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Bahia com Tudo

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A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou, nesta terça (9), o Projeto de Lei que autoriza um empréstimo de R$ 500 milhões do Banco do Brasil à Embasa para investimentos em saneamento na Bahia.

A sessão legislativa virtual foi comandada pelo presidente da casa, o deputado Adolfo Viana e contou com apoio de deputados do governo e da oposição. Apenas os deputados Soldado Prisco e Capitão Alden votaram contra.

De acordo com a concessionária de serviços de saneamento básico, o empréstimo tomado junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 500 milhões, será aplicado na realização de obras de ampliação ou implantação de sistemas de esgotamento sanitário nos municípios de Serrinha, Barra do Choça, Capim Grosso, Riachão do Jacuípe, Ruy Barbosa, Amargosa, Conceição do Coité e Jequié.

Adolfo Viana disse que o projeto vai permitir investimentos em saneamento para populações carentes.

“São investimentos vitais para o desenvolvimento econômico e social. Água é bem público, assunto de segurança nacional, e a Embasa precisa investir para fornecer água potável de maneira regular e eficiente, principalmente para as populações mais carentes da Bahia, inclusive contando com a aprovação de 61 dos 63 deputados da Casa”, disse.

O prefeito de Candeias, Dr. Pitágoras, se reuniu com os representantes da Cooperativa de Transporte Alternativo de Candeias, na tarde desta segunda-feira (08), para discutir pautas do sistema, principalmente em relação aos problemas causados pela pandemia.

Como medida de auxílio ao transporte, o prefeito anunciou a isenção da taxa do alvará e da vistoria para o ano de 2021 e também a exclusão por dia de juros e multas das dívidas do exercício de 2020. Foi acordado ainda, a intensificação das fiscalizações relacionadas aos transportes clandestinos de lotação.

O prefeito rejeitou a proposta de aumento das passagens neste momento de crise econômica, alta de preços e desemprego.

Durante a reunião foi destacado que os cuidados no transporte público devem ser redobrados com a intensificação da higienização diária dos veículos e controle de lotação.

Também estiveram presentes na reunião a vice-prefeita, Marivalda da Silva, o secretário de Transporte, Emerson Nino, o chefe de gabinete, Filipe Magno, o secretário de Fazenda, Camilo Pinto, e os associados Robério Gomes, Ariosvaldo Ribeiro.

O comércio de Feira de Santana vai funcionar em escalonamento a partir dessa quarta-feira (10). O esquema vai funcionar desta forma até sexta-feira (12), quando começa o lockdown na cidade e se estende durante o final de semana.

Além disso, a cidade também continua com o toque de recolher em vigor, que começa às 20h. A proposta de fazer um escalonamento é reduzir o número de passageiros nos ônibus nos horários de pico.

Veja a divisão:

Grupo A - das 8h às 17h
Auto peças e Oficinas,
Locadoras e Consorssionárias
Oticas e Relojolherias e Bijouterias
Eletrodomesticos, Móveis, Colchões
Artigo de festas e Bomboniere
Cosmético e Perfumaria
Artigo Eletrônico e Informática
Embalagens e Limpezas
loja Conveniência e Floristas
Feiraguay Box nº PAR

Grupo B - das 9h às 18h
Material de Construção
Armarinho e Utilidade do lar
Cama e Mesa e Tecidos
Vestuário, Moda e Artigo Esportivo
Calçados e Bolsas e Acessórios
Artigo Escritórios e Papelaria
Despachantes e Corretoras
Barbearia e Salão de beleza
Feiraguay Box nº IMPAR


Grupo C
Shopping das 11h às 19h
Centro Abactecimento das 4h às 15h
Shopping Cidade das Compras das 8 h às 16h
Galerias e MAP e Galpão Arte das 9h às 16h

Grupo D - Horário Normal
Industrias Geral/ Construção Civil
Açougue, abatedouros e peixarias
Transportadoras, Segurança e TI
Bancos, lotéricas
Clínicas e laboratórios
Fertilizantes e Produtos Veterinária

Grupo E - Horário Normal
Padarias e Supermercados e Farmácia
Postos Gasolina e Borracharias
Ração Animal e Distribuidora Água e Gás

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, o desembargador Lourival Almeida Trindade, suspendeu nesta segunda-feira (08), a liminar concedida pelo por um juiz de Luís Eduardo Magalhães, que permitia o funcionamento do comércio local e outras atividades consideradas essenciais, contrariando assim as determinações do decreto estadual que estabelece o toque de recolher em todo o estado, e que tem validade até 1º de abril.

O pedido foi impetrado pela Associação Comercial e Industrial de Luís Eduardo Magalhães (ACELEM). Em defesa do Estado, a Procuradoria Geral alegou que "a decisão potencializa e estimula a exposição das pessoas aos vírus em horários nos quais os critérios técnicos considerados pela administração do estado, e a própria razão comum das coisas, recomendam que elas estejam recolhidas. Dessa forma, a decisão provoca danos não somente aos que dela se queiram favorecer, mas, também, às incontáveis pessoas que, direta ou reflexamente, estarão submetidos aos efeitos do contágio, e ainda mais ao sistema geral de saúde pública, cujo colapso será iminente, caso não sejam sustentadas as providências de enfrentamento."

Em seu despacho o desembargador deixa explícito que “torna-se inteligível, portanto, que, na espécie nodal, o município de Luís Eduardo Magalhães, ao flexibilizar as medidas restritivas estaduais, atuou, contrariamente às medidas restritivas de circulação, prefiguradas pelo Estado da Bahia, justamente, neste cenário lúgubre e sombrio da pandemia do Covid-19, em o qual se espera uma atuação coordenada e harmônica, entre os gestores públicos, observando-se o federalismo cooperativo e a prevalência das medidas mais protetivas aos direitos fundamentais”, pontuou.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu abrir um canal de direto com o governo chinês para pedir "um olhar amigo, humano, solidário" em prol da vacinação em massa de brasileiros. Em carta ao embaixador da China no País, Yang Wanming, Lira lembra que "o governo brasileiro não é apenas o Executivo, mas também o Legislativo e o Judiciário" e destaca que as relações entre as duas nações "nunca foram nem poderão ser afetadas pelas circunstâncias, pelas ideologias, pelos individualismos".

Ao longo da gestão Bolsonaro, o governo e os filhos do presidente vêm colecionando ataques e ofensas a autoridades do país asiático. Em janeiro, insumos farmacêuticos para a produção de vacinas contra a covid-19 ficaram presos na China por problemas diplomáticos. Com a falta de interlocução oficial do chanceler brasileiro com os chineses, outros agentes do governo e também o Congresso entraram em campo para abrir diálogo e resolver os impasses.

Nesta segunda-feira, 8, Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, discutiram com os governadores brasileiros uma estratégia de enfrentamento ao recrudescimento da covid-19 no País. Entre as demandas dos chefes estaduais está a criação de uma frente que possa decidir sobre os rumos da imunização contra a doença sem depender da ação do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro, criticada por membros deste grupo como aquém do necessário para o momento.

"Os interesses permanentes dessas duas grandes nações nunca foram nem poderão ser afetados pelas circunstâncias, pelas ideologias, pelos individualismos. Mas apenas e tão somente pelo interesse nacional e pelo bem-estar dos nossos povos", destaca Lira na carta.

Na mensagem, Lira ressalta que o Brasil passa por um momento de "grande angústia". Já são mais de 265 mil mortes no País decorrentes da covid-19. "Faço esse apelo para que salvemos vidas de brasileiros, brasileiros que alimentam e salvam vidas de chineses com nossa produção agrícola", disse. "Se nós não vacinarmos em massa a população brasileira, não sairemos dessa situação grave da pandemia. É importante que tenhamos acesso a todas as vacinas produzidas no mundo. Em nome da Câmara, eu reafirmo este apelo, e que nós encontremos bilateralmente uma solução mais rápida para dar essa resposta ao Povo brasileiro".

Veja a íntegra da carta:

"Carta ao embaixador da China, Yang Wanming:

O governo brasileiro não é apenas o Executivo, mas também o Legislativo e o Judiciário. Portanto, também em nome do governo brasileiro, como presidente da Câmara, gostaria de reafirmar os compromissos permanentes com o governo da República Popular da China, em favor dos interesses dos nossos povos.

Quero dizer que os interesses permanentes dessas duas grandes nações nunca foram nem poderão ser afetados pelas circunstâncias, pelas ideologias, pelos individualismos. Mas apenas e tão somente pelo interesse nacional e pelo bem-estar dos nossos povos. A China é nosso maior parceiro comercial e o Brasil respeita a China, que merece o nosso reconhecimento assim como eu tenho certeza que a China respeita o nosso Brasil.

Neste contexto, embaixador, que eu me dirijo ao governo chinês neste momento de grande angústia para nós brasileiros, para que nossos parceiros chineses tenham um olhar amigo, humano, solidário e nos ajudem a superar a pandemia, oferecendo os insumos, as vacinas, todo o apoio que este grande parceiro da China precisa neste grave momento. Nós sempre estivemos juntos. E sempre estaremos. E esta solidariedade só irá reforçar os laços dos nossos povos, dos nossos interesses e das nossas nações mais do que nunca em nossas histórias.

Faço esse apelo para que salvemos vidas de brasileiros, brasileiros que alimentam e salvam vidas de chineses com nossa produção agrícola. É com compreensão, diálogo e respeito, solidariedade mútua, que iremos reforçar cada vez mais nossos laços. Se nós não vacinarmos em massa a população brasileira, não sairemos dessa situação grave da pandemia. É importante que tenhamos acesso a todas as vacinas produzidas no mundo.

Em nome da Câmara, eu reafirmo este apelo, e que nós encontremos bilateralmente uma solução mais rápida para dar essa resposta ao Povo brasileiro.

Arthur Lira

Presidente da Câmara dos Deputados".

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu levar a ação de suspeição contra o ex-juiz Sergio Moro ao plenário da 2ª Turma da corte. O caso deve ser julgado ainda nesta terça (9) e, ao que tudo indica, o 'juiz da Lava Jato' deve condenado. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Se isso de fato ocorrer, todas as provas colhidas nos processos contra Lula que tramitaram na 13ª Vara Federal de Curitiba ficariam anuladas. E toda e qualquer investigação contra ele teria que recomeçar do zero.

As condenações contra o ex-presidente já tinham sido canceladas nessa segunda (8), por determinação do ministro Edson Fachin. Ele considerou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, berço da Operação Lava Jato, não tinha competência para julgar o petista. Com isso, Lula retomou seus direitos políticos e poderá disputar eleições.

Fachin, no entanto, não anulou as eventuais provas coletadas contra o ex-presidente nos processos comandados por Moro. O ministro determinou que as ações contra o petista fossem enviadas à Justiça Federal do Distrito Federal. E disse que o juiz que será sorteado para os novos julgamentos de Lula poderia decidir se usaria, ou não, as provas que já integram os processos.

Isso facilitaria uma nova condenação de Lula em curto espaço de tempo, já que não seria necessário ouvir de novo todas as testemunhas nem buscar novos documentos que corroborassem as acusações.

Ou seja, os processos já chegariam ao novo juiz prontos para novas sentenças. E novas condenações que, se confirmadas em segunda instância até 2022, voltariam a deixar Lula inelegível. Por isso o julgamento de Moro nesta terça (9) é considerado crucial para o ex-presidente.

Uma eventual condenação por suspeição pode ter impacto também sobre todos os processos comandados pelo ex-juiz em Curitiba, levando a uma anulação em massa de processos da Lava Jato no Supremo.

Condenações
Hoje com 75 anos, Lula tinha sido condenado em duas ações penais, por corrupção e lavagem de dinheiro, nos casos do tríplex de Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP). Por causa delas, ele estava enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não poderia ser candidato.

A primeira condenação de Moro a Lula, no caso do tríplex, foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) em janeiro de 2018.

O ex-juiz tinha determinado uma pena de 9 anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os desembargadores elevaram a pena para 12 anos e um mês de prisão.
O STF, pouco depois, votou um habeas corpus de Lula e afirmou que condenados em segunda instância poderiam ir para a prisão, permitindo que Lula fosse encarcerado.

Mais de 1 ano na prisão
O petista passou 580 dias na prisão. Em novembro de 2019, o STF mudou o entendimento e afirmou que ninguém pode ser preso antes de sentença transitada em julgado, ou seja, apreciada pelas cortes superiores até o último recurso. E Lula foi solto.

Ele passou então a aguardar em liberdade a finalização dos processos a que responde. E sua defesa insistiu no julgamento da suspeição de Moro.

Os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, que defendem Lula, apontam sete fatos que comprovariam a suspeição de Moro. Entre eles estão a condução coercitiva de Lula para depor, em 2016, e a divulgação de áudios interceptados ilegalmente, da então presidente Dilma Rousseff e dos próprios defensores.

As mensagens divulgadas no escândalo da Vaza Jato, de conversas que mostrariam a proximidade do ex-juiz com procuradores da força-tarefa de Curitiba, não foram incluídas na argumentação dos advogados, apesar de amplamente divulgadas na imprensa. As informações são da Folha.

Vitamina C, vitamina D, extrato de própolis e ivermectina. Essa é a lista de medicamentos que os farmacêuticos de Salvador se acostumaram a ouvir na pandemia do novo coronavírus e que, com o aumento do número de casos positivos e o pré-colapso nos sistemas público e privado de saúde, tem sido solicitada ainda mais vezes no balcão das farmácias espalhadas ao redor da cidade.

O grupo de medicamentos que, além de não ter comprovação científica de eficácia contra a covid-19, dispensa a necessidade de receituário na compra, virou o queridinho dos cidadãos que têm a expectativa de diminuir a possibilidade de ser infectado com tratamento precoce, mais uma hipótese descartada por autoridades médicas como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que já reafirmou que a única forma de se precaver para o vírus é a prevenção, com a utilização de máscaras, lavagem constante das mãos e o distanciamento social.

No entanto, justamente por não precisarem de receitas para adquirir esses medicamentos e pelo fato desses artigos serem conhecidos pelo fortalecimento da imunidade no caso das vitaminas e do própolis e combatentes de vermes no caso da ivermectina, soteropolitanos têm ido às farmácias em busca deste grupo de remédios. Sem arriscar uma porcentagem de crescimento, farmacêuticos e gerentes ouvidos pelo CORREIO afirmaram que, nas últimas semanas, é clara a existência de uma demanda ainda maior pelo grupo, que já havia superado, em procura, remédios para dor e febre - antes líderes em buscas na farmácia - e que, com o aumento massivo de casos, chegam a estar em falta no estoque de alguns estabelecimentos.

Pedidos sem fim
Jaime Neves é farmacêutico da Ultra Econômica, localizada no bairro de Brotas afirma, e afirma que os polivitamínicos, o própolis e a ivermectina nunca foram tão procurados nas últimas semanas. Segundo ele, mesmo tendo efeitos desmentidos pelas autoridades em saúde, os remédios acompanham os números de casos positivos. Quanto mais gente contaminada, mais esse grupo de remédios é solicitado.

"A gente percebeu que, por conta desses boatos e fake news, a procura por vitamínicos e extrato de própolis cresceu muito por estarem relacionados com o sistema imunológico. Ivermectina e cloroquina seguiram o mesmo caminho. Nas últimas semanas, houve um novo disparo na procura por esses remédios. Eles nunca deixaram de ser procurados, mas agora estão saindo como nunca", relata.

O farmacêutico afirmou que não consegue mensurar o tamanho da crescente na procura por esses remédios, mas diz que é seguro dizer que nenhum dos outros medicamentos conseguem superá-los em vendas: "Eu não consigo dizer qual é a taxa de crescimento na saída deles aqui, não posso precisar porque teria que analisar em um gráfico para ser mais exato. Porém, é fácil dizer que eles são os mais vendidos, com uma diferença grande", diz.

Outro que não se arrisca para pôr em números o crescimento da procura é Uelinton Ferreira, gerente da da farmácia Super Ideal, localizada em Nazaré. Mas ele garante que o grupo é, de fato, o mais procurado pelos clientes. "O que a gente tinha percebido é que esses remédios estavam sendo bem procurados, mas de uma maneira que é comum à pandemia. Agora, a demanda por eles cresceu bastante ultimamente. Os remédios como as vitaminas, que são receitados por alguns médicos para aumentar a imunidade contra a covid-19, saem muito. Estes estão no mesmo patamar da procura por antigripais e também da ivermectina", garante.

Compras não param
Se seguir o ritmo do número de novos casos de covid-19, a venda desses remédios tende a aumentar. Até porque pessoas como Ramon Andrade, 39, que tem nos polivitamínicos uma de suas maiores esperanças para evitar a covid-19. "Se fortalece a imunidade, logo vai me servir pra ficar longe do vírus e poder trabalhar em paz, sem chance de pegar o vírus. Como é que ele fortalece a imunidade, mas não é bom contra o vírus?", afirmou o cidadão após ser questionado pela reportagem do CORREIO sobre o fato das vitaminas não terem eficácia comprovada pela ciência para evitar a contaminação pelo vírus.

Outra cliente, que não quis se identificar, também vai pelo mesmo caminho de Ramon. Ela, que estava comprando Ivermectina, acredita que, se o remédio é um vermífugo, ele pode ser importante também para barrar a entrada do vírus em seu organismo. "Por que não pode ser eficiente? A Ivermectina é boa para matar verme no organismo da gente e pode sim ser um tratamento pra covid-19 não pegar a gente. Tem até médico que receita ela", disse a cliente, que discorda dos posicionamentos de autoridades em saúde que já reafirmaram a inutilidade da Ivermectina no combate ao vírus.

Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) apontou que 48% dos consumidores de suplementos aumentaram o uso durante a pandemia. Chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzaneseo, Daniel Magnoni afirma que a demanda de vitaminas cresceu bastante em seu consultório.

“As pesquisas mostram que a pandemia impulsionou a busca por suplementos, não só visando à imunidade, mas também à prevenção de doenças e dores crônicas, mobilidade e falta de disposição. É importante separar o que realmente tem comprovação científica das fake news”, afirma Dr. Magnoni.

O uso das vitaminas e similares também é acompanhado de tentativas mais naturais. A dona de casa Renildes Fernandes testou positivo para o coronavírus em outubro de 2020 - pouco tempo depois de fazer uma bateria de exames que apontaram um grande déficit vitamínico em seu corpo. Ela passou todo o período da doença isolada em casa.

Durante esse período, tomou vitamina C e D, além dos mais diversos sucos: de abacaxi com hortelã, ou uma vitamina batendo couve, laranja, limão, maçã, cenoura e um pedacinho de gengibre. Seu filho, Igor, também é obrigado a tomar.

"Eu sou diabética e hipertensa. Tinha uma alimentação daquele jeitinho brasileiro que não liga pra nada. Depois da pancada, eu vim acordar e perceber que precisava viver mais um pouco. Então a gente vai se cuidando como pode", disse Dinha.

É possível encontrar pessoas que aliam remédios sem receitas às fórmulas naturais em todo canto da cidade. Dona Dinha mora no Engenho Velho da Federação. Em Brotas, a corretora Suzana Soares, 63, também faz os seus chás, toma vitamina C e convida, delicadamente, que as duas filhas façam o mesmo. Já no bairro de São Marcos, a massoterapeuta Nadjane Santana segue pelo mesmo caminho, e tem a companhia do maridão.

É sempre bom reforçar que nenhuma dessas medidas, naturais ou não, possuem eficácia comprovada contra o coronavírus. A médica nutróloga Mariana Sampaio afirma, no entanto, que um estilo de vida saudável, uma boa alimentação e uso de substâncias indicadas por um profissionail de saúde para melhorar a imunidade são bem-vindos. Desta maneira, os anticorpos da pessoa ficam mais preparados para combater todo tipo de infecção e pode diminuir eventuais debilidades que o vírus deixa no organismo.

Para o infectologista Matheus Todt, a compra desses medicamentos pode, inclusive, desviar o foco do que é mais importante. "Não existe medicamento que trate ou previna a covid-19, não há eficácia comprovada que justifique o uso em nenhuma substância farmacológica para o vírus. Além disso, têm efeitos colaterais e podem terminar iludindo as pessoas, que começam a achar que não pegam a doença e passam a ter mais displicência nos cuidados básicos como o uso de máscara e distanciamento que são as maneiras eficientes de se proteger contra a covid-19", afirma.

Risco à saúde

A automedicação pode causar sérios problemas de saúde, como o noticiado pelo CORREIO, dos casos de hepatite causados por Ivermectina que assustam hepatologistas em Salvador. Houve caso de profissionais que em mais de três décadas de trabalho como hepatologista, havia atendido dois pacientes com lesões no fígado provocadas por Ivermectina e nos últimos cinco meses receberam quase dez pessoas. Todas ingeriram doses excessivas do remédio – cinco delas com prescrição médica.

É justamente esse uso excessivo dos medicamentos que preocupa os farmacêuticos. Magno Teixeira, presidente do Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia (Sindifarma), acredita que quem toma muitas doses dessas substâncias em um curto espaço de tempo, o que não é recomendado, principalmente, no caso da Ivermectina, pode sofrer com efeitos colaterais. "As pessoas usam o polivitamínico com a ideia de fortalecer o sistema imunológico, mas a questão é que esse fortalecimento não é rápido. Isso vem com o tempo, aos poucos, junto com atividades físicas e alimentação saudável regular. No caso, a Ivermectina, além de não ter efeito, pode causar efeitos colaterais porque, ao invés de usar uma vez a cada 15 dias, as pessoas usam diariamente, o que pode causar um efeito colateral significativo", afirma.

Procurado pela reportagem do CORREIO, o Conselho Regional de Farmácia (CRF), endossou a não existência de substâncias farmacológicas que sejam eficazes contra a covid-19. "Até o momento, não há nenhum tipo de medicamento que previna a infecção causada pelo novo coronavírus, com exceção da vacinação. Medidas individuais não farmacológicas são muito importantes para prevenir a covid-19, como o uso de máscara, distanciamento social e boa higiene das mãos", escreve.

Uma grande preocupação quando se fala do fechamento total do comércio e lockdown rígido como o visto em países europeus e asiáticos é relacionada à economia: prefeitos e governador da Bahia assumem que a economia local é frágil, extremamente dependente do comércio informal e um fechamento total significaria um total colapso na vida de muitas pessoas.

A decisão, portanto, é chegar a um meio termo. O comércio não essencial segue fechado em Salvador e Região Metropolitana até o próximo dia 15 de março. O decreto pode ser prorrogado e é isso que deve acontecer, pelo menos até as taxas de ocupação nos leitos de UTI chegarem a 80%. Salvador fechou esta terça-feira com 85% de ocupação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Prefeito da cidade, Bruno Reis afirmou que essa reabertura será escalonada para evitar aglomerações nas ruas e, principalmente, no transporte público. À TV Bahia, Bruno explicou que um plano de retomada está sendo elaborado e prevê que cada atividade econômica funcione em um horário diferente.

"Estamos planejando um cronograma de retomada com horários alternados. Construção civil funciona num horário, comércio de rua num outro horário, shoppings e estabelecimentos em outro horário", afirmou.

Governador da Bahia, Rui Costa afirmou que essa é uma medida paliativa, que tenta compreender ao máximo o momento do Estado e dos municípios. "Essa é uma medida paliativa porque nós temos uma economia frágil, um país que vem em recessão há cinco anos e uma região que tem um grau de informalidade no emprego muito alta. É um parâmetro que dá opção de oferecer dignidade a quem precisa de um leito e também evita que se chegue a um colapso no sistema de saúde", afirmou.

Medidas
Ainda nesta semana, a Prefeitura vai abrir um outro hospital de campanha, o quinto de Salvador. O hospital terminou de ser montado no bairro de Itapuã e agora parte para as fases de instalação de equipamentos, contratação e treinamento de pessoal. Todo esse processo deve ser finalizado na sexta-feira, quando o hospital deve iniciar a receber os primeiros pacientes.

Bruno Reis alerta que uma hora o poder público ficará sem alternativa e sem condições financeiras de abrir mais vagas. Uma outra preocupação é quanto à montagem de equipe para atuar na linha de frente, já que muitos profissionais já estão exaustos ou com toda a sua carga horária comprometida.

""Só o isolamento social vai diminuir a taxa de aceleração, a taxa de transmissão do vírus. E vai permitir que o sistema que nós montamos tenha condições de suprir", afirmou o prefeito.

O número de leitos na cidade cresceu na segunda onda do coronavírus. Durante a primeira, em seu auge, a cidade chegou a 228 leitos de UTI e 271 de enfermaria. Hoje, já são 256 de UTI e 309 de enfermaria. O hospital de campanha em Itapuã acrescenterá mais 10 leitos de UTI e 40 de enfermaria.

A Bahia registrou 1.413 novos casos da Covid-19 nas últimas 24h, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (8) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). De acordo com a Sesab, 102 óbitos foram contabilizados.

Apesar de terem sido registrados no boletim desta segunda, as mortes aconteceram em datas diversas. Na Bahia, 12.632 pessoas morreram vítimas da doença, desde o início da pandemia.

Segundo o levantamento, no mês de março, o dia com o maior número de óbitos foi sábado (6), com 21 mortes contabilizadas. [Veja o levantamento abaixo]

De acordo com o boletim, 715.418 casos de Covid-19 foram registrados desde o início da pandemia no estado. A Sesab informou ainda que o número de casos ativos na Bahia é de 19.357.

Ao todo, 43.712 profissionais da saúde foram diagnosticados com a doença.

O boletim informa também o número de vacinados na Bahia. Segundo a Sesab, 558.858 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, dos quais 172.854 receberam também a segunda dose até as 15h desta segunda.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta segunda.

O boletim completo pode ser acessado no site da Sesab e por uma plataforma disponibilizada pela secretaria.

Leitos Covid-19
De acordo com o boletim desta segunda, dos 2.375 leitos ativos na Bahia, 1.832 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 77%.

Desses leitos, 1.175 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 86% (1.015 leitos ocupados). A taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátrica é de 72%, com 26 das 36 unidades em utilização.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 68% da ocupação, e a pediátrica tem ocupação de 73%

Na capital baiana, dos 1.179 leitos ativos, 1.003 estão com pacientes internados. A taxa de ocupação geral é de 85%. A taxa de ocupação da UTI adulto é de 85% e a pediátrica de 70%.

Os leitos clínicos para adulto estão com ocupação de 86%. Já nos leitos pediátricos, a ocupação é de 84%.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!", escreveu o deputado em suas redes sociais.

O posicionamento causou supresa ao público, já que Lira foi eleito presidente da Câmara com apoio direto do presidente Jair Bolsonaro. Com a decisão de Fachin, a suspeição sobre a conduta do juiz Sérgio Moro — que é acusado de ter agido parcialmente na operação Lava Jato — é extinta.

Entenda
Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.

A decisão atinge o recebimento de denúncias e ações penais. Com o veredito, o petista recupera os direitos políticos e volta a se tornar elegível.