar nas agências. Exceto na hipótese de o cidadão ter um atestado de saúde que impeça de tomar a vacina”, explica Vasconcelos. O projeto deve ser votado na retomada das sessões da câmara em fevereiro.

Saúde

Entre os profissionais de saúde, a contaminação também avança. Entre o primeiro dia do ano e o dia 25 de janeiro, 2.610 profissionais da área tiveram covid-19 no estado, segundo dados da Sesab. Os mais afetados são os auxiliares e técnicos de enfermagem, que já acumulam 15.855 infectados ao longo de 2021 e 2022. Os médicos ocupam o segundo lugar com 4.801 contaminados na Bahia. Só na segunda-feira (24), 142 trabalhadores da saúde testaram positivo para a covid-19, de acordo com a Sesab.

No total, 55.303 profissionais já se infectaram com a covid-19. Um médico que trabalha no setor de urgência em um hospital em Jequié, no centro-sul do estado, começou a apresentar sintomas da doença na primeira semana de janeiro. Ele conta que como possui vínculo jurídico com o hospital e não é regido pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), só poderia faltar ao trabalho caso conseguisse outro profissional para cobrir seus plantões.

“Tentei passar os plantões para outros colegas, mas não consegui. Tive que trabalhar doente, mas mantendo os cuidados”, relata. Para piorar o cenário, ele conta que na época não havia testes disponíveis na cidade. Mas sintomas como falta de olfato e paladar o fazem acreditar que foi realmente contaminação pelo coronavírus.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), Ivanilde Brito, afirma que o cenário de profissionais afastados está exigindo remanejamentos.

“Alguns setores estão tendo dificuldades, mas está havendo remanejamentos para que os serviços essenciais continuem funcionando. Temos que ter jogo de cintura”, afirma a presidente. Segundo Ivanilde, o Hospital Geral do Estado (HGE) chamou funcionários que estavam de férias para cobrir a falta dos colegas que estão afastados pela covid-19.

O Hospital Aristides Maltez, em Salvador, também sente os impactos das baixas. Na segunda-feira (24), os atendimentos da triagem, ambulatórios gerais e cirurgias eletivas foram suspensos, após 176 funcionários da equipe médica terem resultado positivo para a covid-19. O número representa 10% da equipe. Cirurgias de urgência e emergência, funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e tratamentos de radio e quimioterapia estão mantidos.

“A cidade está cheia de turistas, o que é bom para a economia, mas não temos os devidos cuidados que deveríamos ter. A covid não acabou, estamos tendo um retrocesso novamente”, diz Ivanilde Brito. A presidente do Sindsaúde também cobra controle de capacidade e higienização dos transportes públicos da cidade que, segundo ela, contribuem para a disseminação do vírus.

Lea Santos Lima é coordenadora de reabilitação na secretaria de Saúde de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, e está afastada por conta da covid-19. “Hoje completam sete dias e devo fazer o teste de antígeno para voltar a trabalhar”, conta. A recepcionista do local onde trabalha também testou positivo e está em casa.

“Como eu sou coordenadora, quando alguém chega com sintomas gripais eu já afasto e mando fazer o teste, mas nem todo mundo consegue”, relata Lea. Segundo ela, funcionários acabam tendo dificuldades em fazer a testagem e vão para o trabalho mesmo assim. Ela também atua como fisioterapeuta em um hospital da rede privada na capital: “Lá tem muitos colegas afastados por causa da covid. Estão tendo remanejamentos para funcionários cobrirem setor diferentes, mas atuando na mesma área”.

Educação

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) demonstra receio com o retorno das aulas por conta do aumento do contágio. O presidente da APLB, Rui Oliveira, estima que cerca de 10% dos profissionais da educação do estado estejam afastados. Ele conta que só na direção do sindicato em Salvador, dez pessoas estão contaminadas.

“Falei para a Secretária de Educação que não acho conveniente fazer a semana pedagógica de forma presencial, nem na rede estadual e nem na municipal. Por conta da disseminação da covid-19 pela variante Ômicron”, afirma o presidente. Rui explica que como as aulas presenciais ainda não retornaram, é difícil ter um número exato de profissionais doentes.

Comércio

Nos shoppings da capital a situação não é diferente. Nas Casas Bahia do Shopping Piedade, em Salvador, houve um surto de covid-19 em funcionários este mês, segundo Alfredo Santiago, coordenador jurídico do Sindicato dos Comerciários. “Ainda estamos compilando os dados de 2022, mas eles já mostram uma preocupação muito grande. Estamos vendo surtos em muitos shoppings", afirma. Ainda segundo Alfredo, o Shopping da Bahia foi o que mais recebeu denúncias sobre casos de contágio em lojas.

O Sindicato dos Comerciários estima que cerca de 15% da categoria esteja afastada devido à contaminação. Alfredo Santiago relata que muitas empresas relutam em liberar os funcionários sintomáticos: "Os trabalhadores são, em sua maioria, forçados a trabalhar mesmo com os sintomas, têm dificuldades em se afastar e ainda são ameaçados". A reportagem tentou entrar em contato com a Associação Brasileira de Shoppings Centers na Bahia, mas não obteve retorno.

Outros setores também possuem funcionários afastados. A Polícia Militar da Bahia informou que 182 oficiais estão afastados no estado por conta da covid-19, o que representa 0,86% do total de trabalhadores. A reportagem também solicitou dados da Polícia Civil, mas ainda não teve retorno. Em Feira de Santana, 17 trabalhadores de uma agência dos Correios, no bairro Vila Olímpia, estão afastados por conta da doença.

Em outra agência da cidade, no bairro Capuchinhos, três funcionários estão afastados. Os Correios não informaram a quantidade total de trabalhadores com atestado na Bahia, mas disseram que nenhuma agência precisou ser fechada. A Associação Geral dos Taxistas (AGT) divulgou que, em janeiro, 41 casos de covid-19 foram confirmados entre os motoristas. Só em 2021, 76 profissionais foram à óbito por conta da doença no estado.

A Secretaria Municipal de Gestão (Semge) foi procurada, mas informou que ainda não possui dados sobre os profissionais afastados no município. Já a Secretária de Administração do Estado da Bahia (Saeb) afirmou que não compila esses dados, uma vez que o afastamento de funcionários infectados é automático e não passa por nenhum outro setor burocrático.

Ministério da Saúde diminui para dez dias o prazo de afastamento por covid-19
Em uma portaria publicada na terça-feira (25), o Ministério da Saúde determinou a diminuição de 15 para dez dias o prazo de afastamento de trabalhadores com casos confirmados de covid-19, suspeitos ou que tiveram contato com casos suspeitos. O texto diz ainda que o período pode ser reduzido para sete dias, se o funcionário apresentar resultado negativo em teste do tipo RT-PCR ou RT-LAMP. Ou ainda teste de antígeno a partir do quinto dia após o contato.

A redução vale para casos suspeitos, caso o trabalhador não tenha apresentado febre nas últimas 24 horas, sem tomar remédios antitérmicos e com a melhora dos sintomas respiratórios. O texto também diz que as empresas devem adotar medidas para evitar aglomerações e manter o registro atualizado sobre contaminados à disposição dos órgãos de fiscalização.

A nova medida altera a portaria de junho de 2020, que determinou regras para a adoção do teletrabalho. Agora, na ocorrência de casos suspeitos ou confirmados, o empregador pode adotar o trabalho remoto como uma das medidas para evitar aglomerações. A portaria foi assinada em conjunto pelos Ministérios do Trabalho e Previdência.

Com casos ativos perto de 20 mil, trabalho remoto volta a ser opção
O aumento de casos ativos de covid-19 tem feito com que setores retomem o trabalho remoto para diminuir os riscos de contaminação. O Ministério Público do Estado (MP-BA) adotou o formato híbrido até o dia 31 deste mês. O órgão estava funcionando somente em caráter presencial desde novembro do ano passado.

Segundo a determinação, os servidores só podem exercer suas atividades presencialmente em quantitativo diário de 30% do quadro de pessoal da unidade e em escala de rodízio. A recomendação é que os atos administrativos, sempre que possível, sejam realizados em vídeos conferências. O MP-BA levou em consideração o aumento da transmissibilidade do coronavírus devido à variante Ômicron e o surto de gripe, causado pelo vírus Influenza.

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) também adotou o mesmo protocolo de restrições do início da pandemia, em março de 2020. Até o dia 31 de janeiro, apenas serviços essenciais terão acesso às dependências da Assembleia, sendo vetado o acesso do público externo. A decisão foi tomada levando em consideração o avanço da Ômicron e, como o Legislativo está em recesso, não será necessária a realização de sessões plenárias remotas.

A Câmara de Vereadores de Salvador também empregou o sistema remoto até o dia 31 de janeiro. Somente atividades de manutenção predial, informática, serviços gerais e segurança patrimonial podem ser realizadas presencialmente. O presidente Geraldo Júnior, recomendou que todos os vereadores e servidores mantenham as medidas preventivas contra o coronavírus durante o período.

Veículos da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, que transportam as doses da vacina contra a covid-19, podem ficar sem combustível. A pasta argumenta que a dificuldade é pela falta de aprovação do Projeto de Lei do Orçamento (LOA) de 2022 pela Câmara Municipal.

Vereadores dizem, no entanto, que o artigo 67 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já aprovada, prevê que o Poder Executivo tenha recursos todos os meses em caso da LOA não ter sido sancionada até o dia 31 de dezembro de 2021.

O secretário de Saúde, Marcelo Britto, explica que, sem o Projeto de Lei do Orçamento, a pasta possui o dinheiro para comprar o combustível, mas não tem lei que autorize o ato. “Eu fico limitado a gastar 1/12 avos, mas não é possível fazer isso porque não posso fazer remanejamento”, destaca.

O secretário destaca que a falta da LOA pode impactar todos os setores, desde a vacinação, que pode parar de ser feita, até o atendimento que é feito pelos postos de saúde. "Já estamos enfrentando dificuldades na entrega das vacinas. Em algumas unidades as doses estão chegando com atraso. Tudo fica comprometido, inclusive o salário dos funcionários.”, ressaltou o titular da Saúde.

Uma das unidades prejudicadas nesta terça foi a UBS do Centro Social Urbano (CSU), no bairro Cidade Nova. Para tomar a 1ª, 2ª ou 3ª dose da vacina contra a covid-19, os feirenses tiveram que esperar mais que o planejado na fila. Ao site Acorda Cidade, o supervisor comercial, Flávio Augusto Santos, informou que chegou ao posto do CSU às 7h50, mas até por volta das 10h20 não tinha tomado a 3ª dose contra a covid-19 ainda. O feirense teve que abdicar de uma manhã de trabalho para se imunizar e não sabia se ainda teria que esperar até o período da tarde.

“Por volta das 9h, uma enfermeira informou que haveria um atraso de pelo menos uma hora. Mas até por volta das 10h20 a vacinação não tinha começado ainda”, declarou.

O procurador administrativo da Câmara, Tadeu Vilani, comentou, porém, que o secretário da Saúde pode usar o recurso previsto pela LDO para reabastecer os veículos, pagar profissionais e manter as unidades de saúde em funcionamento.

"Isso tudo é história para colocar a opinião pública contra a Casa Legislativa. Ele precisa mostrar os comprovantes de abastecimento, ele tem dinheiro disponibilizado todos os meses pela LDO para custear salário, gasolina e outros custos. Se o recurso acabou antes do final do mês, ele pode não ter usado da forma correta", disse.

Entenda o impasse entre a Câmara Municipal e o Poder Executivo

O conflito estabelecido sobre a LOA tem relação direta com a LDO, que teve votação final na Câmara Municipal em agosto do ano passado, com emendas feitas pelos vereadores e votadas em plenário. As duas leis precisam estar de acordo. O procurador geral da Câmara, André Novais, pontua que as emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias, feitas pelo Legislativo, sofreram vários vetos por parte do prefeito da cidade, Colbert Martins Filho. Esses vetos foram analisados e derrubados pela Câmara em seguida.

Segundo o procurador Geral do Município, Carlos Alberto Moura Pinho, a Lei de Diretrizes Orçamentárias sofreu emendas que foram consideradas inconstitucionais pelo prefeito, por isso, ocorreram diversos vetos. "Os trechos foram vetados e devolvidos ao legislativo, que derrubou os vetos e reencaminhou para promulgação", comenta o procurador.

A prefeitura de Feira afirmou, então, que a Câmara Municipal perdeu o prazo legal de promulgar e publicar a LDO com as emendas dos vereadores, prevalecendo, assim, a sancionada pelo prefeito. O legislativo, por outro lado, disse que o prefeito agiu de má fé e definiu os vetos feitos por ele como definitivos e programou a Lei Orçamentária Anual ignorando as decisões votadas em plenário.

A Justiça foi acionada pelo prefeito e determinou, no último dia 19, que o presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana considere a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) sancionada pelo gestor municipal Colbert Filho com todos os vetos a emendas dos vereadores. O presidente da Câmara da cidade vai seguir o que manda a Justiça, mas deve recorrer posteriormente.

O procurador administrativo da Câmara, Tadeu Vilani, ressalta que não existiu recusa da Casa em votar a LDO, mas sim um inconformismo do Poder Executivo com as emendas feitas e legitimadas em plenário. “Não foi uma decisão do presidente do Legislativo, mas sim do órgão colegiado, Câmara de Vereadores. A Câmara, por ordem judicial, vai cumprir com a LDO do prefeito e a Lei Orçamentária Anual voltará a tramitar, sem prazo para ser aprovada”, explica.

O site da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) foi hackeado nesta terça-feira (25). Esse é o segundo ataque hacker contra portais do governo do estado em menos de cinco dias. Nesta manhã, o portal da Secult passou a ser direcionado para o site do governo do estado.

Na última quinta-feira (20), pelo menos 21 outros 20 portais do governo da Bahia, como os das secretarias de Segurança Pública (SSP) e Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) também foram atacados. Um grupo do Paraná assumiu a autoria do caso.

Além de criticas ao governador Rui Costa e ao decreto de redução de público em eventos na Bahia, a publicação do grupo hacker afirma ter "máximo respeito aos profissionais da cultura do estado da Bahia".

No ataque da semana passada, uma mensagem comparava a violência na Bahia ao Rio de Janeiro, além de insultos ao governador Rui Costa e à vacina. Também na publicação, o grupo hacker afirmou ter "máximo respeito aos profissionais de segurança pública".

Através de nota, o governo do Estado disse que a Secretaria da Segurança Pública (SSP), através da Polícia Civil e com o apoio da Superintendência de Inteligência, já iniciou as investigações sobre o ataque ao sites institucionais do Governo do Estado.

De acordo com a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), não houve alteração da estrutura interna dos sites das secretarias, órgãos e empresas estaduais, que permanecem preservados.

A Prodeb ainda afirma que não foi diagnosticado acesso, vazamento ou apagamento de dados públicos. Ainda segundo a nota, técnicos da Prodeb, onde ficam hospedados os sites institucionais do Governo do Estado, também atuam para identificar a origem do ataque e solucionar o problema.