Sexta, 01 Novembro 2024 | Login

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse a apoiadores que vai responder por nota oficial a Corte. Ontem, o STF reafirmou que não proibiu o governo federal de agir na pandemia, como Bolsonaro gosta de dizer.

Bolsonaro diz que o STF tirou seu poder de agir com uma decisão de abril no ano passado. A decisão diz que o poder Executivo tanto federal, estadual quanto municipal devem atuar em conjunto para evitar a disseminação da covid-19.

"Vou rebater logo mais a nota do STF dizendo que não tirou poderes meus. Isso é fake news. Uma decisão o STF decidiu que as medidas impostas por governadores não poderiam ser modificadas por mim, então o Supremo na verdade cometeu crime ao dizer que prefeitos e governadores poderiam suprimir direito do art. 5º da Constituição, como o de ir e vir", afirmou o presidente, aos apoiadores que ficam em um "cercadinho" em frente ao Palácio da Alvorada.

O STF reafirmou sua posição em post feito ontem nas redes sociais."O STF não proibiu o governo federal de agir na pandemia! Uma mentira contada mil vezes não vira verdade!", diz o texto.

No final de semana, Bolsonaro chegou a dizer a apoiadores que se ele tivesse "coordenado a pandemia" o Brasil teria menos mortes.

Já foram várias vezes que o presidente repetiu que estava proibido de agir, o que, segundo o STF, não é verdade. A decisão dá autonomia para estados e municípios, mas não isenta o governo federal. A falta de coordenação federal no combate à pandemia, inclusive, é alvo de investigação na CPI da Covid no Senado. Entre os pontos citados estão a demora da vacinação e aposta em tratamentos ineficazes contra a doença.

Novos ataques
O presidente também voltou a atacar o ministro Luiz Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmando que ele é "contra a democracia".

"Por que um ministro do Supremo Tribunal Federal vai para dentro do Congresso conversar com lideranças e várias delas trocam os integrantes de comissão. Qual é o poder de convencimento de Barroso?", questionou.

Bolsonaro se referia à proposta de voto impresso que tramita em uma comissão da Câmara e, provavelmente, será derrotada. O tema é caro ao bolsonarismo, com o presidente insistindo que o sistema eleitoral atual, pelo qual ele mesmo se elege há anos, não é seguro.

“Não podemos admitir que as mesmas pessoas que tiraram Lula e o tornaram elegível vão ser as pessoas que vão contar os nossos votos em um quarto escuro no TSE”, disse ele. Pesquisas de diversos institutos têm mostrado o ex-presidente Lula à frente de Bolsonaro nas intenções de voto nesse momento, a mais de um ano de pleito.

 

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira irá comprovar, na semana que vem, a existência de fraude nas eleições presidenciais de 2014, que, segundo ele, resultariam na vitória do candidato derrotado no segundo turno daquela disputa, Aécio Neves (PSDB-MG), contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). "Em uma hora dá pra demonstrar tudo", declarou o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia,. Segundo ele, a imprensa vai ser convidada e as supostas provas serão encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar da crença do presidente, os tucanos já descartaram as suspeitas de fraude no pleito.

Bolsonaro diz que vai provar a fraude com ajuda de "hacker do bem" e "pessoal que entende de informática". A justificativa utilizada pelo presidente na adoção do voto impresso é a de garantir transparência nas eleições e "evitar problemas". Conforme aponta, as eleições no Brasil não são seguras. "Por que os parlamentares são contra o voto impresso? É difícil entender o que está acontecendo", declarou. Bolsonaro ainda voltou a falar que, no pleito de 2022, entrega a faixa presidencial "a quem ganhar as eleições, desde que seja transparente".

Em novas críticas ao presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o chefe do Executivo lamentou sua defesa ao voto eletrônico. "É lamentável o que o ministro Barroso está fazendo para manter o sistema de votação", comentou. Bolsonaro repetiu críticas feitas ao magistrado nas últimas semanas, mesmo após conversa com o presidente do STF, Luiz Fux, na semana passada, organizada para que os ânimos entre os Poderes fossem pacificados.

Ainda na defesa pela implantação do que chama de voto "auditável", o presidente afirmou que "não basta" apenas a adoção do voto impresso, "a contagem tem que ser pública também" "Agora, o que vale mais do que todos nós aqui, é a opinião pública". Na verdade, o voto já é auditável no sistema atual.

Reunião com Poderes
Jair Bolsonaro se mostrou disposto a se reunir com líderes de outros Poderes da República para reduzir tensões. Um encontro com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), marcado para a última quarta-feira (14) precisou ser cancelado devido ao mal-estar sentido por Bolsonaro naquele dia e a subsequente internação, da qual só teve alta no domingo (18)

"Estou à disposição para a partir de agora, em havendo oportunidades, participar. Essas reuniões são para a gente acertar os ponteiros, o que é muito importante. Todo Poder tem que saber que tem limite. Eu tenho limite. Por que o Judiciário não pode ter limite?", questionou na entrevista à Rádio Itatiaia. Segundo Bolsonaro, "não é fácil" manter a harmonia entre os Poderes.

Perguntado sobre projetos preferenciais para executar até o fim do mandato, o presidente disse que intervém em todos os ministérios de seu governo. "Eu interfiro, sim, em cada ministério quando vejo que algo não está indo bem, até por desconhecimento do próprio ministro", disse.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que ainda não sabe se o paivai se recuperar sem a necessidade de uma nova cirurgia. "Tem de saber se descarta-se a cirurgia de emergência ou descarta-se a cirurgia porque o intestino dele voltou a trabalhar normalmente", afirmou em um vídeo.

Eduardo disse que esteve nessa quarta-feira (14) com o presidente no hospital das Forças Armadas, em Brasília, antes da transferência de seu pai para São Paulo. Ele explicou que uma dobra no intestino complicou a saúde do presidente.

"Tem uma dobra ou aderência no intestino que faz com que os alimentos não consigam passar por ali. Isso acabou ‘entupindo’ e formou-se acúmulo de líquidos e acabou indo para o estômago", detalhou. Segundo ele, o líquido acumulado foi retirado pela equipe médica quando Bolsonaro ainda estava no hospital das Forças Armadas.

Internação
O presidente Jair Bolsonaro está com quadro de obstrução intestinal e foi transferido para São Paulo, nessa quarta-feira. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) informou nesta quarta-feira (14) que seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), chegou a ser levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e precisou ser intubado como precaução.

À rádio Jovem Pan, o parlamentar informou que no início da manhã Bolsonaro estava sem conseguir respirar e estava sendo monitorado para evitar que aspirasse o líquido que estava subindo do estômago. "Foi realmente para uma Unidade de Tratamento Intensiva, para ficar ali em observação, com os cuidados melhores. Chegou a ser intubado, sim, para evitar que ele bronco aspirasse o líquido que tava vindo do seu estômago. Isso já havia acontecido em uma das cirurgias passadas que ele fez. Por precaução, apenas, nada de grave", tranquilizou Flávio.

O senador disse ainda que de sábado (9) para domingo (10), o presidente havia ficado internado por conta dos soluços constantes, dos quais vem reclamando há mais de dez dias.

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A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro prevaricou durante a negociação do governo para comprar a vacina Covaxin.

A investigação acontecerá após denúncia do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que diz que alertou o presidente de que havia irregularidades e pressões na negociação. O deputado e o irmão, servidor do Ministério da Saúde, foram ouvidos na CPI da Covid, no Senado.

A prevaricação é um crime que acontece quando o agente público deixa de agir ou retarda a ação contra alguma irregularidade de maneira a satisfazer interesses pessoais.

A PF agora vai investigar se Bolsonaro realmente foi informado sobre o caso e se tomou medidas necessárias para assegurar a lisura do processo.

A investigação foi ordenada pela Procuradoria Geral da República (PGR) depois que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) cobrou uma manifestação sobre a notícia-crime que três senadores apresentaram à Corte.

O caso será conduzido dentro da PF pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor que cuida de inquéritos que envolvem pessoas com foro, caso do presidente.

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O presidente Jair Bolsonaro definiu que o atual advogado-geral da União, André Mendonça, será indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga de Marco Aurélio Mello. Segundo apurou o Estadão com aliados do governo, Bolsonaro comunicou sua escolha a ministros em reunião na manhã desta terça-feira, 6, no Palácio da Alvorada, da qual Mendonça também participou. O encontro não estava na agenda do presidente O nome ainda deve ser oficializado pelo Palácio do Planalto e a indicação precisa passar pelo aval do Senado.

Com Mendonça, Bolsonaro cumpre a promessa feita à sua base eleitoral de indicar um nome "terrivelmente evangélico" para o cargo. Pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, o advogado-geral da União enfrenta resistências no Senado, mas o presidente avalia que esse quadro é reversível.

Na noite desta segunda-feira, 5, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro repetiu a promessa de indicar um evangélico para a mais alta instância do Judiciário. "Vou indicar um evangélico agora", disse ele ontem, ao conversar com apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada. "Quem conseguir se eleger em 22 (2022), no primeiro semestre de 23 (2023) indica mais dois (nomes). Se for uma pessoa que tem o seu padrão de comportamento e de vida, vão ser duas pessoas do padrão de vocês para lá. E vai mudando, pô!", completou. Desde o início de seu mandato, Bolsonaro indicou apenas um ministro para o STF: Kassio Nunes Marques. A promessa feita por ele, ainda no ano passado, era de que a segunda vaga seria para um nome "terrivelmente evangélico".

O presidente conversou com Mendonça nesta segunda, no Palácio do Planalto, e o aconselhou a deflagrar nova ofensiva para se aproximar dos senadores. Cabe ao Senado sabatinar o indicado do presidente para atestar o seu notório saber jurídico e votar em duas sessões, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário, a aprovação ou rejeição do indicado ao cargo de ministro do STF.

Logo após a reunião no Planalto, Mendonça colocou a estratégia em prática e foi almoçar no gabinete do senador Wellington Fagundes (PL-MT). Também participam do encontro parlamentares do DEM, PSDB, PL e PSC.

O ministro disse aos senadores que "ficou sabendo" sobre a escolha do seu nome para o Supremo. Ele, porém, evitou confirmar que realmente será indicado à vaga. No almoço no Senado, Mendonça declarou estar fazendo uma "peregrinação".

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 28, que desconhecia os detalhes sobre o contrato de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde e voltou a sustentar que não existam irregularidades no negócio. "São 22 ministérios, não tenho como saber o que acontece, vou na confiança em cima de ministros e nada fizemos de errado", disse a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro foi acusado pelo deputado Federal Luis Miranda (DEM-DF) de ignorar alertas para supostas irregularidades no contrato de aquisição do imunizante, como superfaturamento e favorecimento indevido à empresa responsável pela intermediação. O irmão do Parlamentar, Luis Ricardo Miranda, é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, é o autor da denúncia. Em depoimento à CPI da Covid, o servidor de carreira da Pasta, disse ter informado ao presidente três nomes de pessoas que o pressionaram a efetuar a importação da Covaxin.

Segundo relatos, o presidente teria dito que o líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), seria o responsável pela condução das tratativas de compra da vacina.

Em contra-ataque, o presidente afirmou que integrantes da comissão liberaram recursos por meio de emendas parlamentares para a compra da Covaxin. "As emendas para a Covaxin vieram deles, do Randolfe, que é o relator, do irmão do Renan e do próprio Omar Aziz", disse. "Na época falaram que tinha que comprar em qualquer momento, independente do preço."

Eleições
O presidente também voltou a comentar sobre sua filiação a um partido político para concorrer ao pleito de 2022. Sem citar o Patriota, que se preparava para recebê-lo antes de conflitos internos, afirmou que deve entrar em uma sigla pequena e que os membros de sua base que optarem por segui-lo não vão ter "televisão nem dinheiro".

Bolsonaro espera que seus apoiadores o sigam para o novo partido, mas, segundo ele, os deputados ainda não podem acompanhá-lo por questões de fidelidade partidária. "Vão ter um momento difícil pela frente", disse sobre apoiadores que se filiarem em referência a questões envolvendo o fundo partidário

O tema, segundo o presidente, não é uma preocupação para ele. "Alguns falaram inclusive que eu estava de olho no fundo partidário. Uma caneta Bic, uma caneta que eu mudei em dezembro, R$ 20 bilhões. Eu estou preocupado com os R$ 8 milhões de fundo partidário? Não tenho preocupação com isso", disse, se referindo ao valor mensal recebido pelo PSL, sua antiga legenda.

Bolsonaro descarta uma possível volta ao PSL, pois, segundo ele, "o PSL tem bastante dinheiro e bastante televisão", mas "uma minoria lá fazendo besteira. Eu tive que sair de lá, porque um vereador fez uma besteira no canto. O culpado era eu. Nem sabia quem era aquele vereador", afirmou.

 

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Depois de ser desmentido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que "errou" ao atribuir à corte uma tabela que circula questionando 50% das mortes por covid-19 no Brasil. "O TCU está certo, eu errei quando eu falei tabela, o certo é acórdão", disse, admitindo que foi ele quem fez a tabela. Ontem, o TCU negou ter feito um documento que circula com esses números nas redes sociais.

Nesta terça-feira (8), Bolsonaro insistiu em conversa com apoiadores que há indícios de supernotificação das mortes por coronavírus no país. O presidente disse que solicitou que a Controladoria-Geral da União verifique o assunto. Ele não apresentou nenhum indício que corrobore o que ele falou, citando apenas "vídeos no WhatsApp".

Ele citou uma lei de 2020 que determina que parte dos recursos federais repassados aos estados e municípios seguiria o critério de taxa de incidência na doença. Um documento do TCU diz que essa prática poderia levar à supernotificação, mas não afirma que há nenhum indício de que isso ocorreu. "O próprio TCU dizia que essa Lei Complementar poderia incentivar uma prática não desejável de supernotificação de covid para aquele estado ter mais recurso. A tabela quem fez fui eu, não foi o TCU", afirmou.

Mesmo dizendo hoje que fez a tabela, que indica o valor de 50% de casos erroneamente notificados, ontem Bolsonaro falou em "relatório", e não em "tabela". No documento em que fala da lei de repasse de verbas federais por conta da covid, não há nenhum número, já que o TCU trata da situação de maneira hipotética, segundo ministros do tribunal.

Além de não questionar o número oficial de mortes pela covid no país, o documento do TCU indica em outros trechos que, pelo contrário, é possível que tenha havido subnotificação da doença no país.

Bolsonaro divulga 'relatório'
Ontem, também em conversa com o 'cercadinho' de apoiadores, Bolsonaro afirmou que o TCU concluia em uma relatório, ainda preliminar, que o país tinha 50% de mortes por covid que haviam sido notificadas erroneamente. "Em primeira mão aí para vocês. Não é meu. É do tal de Tribunal de Contas da União. Questionando o número de óbitos no ano passado por covid. E ali o relatório final não é conclusivo, mas em torno de 50% dos óbitos por covid ano passado não foram por Covid, segundo o Tribunal de Contas da União", disse ele, sem citar tabela.

Ele diz então que havia conversado com três jornalistas "que são pessoas sérias" para repassar as informações. "Esse relatório saiu há alguns dias. Lógico que a imprensa não vai divulgar. Eu tenho três jornalistas que eu converso, não vou falar o nome deles, que são pessoas sérias, né. E já passei para eles. E devo divulgar hoje à tarde. E como é do Tribunal de Contas da União, ninguém queira me criticar por causa disso", disse.

A notícia saiu no portal R7, atribuindo a um documento do TCU obtido com "fontes do Planalto", de que "apenas quatro em cada dez óbitos (41%) registrados por complicações da doença seriam efetivamente resultado da contaminação do vírus", aumentando ainda mais o valor citado pelo presidente.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Jair Bolsonaro na Casa estão sendo analisados. "Vamos nos posicionar muito em breve sobre grande parte deles", afirmou. Segundo ele, apesar do momento de dor causado pela pandemia da covid-19, "temos a obrigação de trabalhar uma estrutura para trabalharmos a viabilidade no Brasil apto a se recompor rapidamente no cenário econômico".

Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta manhã de quarta-feira, Lira reforçou o discurso que vem adotando de que a discussão sobre impeachment contra o presidente deve ser com "muita responsabilidade". Segundo ele, não é o presidente da Câmara que estrutura o impeachment, mas a conjuntura política e nacional de um país.

"Quando [o presidente] perde a capacidade política, perde a capacidade de gestão econômica, cria no Brasil uma condição de desemprego absurda, cria uma condição de inflação incontrolável", afirmou o deputado. Lira, então, ponderou que não enxerga essa situação atualmente no País.

Questionado sobre a afirmação que fez de que Bolsonaro estaria em seu "pior momento" e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no "melhor momento", Lira criticou a repercussão na imprensa e denunciou que a fala foi tirada de contexto.

O parlamentar avalia que pesquisas eleitorais são "retratos de momento" e que, diante do atraso da vacinação e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Bolsonaro não atravessa o momento com grande eleitorado. Porém, Lira acredita que é algo passageiro.

Para as eleições de 2022, o deputado diz que "ainda está muito cedo" para especular o pleito, mas avalia que Bolsonaro e Lula "são os mais fortes". No entanto, em um possível embate entre os dois políticos, o parlamentar acredita que "os ventos que sopram no Brasil ainda são o vento de centro-direita".

Apesar de não acreditar em uma "terceira via", Lira enfatiza que quem deve decidir o resultado das eleições é o "eleitor do meio" "Acredito sempre na política como solução dos problemas e que muitas matérias que temos trabalhado muito aqui vai dar uma maior musculatura ao Brasil para o futuro, e vai refletir, não tenho dúvida, na eleição de 22", declarou. Em sua avaliação, o pleito do ano que vem deve ser "polarizado, mas sem extremismos"

Vacinação

Lira reforçou o compromisso da Casa na campanha de imunização contra a covid-19 no País. Segundo ele, "estamos trabalhando incansavelmente, incessantemente, procurando alternativas, apertando quem tem apertar, cobrando quem tem que cobrar". Ele afirma que, nas últimas três semanas, se reportou "umas cinco vezes" com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para ajudar na aceleração da vacinação.

O deputado afirma que, ao invés de o Programa Nacional de Imunização (PNI) ter como foco vacinar pessoas com comorbidades, o ponto deveria "ir descendo pelas idades" para atingir o maior número de vacinados. "Acho que estar descendo pela idade estará atingindo maior número de pessoas e sempre que chegar uma pessoa com comorbidade bem evidente ela teria prioridade".

Segundo ele, ter que comprovar a comorbidade com atestado médico dá brecha para a população mentir sobre o estado de saúde. "A gente tem medo que nesse 'jeitinho brasileiro' os atestados comecem a proliferar de maneira sem tanta veracidade", declarou.

CPI

Lira ainda criticou a instauração da CPI da Covid no Senado. Segundo ele, o 'timing' é inoportuno pois modifica a atenção do Ministério da Saúde, que agora "está focado em resolver demandas da CPI". "O momento é inadequado, não vai produzir, ressalvados os interesses de parcialidade, um relatório justo", avalia. Para ele, a CPI não será "boa pro Brasil se não apresentar soluções".

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Jair Bolsonaro na Casa estão sendo analisados. "Vamos nos posicionar muito em breve sobre grande parte deles", afirmou. Segundo ele, apesar do momento de dor causado pela pandemia da covid-19, "temos a obrigação de trabalhar uma estrutura para trabalharmos a viabilidade no Brasil apto a se recompor rapidamente no cenário econômico".

Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta manhã de quarta-feira, Lira reforçou o discurso que vem adotando de que a discussão sobre impeachment contra o presidente deve ser com "muita responsabilidade". Segundo ele, não é o presidente da Câmara que estrutura o impeachment, mas a conjuntura política e nacional de um país.

"Quando [o presidente] perde a capacidade política, perde a capacidade de gestão econômica, cria no Brasil uma condição de desemprego absurda, cria uma condição de inflação incontrolável", afirmou o deputado. Lira, então, ponderou que não enxerga essa situação atualmente no País.

Questionado sobre a afirmação que fez de que Bolsonaro estaria em seu "pior momento" e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no "melhor momento", Lira criticou a repercussão na imprensa e denunciou que a fala foi tirada de contexto.

O parlamentar avalia que pesquisas eleitorais são "retratos de momento" e que, diante do atraso da vacinação e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Bolsonaro não atravessa o momento com grande eleitorado. Porém, Lira acredita que é algo passageiro.

Para as eleições de 2022, o deputado diz que "ainda está muito cedo" para especular o pleito, mas avalia que Bolsonaro e Lula "são os mais fortes". No entanto, em um possível embate entre os dois políticos, o parlamentar acredita que "os ventos que sopram no Brasil ainda são o vento de centro-direita".

Apesar de não acreditar em uma "terceira via", Lira enfatiza que quem deve decidir o resultado das eleições é o "eleitor do meio" "Acredito sempre na política como solução dos problemas e que muitas matérias que temos trabalhado muito aqui vai dar uma maior musculatura ao Brasil para o futuro, e vai refletir, não tenho dúvida, na eleição de 22", declarou. Em sua avaliação, o pleito do ano que vem deve ser "polarizado, mas sem extremismos"

Vacinação
Lira reforçou o compromisso da Casa na campanha de imunização contra a covid-19 no País. Segundo ele, "estamos trabalhando incansavelmente, incessantemente, procurando alternativas, apertando quem tem apertar, cobrando quem tem que cobrar". Ele afirma que, nas últimas três semanas, se reportou "umas cinco vezes" com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para ajudar na aceleração da vacinação.

O deputado afirma que, ao invés de o Programa Nacional de Imunização (PNI) ter como foco vacinar pessoas com comorbidades, o ponto deveria "ir descendo pelas idades" para atingir o maior número de vacinados. "Acho que estar descendo pela idade estará atingindo maior número de pessoas e sempre que chegar uma pessoa com comorbidade bem evidente ela teria prioridade".

Segundo ele, ter que comprovar a comorbidade com atestado médico dá brecha para a população mentir sobre o estado de saúde. "A gente tem medo que nesse 'jeitinho brasileiro' os atestados comecem a proliferar de maneira sem tanta veracidade", declarou.

CPI
Lira ainda criticou a instauração da CPI da Covid no Senado. Segundo ele, o 'timing' é inoportuno pois modifica a atenção do Ministério da Saúde, que agora "está focado em resolver demandas da CPI". "O momento é inadequado, não vai produzir, ressalvados os interesses de parcialidade, um relatório justo", avalia. Para ele, a CPI não será "boa pro Brasil se não apresentar soluções".
 

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O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara requerimento cobrando informações do Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, sobre abertura de procedimento disciplinar contra o general Eduardo Pazuello em razão da participação do ex-ministro da Saúde em manifestação política, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, neste domingo 23.

Como mostrou o Estadão, a presença do general no ato político-partidário criou um constrangimento para o Comando do Exército e pode abrir uma nova crise militar no governo federal

"Está claro que Pazuello infringiu o Estatuto dos Militares. Além de não ter o direito de participar desse tipo de manifestação, o general ainda infringiu as leis do Rio de Janeiro, que proíbem aglomerações e circular sem a máscara", afirma o parlamentar.

'Nosso gordinho'

No domingo, em discurso para milhares de apoiadores no Aterro do Flamengo, no Rio, Bolsonaro voltou a criticar prefeitos e governadores que decretaram confinamento durante a pandemia e afirmou que jamais colocará o Exército, que chamou de "seu", nas ruas para fazer lockdown.

Com a máscara no queixo, o ex-ministro da Saúde passou no meio da multidão de apoiadores e subiu no carro de som onde estava o presidente. Já sem máscara também, um sorridente Pazuello acenou para os manifestantes ao lado de Bolsonaro. O presidente chamou seu ex-ministro de "nosso gordinho".

No requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, Elias Vaz aponta que o Regulamento Disciplinar do Exército prevê como transgressão disciplinar "manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária".

O parlamentar frisa ainda que, em audiência pública promovida pela Comissão no dia 19 de maio, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, afirmou que "militares da ativa não podem e serão devidamente punidos se aparecerem em manifestações políticas".

"Diante da gravidade desse fato e, considerando que não há informações de que o Comando do Exército tenha autorizado o general a participar da manifestação, faz-se necessário que esta Comissão esteja devidamente informada sobre quais medidas foram adotadas para o cumprimento da legislação militar em vigor", destaca o deputado no requerimento.

 

Após ato ao lado de Bolsonaro, deputado vê infração do general Pazuello

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A direção do Instituto Butantan acusou nesta quinta-feira (6) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de afetar a liberar de insumos para o Brasil da China, por conta das declarações que faz sobre o país oriental.

O diretor Dimas Covas afirmou pela manhã que a redução da quantidade de matéria-prima para vacinas que o instituto receberia da China, além dos adiamentos de prazo, são consequência da "falta de alinhamento" do governo federal. A previsão inicial era do Butantan receber 6 mil litros de insumos até o dia 10. Agora, serão 2 mil litros até o dia 13.

Dilmas esteve ao lado do governador João Doria para entrega de mais de 1 milhão de doses da Coronavac. "O insumo da principal vacina que vai no braço dos brasileiros vem da China", lembrou. O governo causou mal-estar com os chineses "por sucessivas declarações desastrosas do ministro da economia, Paulo Guedes, e agora do presidente da república, Jair Bolsonaro".

A China fornece insumos par aprodução da Coronavac, mas também da vacina de Oxford, produzida pela Fiocruz. São as duas principais vacinas sendo usadas no país.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro insinuou que o novo coronavírus pode ter sido criado em laboratório para gerar uma "guerra química". Ele não citou diretamente a China, mas perguntou qual o único país que não teve queda no PIB no ano passado, numa alusão clara aos chineses.

"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês", disse Bolsonaro.

Doria criticou as falas de Bolsonaro. "Isso causa profundo mal-estar na chancelaria chinesa e quero registrar como governador de São Paulo meu protesto com essas manifestações agressivas e desnecessárias ao governo da China, à produção das vacinas e a colocações que não contribuem à normalidade da entrega de IFA para vacinas. Tenho certeza que isso tem influência nos insumos da AstraZeneca".

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