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Bahia com Tudo

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Os cemitérios municipais de Salvador adotarão um protocolo diferente para o feriado do Dia de Finados, comemorado na próxima segunda-feira (2). Como é habitual que pessoas visitem seus familiares falecidos e prestem homenagens, os equipamentos terão algumas regras novas, por conta da pandemia do coronavírus.

De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), em razão da pandemia, este ano os cemitérios municipais não terão programação especial para o Dia de Finados. O funcionamento será a partir das 8h, até o último horário agendado.

Em casos de sepultamentos de pessoas que não morreram de Covid-19, a recomendação é de que o número de familiares seja limitado até 10 pessoas durante a cerimônia, excluindo a participação de familiares e amigos acima de 60 anos e abaixo de 12 anos, além de pessoas com problemas respiratórios em qualquer idade. Outra medida importante é que o caixão deverá permanecer fechado durante todo o velório, com duração máxima de 10 minutos. No caso de morte por coronavírus, não há velório e a urna funerária é levada diretamente para a sepultura.

Nos cemitérios, também será obrigatório usar máscaras e manter o distanciamento social. Além disso, os espaços passarão por capinação e limpeza das unidades a cada 40 dias. Nos dias de sepultamentos por Covid-19, as equipes realizam a desinfecção de todos os espaços.

Agendamento
Para agendar sepultamentos em qualquer um dos 10 cemitérios municipais, é necessário ligar para os telefones (71) 3322-1037 ou (71) 3202-5429. As unidades ficam em Brotas, Itapuã, Pirajá, Plataforma, Periperi, Paripe e quatro deles localizados nas ilhas de Bom Jesus, Maré, Paramana e Ponta de Nossa Senhora.

Nesta terça, 29, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que, em parceria com o WhatsApp, recebeu, em um mês, 1 020 denúncias de disparos de mensagens em massa com características de conteúdo eleitoral - uma média de 34 por dia. A prática foi proibida na campanha deste ano pela Justiça Eleitoral.

As denúncias envolvem 720 contas ativas do aplicativo, das quais 256 foram banidas (35%). O conteúdo de desinformação encontrado na campanha deste ano se refere, principalmente, a notícias falsas sobre urnas eletrônicas e mentiras que já circulavam em 2018 e retornaram agora na plataforma como "fake news recicladas".

O disparo em massa é considerado ilegal e passível de punição por desequilibrar as eleições. Pode render multa e servir de prova, em investigação posterior e processo judicial, para cassação de mandatos.

Mais de 80% das contas denunciadas ao TSE já haviam sido retiradas pelo WhatsApp, que possui um sistema próprio para identificar usos inautênticos. Em setembro, o WhatsApp baniu 100 mil contas no Brasil por comportamento abusivo, não necessariamente ligado às eleições. Um comportamento suspeito é a velocidade alta do disparo de mensagens para várias contas adicionadas recentemente. O mecanismo é visto como indício de automação.

Os números divulgados ontem fazem parte de um balanço parcial do TSE e do aplicativo. As denúncias foram coletadas entre 27 de setembro e a segunda-feira passada por meio de um canal virtual aberto pelo TSE para cidadãos. É a primeira vez que um sistema do tipo funciona durante as eleições.

A checagem de que as denúncias são referentes a conteúdos relacionados às eleições de 2020 é apoiada, por enquanto, na autodeclaração de cidadãos, que fazem um relato do conteúdo recebido em um formulário do tribunal.

'Sob controle'
"O TSE está comprometido em reprimir comportamentos inautênticos, não busca reprimir manifestação legítima que tenha pequenos erros ou informações incorretas. Nosso foco não é na mensagem, mas no comportamento", disse a secretária-geral do TSE, Aline Osório. Ela avalia que a desinformação vinculada às eleições municipais está, momentaneamente, "sob controle".

Para abrir investigações, os metadados dessas contas ainda precisam ser encaminhados ao Ministério Público Eleitoral. O diretor de Políticas Públicas do WhatsApp, Dario Durigan, disse que a plataforma vai armazenar os registros de comportamento suspeito para compartilhar com investigadores.

A Bahia registrou 27 mortes e 1.990 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (28). No mesmo período, 1.714 pessoas foram consideradas recuperadas da doença (+0,5%).

Dos 349.711 casos confirmados desde o início da pandemia, 334.760 já são considerados recuperados e 7.405 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador: pouco mais de 1 em cada 4 casos são na capital (26,26%).

Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (8.424,76), Almadina (6.570,28), Itabuna (6.504,46) Madre de Deus (6.452,38), Apuarema (6.098,23).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 713.055 casos descartados e 84.321 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (28).

Na Bahia, 28.760 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 27 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 7.546, representando uma letalidade de 2,16%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,00% ocorreram no sexo masculino e 44,00% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,29% corresponderam a parda, seguidos por branca com 17,74%, preta com 15,11%, amarela com 0,76%, indígena com 0,11% e não há informação em 11,99% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,95%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,78%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

O apresentador Tiago Leifert amanheceu nesta quarta-feira (28) com motivos para celebrar. Nasceu a primeira filha do global, fruto do relacionamento com a jornalista Daiana Garbin.

A novidade foi contada por Leifert no início da tarde em suas redes sociais. A pequena Lua nasceu no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “Lua nasceu! Obrigado pelo carinho! Mamãe e Lua estão ótimas!”.

Nos comentários, anônimos e celebridades parabenizaram o apresentador pela paternidade. “Parabéns!!!! Que a linda e abençoada Lua ilumine com mais amor e alegrias a vida de vocês”, escreveu Ana Furtado, colega de emissora.

Atualmente o apresentador comanda o The Voice Brasil, que está na fase das audições às cegas e já foram gravadas. Leifert terá tempo suficiente para aproveitar a pequena antes de dar início a fase das batalhas ao vivo.

Após forte reação contrária, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu nesta quarta-feira (28) revogar o decreto que autoriza estudos para conceder as Unidades Básicas de Saúde (UBS) à iniciativa privada. A medida foi vista como o início da privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das criticas, o Palácio do Planalto recuou e admitiu que o texto estava equivocado. Internamente, segundo o Estadão apurou, a falha no decreto foi atribuída à ausência de alinhamento entre os ministérios da Economia e da Saúde.

A determinação agora é que o texto seja revisto. A revogação será publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Bolsonaro confirmou a revogação do decreto no Facebook, mas defendeu a proposta. "Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) inacabadas. Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal", destacou. Na publicação, ele se referiu ao caso como a "o SUS e sua falsa privatização".

Na publicação, ele se referiu ao caso como a "o SUS e sua falsa privatização". Bolsonaro ainda afirmou que o espírito do decreto tinha como objetivo o "término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União". Segundo o decreto, assinado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, os estudos sobre as UBS deverim avaliar "alternativas de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios".

Além disso, o decreto dizia que a finalidade dos estudos será a "estruturação de projetos pilotos". Em nota, o Ministério da Economia afirmou que o "principal ponto do projeto é encontrar soluções para a quantidade significativa de Unidades Básicas de Saúde inconclusas ou que não estão em operação no País". Além disso, a pasta afirma que o PPI irá trabalhar com o Ministério da Saúde e o BNDES na definição de diretrizes e na seleção de "municípios ou consórcios públicos" interessados.

Em nota divulgada pouco antes do anúncio da revogação do decreto, o Ministério da Economia afirmou que as UBSs "seguirão sendo 100% gratuitos para a população". Ainda de acordo com a pasta de Paulo Guedes, as obras inacabadas consumiram R$ 1,7 bilhão de recursos do SUS.

Ao menos oito projetos de decreto legislativo (PDL) - medida capaz de sustar a decisão presidencial - foram apresentados no Congresso desde a publicação da decisão do governo na manhã de terça, 27, até o início da tarde desta quarta-feira. Os pedidos são assinados pelo PT, PSB, PSOL, Rede, Cidadania e PCdoB, esse último com a assinatura do deputado Márcio Jerry (MA), coordenador da Frente Parlamentar do Sistema Único de Saúde (SUS). Para as legendas, a medida é o sinal do início de uma privatização da rede.

 

Após uma disputa política envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Dória, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quarta-feira (28) a importação de matéria-prima para produção de 40 milhões de doses da CoronaVac, vacina chinesa que deverá ser produzida pelo Instituto Butantan. As informações são do G1.

Na semana passada, a Anvisa já tinha liberado a importação de 6 milhões de doses da vacina, que já chegarão ao Brasil envasadas e prontas para o uso.

A CoronaVac está atualmente na terceira fase de testes. A Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pela vacina, ainda não obteve o registro para aplicação do imunizante no Brasil.

Até momento, apenas dados parciais animadores referentes à segurança da vacina foram apresentados pelo governo de São Paulo, mas eles não foram enviados ao órgão ou publicados em revistas científicas.

Graças a uma ação de três policiais militares, foi resgatada, na noite desta terça-feira (27), uma família de quatro pessoas que vinham sendo mantidas em cárcere privado. Há cerca de sete meses, uma mulher de 43 anos e seus filhos de 7, 9 e 15 anos estavam presos numa casa de apenas um cômodo na região do Calabar, em Salvador. O companheiro da mulher os mantinha presos sempre que saía para trabalhar e, na operação, o cadeado precisou ser arrombado porque a mãe das crianças não tinha a chave. O homem está sendo procurado.

Comandante da Base Comunitária de Segurança do Calabar (BCS), a capitã Aline Muniz conta que tanto as crianças quanto a mulher relataram acontecimentos que se configuram como violências físicas e psicológicas. A mulher tinha um ferimento na cabeça, proveniente de uma briga com o marido, identificado como Fábio Renato Santos Lopes.

A casa onde estavam tinha condições sub-humanas, com um fogão de lenha improvisado, pouca ventilação, fiação exposta e sem reboco. Ainda segundo a capitã, o imóvel foi cedido à família por um parente, que o solicitou de volta, mas Fábio Renato se negou a entregar. Ele costumava sair para o trabalho e igreja e deixar todos em casa. Antes da pandemia, as crianças frequentavam a escola, mas desde que o ensino foi suspenso elas passaram a ficar trancadas.

“Quando chegamos, éramos duas policiais femininas, e nós sentimos logo que a mulher estava sofrendo violência doméstica. Começamos a conversar e, por medo, ela não contava o que estava passando. Abri a tela de proteção que tinha na grade e enxerguei as crianças. A mãe me disse que tinha nascido no interior e eu perguntei para as crianças onde elas preferiam estar, se era naquela casa ou no interior, e elas foram unânimes em dizer que no interior. Naquele momento, a gente resolveu arrombar o cadeado”, narra a capitã.

Com a entrada e o contato mais próximo, a família passou a se abrir e conversar mais. A mulher contou que há mais de 15 anos não tem contato com a família dela e que vivia sob o medo de apanhar do marido. Mesmo quando ele deixava a chave do cadeado, ela não saía por receio de que ele se irritasse. As situações relatadas foram levando as PMs e a mulher às lágrimas. A guarnição então levou os quatro para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Brotas (Deam) para poder ouví-los, registrar o caso e solicitar a medida protetiva à justiça para que Fábio Renato não se aproxime deles.

As crianças disseram que estavam com fome e a guarnição as levou em seguida para um passeio no MC Donald's. “Aproveitei e perguntei o sonho de cada um. O de sete disse que queria brinquedos. O de 15 anos disse que queria ser policial militar e o de nove anos disse que o sonho dele tinha sido realizado naquele dia, que era sair daquela casa. A gente começou a ver o sorriso no rosto da mãe”, emociona-se a comandante.

A família agora está sob proteção de uma casa de acolhimento municipal. A Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre) informou que está prestando apoio em caráter emergencial e, no local, os quatro estão recebendo atendimento psicossocial. A família também está sendo cadastrada para possíveis encaminhamentos para serviços na rede de garantia de direitos, “a fim de auxiliar a família a superar a situação de risco social com iminência de morte, e adquirir a autonomia necessária para gerir a própria vida sociocomunitária”, afirma o órgão.

De acordo com a Polícia Civil, diligências estão sendo realizadas para localizar o companheiro suspeito do crime. O CORREIO procurou o Conselho Tutelar que atende a região para saber se a instituição foi acionada, mas não teve resposta até a publicação desta matéria.

Moradores do distrito de Corta Mão, zona rural do município de Amargosa, localizado no Vale de Jiquiriçá, no Centro Sul da Bahia, sentiram novos tremores de terra na noite de terça-feira (27), entre 20h e 22h, e madrugada desta quarta-feira (28), por volta das 1h da manhã. O de maior magnitude foi o de 1,8 na escala Richter, o mais forte registrado na região desde a instalação da rede de sismógrafos - equipamentos que monitoram e medem a intensidade de abalos sísmicos. A rede foi instalada no início de setembro, após o terremoto de magnitude 4,6 atingir a localidade no dia 30 de agosto, que deixou casas destruídas e fez os municípios de São Miguel das Matas e Amargosa decretarem situação de emergência.

“Não foi como os anteriores, mas o de ontem, a comunidade toda sentiu e a gente ficou preocupado de vir outro com intensidade maior. Deixou todo mundo apreensivo, muita gente foi dormir tarde, preocupado de ocorrer outro em sequência”, contou o professor Ivan Silva, 45 anos, morador do distrito de Corta Mão. O professor relata que os tremores mais fortes foram sentidos por volta das 20h30 e 22h. “Desde a instalação dos sismógrafos, tá registrando vários abalos por dia”, completa Silva.

A professora Duceni Santos Ferreira, 36 anos, que também mora em Corta Mão, viu sua casa tremer, mais uma vez. “A gente estava assistindo a novela e veio aquele desespero. Porque além do estrondo ser muito alto, a casa tremeu. Meus meninos ficam assustados, qualquer barulho acham que é tremor”, narrou a professora. A filha caçula, segundo Ferreira, tem tido problemas de sono. “Ela fica assustada com tudo, agarrada em minha perna, sem querer dormir”.

Moradores ficam do lado de fora de suas casas em Corta Mão, por medo de novos tremores. Crédito: Acervo pessoal/professor Ivan Silva.
A professora disse ainda que não consegue se acostumar com os abalos sísmicos. “Os geólogos estão dizendo que a gente tem que se acostumar, mas como se acostuma com uma situação dessa?”, disse a moradora, preocupada. Ela informou ainda que as rachaduras em sua casa, causadas pelo tremor mais forte em agosto, têm aumentado. A estudante Flávia Xavier, 15 anos também sentiu de sua casa: “já estava deitada, só ouvi o barulho, a cama balançou, e levantei correndo e carregando o mosquiteiro. Todo mundo saiu de suas casas e ficou na rua”.

O mestre em geofísica e técnico do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Eduardo Menezes, que instalou a rede sismográfica na região, acredita que foram três a quatro tremores. “Os moradores sentiram três, quatro tremores e o mais forte foi em Corta Mão, de 1,8, mas também foi sentido em Tabuleiro. Isso nos leva a crer que os epicentros estão em áreas diferentes”, explicou o Menezes, em análise preliminar.

O pesquisador ainda informou que foram registrado 45 microtremores pelos sismógrados, em maioria de baixa intensidadade, não percebidos pela população. Além do 1,8 em Amargosa, ocorreu outro em São Miguel das Matas, com magnitude preliminar de 1,3 na escala Ritcher, às 4h36 da manhã de hoje.

A partir da coleta de dados nas dez estações sismográficas que estão hoje no local, os pesquisadores irão avaliar se elas continuarão nos municípios. Se, durante esses dois meses, o número de tremores tiver permanecido igual, as estações sairão da região e somente uma, em Corta Mão, permanecerá. Ela já faz parte da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). “A atividade sísmica continua. Com a apresentação do número total de eventos, vamos ter uma ideia da atividade real na região, se houve aumento ou constante. Em novembro temos a previsão de remover a rede, mas isso vai depender do comportamento dos tremores”, completou o técnico.

O custo com a manutenção desses equipamentos é, em média, R$ 8 a R$10 mil por mês, que estão sendo custeados pela UFRN, com apoio da prefeitura de Amargosa e da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec).

O prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro, informou que uma palestra foi feita com os moradores, na semana passada, para informar a população como agir nessas situações de tremores de terra. Ele também disse que custeará a manutenção da equipe de técnicos da UFRN que precisarem retornar à região. “Me comprometi com a universidade de manter esse tipo de apoio, de logística, como hospedagem e alimentação, para que eles façam essa avaliação periódica”, afirmou. Segundo Pinheiro, uma equipe da prefeitura irá ao distrito avaliar as novas avarias nas casas que possam ter surgido com os novos tremores.

A assinatura do contrato definitivo para construção da Ponte Salvador-Itaparica está marcada para o dia 12 de novembro, entre o Governo da Bahia e o consórcio chinês que irá realizar a obra.

O anúncio foi feito na terça-feira (27) pelo governador Rui Costa, em transmissão ao vivo do Programa Papo Correria, por meio das redes sociais.

“Assinado o contrato, começa a contagem regressiva para as obras terem inicio. Infelizmente, não vou estar como governador para inaugurar, mas quero deixar os pilares. Essa obra terá um efeito extraordinário, não tenho dúvida”, disse o governador.

O Governo da Bahia irá contratar, por processo licitatório, empresa especializada para estudo de viabilização do Hospital do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv). A opção que será considerada é a adequação do Hospital Espanhol, localizado no bairro da Barra, em Salvador.

Durante uma reunião realizada na manhã desta quarta-feira (28), ocasião em que se comemora o Dia do Servidor Público, o governador Rui Costa discutiu detalhes da iniciativa com representantes de sindicatos ligados à área da saúde e ao funcionalismo público.

"Hoje, fazemos um anúncio importante, que é um pleito antigo dos servidores. Vamos fazer um hospital de referência, de alta qualidade e de alta performance para atender o servidor. Para isso, definimos como referência o Hospital Espanhol. O estudo vai determinar o perfil, quais serviços serão inclusos e todo o processo legal de conclusão da desapropriação", detalhou Rui.

Em função do aproveitamento da estrutura do Hospital Espanhol, serão estudadas as adaptações que serão necessárias para a acomodação dos pacientes na unidade, que foi transformada em um centro de tratamento exclusivo para pacientes da Covid-19.

O estudo técnico vai avaliar a infraestrutura necessária à implantação, em aspectos como recursos necessários, localização, adequação de equipamentos, serviços e especialidades a serem oferecidos, número de leitos e modelo de gestão, levando-se em consideração o perfil da carteira da Assistência, hoje com mais de 510 mil beneficiários. A conclusão será um plano de ação a ser avaliado pelo governo estadual.

Participaram da reunião representantes da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia e dos sindicatos dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia (Sindsefaz); dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde); dos professores do Estado da Bahia (APLB); dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc); e dos Delegados de Polícia da Bahia (Adpeb).

Contexto estratégico

O projeto do Hospital do Planserv está incluso num contexto estratégico de políticas públicas direcionadas ao serviço médico-hospitalar, em consonância com as diretrizes de constante aperfeiçoamento e aprimoramento, direcionado aos servidores públicos estaduais, seus dependentes e agregados, beneficiários da Assistência.

Com a implementação da unidade, o Planserv não só vai ampliar os serviços prestados aos beneficiários, como também otimizar a qualidade da assistência oferecida à carteira. A meta é criar um modelo referencial de atendimento, com a prestação efetiva e aderente a protocolos e linhas de cuidado padronizadas, adotando custos mais eficientes e responsáveis.

Por ser um plano solidário e sem fins lucrativos, em que a participação financeira dos servidores estaduais baseia-se na sua remuneração e não nas regras dos planos privados, estes com reajustes regulares fundamentados em índices de mercado, o Planserv necessita cada vez mais gerenciar com austeridade seus recursos orçamentários, visando a sustentabilidade do plano no longo prazo.

A saúde, hoje em constante aumento de demanda e, ao mesmo tempo, aprimoramento de tecnologia, impõe evitar desperdícios e padronizar procedimentos, o que será possível com a criação de uma unidade própria.

O hospital será um equipamento de saúde instalado na capital baiana, e abrangerá toda a Região Metropolitana de Salvador, não restringindo o acesso apenas aos beneficiários dessas localidades, mas a todos aqueles que necessitem dessa prestação de serviço hospitalar, no limite de sua capacidade operacional, em todo o estado, desde que qualificados como beneficiários do Planserv.