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Salvador recebeu 3.330 doses da Coronavac para dar continuidade à vacinação contra a covid-19 na cidade. O problema é que 36 mil pessoas precisam receber a segunda dose desse imunizante, para completar o esquema vacinal que garante a imunidade contra o coronavírus. Ou seja, as ampolas recebidas não são suficientes para atender todo esse contingente. Na manhã desta quinta-feira (30) a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) chegou a confirmar, via assessoria de imprensa, que a capital não receberia nenhuma das 6,8 mil ampolas de Coronavac do lote que o Ministério da Saúde entregou na própria quinta-feira.

A explicação da assessoria da Sesab para que Salvador não recebesse doses de Coronavac foi que, em 6 de abril, 40 mil ampolas da reserva técnica do estado foram liberadas para a capital não interromper a vacinação. Essa entrega extra, por sua vez, seria em parte descontada na remessa desta quinta. À noite, quando confirmou que a cidade receberia 3.330 doses da vacina, a Sesab informou que juntou as 6,8 mil doses entregues pelo MS pela manhã com um pequeno estoque remanescente que estava guardado no estado.

Na quarta-feira, 28, o MS havia divulgado que distribuiria na quinta, 29, 104 mil doses do imunizante chinês para todos os estados brasileiros, depois que o Jornal Nacional divulgou reportagem mostrando que 18 cidades, em 14 estados, estavam com a vacinação suspensa por conta da falta da Coronavac. Nesta quinta, 29, também, o MS distribuiu cerca de 5 milhões de ampolas da vacina Oxford/AstraZeneca para todo o país. A Bahia recebeu 329.500 doses dessa substância e Salvador ficou com 69.900 no rateio do lote entre os municípios do estado.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde disse que não há prazo para envio de mais vacinas para a Bahia ou qualquer outro estado. "O Ministério da Saúde atende de acordo com a quantidade recebida pelos laboratórios e, assim que tiver mais vacina, vai ter uma nova pauta de distribuição. A última pauta foi divulgada ontem [anteontem] e dependemos da entrega dos laboratórios", disse a pasta.

Ainda segundo o MS, o Brasil deverá receber nesta sexta-feira, 30, seu primeiro lote do imunizante do laboratório norte-americano Pfizer, mas ainda não há prazo ou informações sobre a distribuição das doses entre os estados da federação.

Cidades sem vacina

As 329.500 doses da vacina de Oxford destinadas à Bahia estão sendo distribuídas para 388 cidades do estado. Outros 29 municípios ficaram de fora porque não atingiram 85% no percentual de primeiras doses aplicadas. A Sesab não divulga a quantidade de vacinas distribuídas para cada cidade.

O voo com o novo lote de imunizantes aterrissou no Aeroporto Internacional de Salvador por volta das 11h desta quinta-feira, 29. A quantidade de Coronavac enviada pelo governo federal é o menor lote desde o início das remessas, em janeiro. As quase 6,8 mil vacinas são sete vezes menos do que as 42 mil doses que chegaram em 22 de abril e que, até então, ocupavam o lugar de menor lote já recebido pela Bahia. Por outro lado, as 329.500 doses da AstraZeneca é o maior enviado até agora ao estado.

Interior

De acordo com a coordenadora de Imunização do Estado, Vânia Rebouças, cerca de 15 mil doses da Coronavac serão distribuídas entre os municípios. Além das 6,8 mil enviadas pelo Ministério da Saúde, outras 8 mil eram da reservada da Sesab para a segunda aplicação. Segundo a pasta, esse armazenamento foi feito antes da recomendação do Ministério da Saúde para distribuir todo o lote para a aplicação como primeira dose.

Na época, o governo federal previa que o ritmo de chegada das novas doses seria acelerado, o que não se concretizou. Nessa semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga admitiu que há preocupação com a falta da 2ª dose da vacina Coronavc.

Das 10 maiores cidades baianas, além de Salvador, pelo menos outras quatro tiveram que interromper a vacinação da segunda dose de CoronoVac nas últimas semanas por falta do imunizante: Vitória da Conquista, Itabuna, Jequié e Ilhéus. Nessa última, as doses terminaram na terça-feira (21) e, segundo a prefeitura, são cerca de 3,5 mil pessoas que estão com risco de atraso na aplicação da segunda dose por falta de vacina

"O município está na expectativa de receber novos lotes. Com expectativa e acúmulo de pessoas que precisam tomar essa segunda dose no prazo correto. Estamos numa pendência com a população, pois não há um parecer de quando vai receber. O bom é que o próprio Ministério da Saúde e a Sesab informaram que não há problema em atrasar um pouco a aplicação do reforço”, disse Jeovana Catarino, diretora do departamento de Vigilância em Saúde de Ilhéus.

No entanto, no início do ano, o Instituto Butantan afirmou que não tinha como garantir a eficácia da Coronavac se a segunda dose fosse adiada. Isso acontece, porque o estudo que desenvolveu a vacina se baseou na aplicação de duas doses em um intervalo de duas a quatro semanas, ou seja, até 28 dias. Os especialistas alertam que seguir o calendário de imunização à risca é o ideal, mas concordam que atraso de poucos dias não vai trazer grandes problemas.

"Ainda não sabemos o tempo exato que é aceitável um atraso. A Coronavac tem uma melhor eficácia quando a segunda dose é aplicada 28 dias após a primeira. Podemos imaginar que uma ou duas semanas não tenha efeitos tão grandes, mas mais que isso, não podemos garantir que a segunda resposta será ótima", diz a infectologista Fernanda Grassi, da Rede Covida.

Em Santo Antônio de Jesus, a 200 quilômetros de Salvador, há menos de 60 doses de Coronavac disponíveis, segundo a vigilância epidemiológica do município. O problema é que, para hoje, 800 pessoas estão programadas para receber a segunda dose e a prefeitura acredita que também faltará a vacina do laboratório Sinovac/Instituo Butantan na cidade.

“Amanhã [hoje, sexta-feira, 30] vai chegar, mas ainda não sabemos a quantidade. Acreditamos que o déficit será maior do que eles vão enviar”, lamentou a Vigilância Epidemiológica do município. “Não dá para entender o motivo disso estar acontecendo. O povo chega para tomar a segunda dose e a gente vai aplicando. Amanhã vamos sentar, fazer estudo e comparar todas as notas fiscais para entender o que veio de primeira dose, o que veio de segunda e como chegamos nesse cenário”, disse a administração municipal.

Em Guanambi, a realidade de apreensão com a falta de doses é parecida. Segundo a prefeitura, foi encerrada nesta semana a aplicação da segunda dose dos idosos com 67 a 72 anos.

“Para a próxima semana, a partir da terça-feira (4), temos previsão para vacinar as idades de 65 e 66 anos, também com a segunda dose da Coronavac, mas pelo que nos foi informado pelo Núcleo Regional de Saúde, apenas 60% da demanda necessária chegará”, diz a prefeitura local.

O Instituto Butantan disse que um novo lote de Coronavac estará disponível para o governo federal a partir do dia 3 de maio.

Em Salvador faltou 1ª dose em alguns postos

Todo o estoque de Coronavac existente em Salvador - antes da Sesab reservar mais 3.330 doses para a cidade - se esgotou nesta quinta-feira, 29. Pela manhã, além da falta de segunda dose de Coronavac, também houve confusão na aplicação da primeira dose das vacinas, tanto da Coronavac quanto da AstraZeneca. Em pelo menos três postos houve relato de falta de vacina para os profissionais da educação que estão sendo imunizados: Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências, em Brotas, na Vila Militar de Dendezeiros e no Centro Universitário Jorge Amado (unijorge), na Avenida Paralela.

Na Bahiana era permitida a aplicação da 1ª dose da Astrazeneca em idosos, pessoas com Síndrome de Down, pacientes em hemodiálise, transplantados, rodoviários, trabalhadores da limpeza urbana e pessoas com deficiência permanente. Já na Vila Militar e Unijorge eram os trabalhadores da saúde, autônomos, agentes de segurança e salvamento, doulas e trabalhadores da educação os grupos permitidos para serem vacinados.

No entanto, com a falta de doses, houve gente que não conseguiu ser imunizado. A funcionária de uma escola particular que preferiu não se identificar contou que percorreu os três postos em busca de vacina, dirigindo da Paralela até o Dendezeiros e depois para Brotas, sem sucesso. À reportagem, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) afirmou que foram enviadas novas doses para esses locais e que a vacinação seguiu até às 13h.

Na quinta-feira, 29, só quem tomou o reforço da Coronavac foram as pessoas que fizeram agendamento pelos serviços Hora Marcada e Vacina Express. No entanto, houve relatos nas redes sociais de pessoas que tentaram fazer esse agendamento desde anteontem e não conseguiram.

A SMS explicou que, com o anúncio da iminente escassez da Coronavac, as pessoas correram para agendar e as vagas acabaram logo.

Cidades que não receberam vacina:
São Félix
Conceição do Almeida
Quixabeira
Cravolândia
Belmonte
Irajuba
Crisópolis
Cardeal da Silva
Piraí do Norte
Barra
Ibirapitanga
Mirangaba
Santa Luzia
Barra da Estiva
Sebastião Laranjeiras
Itororó
Igrapiúna
Nilo Peçanha
Senhor do Bonfim
Jucuruçu
Firmino Alves
Planaltino
Lajedo do Tabocal
Campo Formoso
Wenceslau Guimarães
Aramari
Antônio Cardoso
Paratinga
Cairu

Publicado em Bahia

Um novo lote com 336.300 doses de vacina contra a covid-19 chegou na manhã desta quinta-feira (29) a Salvador, para ser distribuída entre os municípios baianos.

São 6.800 doses da Coronavac e 329.500 da Astrazeneca/Oxford, que serão usadas para dar continuidade à imunização em Salvador.

As vacinas chegaram em um avião da Latam por volta das 10h50. Elas passaria por conferência e contagem antes da distribuição.

Regularização
Nessa quarta-feira (28), o Ministério da Saúde anunciou que iria distribuir 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 104,8 mil doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

O novo lote da Coronavac tenta minimizar o prejuízo na aplicação da 2ª dose da vacina, que tem cronograma atrasado em diferentes cidades brasileiras. De acordo com a Saúde, as 104, 8 mil doses estavam armazenadas. A Coronavac deve ser administrada com o intervalo de até 28 dias entre as duas doses, mas idosos de ao menos oito Estados já ultrapassaram esse prazo sem que a segunda dose fosse ofertada.

Além do imunizante do Butantan, o governo federal informou que também serão distribuídas 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Todos os estados e o Distrito Federal vão receber as novas remessas em uma divisão proporcional.

Na nota, o Ministério da Saúde reforça a importância para todos tomarem a segunda dose da vacina, "mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório, para assegurar a proteção adequada contra a doença".

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Tomar apenas uma dose da vacina contra a covid-19 não é recomendado e nem sensato. O alerta vem de especialistas preocupados com a situação brasileira de atraso na vacinação. De acordo com dados científicos, só quando 70% da população inteira do país tomar as duas doses é que será possível frear o avanço da covid-19 e reduzir a circulação do coronavírus.

Quem toma apenas uma dose da vacina corre o risco de não ter a imunidade completa para casos graves e, por isso, não entra na categoria dos 70% de brasileiros imunizados. É por isso que pode acontecer de uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina ser infectada pelo vírus e até morrer.

“A vacina foi mostrada com eficiência de 100% de cobertura de casos graves com duas doses e após mais 14 dias. Essa é a dita imunidade completa, que não livra do vírus e sim de casos graves. Se não completar o processo de imunização, não há garantia de que a dose recebida vai responder com o mesmo percentual de segurança”, explica Adielma Nizarala, médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS).

Os dois imunizantes que estão sendo aplicados no país são o CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa SinoVac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, e a da AstraZeneca, envasado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cada um possui intervalo diferente entre a primeira e a segunda dose: 14 a 28 dias para a CoronaVac e três meses para a AstraZeneca.

“Tem outras vacinas aplicadas fora do Brasil que tem apenas uma dose só, mas esse não é nosso caso”, lembra o infectologista e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Claudilson Bastos. O especialista também concorda que é necessário que seja observada a aplicação de duas doses.

“A eficácia da vacina na primeira dose não é alta. Dependendo do tipo, varia de 50% a 70% com apenas a primeira etapa. Com o reforço, a segurança aumenta consideravelmente. Os riscos de ter covid grave, em estado crítico, que precisa de hospitalização, diminui. E é essa a função da vacina, evitar mortes”, diz.

E isso já está sendo observado nos números da pandemia. Um levantamento feito pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostra que, até o dia 24 de abril deste ano, 99,9% dos cerca de 2,2 milhões de vacinados contra a covid não contraíram a doença ou, se infectados, não precisaram de hospitalização.

Apenas 382 pacientes imunizados chegaram ao ponto de serem internados, o que representa 2,14% das 17.786 notificações de internações por covid ocorridas em 2021. Dos 382 pacientes, 281 tinham tomado somente a primeira dose e 99 também a segunda. Em apenas duas notificações não constavam a informação de quantas doses tinham sido aplicadas.

Demora
Atualmente, a prefeitura de Salvador vive um momento complicado na sua etapa de vacinação, pois as doses da CoronaVac disponíveis são suficientes apenas até esta quinta-feira (29). Segundo o Instituto Butantan, um novo lote só estará disponível a partir da próxima semana. Isso significa que as pessoas que precisam tomar a segunda dose nesse final de semana vão ter que atrasar a data de aplicação da vacina.

Mas Adielma Nizarala não vê isso como motivo de pânico. “O problema mesmo é deixar de completar a imunização, deixar de tomar a segunda dose. Se passar alguns dias do prazo estabelecido pelo fabricante, não acontece nada. Não tem nenhum estudo que mostre que vai trazer algum maleficio esse atraso. Baseado no ritual de outras vacinas, a gente consegue perceber que não há problema”, diz.

O infectologista Claudilson concorda. “Não é o ideal. O correto é tomar no prazo correto. Eventualmente, se passar um tempo, o que não deve acontecer, tem que tomar de qualquer jeito e o mais rápido possível”, explica. Em Salvador, atualmente, 16.231 pessoas estão habilitadas para receber a segunda dose e ainda não compareceram aos postos de vacinação, segundo a SMS. Na Bahia, na última quinta-feira (22), eram 21.628 pessoas que não foram tomar a segunda dose da vacina, segundo a Sesab, que não enviou os números atualizados até o fechamento do texto.

Já o professor Celso Sant'Anna, médico imunologista e docente da Rede UniFTC, é mais crítico. Ele explica que a demora prolongada poderia causar até mesmo uma nova forma do coronavírus, mais resistente aos imunizantes e, consequentemente, mais perigosa à população.

"As consequências das pessoas não receberem as duas doses são trágicas. As vacinas foram programadas para serem aplicadas em duas doses, sendo aplicada uma só, não garante coisa nenhuma. A pessoa vacinada apenas com uma dose pode, inclusive, ser transmissora de uma forma de vírus mais forte e mais resistente. Caso haja um grande atraso, minha orientação é que se reinicie o processo de imunização do início, ou seja, mais duas doses", sustenta

A infectologista Fernanda Grassi, da Rede Covida, também defende que a vacinação seja feita de forma completa, com duas doses aplicadas no intervalo de tempo estipulado pelos fabricantes. "Ainda não sabemos o tempo exato que é aceitável um atraso. A CoronaVac tem uma melhor eficácia quando a segunda dose é aplicada 28 dias após a primeira. Podemos imaginar que uma ou duas semanas não tenha efeitos tão grandes, mas mais que isso, não podemos garantir que a segunda resposta será ótima", finaliza.

O MInistério da Saúde, por sua vez, afirmou que a população deve tomar a segunda dose da vacina mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório. “Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença”, disseram. A Sesab também foi procurada para se manifestar sobre o assunto, mas não retornou até o fechamento do texto.

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A prefeitura de Salvador informou que garante vacinação para mais de 10 mil trabalhadores de educação municipal que estão acima dos 40 anos - isso significa que cerca de 75% dos profissionais que atuam escolas tomarão a primeira dose da vacina contra a covid até a retomada das aulas presenciais, na segunda-feira (3).

Na rede estadual, os percentuais são ainda maiores. Cerca de 85% dos trabalhadores da educação que atuam nas escolas estaduais terão recebido a primeira dose até segunda-feira, segundo informa a prefeitura.


A vacinação para trabalhadores de educação acima dos 40 anos começou na segunda (26). “Esse é um passo importantíssimo para a retomada segura da educação em nossa cidade. Já vacinamos mais de 26% da população de Salvador. Concluímos a imunização dos idosos acima de 60 anos, que é o público mais vulnerável. Estamos avançando no público com comorbidades. Salvador vem se destacando em todos os rankings nacionais de vacinação, ocupando as primeiras posições”, diz o prefeito Bruno Reis.

Além dos trabalhadores da Educação, também estão sendo vacinados contra a covid-19 idosos; trabalhadores regulares e autônomos da saúde; agentes de segurança pública; comorbidades como pacientes em hemodiálise, com síndrome de Down e transplantados; além de trabalhadores de áreas essenciais como rodoviários e agentes de limpeza.

Sindicato quer vacinação de todos
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), secção Salvador, determinou no fim da tarde desta terça-feira (27) a paralisação das atividades presenciais nos dias 3, 4 e 5 de maio na capital baiana. De acordo com decreto da prefeitura, as aulas retornam a partir de segunda-feira (3).

"Tivemos uma assembleia hoje com mais de 2 mil trabalhadores da educação de Salvador e decidimos pela paralisação", afirma o presidente. "Vamos continuar nosso trabalho remoto, porém caso o prefeito não revogue o decreto, faremos uma greve geral. Também teremos atividades como carretas e protestos."

Em nota, o Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), que também representa professores de colégios particulares do estado, também se posicionou contra o retorno presencial ou semipresencial sem vacinação, sem que se complete o ciclo de imunização, e anunciou que amanhã à noite faremos assembleia com a categoria para tratar do tema.

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A Bahia recebeu, na tarde desta quinta-feira (22), mais 222.500 doses de vacina conta o coronavírus. São 180,5 mil doses da vacina Oxford/Astrazeneca e 42 mil doses da Coronavac.

Com isso, a Bahia se aproxima de um total de 3 milhões e 800 mil doses recebidas, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

A nova remessa será distribuída entre regionais de saúde pela Coordenação de Imunização do Estado.

O envio para as sedes das regionais será feito em aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador.

Em seguida, as vacinas seguem por meio terrestre para os municípios atendidos por cada regional de saúde.

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Mais 396 mil doses de vacinas contra a Covid-19 chegaram à Bahia nesta sexta-feira (16). Do total, 239 mil foram produzidas pela Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e 157 mil pelo Butantan/Sinovac. Com esta carga, que chegou ao aeroporto de Salvador por volta das 9h30, o estado totaliza 3.670.000 doses recebidas, entre Coronavac e Oxford, desde o dia 18 de janeiro, quando chegou a primeira remessa. Este é o décimo terceiro envio que chega à Bahia.

Segundo a coordenadora estadual de Imunização, Vânia Vanden Broucke, as vacinas serão imediatamente conferidas e separadas para todas as regionais de Saúde e também para todos os municípios da região metropolitana.

"Quando as vacinas chegam lá nas regionais de Saúde, elas também são distribuídas para todos os seus municípios de abrangência, completando assim a entrega para os 417 municípios do estado da Bahia", afirmou Vânia.

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O início da vacinação para os profissionais da educação foi autorizado pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), nessa quarta-feira (14). Serão vacinados profissionais que tenham 55 anos ou mais, de acordo com a resolução publicada nesta quinta-feira (15).

Outra mudança prevista pela resolução é o avanço na vacinação do grupo das forças. Segundo o documento, os municípios que finalizarem a etapa de 59 a 50 anos do grupo força de segurança e salvamento poderão avançar para o grupo de 49 a 45 anos.


No entanto, não há previsão de quando a imunização deve começar, visto que as doses que estavam previstas para chegar na Bahia hoje não vão ser mais enviadas pelo Ministério da Saúde (MS). A informação foi confirmada pela coordenadora adjunta da CIB, Stela dos Santos Souza, em entrevista à TV Bahia. "É o Ministério da Saúde que nos informa quantas doses vai nos enviar e a partir disso fazemos o planejamento. O atraso no envio é um grande problema", disse.

A novidade também foi confirmada por Rui Costa no Twitter e por decreto publicado no diário oficial. "Precisamos de mais vacinas para ampliar a imunização e retomar as aulas com segurança para todos", disse o governador.


Além dos profissionais da educação e das forças, o próximo grupo a ser vacinado será o das pessoas com comorbidades ou doenças crônicas, de 18 a 59 anos. De acordo com a resolução da CIB, apenas os municípios que finalizarem a etapa da vacinação de idosos de 60 anos e mais poderão iniciar essa fase.

A lista com as doenças crônicas também foi publicada no Diário Oficial desta quinta. Confira a lista:
- Pessoas com doenças renais crônicas em tratamento de hemodiálise
- Síndrome de Down
- Transplantados
- Imunossuprimidos
- Pessoas com outras doenças renais crônicas
- Pneumopatias crônicas graves
- Insuficiência cardiáca (IC)
- Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar
- Cardiopatia hipertensiva
- Sindromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e pericardiopatias
- Doenças da Aorta, dos grandes vasos e fístula arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Cardiopatias congênita no adulto
- Prótese valvares e dispositivos cardíacos implantados
- Hipertensão arterial (HAR)
- Hipertensão arterial estágio 3
- Hipertensão arterial estágio 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade
- Obesidade mórbida
- Doença cerebrovascular
- Doenças hepáticas crônicas/Cirrose hepática
- Diabetes mellitus
- Anemia falciforme

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A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, pela sigla em inglês) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país, conhecido como CDC, recomendaram nesta terça-feira (13) que o uso da vacina contra covid-19 da Johnson & Johnson (J&J) seja interrompido após relatos de casos de coágulos desenvolvidos por pessoas que receberam o imunizante.

A FDA e o CDC estão avaliando dados envolvendo seis casos de coagulação. A vacina é produzida pela Janssen, unidade europeia da J&J com sede na Bélgica. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Febre, dor de cabeça, diarreia, desconfortos abdominais e sintomas gripais. Pessoas que apresentem sinais da Covid-19 ou que já tenham tido resultado positivo de um exame RT-PCR para o Sars-CoV-2 devem evitar tomar as vacinas disponíveis por, ao menos, um mês.

A médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Adielma Nizarala, explica que o paciente deve buscar um atendimento médico para a confirmação do diagnóstico logo que apresentar sintomas.

“Se a pessoa vai tomar a primeira ou segunda dose da vacina e apresenta sintomas do coronavírus, deve procurar um atendimento de saúde para ser diagnosticada, independente da dose. Uma vez diagnosticado, o indivíduo não poderá fazer o uso da vacina”, diz.

Conforme a médica, caso haja a confirmação do contágio da Covid-19, o recomendado é adiar a aplicação do imunizante por 30 dias. Isso para garantir que se encerre a janela de transmissão do vírus e agravamento dos sintomas, bem como uma recuperação do sistema imunológico.

“Para o diagnóstico positivo de Covid-19 é indicado o uso da vacina após quatro semanas do início dos sintomas. Para outras doenças, o indivíduo só pode ser vacinado depois que sair do quadro respiratório e não tiver mais na fase aguda da virose. Independentemente de ser Covid, qualquer pessoa que tiver sintomático respiratório, com febre, não deve ser vacinado” explica Adielma.

A infectologista esclareceu, no entanto, a diferença entre reações pós-vacina e sintomas da doença. Conforme a profissional, a imunização contra o coronavírus pode causar efeitos por um curto período. “Normalmente, essas reações acontecem no mesmo dia da aplicação e pode evoluir até três, quatro dias, no máximo. Nesse caso, não é doença”, destaca.

Casos graves
As reações são muito semelhantes com os sintomas da doença contra a qual a pessoa foi vacinada. No caso da Covid-19, a pessoa pode apresentar dor de cabeça, dor no corpo, desconforto abdominal, diarreia e febre, de forma leve. A médica ressaltou que é muito pouco provável que o efeito colateral da primeira dose chegue até a data da aplicação da segunda dosagem. “O período mínimo de uma dose para outra é de 28 dias. Este prazo, com quadro agudo respiratório, o paciente deve estar internado, investigando o que está acontecendo”, alertou Adielma.

De acordo com especialistas, é correto afirmar que nenhuma vacina previne em 100% as chances de a pessoa contrair o coronavírus. No entanto, o imunizante serve para prevenir os casos mais graves – ou seja, se a pessoa contrair o vírus, ela deverá sentir apenas sintomas mais leves.

“O objetivo do imunizante é evitar que o indivíduo apresente quadros que o levem à morte. Mesmo após 21 dias da segunda dose, a pessoa pode ser infectada. A garantia da vacina que essa pessoa não evolua ao ponto de necessitar a internação em UTIs”, relata Adielma.

Dessa forma, a infectologista alerta para a necessidade de manter as medidas de segurança, mesmo após a aplicação das duas doses da imunização. “Trinta a cinquenta por cento das pessoas vão pegar o vírus mesmo estando vacinadas. A diferença é que essas não farão casos graves. Por isso é tão importante que mesmo pessoas imunizadas ainda se mantenham em uso de todas as medidas de precaução, para evitar que outras pessoas sejam infectadas”, reforça.

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O gerente-geral de Medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gustavo Mendes, afirmou na manhã desta segunda-feira, 5, que, até o momento, o órgão regulador não recebeu informações complementares solicitadas aos desenvolvedores das vacinas nacionais candidatas contra a covid-19 Butanvac e Versamune para que possa avaliar a autorização para início dos testes em humanos.

Mendes explicou, em entrevista à rádio CBN, que foram feitas "exigências para as duas empresas porque elas apresentaram dados sobre os estudos que foram feitos, mas não apresentaram propostas de como o estudo em humanos será realizado - como, por exemplo, quantas pessoas vão participar do estudo ou quem vai executar".

Há duas semanas, o governo de São Paulo e o governo federal anunciaram os dois imunizantes com a promessa de produção integral em solo brasileiro. A Butanvac é desenvolvida pelo Instituto Butantan, enquanto que a Versamune é elaborada por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). As vacinas aguardam autorização do órgão regulador para que possam iniciar a fase I de testes clínicos, que deve apontar a segurança dos imunizantes.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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