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Bahia com Tudo

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As falésias que ficam entre Morro de São Paulo e Gamboa, no município de Cairu correm o risco de desmoronamento. A prefeitura do município emitiu um alerta sobre o perigo de deslizamento.

A área está interditada e o risco de deslizamento, identificado desde outubro do ano passado, se intensificou devido às fortes chuvas nas últimas semanas. No ano passado, Ministério Público Federal, por meio de uma ação civil pública solicitou que o município alertasse a sociedade sobre os riscos.

As falésias entre Morro e Gamboa são muito frequentadas por turistas que querem se divertir no "banho de argila", que se forma na beira-mar.

Rio Grande do Norte
Em dezembro de 2020, um desabamento nas falésias da praia de Pipa no Rio Grande do Norte matou três pessoas, incluindo uma criança.

Todos eram de uma mesma família - o gerente de recepção de hotel Hugo Pereira, 32 anos, de Jundiaí (SP), a mulher Stella Souza e o filho do casal. Hugo morava há alguns anos em Pipa, onde trabalhava no hotel Sunbay. De folga, ele levou a família para curtir o dia na praia.

"Eu estava em casa quando me avisaram que a falésia tinha caído. Quando os médicos chegaram, eles já estavam mortos", contou João Marinho, primo de Stella. "Eu sou nascido e criado aqui e sempre aconteceu isso, mas cada vez mais o mar está destruindo a falésia. A gente vê os turistas aproveitando a sombra das falésias e pede pra eles saírem porque a gente sabe do risco", contou.

A praia de Pipa é um dos pontos turísticos mais famosos do Rio Grande do Norte e fica a cerca de 100 km da capital Natal.

Falésia é uma formação litorânea causada por processos de erosão. As condições climáticas e as oscilações do nível do mar têm influência na formação desses paredões íngremes de rocha.

Outro acidente
Em setembro de 2020, um acidente envolvendo turistas aconteceu nas falésias de Pipa. Um casal de João Pessoa caiu do trecho conhecido como Chapadão quando estavam um quadriciclo. Os dois foram resgatados conscientes. O rapaz teve ferimentos nos ombros, pernas e braços. A mulher foi encaminhada para hospital em Natal com suspeita de ter fraturado o fêmur. Ela estava grávida de um mês.

O indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a covid-19 no Brasi. Ele foi imunizado por volta de meio dia dessa sexta (14), em um evento do governo de São Paulo que marcou a inauguração da vacinação de crianças de 5 a 11 anos.

A vacinação na cidade de São Paulo, contudo, só será iniciada de fato na segunda-feira (17). Os postos de outras cidades do estado só devem começar na mesma data.

Davi, que é da etnia xavante, mora em Piracicaba, no interior, mas foi para a capital fazer um tratamento médico. Ele foi imunizado no Hospital das Clínicas, e o governador João Doria (PSDB) acompanhou. O pai de Davi, o cacique xavante Jurandir Seremramiwe, estava presente de maneira virtual,

“Agradeço a compreensão, visibilidade e diálogo com a questão indígena no estado de SP. Que sejam tomadas as vacinas para os guaranis que moram no litoral", disse o cacique. "Nós temos que tomar a vacina e não esquecer o uso da máscara, o distanciamento. Com certeza a nova geração estará segura quando as aulas voltarem. Elas estarão com saúde e brincando", acrescentou.

As doses das vacinas que vêm para a Bahia atrasaram nessa sexta-feira (14). A previsão é de chegada às 14h40 e o estado vai distribuir para que os municípios façam a aplicação.


Tecnologia possibilitará também novos estudos para produção de vacinas para enfrentamento de doenças como zika, febre amarela e câncer

A vacina brasileira RNA MCTI CIMATEC HDT contra a Covid-19 entrará na primeira fase de testes, nesta quinta-feira (13), em Salvador (BA). No Brasil, o estudo está sendo conduzido pelo SENAI CIMATEC, e o desenvolvimento da tecnologia é feito pelos pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação de Sistemas Avançados de Saúde em parceria com a HDT Bio Corp (Seattle, EUA), empresa de biotecnologia sem fins lucrativos, e com a RedeVírus MCTI. O projeto conta com financiamento do Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Participam desta fase 90 voluntários, com idades entre 18 e 55 anos. O início da primeira fase do estudo clínico acontece às 10h desta quinta-feira (13/1), na sede do SENAI CIMATEC com a aplicação da primeira dose da vacina.

A pandemia da Covid-19 acelerou processos e desenvolvimento da tecnologia brasileira. O diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, destaca que as parcerias internacionais têm um importante papel no fomento a inovação brasileira. “Parcerias como essa ajudam a construir novos caminhos para a saúde pública, com a capacidade de fabricar vacinas e medicamentos no Brasil, dando à população maior acesso ao que tem de mais moderno”, ressalta.

A vacina RNA MCTI CIMATEC HDT é composta por duas plataformas tecnológicas: o replicon de RNA (substância ativa) e uma formulação lipídica (LION). Por meio dessas duas plataformas inéditas e inovadoras, repRNA e LION, espera-se que a vacina seja capaz de gerar uma imunização robusta e duradoura com uma dose menor de imunizante. A repRNA (replicon de RNA) é o primeiro imunizante que utiliza essa tecnologia a ter uma fase de estudos realizada no Brasil. O replicon de RNA é capaz de se autoamplificar e ser reconhecido pelo organismo como um RNA mensageiro, que, por sua vez, ensina o corpo humano a produzir respostas contra o vírus (anticorpos).

O imunizante integra um plano de desenvolvimento global que está sendo realizado no Brasil, Estados Unidos e Índia, por meio da parceria entre as três instituições: SENAI CIMATEC, HDT Bio Corp e Gennova Biopharmaceuticals (Índia). O estudo de Fase I custará R$ 6 milhões.

Segundo o médico infectologista e professor titular do SENAI CIMATEC, PhD em Imunologia e Doenças Infecciosas, Roberto Badaró, o objetivo principal desta etapa é avaliar a segurança e a reatogenicidade do novo imunizante, ou seja, a capacidade de a vacina gerar reação adversa (ou colateral) local ou sistêmica no organismo. “Serão testadas três diferentes concentrações de dose, verificando-se qual delas se mostrará mais promissora na produção de resposta imune humoral e celular contra o vírus SARS-CoV-2. Além disso, a expectativa é que essa vacina possa proteger contra todas as variantes da Covid-19 existentes, até o momento”, explica

Ainda de acordo com Roberto Badaró, a tecnologia utilizada no imunizante RNA MCTI CIMATEC HDT é uma grande oportunidade para a produção de outras vacinas não só para o coronavírus. Essa tecnologia poderá atender a produção nacional de vacinas para a prevenção de doenças como dengue, zika, febre amarela,podendo ser adaptada também para o câncer. “O impacto na morbidade das doenças que avassalam a humanidade vai ser muito grande, a ciência dá um salto muito grande para criar medicamentos específicos para as pessoas utilizarem”, ressalta.

Sobre a vacina

A nova vacina consiste numa formulação de nanocarreador lipídica chamada de LION (do inglês, Lipid InOrganic hybridized Nanoparticle) e uma molécula de repRNA que codifica a proteína spike (S) do SARS-CoV-2. Em contato com o organismo, o repRNA tem capacidade de se autorreproduzir, gerando então o RNA mensageiro, que ensina o corpo humano a produzir os anticorpos específicos.

“Diante da plataforma tecnológica da vacina, o que a gente espera é que esta seja uma vacina de dose única, já que pequenas concentrações se mostraram capazes de promover uma alta resposta imune”, afirma Bruna Machado, líder técnica do projeto no SENAI CIMATEC, farmacêutica e PhD em Biotecnologia.

Os estudos da vacina para a Covid-19 incluem ainda as fases II e III, até que o imunizante seja aprovado para registro e produção no Brasil. Uma vez comprovada a segurança na fase I, após as análises estatísticas dos dados, terá início a fase II, com a participação de 400 indivíduos. Da mesma forma, o início da fase III dependerá dos resultados da fase anterior. Para a fase III está previsto o recrutamento de 3.000 a 5.000 participantes. Ao todo, o período de testes vai durar cerca de um ano.

A HDT Bio Corp é detentora da tecnologia e fará, por meio do SENAI CIMATEC, a transferência de tecnologia e incorporação de conhecimento ao Brasil. A instituição brasileira realizará os ensaios clínicos de Fase I, II e III. A Gennova é responsável pela fabricação dos lotes piloto da vacina para os ensaios iniciais, e ainda, conduzirá a transferência de tecnologia de fabricação da vacina para o SENAI CIMATEC.

De acordo com o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC, Leone Peter Andrade, a nova vacina oferece vantagens e benefícios, pois a tecnologia utilizada permite que o processo produtivo seja rápido e escalonável, utilizando menos componentes e etapas, quando comparada a métodos tradicionais. “Esse projeto permitirá a utilização de uma plataforma tecnológica de ponta para o desenvolvimento de novos produtos de interesse do Brasil”, pontua.

O técnico Tite fez nesta quinta-feira (13) a primeira das quatro convocações que terá pela frente antes de anunciar a lista de 23 jogadores que irão para a Copa do Mundo no Catar, que será disputada nos meses de novembro e dezembro.

Com as voltas de Daniel Alves e Philippe Coutinho ao grupo, mas sem Neymar (machucado) e Hulk (ainda em pré-temporada no Atlético-MG), 26 atletas foram chamados para os jogos contra Equador, em Quito, e Paraguai, em Belo Horizonte, pelas Eliminatórias.

Líder da competição, a seleção encara no próximo dia 27 o Equador, que está terceiro lugar, no estádio Casa Blanca. Já em 1.° de fevereiro, o Brasil tem pela frente o Paraguai, o nono colocado, em duelo que será realizado no estádio do Mineirão. A equipe de Tite tem 35 pontos em 13 jogos e a Argentina vem logo atrás, com 29.

Para esses jogos, a seleção terá uma logística diferente por conta do aumento de casos de covid-19 em todo o mundo, especialmente com a variante Ômicron. O grupo se apresenta direto em Quito e os jogadores vindos da Europa vão pegar um voo fretado disponibilizado pela CBF em Madri, na Espanha, no dia 24, direto para a capital do Equador.

A convocação feita por Tite não apresenta nenhuma cara nova, mas os retornos de Daniel Alves, novamente no Barcelona, e Philippe Coutinho, recém contratado pelo Aston Villa, chamam mais a atenção. O técnico chamou 26 jogadores porque o volante Fabinho e o meia Lucas Paquetá estão suspensos da partida contra o Equador por terem recebido o segundo cartão amarelos contra a Argentina, em novembro.

Titular absoluto, Neymar não apareceu na lista, mas isso já era esperado. O jogador não atua desde 28 de novembro, quando sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo, e a previsão é de que volte a ter condições de jogo justamente às vésperas da partida contra o Equador.

O problema é que seu clube, o Paris Saint-Germain, enfrenta o Real Madrid, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, duas semanas mais tarde e, para evitar riscos de uma eventual volta antecipada e ao mesmo tempo fazer uma sinalização positiva ao clube francês, Tite o deixou de fora desta vez.

Outra ausência sentida foi a de Hulk. O atacante do Atlético-MG, campeão e artilheiro com o Atlético-MG no último Campeonato Brasileiro, além de eleito o melhor jogador do país em 2021, ficou de fora.

Um motivo poderia ser o fato de ainda estar em pré-temporada, mas Tite chamou três atletas que atuam no futebol brasileiro e estão na mesma situação: o goleiro Weverton, do Palmeiras, o meia Everton Ribeiro e o atacante Gabriel, ambos do Flamengo.

Confira a lista de convocados da seleção brasileira:

Goleiros - Alisson (Liverpool-ING), Ederson (Manchester City-ING) e Weverton (Palmeiras);

Laterais - Emerson (Tottenham-ING), Daniel Alves (Barcelona-ESP), Alex Sandro (Juventus-ITA) e Alex Telles (Manchester United-ING);

Zagueiros - Eder Militão (Real Madrid-ESP), Gabriel Magalhães (Arsenal-ING), Marquinhos (Paris Santis-Germain-FRA) e Thiago Silva (Chelsea-ING);

Meio-campistas - Bruno Guimarães (Lyon-FRA), Casemiro (Real Madrid-ESP), Fabinho (Liverpool-ING), Fred (Manchester United-ING), Gerson (Olympique de Marselha-FRA), Everton Ribeiro (Flamengo), Lucas Paquetá (Lyon-FRA) e Philippe Coutinho (Aston Villa-ING);

Atacantes - Antony (Ajax-HOL), Gabriel (Flamengo), Gabriel Jesus (Manchester City-ING), Matheus Cunha (Atlético de Madrid-ESP), Raphinha (Leeds United-ING), Rodrygo (Real Madrid-ESP) e Vinicius Junior (Real Madrid-ESP).

A Petrobras aprovou, nesta quinta-feira, 13, a doação de R$ 4,3 milhões para apoiar a população atingida por enchentes causadas pelas fortes chuvas nos Estados de Minas Gerais e Bahia, em iniciativa conjunta com a Fundação Banco do Brasil (FBB). O dinheiro será usado na compra de itens como alimentos, água potável e produtos de higiene pessoal e de limpeza.

"A Petrobras está atenta às demandas da sociedade e tem integrado esforços com a sociedade civil, o poder público e a iniciativa privada em ações de solidariedade, conforme nossa política de responsabilidade social", afirma o presidente da petrolífera, Joaquim Silva e Luna, em comunicado.

Até o momento, o Estado de Minas Gerais já decretou emergência em mais de 300 municípios e o Estado da Bahia, em mais de 170.

Segundo decretos emitidos pelos respectivos estados, já são mais de 30 mil pessoas afetadas nos municípios mineiros e aproximadamente 90 mil nos municípios baianos.

"Nosso apoio é uma maneira de ajudar a amenizar a situação. Acreditamos que, neste momento, a solidariedade, mais que um valor afetivo, é um dever de todos", acrescentou Silva e Luna.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) alerta para a possibilidade de falta de testes de antígeno e PCR (o molecular, tipo mais preciso), se estoques de insumos necessários para os exames para o diagnóstico da covid-19 não forem repostos "rapidamente". A Abramed diz não saber até quando os laboratórios conseguirão atender a demanda por testes, que cresceu principalmente por causa da alta transmissibilidade da variante Ômicron, e recomenda parar de testar casos leves da doença.

O Ministério da Saúde, no entanto, se desvinculou do eventual cenário de escassez na rede pública e atribuiu a responsabilidade pela testagem no País aos Estados e municípios. Em nota, a pasta chefiada por Marcelo Queiroga informou estar atenta à situação de testes para covid-19 e disse realizar "rotineiramente" o monitoramento da disponibilidade dos insumos necessários para a realização dos exames no Sistema Único de Saúde (SUS). O ministério, porém, destacou que cabe aos Estados e municípios adquirir os recursos para os diagnósticos.

"No entanto, por conta da pandemia da covid-19, a pasta tem apoiado os Estados com a disponibilização dos testes. Desde o início da pandemia foram entregues mais de 27,4 milhões de testes do tipo RT-PCR e 38,8 milhões de testes rápidos de antígeno para todo o País", diz a nota do ministério.

Minutos antes da divulgação da nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) apresentou ofício ao ministro Queiroga com demandas que envolviam, dentre outras medidas, "o aporte de recursos financeiros para abertura, no menor tempo possível, de pontos de testagem em massa para acesso de primeiro contato de toda a população". No mesmo documento, é solicitado o reconhecimento da existência de uma nova onda de covid-19 no País provocada pela disseminação da variante Ômicron.

Diante da possibilidade de desabastecimento dos estoques, a Rede D'Or, de hospitais privados, disse que já tem priorizado pacientes com indicação clínica, internados e profissionais de saúde, diante da alta demanda de exames. A testagem dos casos não graves será retomada "tão logo haja um reequilíbrio entre a demanda e os insumos disponíveis". A Dasa, grupo brasileiro dono de dezenas de redes de laboratórios de medicina diagnóstica, afirmou priorizar casos graves e profissionais de saúde. Já a Rede de farmácias RaiaDrogasil suspendeu o agendamento online para testes de covid.

"A gente está vivendo uma situação parecida com a do início da pandemia, quando havia uma disputa internacional pelos kits de diagnóstico e reagentes", afirmou o presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik, lembrando que, no Brasil, dependemos de insumos importados para os exames. "Esses insumos são fabricados nos EUA, na Europa, na China, na Coreia do Sul; o que acaba acontecendo é que os países que investem pesado em testagem e aqueles onde os produtores estão localizados estão tendo prioridade."

Gravidade
Segundo a Abramed, seus associados respondem por mais de 65% de todos os exames realizados pela saúde suplementar no País. Para eles, a associação emitiu nota técnica pedindo pela priorização de pacientes a serem testados. A escala de gravidade se dá na seguinte ordem: pacientes que tenham maior gravidade de sintomas; doentes hospitalizados e cirúrgicos; pessoas no grupo de risco; gestantes; trabalhadores assistenciais da área da saúde; e colaboradores de serviços essenciais.

Nesse sentido, a Abramed pede que testes não sejam aplicados em "assintomáticos e pessoas com sintomas leves". Aqueles com quadro leve devem permanecer em isolamento. A associação disse que entrará em contato com outras entidades do setor de saúde, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Ministério da Saúde, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e a Associação Médica Brasileira (AMB) para falar sobre a necessidade de otimizar o uso dos testes.

De acordo com a Abramed, entre 3 e 8 de janeiro foram mais de 240 mil teste para detecção do coronavírus feitos. A alta é de 98% no número de testes realizados em comparação à semana do Natal, entre 20 a 26. O volume de exames com resultados positivos para covid passou de uma média de 7,6% para mais de 40%.

A Rede D'Or diz que todos os exames coletados estão sendo entregues nos prazos combinados. "Tão logo haja reequilíbrio entre a demanda e os insumos disponíveis, retomaremos a testagem de pacientes que não estejam nos critérios de prioridade."

Rede RaiaDrogasil suspende agendamento online
Farmácias da Rede RaiaDrogasil suspenderam temporariamente o agendamento online de testes de covid-19. Em nota, a empresa informa que "está atuando na reposição dos estoques para o abastecimento de suas lojas o mais breve possível". A retomada no serviço deve se dar quando o abastecimento for "normalizado".

Tanto a Droga Raia quanto a Drogasil oferecem testes de quatro tipos: PCR-LAMP, antígeno nasal, antígeno oral e de sorologia. Para fazer o agendamento on-line é preciso fornecer CPF, e-mail e nome.

Em nota enviada ao Estadão, a empresa diz que "a demanda por testes de covid-19 cresceu consideravelmente e há falta de testes no mercado como um todo". A Rede RaiaDrogasil reúne mais de 2,3 mil lojas em 24 Estados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Estado da Bahia é contra a retomada da temporada de cruzeiros no país. O posicionamento foi dado nesta quarta-feira (12) pela secretária de Saúde do Estado, Tereza Paim, e pelo secretário de Turismo do Estado, Maurício Bacellar, durante uma reunião, realizada de forma virtual, com representantes do Governo Federal e dos setores de saúde e de turismo de estados e municípios que recebem os navios.

A Secretária Tereza Paim pontuou a atual situação que o país vem enfrentando com o aumento de casos de Covid-19 e também um surto de Influenza. “Além da explosão de casos dessas doenças, ainda estamos enfrentando na Bahia problemas por conta das chuvas, que levou mais de 175 municípios a decretar estado de emergência”.

Tereza Paim ainda destaca que seis casos da variante ômicron foram identificados em pessoas que estavam em navios atracados no porto de Salvador. No total, há 12 casos de ômicron no Estado.

O Secretário de Turismo reafirmou o posicionamento exposto pela Secretária de Saúde. “Só é possível retomar qualquer atividade quando houver protocolo que atenda o atual cenário. Por enquanto não temos isso”, afirma.

Cancelamento
Durante a reunião virtual o diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, informou que a agência preparou uma nota técnica pedindo ao governo federal para cancelar totalmente a temporada de cruzeiros no Brasil, que está suspensa até o dia 21 deste mês. Segundo Alex, a razão é o aumento dos infectados por covid, em comparação com a semana anterior, quando foi pedido a suspensão dos cruzeiros.

O Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, aparentemente seria palco de uma confraternização em breve. Na madrugada desta terça-feira (11), agentes penitenciários encontraram um carregamentos de quitutes em um matagal que fica no fundo do local.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), quando abriram as sacolas, os agentes encontraram um carregamento de itens como chocolates, queijos, presunto, carnes e bebidas alcoólicas, como cervejas e garrafas de uísque.

Ainda segundo a pasta, não foram encontradas drogas e armas entre os pertences que entraram de forma irregular no presídio.

A descoberta do 'kit farra' foi feita por policiais penais que flagraram pessoas de fora do presídio levando os mantimentos para os fundos, onde fica esse matagal. A ideia era que os itens fossem escondidos nos buracos de pavilhões do presídio, para que os detentos pudessem pegar depois.

No primeiro dia do decreto estadual que exige a comprovação da vacinação em bares e restaurantes, a maioria dos estabelecimentos visitados pela reportagem em Salvador ainda não está exigindo o comprovante. Dos dez locais, nos bairros do Rio Vermelho e da Barra, apenas três cumpriam a exigência.

“Nós já estivemos em dois locais, um restaurante e um bar aqui na Barra, e nenhum deles exigiu. Nesse aqui, aconteceu a mesma coisa, ninguém pediu nada. Eu estou com meu cartão de vacina aqui”, conta a turista Ana Dias, que estava em um dos bares que não cumpria o decreto, acompanhada por mais dois amigos, Cristiane Ribeiro e Vítor Bruno.

Antônio Farias, gerente de outro bar e restaurante da Barra, que também não estava fazendo a exigência, explica que não começou a pedir o cartão de vacinação por falta de estrutura no local, que dificulta o controle de quem entra no bar, além de alegar que poderia perder alguns clientes, caso fizesse a exigência a todos.

“Assim, aberto, não dá. Se a prefeitura permitisse que a gente fechasse em torno das mesas, para poder colocar alguém recepcionando na porta, facilitaria, mas sem isso fica difícil, não consigo controlar quem chega e senta nas mesas. Se o garçom vai lá, depois que a pessoa chega, é capaz até de eu perder o cliente por causa disso, então não tem como exigir o comprovante de todo mundo assim”, explicou Antônio.

No Bar Bohemia, no Rio Vermelho, o comprovante de vacinação também não está sendo exigido. Segundo o gerente Alfio Nicosia, o problema está na falta de clareza do decreto que estabelece a ordem. Para ele, não há nenhuma informação de que os bares ao ar livre também tenham que cumprir a medida.

“Pra mim, o decreto não é claro. Eu ainda não entendi se é uma medida para os bares e restaurantes abertos, ou só para os estabelecimentos fechados. Estou entrando em contato com a prefeitura para saber, já mandei e-mail. Concordo com a medida, mas o decreto fala de tudo isso e não fala as circunstâncias do bar”, justificou Alfio.

De acordo com o decreto, a fiscalização do cumprimento das medidas ficará a cargo de cada município. A prefeitura de Salvador informou que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) segue com a fiscalização, mas ainda sem uma ação específica voltada ao decreto estadual publicado nessa terça-feira. A pasta aguarda a atualização do protocolo municipal.

Obedientes
Entre os bares que estão cumprindo o decreto, está o Devassa, no Rio Vermelho. Para fiscalizar se os clientes estão com o cartão de vacina, a dona do estabelecimento, Lais Rodriguez, fica na porta, recepcionando quem chega. “Eu mesma confiro e deixei essa entradinha aqui justamente para isso. Até agora eu não tive problemas, e acho que tem que ser assim mesmo se as pessoas não quiserem que tudo volte a fechar como antes”, diz.

Luís Adrian e João Marcos são enfermeiros, estavam no bar e contam que são clientes fiéis do local. Mesmo assim, já chegaram preparados com o aplicativo do Conecte SUS no celular. “Assim que chegamos ela perguntou se estávamos com o comprovante, mostramos o cartão com as três doses e entramos tranquilamente”, conta Luís Adrian.

O Boteco dos Mares também estava com uma funcionária na porta, recepcionando as pessoas para saber se estava com o comprovante em mãos. Segundo o gerente de atendimento, Sérgio Souza Machado, o dia seguiu tranquilo, apesar da resistência de um dos clientes. “Um turista chegou e disse que não tinha o cartão e que não achava necessário ter, já que ele estava vacinado. Além de não querer apresentar o cartão, foi grosseiro, mas a maioria tem aceitado tranquilamente.”

Outro bar e restaurante que estava cumprindo o decreto estadual foi o Bagacinho Boteco. Quem chegava ao local já era informado da necessidade de mostrar o comprovante, o que não foi nenhum problema para Juliana Costa, Danilo Vilas Boas e Vanessa Duarte. “Eu já estou andando com o cartão há algum tempo e também vi na rede social do bar que aqui estava exigindo, o que é ótimo, porque significa mais proteção para todo mundo. Ter o cartão não é nenhum sacrifício", comentou Danilo.

O Senai-Cimatec conduz um estudo para a elaboração de uma nova vacina contra a covid-19, que entrará em sua primeira fase de testes em humanos ainda agora em janeiro. A tecnologia utilizada no imunizante é a replicon de RNA (repRNA), sendo esse o primeiro a utilizar a técnica a ter uma fase de estudos realizada no Brasil. O replicon RNA é capaz de se autoamplificar e ser reconhecido pelo organismo como RNA mensageiro, que, por sua vez, ensina o corpo a produzir resposta imune contra o vírus.

Desenvolvido pela HDT Bio Corp, empresa de biotecnologia sem fins lucrativos localizada em Seattle, nos Estados Unidas, o imunizante integra um plano de desenvolvimento global que está sendo realizado no Brasil, EUA e Índia, por meio de uma parceria entre três instituições: Senai-Cimatec, HDT Bio Corp e Gennova Biopharmaceuticals (Índia). No Brasil, o desenvolvimento do imunizante conta com o apoio científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). No Cimatec, o projeto está sob a responsabilidade do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde. O estudo de Fase I custará R$ 6 milhões e será aplicada a vacina em 90 voluntários.

A primeira dose da vacina será aplicada às 10h nesta quinta-feira (13) em Salvador, na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Senai Cimatec). O evento contará com a participação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes e será transmitido ao vivo no canal da pasta no YouTube.

O candidato a imunizante, chamado de RNA MCTI CIMATEC HDT, é composto por duas partes: uma molécula de replicon de RNA e uma substância lipídica chamada LION, que ajuda a proteger a molécula do repRNA e faz o transporte até as células-alvo. Uma vez dentro das células, o replicon de RNA é reconhecido como um RNA mensageiro pelos ribossomos, que são estruturas do citoplasma da célula que produzem as proteínas com as instruções trazidas pelo RNA. Os ribossomos iniciam a tradução da mensagem, produzindo inicialmente o replicon, que gera várias cópias de si mesmo e, depois, produz as proteínas Spike do coronavírus. As proteínas são quebradas em pequenos pedaços e expostas ao nosso sistema imunológico que identifica esses fragmentos como algo estranho (antígeno) e, assim, produz anticorpos contra a doença, preparando a nossa defesa para quando o organismo entrar em contato com o vírus.

O médico infectologista e professor titular do Senai Cimatec, PhD em Imunologia e Doenças Infecciosas, Roberto Badaró, explica que a proteína lipídica LION permite que o imunizante contenha, por exemplo, as cinco variantes da Covid-19, fazendo com que a pessoa produza uma resposta imune semelhante à resposta produzida pela vacina tetravalente, que protege o organismo contra quatro doenças.

A vacina se encaixa na quarta geração de imunizantes, que é quando é utilizado o replicon de RNA. Badaró afirma que a primeira geração são as vacinas mortas, com o vírus inativado, a exemplo da Coronavac, ou atenuadas, feitas de patógeno vivo enfraquecido e incapaz de produzir a doença em indivíduos imunocompetentes, mas são contraindicadas para gestantes e imunodeprimidos. A segunda geração são as vacinas vetoriais, que utilizam um outro vírus para fazer uma combinação efetiva contra a doença, a exemplo da AstraZeneca, que utiliza o vírus Inflluenza. A terceira geração utiliza a tecnologia de RNA mensageiro, que ensina as células a sintetizarem uma proteína que estimula a resposta imunológica do corpo, como a Pfizer e Moderna.

De acordo com o infectologista, a tecnologia utilizada no imunizante RNA MCTI CIMATEC HDT é uma grande oportunidade para fazer outras vacinas não só para o coronavírus, mas também para o câncer e outras doenças respiratórias. “O impacto na morbidade das doenças que avassalam a humanidade vai ser muito grande, a ciência dá um salto muito grande para criar medicamentos específicos para as pessoas utilizarem”, declara o especialista.

O diretor de Tecnologia e Inovação do Senai Cimatec, Leone Peter Andrade, diz que a nova vacina oferece vantagens e benefícios, pois a tecnologia utilizada permite que o processo produtivo seja rápido e escalonável, utilizando menos componentes e etapas, quando comparada a métodos tradicionais. “Esse projeto permitirá a utilização de uma plataforma tecnológica de ponta para o desenvolvimento de novos produtos de interesse do Brasil”, pontua. “A parceria com o Senai Cimatec ajudará a construir novas capacidades de fabricação de vacinas e medicamentos no Brasil, e fornecerá à população do país maior acesso a medicamentos avançados”, ressalta o CEO da HDT, Steve Reed.

O que falta para a vacina chegar no braço do povo?
Desde agosto de 2021, a vacina RNA MCTI CIMATEC HDT obteve autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) para iniciar os estudos clínicos em voluntários. Em parceria com a empresa Gennova Biopharmaceuticals, na Índia, o imunizante já foi administrado em 120 indivíduos, com segurança comprovada, permitindo o avanço do desenvolvimento clínico para Fases II e III em 35 centros do país.. Nos Estados Unidos, o ensaio clínico de Fase I também foi iniciado neste mês de janeiro, com a participação de 78 voluntários.

O estudo para a nova vacina começou a ser desenvolvido logo após o começo da pandemia da Covid-19 e foram feitos os ensaios pré-clínicos, em que foram feitos testes em animais, a exemplo camundongos, coelhos e macacos. A Fase I dos estudos tem por objetivo avaliar a segurança e reatogenicidade do imunizante, que é a capacidade de gerar algum efeito adverso, como febre, dor no corpo ou dor de cabeça. Além disso, também será avaliado se a vacina tem capacidade de produzir células de defesa, anticorpos.

Isso quem explica é a líder técnica do projeto no SENAI CIMATEC, farmacêutica e PhD em Biotecnologia, Bruna Machado. Na segunda etapa do estudo, que irá começar depois de três meses finalizada e feita as análises dos dados da Fase I, continuará sendo avaliada a segurança do imunizante e a eficácia em um grupo maior, com 400 voluntários. Na fase III será utilizado um grupo de 3 a 5 mil indivíduos para verificar com prioridade a eficácia do novo imunizante. “Isso tudo deve durar cerca de 10 a 12 meses para então conseguir, junto a Anvisa, o registro desse produto no Brasil para que ele possa ser utilizado como um produto comercial e incluído do Plano Nacional de Imunização”, destaca Bruna.

Senai Cimatec busca voluntários para estudo em Salvador
Para conduzir a primeira fase de estudos clínicos com voluntários para teste de uma vacina contra a covid-19, o SENAI CIMATEC procura pessoas interessadas em participar dos testes em Salvador. Todos os participantes da pesquisa serão acompanhados pela equipe médica do estudo.

Vale ressaltar que podem participar voluntários de todo Brasil, tanto homens quanto mulheres. Além disso, para se voluntariar, é preciso ter de 18 a 55 anos, não ter sido infectado com a Covid-19 e não estar imunizado com a vacina contra o vírus ou estar imunizado com duas doses.

Os interessados devem preencher um formulário no site. Também é possível entrar em contato com o SENAI CIMATEC por ligação ou mensagem via WhatsApp (71) 98643-6135, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.