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Os testes feitos neste final de semana em Brotas e na Pituba detectaram 140 pessoas com covid-19, segundo balanço da prefeitura. Foram 899 testes realizados, no total. 101 pessoas em Brotas testaram positivo e outras 39 na PItuba. Os dois bairros estão com medidas de prevenção à covid-19 de volta desde a quarta-feira (2) e desde então 1.484 pessoas já foram testadas, com 251 resultados positivos.

A testagem tem previsão inicial de duração para até esta terça-feira (8). Ela acontece em unidades volantes que ficam no fim de linha de Brotas e na Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba, a partir das 8h. O resultado da doença permite que a pessoa se isole e pare de transmitir o vírus.

O procedimento é feito através de uma punção digital (furo no dedo) após o paciente fazer um cadastro, e o resultado é encaminhado até as 18h do mesmo dia por meio de mensagem de texto para o celular da pessoa. Em caso de resultado positivo para o coronavírus, a pessoa é orientada a fazer o isolamento e a contraprova.

Outras ações
Além dos testes, equipes da Limpurb fazem a desinfecção das ruas da Pituba e de Brotas com carro-pipa e agentes de limpeza com pulverizadores costais, com solução de hipoclorito de sódio e água. A Prefeitura-Bairro de cada região também está distribuindo máscaras de proteção para a população.

Além das ações nos bairros, a população pode fazer o teste em postos de saúde e em todas as 40 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs e PAs) da cidade. Desde o início da pandemia, a SMS realizou 223.205 testes para detecção da doença até hoje. De acordo com dados obtidos no portal da Transparência da SMS, há 100.651 casos confirmados da doença na capital baiana, entre os quais 96.865 casos já estão curados.

Publicado em Bahia

A semana começou com terror na Joana Angélica. Na manhã desta segunda-feira (7), por volta das 9h10, três bandidos, dois deles armados, entraram na loja de calçados Di Santinni, renderam clientes e vendedores, prenderam pessoas em banheiros e no depósito do local e levaram todo dinheiro que estava no escritório da loja. A ação, que durou cerca de 40 minutos, teve negociação com a polícia, que chegou logo e encontrou os bandidos com reféns, e terminou com a fuga dos três suspeitos pelo andar de cima do prédio da Di Santinni.

Nilton Barreto, subgerente da Di Santinni, estava no local durante o crime. Segundo ele, a loja seguia o funcionamento normal até a chegada dos assaltantes. "Tava tudo certo até que, por volta das 9h10, eles chegaram na loja armados, mandaram todos ficarem no chão e anunciaram que era um assalto. Logo depois de render todo mundo, começaram a perguntar pelo dinheiro, que estava localizado no escritório, que fica no andar de cima da loja", conta o subgerente.

De acordo com outro subgerente, Raianderson Santana, 34, os suspeitos pareciam saber exatamente onde o escritório e o cofre do local estavam localizados. "Depois que todos foram rendidos, eles já queria ir logo lá pra cima pra conseguir acesso ao cofre no escritório, onde iriam pegaram o dinheiro. Eles já entraram aqui nessa intenção, de ir até o escritório, que eles já sabiam onde era", lembra.

Reféns
Além de render as pessoas na loja, os bandidos também fizeram reféns, que permaneceram no banheiro e no depósito do local. Um deles foi Raianderson. "Eu estava no escritório quando eu ouvi os gritos. Depois disso, eu corri pra cá para ver o que estava acontecendo, aí vi todo mundo no chão com as mãos na cabeça e fiz a mesma coisa. Eles levaram algumas pessoas para trancar no banheiro e depois levaram outros para o depósito, eu fui um deles", lembra.

Dois funcionários, que não quiseram revelar a identidade, descreveram o momento de angústia quando estavam expostos a ação dos criminosos. "Você vem trabalhar, ganhar seu dinheiro honestamente e, de repente, tem um sujeito apontando a arma pra sua cabeça e ameaçando sua vida, foi uma coisa horrível", diz.

Outra funcionária afirma que ação a deixou com medo e teme que que isso volte a acontecer. "Aqui, normalmente, não fazem isso. A gente não tá acostumado com assalto desse tipo, com os bandidos armados e rendendo todo mundo. Isso me deixou assustada, não quero estar presente se isso acontecer de novo", declara.

Alguns dos funcionários feitos de reféns foram liberados pela loja por estarem muito abalados com a situação. Raianderson afirma que o momento mais tenso ocorreu com a chegada da polícia. "Na hora que iam nos liberar, perceberam que estava cheio de policial e queriam nos usar de escudo para não receber os tiros. Aí todo mundo ficou assustado pensando que ia morrer caso as coisas ficassem complicadas pra eles", conta.

Os bandidos chegaram a negociar com a polícia e, apesar da declaração de que fariam os reféns de escudo no meio da ação, não feriram nenhuma das pessoas presas com eles no depósito pela ação não ter acabado em troca de tiros.

Fuga
Temendo a ação dos policiais, os bandidos começaram a liberar os reféns para que a polícia os recebesse e ficasse distraída enquanto decidiam como fugiriam do local.

Raianderson conta que a liberação dos reféns aconteceu no mesmo momento em que os suspeitos subiram para procurar uma saída no andar de cima. "Quando eles viram que sair pela parte debaixo seria complicado, subiram para o andar de cima no mesmo instante que nos liberaram pra atrasar a ação dos policiais", explica.

No andar de cima, os bandidos conseguiram quebrar uma grade que dava acesso ao telhado de outra loja, fugiram e não foram encontrado pelos agentes da polícia.

Publicado em Polícia

Mais 170 leitos de UTI para covid-19 serão reabertos na Bahia. Destes, 130 são em Salvador. As medidas foram anunciadas pelo secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

Os leitos de UTI serão abertos nos hospitais Espanhol (80), Ernesto Simões (30) e Couto Maia (20) e atenderão pacientes da capital e do interior, através do sistema de regulação. Além dos leitos da capital, a Sesab viabiliza a abertura de UTIs em Porto Seguro (10), Juazeiro (10) e Feira de Santana (20). Dos 170 leitos de UTI Covid-19 programados, 50 já foram abertos.

"O governador Rui Costa autorizou a Secretaria da Saúde do Estado a reabrir leitos que haviam sido desativados temporariamente, em unidades da capital e do interior, assim como ampliar os leitos do Hospital Espanhol para a capacidade máxima", afirmou Fábio Vilas-Boas, em postagem no Twitter.

Também será ampliada a testagem e instituídos protocolos de segurança para o verão em todo o estado. Segundo informações da Secretaria estadual da Saúde (Sesab), kits de coleta do exame RT-PCR estão sendo distribuídos para todos os municípios fazerem busca ativa através do mapeamento de contactantes próximos de pessoas infectadas.

Para reforçar o processamento dos testes, o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) recebeu um novo robô de extração de RNA e outros equipamentos que serão instalados, a partir desta terça-feira (8). Os equipamentos ampliarão a capacidade de processamento de amostras em mais de 1 mil testes por dia, alcançando a casa dos 6 mil testes diários.

Publicado em Saúde
Sexta, 04 Dezembro 2020 14:00

'Cira do Acarajé' morre em Salvador

A baiana de acarajé Jaciara de Jesus, mais conhecida como Cira, morreu na madrugada desta sexta-feira (4), em Salvador. A informação foi confirmada pela presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Mingau (Abam), Rita Santos.

Segundo ela, a quituteira estava internada há 18 dias no Hospital São Rafael. Cira tinha problemas renais e estava fazendo hemodiálise.

"Infelizmente perdemos mais uma estrela, de tantas que já perdemos esse ano", lamentou Rita.

Cira é uma das baianas de aracajé mais famosas de Salvador. O seu ponto principal de vendas é no bairro de Itapuã, mas a quituteira expandiu seus negócios também montou um ponto no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho.

O prefeito ACM Neto lamentou a perda e ressaltou a importância da baiana para a cultura. “A Bahia perde um patrimônio, um ser humano querido e amado por todos os baianos e por todas as pessoas que visitaram Salvador nos últimos anos. Ela herdou uma tradição, todo aquele conhecimento que vem de geração em geração, e soube acrescentar o seu toque especial, tornando o seu acarajé um dos preferidos da Bahia. Neste dia de Santa Bárbara e Iansã, nós sabemos que Cira será bem-recebida por Deus. Expresso aqui os meus sentimentos. Que Deus possa confortar a todos os seus familiares e amigos”.

Bruno Reis, prefeito eleito de Salvador, também comentou sobre a morte. "Nossa cultura e gastronomia perdem um dos maiores ícones da nossa cidade, Cira do Acarajé. Uma baiana daquelas que com seu carisma e suas delícias encantou todo mundo. Que Deus conforte a família e os amigos nesse momento de profunda dor!", escreveu nas redes sociais.

O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, também lamentou a morte de Cira. "Rainha da arte culinária da cidade, mulher de uma energia luminosa, que encantava a todos com seu talento e capacidade de trabalho. Salvador perde mais um dos seus ícones, que vai deixar saudades em todos que relaxavam ao final do dia com seus quitutes e seu sorriso", disse, em nota.

Publicado em Bahia

Em um mês, Bahia cresce mais de 500% o número de registros de novos casos de covid-19. Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) no intervalo entre 02 de novembro e 02 de dezembro foram registrados 55.374 novos casos da doença. Na comparação entre o primeiro e o último dia do período, o aumento foi de 505% com registros de 533 e 3228 casos, respectivamente.

Neste último mês, o dia com o maior número de novos casos foi o dia 28/11 que registrou 4.224 novos casos. 15 dias antes, a campanha eleitoral das eleições municipais entrava em suas últimas 24 horas provocando aglomerações por todo estado.

Em entrevista ao CORREIO, o secretário de saúde do estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas já reconhece que o estado chegou à segunda onda de contaminação.

“Tecnicamente uma segunda onda acontece quando o número de novos casos é maior 50% em relação ao período anterior. Nós temos um número maior do que isso e de forma sustentada nas últimas três semanas. Nós estamos começando essa segunda onda e a expectativa é que ela seja apenas um reflexo do que aconteceu no período pré-eleitoral e que ela se extingua ao longo do próximo mês”, disse Vilas Boas.

Para o secretário, no entanto, existem fatores que tornam esse momento ainda mais preocupante do que aquele de meses atrás, apesar dos números absolutos não superarem os de meses como junho e julho.

“No começo da pandemia, a onda foi avançando da capital para o interior e tivemos regiões que iam evoluindo ao longo do tempo. À medida que uma região apresentava novos casos, outra ia melhorando. Nesse momento, estamos com o estado da Bahia inteiro em surto, com taxas de ocupação maiores do que 70% em todas as regiões, começando a pressionar a capital, enfrentando uma dificuldade de remanejar pacientes entre as regiões. Além disso, estamos com casos de internações não covid. No começo da pandemia tínhamos acidentes de trânsito reduzidos e agora temos um novo perfil epidemiológico que é a coexistência de causas de internação covid e não covid”, explica.

As aglomerações causadas pelo período eleitoral somadas às diversas flexibilizações ao isolamento que foram permitidas nos últimos meses é o que, segundo especialistas, pode estar por trás do aumento grande no número de contaminações.

“São muitos os fatores que podem estar por trás, desde as aglomerações que tem várias origens, festas, eventos, campanha eleitoral, das próprias casas das pessoas que começam a relaxar seus cuidados e fazerem encontros sociais com amigos e famílias. Nesses encontros, quando acontecem, as pessoas geralmente baixam a guarda, dificilmente um neto vai falar com uma avó usando máscara. Existe um imaginário de que em família não é preciso tomar maiores medidas”, alerta Angelo Loula, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) pesquisador e cientista de dados do Portal Geovid-19.

Sistema de saúde
O novo cenário, já comece a refletir inclusive numa pressão maior no sistema de saúde, gerando dentre outras ações a reabertura de leitos desativados. Segundo as autoridades, no entanto, ainda não há que se falar em colapso. “Estamos preparando a rede para absorver esse volume aumentado de casos para que ninguém fique sem atendimento. Nesse momento, estamos reabrindo leitos que foram desativados dentro da própria rede estadual. Em Salvador, já foram reabertos leitos e já foi determinada a reabertura também em cidades como Porto Seguro e Juazeiro. Ainda é cedo para falar em risco de colapso, porque existem muitos leitos que podem ser reabertos ainda, se for necessário”, diz Vilas Boas.

Para os médicos que atuam diretamente no atendimento aos pacientes, nesse momento em que as pessoas estão com as medidas de isolamento mais flexibilizadas, a atenção aos cuidados individuais precisa ser ainda maior.

“Além da flexibilização que está acontecendo, das pessoas estarem saindo mais, elas não têm usado máscara corretamente, nem trocando a cada duas horas, deixaram de higienizar as mãos com frequência, de manter a distância mínima e tudo isso reflete no número de casos nos hospitais.. A doença é uma roleta russa e a gente não sabe como vai reagir e sabemos que agora, depois desse tempo todo, as pessoas estão tendo questões psicológicas sérias por conta do isolamento.

Então, é preciso intensificar esse tripé de proteção, da máscara, higienização e distância. É isso que nos protege e reduz riscos”, destaca o infectologista e professor universitário Claudilson Bastos.

A preocupação é ainda maior quando os números, segundo dizem os especialistas, não conseguem acompanhar a velocidade dos casos. É que existe um tempo entre o momento em que a pessoa sente os sintomas e colhe o material para ser testada e o dia em que o resultado fica pronto e é inserido no sistema entrando para os números.

“De certa forma, esses números então refletem o passado, o retrato exato dessa semana, por exemplo, a gente só consegue ver daqui um tempo. No fundo, no fundo, a gente não sabe exatamente qual é a real situação dessa pandemia. E ela pode estar pior do que os números mostram. Parte da população que está sendo contaminada fica assintomática, ou com sintomas leves, nunca vai ser testada, e a gente não vai ter a descoberta real desses números”, analisa Loula.

Fim de ano
O nova onda de casos chega em um momento de festas, caracterizado por algo que precisa ser evitado: as aglomerações. Os profissionais e autoridades alertam para a importância de evitar ao máximo as confraternizações em grupo. “As pessoas precisam se preparar para viver um Natal, um Réveillon, e um Verão muito diferente dos anos anteriores. Esse é um período que as pessoas frequentam mais as casas umas das outras e isso pode dar ainda mais gás para a taxa de transmissão. A recomendação é para as pessoas não viajarem, não irem às casas uns dos outros. Não vamos permitir Réveillon em ambientes fechados, em espaços com mais do que 200 pessoas, Vamos fazer o possível para não ter que fechar tudo de novo, mas se tiver que fazer, faremos. Não vai ter jeito”, diz Vilas Boas.

Se o encontro for inevitável, um alerta. “É preciso manter os cuidados, o distanciamento, uso das máscaras mesmo em situações com familiares e amigos, e que cada um se mantenha na sua bolha social só interagindo com as mesmas pessoas para evitar que haja a cadeia de transmissão”, finaliza Loula.

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A Petrobras informou que concluiu a fase de negociação com o Grupo Mubadala no âmbito do processo para desinvestimento da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. Conforme prevê a Sistemática de Desinvestimos da Petrobras, o processo está, atualmente, em fase de nova rodada de propostas vinculantes.

Nesta nova rodada a Petrobras solicitou a todos os participantes que submeteram propostas vinculantes, inclusive o Grupo Mubadala, que apresentem suas ofertas finais com base nas versões negociadas dos contratos com o Mubadala.

A estatal espera receber essas ofertas em janeiro de 2021.

Em relação à Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) e à Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), a companhia informa que também já recebeu propostas pelos dois ativos.

Publicado em Bahia

A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina das pessoas, mas ela não conseguiu abalar a fé. Os devotos de Santa Bárbara e Iansã que o digam. A celebrações para a santa e a orixá marcam o início do ciclo das festas populares em Salvador, que este ano vão estar bem diferentes.

O tradicional caruru oferecido pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), de quem Santa Bárbara é padroeira, este ano vai ser em formato de quentinha. Nesta sexta (4), a corporação vai entregar as quentinhas com a iguaria a moradores de rua, acompanhado de um kit com álcool a 70%. Além disso, os militares vão doar cestas básicas, roupas e kits de higiene pessoal. Às 9h, uma missa vai ser celebrada na Paróquia do Quartel da Barroquinha que será transmitida pelo perfil da corporação no YouTube.

“Nos readequamos para conseguir manter a tradição e as homenagens. Para evitar a aglomeração, vamos levar as quentinhas e os kits diretamente para aqueles em necessidade alimentar em locais pré-definidos por nós. Estamos num ano de muita dificuldade, por isso resolvemos também levar cestas básicas e roupas para os mais necessitados”, explicou o comandante-geral do CBMBA, coronel BM Francisco Telles.

A fé da corporação foi uma das primeiras coisas que Gleisiane Silva, dentista e soldada do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, herdou quando passou no concurso em 2017. Para comemorar a aprovação, ela fez um caruru para a padroeira e, desde então, não passa a data em branco. Esse ano, não seria diferente, com tantas provações a saúde, agradecer é uma obrigação. “O primeiro caruru foi em casa mesmo, minha irmã gosta de decoração e arrumou tudo, foi só com a família e esse ano vai ser do mesmo jeito por causa da pandemia. Esse ano eu vou fazer para agradecer novamente, porque ela nos deu livramento várias vezes. Tem dado resultado, ela tem sido ótima comigo”, falou.

A devoção de dona Aída Valtrudes, de 81 anos, é bem mais antiga. Veio do pai, que no primeiro dia de trabalho em um açougue na Vitória, encontrou um quadro de Santa Bárbara todo empoeirado no local. Limpou, pediu ao colega pra ir nos canteiros próximos para coletar umas flores e colocou em um vaso ao lado da imagem. Desse dia em diante, ele se tornou devoto e daqueles fervorosos. Todo ano, fazia a festa para a santa. Quando dona Aída tinha três anos, se mudaram para o bairro da Liberdade e a festa ganhou ainda mais adeptos. Desde a morte do pai, é dona Aída a responsável por tocar a tradição. “Meu pai tinha uma fé muito forte, herdei dele. Tanto que quando minha filha nasceu, batizei de Bárbara”, revelou.

Mas, para tristeza dos familiares e amigos, dona Aída bateu o pé que com pandemia não tem caruru. “Só vou fazer um pequeninho pra botar nos pés dela, e só”, disparou. A festança, com aquela mesa farta, vai ficar pra quando o ‘antigo normal’ voltar a vigorar. “Assim que acabar a pandemia eu vou fazer outro, para compensar”, garantiu.

A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos pretos, no Pelourinho, é o local da tradicional festa da cidade. No entanto, também por lá as adaptações foram necessárias. O Prior da Irmandade dos Homens Pretos, Adonai Ribeiro, contou que a imagem não vai ser levada em procissão até o quartel. A celebração será cheia de restrições e apenas 70 fiéis poderão participar das missas.

Quem não conseguir entrar na igreja pode assistir à cerimônia no Instagram da igreja, onde também serão transmitidas três missas, às 7h, às 9h e às 11h.

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A realização de shows e festas está suspensa em toda a Bahia. A decisão, que será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (4), faz parte do decreto nº 19.586. A informação foi divulgada na noite desta quinta-feira (03) pelo Governo do Estado da Bahia.

Conforme a publicação, ficam proibidos os "shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes". O decreto tem validade até 17 de dezembro, com indicativo de renovação.

Na última quarta-feira (2), o Governo do Estado já havia prorrogado o decreto, que também suspende as aulas nas unidades de ensino das redes pública e privada e proíbe eventos e atividades com presença de público superior a 200 pessoas.

 

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A Bahia soma nesta quinta-feira (3) 11.734 casos ativos de Covid-19, situação em que o paciente permanece doente e pode transmitir o novo coronavírus. A elevação de infectados ativos impacta na ocupação hospitalar. A taxa varia de 49% (enfermaria adulto) a 70% (UTI adulto). Para atendimento pediátrico, a taxa encontra-se em 64% (enfermaria) e 59% (UTI).

Nas últimas 24 horas, o estado registrou 3.268 novos casos confirmados de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) e 3.284 recuperados (+0,8%). Mais 21 óbitos foram atestados tendo como causa o novo coronavírus. Dos 412.685 casos confirmados desde o início da pandemia, 392.615 doentes já são considerados recuperados.

O estado verifica ainda 114.924 suspeitas de contaminação em investigação. Do total de casos confirmados, 99.357 casos (24,38%) são de moradores de Salvador e os demais 306.107 (75,12%) ao interior e Região Metropolitana. Há 2.017 (0,50%) contaminações diagnosticadas de doentes de outros estados que foram atendidos na Bahia.

Durante toda a pandemia, 8.336 pessoas morreram vítimas da pandemia. Em 71,65% dos casos fatais, o paciente possuiam comorbidade. O boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado informou que 2816 falecidos tinham hipertensão arterial, 2.585 sofriam de diabetes e 1.571 de doenças cardiovasculares.

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O prefeito ACM Neto garantiu nesta quarta-feira (2) que não gastará um único real de dinheiro público com os cachês dos artistas que se apresentarão na festa online do reveillón de Salvador.

Ivete Sangalo e Gusttavo Lima serão as atrações da virada do ano. Os artistas se apresentarão no Forte São Marcelo, para evitar aglomerações, em evento será transmitido através dos canais digitais da prefeitura e pela TV Globo e pelo Multishow, das 22h às 2h.

"Gustavo e Ivete são, hoje, duas das maiores atrações do Brasil. Ambos reunidos, tocando na virada do ano em Salvador, em uma festa totalmente segura, feita para que as pessoas fiquem em casa, e transmitida ao vivo. Os cachês dos artistas estão sendo 100% bancados pela iniciativa privada, a prefeitura está gastando zero. Ah, Gusttavo Lima custa R$ 1 milhão? Ivete custa R$ 1 milhão? É o preço deles de mercado. O que importa é que a prefeitura correu atrás de patrocínio para que não houvesse um centavo de dinheiro público colocado no pagamento do cachê deles. Ponto", explicou.

O prefeito criticou ainda quem tem feito ataques à prefeitura por contratar artistas de ponta para o evento. "O resto é dor de cotovelo, é inveja. São pessoas que pensam pequeno e torcem contra a cidade. Vamos ter o maior evento do Brasil, que vai ser acompanhado pelo mundo inteiro. Façam a conta e vejam o que representa isso, em termos de promoção para a cidade. Estamos falando de economia, de perspectiva para Salvador, sobretudo num momento como esse, que não teremos Carnaval, Lavagem do Bonfim. Me orgulho muito de eestar fazendo o maior reveillon do Brasil".

Por fim, Neto citou ainda que não contratou apenas artistas baianos porque já é tradição da festa de fim de ano baiana ter artistas do Brasil inteiro. A medida é adotada sempre no Carnaval, quando a prefeitura banca apenas cantores locais.

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