Terça, 05 Novembro 2024 | Login

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) está reabrindo vagas em unidades de terapia intensiva (UTI) para vítimas de covid-19, por conta do aumento da taxa de ocupação dos leitos destinados aos pacientes que estão com a doença. Em Salvador, o Instituto Couto Maia foi reforçado com 20 leitos e, no Hospital Espanhol, outros 20 devem ser abertos até o final de semana.

No norte baiano, em Juazeiro, a capacidade foi ampliada com 10 vagas. Em Porto Seguro, no sul, já houve a determinação para que 10 leitos sejam destinados à assistência à covid-19 e, em Feira de Santana, mais 10 leitos já estão sendo destinados aos pacientes com coronavírus.

O secretário Fábio Villas-Boas diz que se for preciso o Hospital Espanhol, em Salvador, pode expandir em até 80 novos leitos. “Estamos vendo um aumento do número de notificações da covid-19 e de internações. Precisamos continuar tomando todas as medidas de prevenção, como evitar aglomerações e o uso de máscaras. Enquanto governo, podemos garantir que situações excepcionais, como festas em locais públicos, sejam proibidas, mas é importante que todos colaborem”, afirma.

O cenário visto hoje é mais crítico do que em junho e julho, alerta. "Pela primeira vez, todas as regiões da Bahia estão com número alto de incidência, internação e ocupação de leitos. A sobrecarga no sistema é muito maior, uma vez que outros problemas como acidentes de trânsito também aumentaram”, acrescenta.

Mais cedo, em entrevista à TV Bahia, ele falou em "segunda onda" por conta desse aumento. "Nós já estamos completando três semanas sucessivas de crescimento progressivo e contínuo do número de casos. Portanto, é possível falar que já estamos entrando numa segunda onda, que vem num cenário mais grave do que o que enfrentamos o início da pandemia", disse.

Já o governador Rui Costa preferiu não falar em segunda onda, mas disse que o pico por agora pode ser o pior da pandemia. "O volume ainda não nos permite afirmar que temos uma segunda onda, mas o ritmo nos permite afirmar que, daqui a uma ou duas semanas ou nos próximos dez dias, se continuar nesse ritmo, podemos viver não só a segunda onda como a maior onda de casos que a Bahia viveu desde o início da pandemia", disse Rui, durante evento no CAB para entrega de novas viaturas.

Vacinação
Também hoje, Rui autorizou a montagem de uma rede de ultrafreezeres, equipamentos que podem chegar até -80°C, para que a Bahia esteja preparada para estocar e distribuir a vacina da Pfizer ou da Moderna — ambas sintéticas, de RNA, a mais avançada tecnologia de vacinas do mundo — quando forem aprovadas.

“Faremos o registro de preço para aquisição de até 100 ultracongeladores para montarmos, pelo menos nas grandes cidades, uma rede de frio com capacidade para armazenar seja a vacina da Pfizer, seja a vacina da Moderna. Essas vacinas, se estiverem disponíveis para a população da Bahia antes das demais, o Governo do Estado vai estar preparado para fazer aquisição e a distribuição”, diz o secretário.

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O primeiro dia com a volta dos testes rápidos para detectar covid-19 na Pituba e Brotas teve 55 casos positivo, segundo balanço divulgado pela prefeitura nesta quinta-feira (3). Foram feitos ontem 137 testes em Brotas, com 44 pessoas com resultado positivo. Na Pituba, foram 150 testes, com 11 resultados positivos. Os testes vão continuar sendo feitos diariamente por unidades móveis no fim de linha de Bortas e na Praça Ana Lúcia Magalhães, a partir das 8h.

Os testes devem ajudar a evitar a segunda onda da pandemia em Salvador, permitindo identificação de doentes para que cumpram o isolamento social e não disseminem a covid. O procedimento é feito através de uma punção digital (furo no dedo) após o paciente fazer um cadastro, e o resultado é encaminhado até as 18h do mesmo dia por meio de mensagem de texto para o celular da pessoa.

Em caso de resultado positivo para o coronavírus, o cidadão é orientado a fazer o isolamento e a contraprova. Por meio do teste é possível identificar se a pessoa já teve a doença e se ainda está com ela.

A retomada ocorre nesses bairros, devido ao número crescente de casos do novo coronavírus. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), entre os dias 24 e 30 de novembro foram contabilizados 113 novos casos em Brotas e 167 na Pituba. Outros bairros que apresentem alto índice de casos também podem receber as medidas no futuro.

Mais ações
Além dos testes, equipes da Limpurb fazem a desinfecção das ruas da Pituba e de Brotas com solução de hipoclorito de sódio e água e a Prefeitura-Bairro de cada região está distribuindo máscaras de proteção para a população. Segundo a gestão de cada Prefeitura-Bairro, cerca de 5 mil máscaras de tecido devem ser distribuídas ao longo dos sete dias de medidas de proteção à vida.

Além das ações nos bairros, a população pode fazer o teste em postos de saúde e em todas as 40 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs e PAs) da cidade. Desde o dia 28 de setembro, apenas as unidades básicas de saúde já realizaram 1.847 testes rápidos. Desse total, 269 exames tiveram resposta positiva para a doença.

Desde o início da pandemia, a SMS realizou 218.909 testes para detecção da doença . De acordo com dados obtidos no portal da Transparência da SMS, que mostra índices relacionados à covid-19, nesta quinta-feira (3) há 98.940 casos confirmados da doença na capital baiana, entre os quais 95.681 casos já estão curados.

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Com a chegada do final do ano, a possibilidade de festas e aglomerações aumenta, o que é perigoso em tempos de covid-19. O governador Rui Costa afirmou nesta quinta-feira (2) que o governo fará um "monitoramento rigoroso" até nas redes sociais para flagrar estabelecimentos que façam festas nesse período.

"Não será permitida nenhuma festa de final de ano em dezembro. Vamos fazer um monitoramento rigoroso inclusive em redes sociais para que qualquer estabelecimento que esteja fazendo festa seja fiscalizado e até interditado pela polícia se desrespeitar as regras e fazer festas no Réveillon. Isso não será permitido e a polícia atuará preventivamente", alertou Rui, durante entrega de viaturas novas no CAB.

Ele disse que a "vida humana é mais importante que o faturamento da festa". "É melhor ficar sem as festas do fim de ano do que ficar sem emprego, já que uma maior contaminação por causa disso pode ocorrer restrições no comércio e em estabelecimentos. Para os baianos, eu digo que não comprem ingresso de festa porque vai perder o dinheiro e a festa não vai acontecer", diz.

O monitoramento já está sendo feito para tentar verificar a organização de possíveis festas. "Já estamos cientes de algumas festas anunciadas que serão monitoradas, notificadas e, se insistirem em fazer, interrompidas", garantiu.

No final de novembro, Rui já tinha dito que as festas de fim de ano estavam proibidas no estado. “Não será permitida em nenhum município da Bahia festas públicas e privadas. E se for para a praia? Não temos condições de dispersar pessoas nas praias. Vamos fazer um campanha, vamos fazer um apelo para que as pessoas não ocupem as areias da praia no Ano Novo. Não vou jogar bomba de gás na areia de praia. Espero que a consciência das pessoas fale mais alto”, declarou Rui. “Festas por iniciativas privadas e poder público não serão permitidas. Se individualmente as pessoas vão aglomerar, o que vou fazer?", disse, na ocasião.

Nova onda de casos
A Bahia ainda não vive uma segunda onda, mas o ritmo crescente de casos de covid-19 preocupa e o pior momento da pandemia pode está por vir, na avaliação do governador Rui Costa. "O volume ainda não nos permite afirmar que temos uma segunda onda, mas o ritmo nos permite afirmar que, daqui a uma ou duas semanas ou nos próximos dez dias, se continuar nesse ritmo, podemos viver não só a segunda onda como a maior onda de casos que a Bahia viveu desde o início da pandemia", disse Rui, no mesmo evento.

Por conta desse momento de aumento nos casos, a volta as aulas voltou a ser descartada. "Nossa intenção era começar as aulas agora, mas por conta do crescimento da doença, nós tivemos que adiar esse retorno. Não dá pra pensar numa volta segura como queremos fazer desde o início com esse número tão grande de novos casos", diz.

Apesar disso, o governador descarta nesse momento a volta de restrições ao transporte intermunicipal, como ocorreu no início da pandemia. "As medidas de restrição não devem acontecer no transporte, estamos em um momento diferente. Quando ocorreu, era com a intenção de impedir que a doença chegasse às cidades que estavam sem registro. Hoje, acredito que 100% das cidades têm casos. Então, essa atitude serviria apenas para trazer prejuízo econômico e dificultar a locomoção de quem necessita do transporte municipal", considerou.

Ele falou em "restrição no convívio social" caso a situação piore, sem detalhar que medidas exatas poderiam ser tomadas. "O que pode ser feito, se a situação se agravar, é a restrição no convívio social no geral, que não está descartado porque não podemos permitir que o cenário se amplie de uma forma que não tenhamos leito para receber as pessoas contaminadas".

Pós-pandemia: 62% dos soteropolitanos temem aumento do trânsito, diz pesquisa

Em Salvador, cerca de 62% das pessoas estão preocupadas com o aumento do trânsito no pós-pandemia da covid-19. O dado é apontado pela pesquisa do Datafolha, encomendada pela empresa de mobilidade urbana 99. A pesquisa de percepção da população de Salvador (BA) sobre o uso de aplicativos, hábitos individuais de transporte e integração dos modos de transporte também revela que 38% dos soteropolitanos estão insatisfeitos com a mobilidade urbana de maneira geral, 37% a consideram regular e outros 25% acham ótima ou boa.

De acordo com o gerente de Políticas Públicas da 99, Rodrigo Ferreira, a maior preocupação das pessoas entrevistadas na pesquisa é o aumento do número de carros nas ruas, principalmente com o medo da utilização do transporte público por causa da contaminação do novo coronavírus.

"Aí entra a importância dos aplicativos de mobilidade, já que eles reduzem a necessidade de se ter um carro próprio e possibilitam que as pessoas se locomovam neste período de insegurança. Sem um automóvel particular, além de economizar espaços urbanos de estacionamentos, as pessoas continuarão com um comportamento mais multimodal, o que reduz os congestionamentos", diz o gerente. Ele acrescenta que a redução de congestionamentos passa por incentivos a integrações entre diferentes modais. "Táxis, carros particulares, ônibus, metrô, bicicleta entre outros, [para facilitar o direito de ir e vir dos brasileiros, principalmente nas periferias", fala.

Como solução para melhorar esse quadro, 56% dos entrevistados acreditam que o uso de veículos particulares piora a mobilidade urbana e, consequentemente, 58% defendem que a existência de carro por aplicativo diminui a necessidade de ter veículo próprio. Ainda como alternativa para evitar a volta aos congestionamentos pré-pandemia, 79% acreditam que os aplicativos de mobilidade colaboram com a fluidez do trânsito em Salvador.

“A sociedade enxerga os carros compartilhados como ferramentas essenciais para contornar os gargalos da mobilidade em grandes cidades, como Salvador. Dessa maneira, os dados dessa pesquisa mostram que, cada vez mais, os aplicativos devem se integrar aos modos de transporte nas grandes cidades para termos uma mobilidade mais efetiva e inclusiva”, afirma Ferreira.

Com um esforço para viabilizar soluções para esta questão, Ferreira diz que a empresa busca fomentar discussões sobre mobilidade urbana e contribuir com o debate da multimodalidade nos centros urbanos, principalmente com incentivos aos transportes coletivos, ativos e compartilhados. "Essa pesquisa com o Datafolha é mais exemplo desse esforço, já que com ela em mãos é possível pensar o presente e o futuro das cidades com mais clareza . A empresa também procura manter boas relações com agentes da esfera pública e sociedade civil, aberta para conversas que colaborem com a integração do sistema de mobilidade das cidades, incentivem o comportamento multimodal e contribuam para maior democratização do acesso à cidade", conta.

Renda e economia
Outro dado importante foi apontado pela pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), ele mostra que a 99 adicionou indiretamente R$ 180 milhões ao PIB da capital baiana em 2019, o que agregou 0,29% ao PIB local no ano. Isso foi responsável pela geração do equivalente a cerca de dois mil empregos no ano apenas na cidade.

É a primeira vez que a Fipe analisa o impacto socioeconômico da 99 no Brasil. O estudo se baseia em dados da plataforma sobre as operações no país, dados do IBGE e análises anteriores produzidas pelo corpo técnico da fundação.

Boa parte dos efeitos positivos gerados na economia pela presença da 99 vem dos gastos das famílias dos motoristas que geram renda por meio do aplicativo de maneira complementar ou principal. Essa movimentação econômica estimula a cadeia produtiva e seus efeitos indiretos, o que consequentemente aumenta o índice de empregos gerados.

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A Bahia ainda não vive uma segunda onda, mas o ritmo crescente de casos de covid-19 preocupa e o pior momento da pandemia pode está por vir, na avaliação do governador Rui Costa. "O volume ainda não nos permite afirmar que temos uma segunda onda, mas o ritmo nos permite afirmar que, daqui a uma ou duas semanas ou nos próximos dez dias, se continuar nesse ritmo, podemos viver não só a segunda onda como a maior onda de casos que a Bahia viveu desde o início da pandemia", disse Rui, durante evento no CAB para entrega de novas viaturas.

A fala contraria o que disse mais cedo o secretário da Saúde, Fábio Villas-Boas. "Nós já estamos completando três semanas sucessivas de crescimento progressivo e contínuo do número de casos. Portanto, é possível falar que já estamos entrando numa segunda onda, que vem num cenário mais grave do que o que enfrentamos o início da pandemia", disse ele à TV Bahia.

Por conta desse momento de aumento nos casos, a volta as aulas voltou a ser descartada, explicou Rui. "Nossa intenção era começar as aulas agora, mas por conta do crescimento da doença, nós tivemos que adiar esse retorno. Não dá pra pensar numa volta segura como queremos fazer desde o início com esse número tão grande de novos casos", diz.

Apesar disso, o governador descarta nesse momento a volta de restrições ao transporte intermunicipal, como ocorreu no início da pandemia. "As medidas de restrição não devem acontecer no transporte, estamos em um momento diferente. Quando ocorreu, era com a intenção de impedir que a doença chegasse às cidades que estavam sem registro. Hoje, acredito que 100% das cidades têm casos. Então, essa atitude serviria apenas para trazer prejuízo econômico e dificultar a locomoção de quem necessita do transporte municipal", considerou.

Ele falou em "restrição no convívio social" caso a situação piore, sem detalhar que medidas exatas poderiam ser tomadas. "O que pode ser feito, se a situação se agravar, é a restrição no convívio social no geral, que não está descartado porque não podemos permitir que o cenário se amplie de uma forma que não tenhamos leito para receber as pessoas contaminadas"

O governador comentou também a compra de refrigeradores para a futura campanha de vacinação, já que a maior parte dos imunizantes em desenvolvimento precisa desse tipo de armazenamento. "Nós estamos adquirindo refrigeradores que não são de uma finalidade exclusiva. Há hoje na Bahia outros medicamentos que necessitam de refrigeração. A compra dos refrigeradores vem pra reforçar uma estrutura que já existe e, claro, para dar capilaridade a um processo de vacinação da população baiana com vacinas que precisam estar refrigeradas abaixo dos -70°", diz.

Prefeitura e governo continuam trabalhando juntos no combate à covid. "Há sim um diálogo, os secretários de saúde do Governo e da Prefeitura continuam fazendo reuniões para seguir no combate a pandemia, nós temos conversado por telefone. A preocupação agora é reabrir os leitos em conjunto para que se consiga lidar com esse crescimento de casos. A prefeitura já iniciou esse processo abertura de leitos. Nós também abriremos para compensar a ausência do hospital da Fonte Nova e vamos abrir leitos no Hospital Espanhol e também no Couto Maia", explicou.

Fim de ano
Com a chegada do final do ano, a possibilidade de festas e aglomerações aumenta. O governador afirmou que fará um "monitoramento rigoroso" até nas redes sociais para flagrar estabelecimentos que façam festas nesse período. "Não será permitida nenhuma festa de final de ano em dezembro. Vamos fazer um monitoramento rigoroso inclusive em redes sociais para que qualquer estabelecimento que esteja fazendo festa seja fiscalizado e até interditado pela polícia se desrespeitar as regras e fazer festas no Réveillon. Isso não será permitido e a polícia atuará preventivamente", alertou.

Ele disse que a "vida humana é mais importante que o faturamento da festa". "É melhor ficar sem as festas do fim de ano do que ficar sem emprego, já que uma maior contaminação por causa disso pode ocorrer restrições no comércio e em estabelecimentos. Para os baianos, eu digo que não comprem ingresso de festa porque vai perder o dinheiro e a festa não vai acontecer", diz.

O monitoramento já está sendo feito para tentar verificar a organização de possíveis festas.

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A Bahia já se prepara para armazenas doses de vacina contra o coronavírus. Na manhã desta quinta-feira (3), o secretário de Saúde estadual, Fábio Vilas-Boas, contou que já se reuniu com o governador Rui Costa para tratar dos detalhes.

Segundo o titular da pasta, equipamentos modernos serão adquiridos em breve. "O governador Rui Costa autorizou a montagem de uma rede de ultrafreezeres de -80 graus para que a Bahia esteja preparada para estocar e distribuir a vacina da Pfizer ou da Moderna, ambas sintéticas, de RNA, a mais avançada tecnologia de vacinas do mundo, quando forem aprovadas", publicou em uma rede social.

A ideia inicial é que sejam adquiridos pelo menos 100 equipamentos refrigeradores, que serão instalados na capital e nas principais cidades do interior baiano.

Ainda não há uma previsão de quando esses equipamentos serão comprados de fato, nem de quando serão entregues na Bahia. O secretário também não detalhou que outras cidade além de Salvador contarão com os equipamentos armazenadores.

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Sessenta novas viaturas foram entregues pelo governo do estado nesta quinta-feira (3), com ato no estacionamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Ao todo, 284 novas viaturas foram compradas, em nvestimento de R$ 14,5 milhões, e essa foi a primeira etapa das entregas para unidades operacionais e especializadas.

O governador Rui Costa, presente no ato, afirmou que a Bahia está atenta para impedir ação de criminosos. "A entrega faz parte do nosso trabalho, do nosso plano. que tem como meta dar mais condições para os profissionais responsáveis pela segurança no nosso estado. que desempenham um trabalho tão essencial para nós", afirmou. "Além das melhores condições de trabalho, estamos também agindo para que, em Salvador e no interior da Bahia, confrontos de organizações criminosas sejam impedidas e esses criminosos sejam presos. Acontecerá obviamente sem anúncio prévio, mas vai acontecer", garantiu.

Rui falou também da megaoperação policial que acontece agora no Nordeste de Amaralina "Nós também vamos trabalhar em pontos críticos com ações urbanísticas como ampliação de ruas que facilitem a entrada da polícia em locais que viraram centros de comandos dos criminosos. Então, nossa intenção é alterar a estrutura e fazer com as ruas favoreçam a entrada dos policiais e dificultem as ações dos criminosos", explicou.

As viaturas vão substituir as antigas, reforçando a segurança em Salvador, Região Metropolitana e no interior. Serão 20 veículos para Salvador, três para Feira de Santana, duas para Jequié e uma para cada um dos municípios a seguir: Abaré, Alagoinhas, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brejolândia, Brumado, Canavieiras, Curaçá, Eunápolis, Glória, Guanambi, Iguaí, Ilhéus, Ipecaetá, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Jacobina, Juazeiro, Lauro de Freitas, Macururé, Morpará, Paulo Afonso, Rafael Jambeiro, Remanso, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Serra do Ramalho, Teixeira de Freitas, Valença, Vitória da Conquista e Xique-Xique.

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A Bahia registrou 22 mortes e 3.228 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (2). No mesmo período, 2.655 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

Dos 409.417 casos confirmados desde o início da pandemia, 389.331 já são considerados recuperados, 11.771 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (24,49%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.352,14), Aiquara (6.950,07), Itabuna (6.947,66), Madre de Deus (6.850,61), Almadina (6.808,20)

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 807.023 casos descartados e 112.819 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (02/12).

Na Bahia, 32.226 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 22 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.315, representando uma letalidade de 2,03%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,43% ocorreram no sexo masculino e 43,57% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,67% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,26%, preta com 14,85%, amarela com 0,71%, indígena com 0,12% e não há informação em 11,39% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,64%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,78%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

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O trânsito na região da Avenida Tancredo Neves será alterado a partir da quinta-feira (3), com início da primeira etapa de requalificação da via. Nesse momento, será construída uma ligação subterrânea entre as avenidas Tancredo Neves e Magalhães Neto, para melhora da fluidez do trânsito. A previsão de conclusão é até abril de 2021.

A única mudança prevista para começar amanhã é o estreitamento da via marginal da Avenida Magalhães Neto, em frente aos edifícios Ícone e Amazon, atrás do McDonald's. Nesse ponto, as vagas para Zona Azul serão extintas e os veículos terão só uma faixa para tráfego.

A partir do sábado (5), o acesso ao bairro do Costa Azul pela Rua Doutor José Peroba, para quem estiver na Tancredo Neves, será bloqueado a partir da passarela ao lado Edifício TK Tower. A alternativa será um desvio provisório na Magalhães Neto, perto da Concessionária Ronda, com acesso ao pontilhão sobre o Rio Camarajibe.

Depois de passar sobre o rio, o motorista vai trafegar pela via marginal em frente ao G Barbosa, que terá sentido invertido, e acessar a Rua Doutor José Peroba entre o mercado e a academia Selfit.

A partir daí, o motorista pode chegar à Rua Arthur de Azevedo Machado e seguir para a Rua Edístio Pondé. O retorno seguinte, em frente à Fieb, continuará aberto.

Quem estiver no Costa Azul e quiser seguir para a Magalhães Neto não vai poder acessar a via ao lado do G Barbosa, precisando fazer retorno pela orla. Quem vem da orla para a Tancredo Neves deve acessar o Costa Azul pela Rua Arthur de Azevedo Machado. O trecho entre a concessionária Honda e a saída da Av. Magalhães Neto, sentido Av. Tancredo Neves, também será interditado. O acesso será apenas local para os edifícios localizados neste perímetro.

Projeto
Além da ligação subterrânea (trincheira bilateral) entre as avenidas Tancredo Neves e Magalhães Neto, o projeto prevê ainda a construção de uma ponte sobre o Rio Camarajibe. No caso da trincheira, a intervenção prevê a construção de via nova e subterrânea, além de recapeamento das vias existentes e ajustes na passarela instalada no local, drenagem, iluminação em LED e paisagismo. O investimento é de R$42 milhões. A nova Tancredo Neves é uma obra complementar ao sistema BRT . .

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A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) divulgou nota nesta quarta-feira (2) afirmando que vai manter a decisão de suspender as aulas presenciais, mesmo diante da portaria do Ministério da Educação (MEC) determinando retorno a partir de janeiro do ano que vem de todas as instituições federais de ensino superior.

Em nota assinado pela reitoria, a instituição diz que recebeu "com estranheza" a publicação da portaria, especialmente em momento em que há um crescimento de casos de covid-19 em vários locais, alémn de indefinição quanto à vacinação em massa da população do país.

"Na nossa região, levantamentos feitos pelo Comitê de Acompanhamento e Enfrentamento à covid-19 na UFRB indicam um crescimento significativo no número de casos e de óbitos nestas ultimas semanas, infelizmente", diz o texto.

A universidade diz ainda que boa parte das 15 mil pessoas de sua cominidade, incluindo alunos, técnicos, docentes e terceirizados, precisa se deslocar entre diferentes municípios, mobiliznado uma rede de transporte que acabaria sendo um vetor forte de contaminação.

Por conta disso, a UFRB diz que vai manter o decidido por sua portaria 322/2020, que tratava das medidas a serem tomadas durante a pandemia, incluindo a suspensão das atividades letivas presenciais. Diz também que assegura o fluxo do Planejamento Acadêmico dos cursos de Graduação da UFRB, bem como o calendário acadêmico da pós-graduação, seguindo a mesma portaria.

"Adotaremos as medidas necessárias (institucionais, jurídicas e políticas) para assegurar o respeito à vida, à ciência e à educação de qualidade, pública, gratuita e socialmente referenciada", encerra a universidade, afirmando que a preservação da vida foi e continua sendo a prioridade.

Veja vídeo gravado pelo reitor Fabio Josué sobre o assunto:

Portaria do MEC
O Diário Oficial da União publica, nesta quarta-feira (2), portaria do Ministério da Educação (MEC), determinando que instituições federais de ensino superior voltem às aulas presenciais, a partir de 4 de janeiro de 2021. Para isso, as instituições devem adotar um "protocolo de biossegurança", definido na Portaria MEC nº 572, de 1º de julho de 2020, contra a propagação do novo coronavírus (covid-19).

O documento estabelece ainda a adoção de recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros meios convencionais, que deverão ser “utilizados de forma complementar, em caráter excepcional, para integralização da carga horária das atividades pedagógicas”.

O texto da portaria diz, também, que as “práticas profissionais de estágios ou as que exijam laboratórios especializados, a aplicação da excepcionalidade”, devem obedecer as Diretrizes Nacionais Curriculares aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), “ficando vedada a aplicação da excepcionalidade aos cursos que não estejam disciplinados pelo CNE”.

O documento estabelece, que, especificamente, para o curso de medicina, "fica autorizada a excepcionalidade apenas às disciplinas teórico-cognitivas do primeiro ao quarto ano do curso, conforme disciplinado pelo CNE".

Ufba não voltará
Ao receber a informação, o reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles, se manifestou e informou que a instituição não obedecerá à determinação e que as aulas seguirão acontecendo de forma online até segunda ordem, por conta do coronavírus.

"Nossa Universidade não colocará em risco a vida de nossa comunidade, nem deixará de cumprir, com autonomia, sua missão própria de ensino, pesquisa e extensão. Só nos cabe assim reiterar os termos de nossa Resolução 04/2020, que bem expressa nosso zelo e nossa responsabilidade acadêmica e institucional", diz trecho da nota.

Já a Assufba, sindicato que representa a Ufba, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), publicou uma nota de repúdio à decisão do MEC.

"O Sindicato considera a atitude do governo Bolsonaro irresponsável, equivocada e perigosa. A pandemia causada pelo novo coronavírus ainda não acabou e a vacinação contra a Covid-19 não tem data para começar no Brasil. Além disso, com um quadro crescente, o Brasil acumula, até a tarde desta terça-feira (01/12), 173.862 mortes.
Desde o começo da pandemia, 6.388.526 casos já foram confirmados. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 38.154 novos diagnósticos por dia, a maior desde 6 de setembro, quando chegou a 39.356. Isso quer dizer que houve alta de 35% em relação aos casos registrados em duas semanas".

O documento lembra ainda que, com o crescimento dos casos, o país vive uma segunda onda da Covid-19. "Em paralelo, o governo Bolsonaro não coloca em prática ações capazes de frear a disseminação da doença. O retorno às aulas presenciais sem a garantia de um amplo Plano de Vacinação é colocar em risco Técnicos-Administrativos em Educação, Professores, Prestadores de Serviços e Estudantes. É inaceitável!".

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São oito meses e meio de pandemia do novo coronavírus na Bahia e, seja por motivo de trabalho, necessidade ou para rever os amigos, os baianos estão indo mais às ruas na medida em que algumas atividades são flexibilizadas pelas autoridades públicas e de saúde. De setembro para outubro, 780 mil pessoas deixaram o isolamento social na Bahia, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (1).

A pesquisa aponta que é o segundo mês consecutivo que a queda entre quem estava rigorosamente isolado foi mais expressiva. Esse grupo reduziu 17,8% e passou de 3,214 milhões para 2,642 milhões de pessoas. Os que só saíam por necessidade também estão em menor número - de 6,396 milhões para 6,184 milhões. Com isso, a quantidade de baianos que flexibilizou o isolamento cresceu 12,5%, passando de 5,071 milhões em setembro para 5,705 milhões em outubro, isto é, mais 634 mil pessoas.

O mesmo acontece com aqueles que não fazem mais restrições. Estes somam agora 371 mil pessoas, frente a 214 mil em setembro - um aumento de 73,4%. Agora, a parcela que não cumpre o isolamento social soma 40,7%, percentual de 35,4% em agosto. Mesmo assim, a Bahia ainda é o segundo maior estado do Brasil com a maior proporção da população em algum nível de isolamento: são 59,1%, dentre os rigorosos e os que só saem por necessidade básicas. O maior percentual de isolamento é o de Sergipe, com 61,4%.

Enquanto isso, a curva de crescimento de novos casos da covid-19 voltou a subir no estado, após certo período de estabilidade. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a Bahia registrou 3.118 novos casos e 25 mortes de covid-19 nas últimas 24h, com uma taxa de crescimento de 0,8%. Desde o início da pandemia, são 8.293 óbitos, 406.189 casos confirmados, sendo 386.676 curados.

Segundo especialistas de saúde ouvidas pela reportagem, o aumento do número de casos está diretamente ligado com a quebra do isolamento e das recomendações, decretos e protocolos sanitários, que foram frequentes, por exemplo, nas campanhas políticas das eleições municipais de 2020. Aliado a isso, o comportamento da população face a flexibilização é de que “liberou geral”. Contudo, na visão das especialistas, a melhor prevenção ainda é se manter em isolado o máximo que possível e distante de aglomerações, além de sempre usar a máscara.

Cansada de ficar em casa

Foi em outubro que Cláudia Lima**, 26 anos, moradora de Feira de Santana, parou de ficar trancada em casa. Ela só saía por conta do trabalho, pois é psicóloga hospitalar, e inclusive foi infectada pelo novo coronavírus em julho deste ano. Mas, a ausência de vida social já estava no limite. "Cumpri a quarentena o máximo que pude. Pratiquei o isolamento social até os infernos mesmo não sendo risco. Mas eu cansei. Já ultrapassei o ponto de não interagir presencialmente", desabafou pelo Twitter.

A partir daí, Cláudia** começou a sair com as amigas aos domingos para tomar um café. “A gente reparou que não aguentava mais ficar isolada. A gente está em casa e sempre vê alguém numa festinha, na praia, e fica só aqui sacrificando nossa saúde mental e ninguém ligando”, reclamou a psicóloga. Nas saídas, ela pondera que evita aglomerações e mudam de rota quando o estabelecimento está cheio.

Já a estudante de geografia, Monique Silva, 26, saiu do isolamento social entre o final de outubro e início de novembro por motivos de saúde, para fazer exames. Ela mora em Salvador, no bairro Arenoso, mas passava a quarentena em Feira de Santana, no sítio da avó, onde só saía para o supermercado.

“Precisei quebrar o isolamento para fazer alguns exames e preferi ficar com meus pais em Salvador, estava sentindo falta”, contou a estudante. O pai dela, que é vendedor ambulante de sucos e refrescos, também precisou voltar à rotina de trabalho em outubro.

Apesar de os pais não serem grupo de risco, ela tem receio de sair de casa ou de contrair a covid-19 na rua. “Ainda está sendo uma paranoia, fico muito ansiosa, com medo de ser assintomática. São muitas coisas que passam na cabeça quando você sai, principalmente aqui no bairro que circula muito mais pessoas que no sítio e, agora que está aumentando o número de casos. A gente fica apreensiva, mas tentando se adaptar”, narrou Monique. Assim que acabar as consulta médicas, ela diz que voltará para o sítio em Feira.

No caso da jornalista Ingrid Aquilino, 27 anos, o isolamento nunca pôde ser cumprido com tanto rigor, justamente por conta do trabalho. “Sempre precisei sair pelo menos uma ou duas vezes por semana. Nunca consegui cumprir 100%”, afirma Ingrid. Em setembro, ela voltou ao trabalho presencial no escritório, onde é responsável pelo setor de marketing, todos os dias da semana.

Uma das suas principais dificuldades no retorno foi voltar a usar o transporte público. “No começo foi bem puxado. O baque maior foi quando a gente precisou voltar a enfrentar o ônibus e metrô, porque a vida parecia estar normal dentro dos transportes públicos. Hoje está mais tranquilo”, afirma. A jornalista também conta que tem saído por outros motivos, como para shopping centers e casas de amigos próximos, e raramente vai a restaurantes: “Ou você se acostuma ou vive no surto, então precisamos nos acostumar”.

Proteção efetiva

Para a diretora da vigilância epidemiológica da Sesab, Márcia São Pedro, o isolamento social é uma das medidas mais efetivas para conter a transmissão do novo coronavírus. “Quando a gente reduz o isolamento, as pessoas passam a circular em mais ambientes e pode aumentar o número de transmissão, tem uma probabilidade maior de uma pessoa contaminar outras pessoas”, pontuou a diretora. Além disso, ela ressalta que o problema não é descumprir o isolamento, e sim sair de casa sem cumprir os protocolos sanitários: “O cuidado e a responsabilidade precisam ser mantidos, porque a pandemia não passou”.

Ainda segundo Márcia, o crescimento do número de casos visto na Bahia é fruto das aglomerações e desrespeito às normas de saúde, principalmente durante o período eleitoral. “Nossos casos continuam acontecendo e agora está tendo um crescimento, que é reflexo das campanhas eleitorais. Alguns municípios não estavam fazendo teste, estavam fazendo aglomerações, passeata, carreatas, sem uso de máscara. Estamos sentindo um reflexo de um padrão comportamental que aconteceu há 15 dias”, explicou.

Já a médica infectologista da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Adielma Nizarala, aponta que a flexibilização e a retomada das atividades comerciais foi entendida pela população de forma errada. “A flexibilização não foi entendida como uma flexibilização pela população. Flexibilizar não quer dizer liberar as pessoas para se aglomerarem, não usarem máscara. Ela acabou achando que estava tudo ok”, avaliou a especialista.

Adielma diz ainda que mesmo com a vacina, é preciso contar com o apoio dos cidadãos até que todos sejam imunizados. “Não temos como passar o resto da vida com as coisas fechadas e mesmo com a vacina, precisamos saber a imunidade que podemos ter, se ela vai ser duradoura”, analisou a infectologista. Até lá, ela pede que as pessoas tenham consciência. “Essa responsabilidade é compartilhada. O gestor tem o cuidado de oferecer as condições de saúde, mas sou eu que tenho que me prevenir e fazer a minha parte”, aconselha. As principais precauções ainda são o distanciamento social de pelo menos 1,5 metro, lavagem das mãos, uso de álcool em gel e máscara.

Outros dados da pesquisa

O levantamento do IBGE também mostrou que o número de estudantes sem atividades reduziu na Bahia, principalmente por conta do ensino fundamental e superior. Já no ensino médio, metade não teve atividades em outubro. Entre setembro e outubro, o percentual de estudantes que não tiveram nenhuma atividade escolar passou de segundo a quarto maior do país. Ainda assim, sete meses após o fechamento das escolas, 29,6% não tiveram nenhuma tarefa escolar, totalizando 1,044 milhão de alunos e alunas.

Além disso, a pesquisa constatou que, até outubro, 12,1% da população baiana (1,806 milhão) tinham sido testados para covid-19, o que representou 1,806 milhão de habitantes. O número cresceu em relação ao último mês, com mais 280 mil testes realizados - um aumento de 18,3% em relação a setembro. Dentre os testados, 1 em cada 5 pessoas testou positivo, isto é, 344 mil baianos.

Outro dado foi que a Bahia foi o estado com maior percentual da população com ao menos um sintoma de gripe no mês de outubro. Foram 754 mil pessoas na Bahia, o que representa 5% da população do estado.

**O nome foi alterado a pedido da fonte

Publicado em Bahia