Sexta, 01 Novembro 2024 | Login

Os cidadãos que buscam os postos SAC localizados nos bairros de Salvador ganham mais um dia para emissão de RG e Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O mutirão do SAC chega aos postos Cajazeiras, Comércio, Pau da Lima, Pernambués, Periperi, Pituaçu e Liberdade, além de Simões Filho, na Região Metropolitana (RMS); e ainda Conquista I e II, e Feira II, no interior.

A 3ª edição do Mutirão do SAC acontece nos dois próximos sábados (19 e 26). A ação visa ampliar o atendimento a RG e CNH, que são os serviços mais procurados na Rede SAC. O atendimento é 100% agendado e o agendamento prévio deve ser feito através do SAC Digital. Para isso, é só baixar o aplicativo ou acessar o site e escolher o horário para se dirigir ao posto escolhido.

Vale ressaltar que os sete postos de Salvador e o de Simões Filho vão abrir somente para RG e CNH (emissão e entrega), sendo que para buscar o documento que já está pronto não precisa fazer agendamento. As taxas dos serviços serão cobradas normalmente, exceto a emissão da 1ª via de RG, que é gratuita.

É importante lembrar que para acessar os postos da Rede SAC é necessário apresentar comprovante de vacinação completa contra a covid-19, e estar sem sintomas gripais. Para outras informações, a Secretaria da Administração (Saeb) disponibiliza o site institucional do SAC (www.sac.ba.gov.br) e o call center: (71) 4020-5353 (ligação de celular) ou 0800 071 5353 (ligação de fixo).

Confira a lista dos postos do mutirão nos sábados (19 e 26):

- SAC Cajazeiras: Estrada do Coqueiro Grande (Fazenda Grande III). De 8h às 12h
- SAC Comércio: Prédio do Instituto do Cacau. De 8h às 12h
- SAC Liberdade: Shopping Liberdade. De 9h às 13h
- SAC Pau da Lima: Maxxi Atacadão. De 8h às 12h
- SAC Periperi: Empresarial Innovarcenter (Praça da Revolução). De 8h às 12h
- SAC Pernambués: Mercado Todo Dia. De 8h às 12h
- SAC Pituaçu: Terminal de Integração Pituaçu. De 8h às 12h
- SAC Simões Filho: Shopping Multicenter Empresarial. De 8h às 12h
- SAC Conquista I: Rua Rotary Clube (próximo ao Fórum). De 8h às 12h
- SAC Conquista II: Boulevard Shopping. De 8h às 12h
- SAC Feira II: Rua Vasco Filho (Rodoviária). De 8h às 12h

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O Ministério Público estadual expediu uma série de recomendações às cidades de Eunápolis, Itagimirim, Itapebi, Ilhéus, Paulo Afonso, Glória e Santa Brígida para que adotem medidas que assegurem a imunização de crianças de cinco a 11 anos contra o coronavírus. Entre as medidas, o MP recomenda que as escolas solicitem o comprovante de vacinação da Covid-19 para fins de cadastro, matrícula e renovação da matrícula dos alunos.

Caso a criança ou adolescente não esteja imunizados, os responsáveis devem ser notificados para os vacinarem dentro de um prazo de 15 dias. O MP recomendou ainda às Secretarias Municipais de Educação que realizem ampla divulgação entre a comunidade escolar acerca da importância da imunização de crianças e adolescentes.

O órgão também sugere que as escolas podem ser utilizadas como centros itinerantes de vacinação.

Nos documentos, o MP recomendou que os conselheiros tutelares estabeleçam um fluxo eficiente de comunicação, preferencialmente por meio eletrônico, com as unidades de ensino e os órgãos gestores da educação pública, para receber denúncia, notificação ou representação contra pais ou responsáveis relativas à não oferta da vacina da covid-19. Ao receberem tais comunicações, deverão expedir notificação para comparecimento à sede do Conselho Tutelar, aconselhando pais ou responsáveis sobre a importância da vacinação e, após atendimento, definam prazo de no máximo 15 dias para apresentação do comprovante de vacinação.

As recomendações de Santa Brígida, Glória e Paulo Afonso foram expedidas pelo promotor de Justiça Moacir Silva. Já recomendação ao Município de Ilhéus foi expedida pela promotora de Justiça Maria Amélia Sampaio e as recomendações aos Municípios de Eunápolis, Itagimirim, Itapebi foram de autoria do promotor de Justiça Alex Bezerra Bacelar.

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As festas de rua estão proibidas em todo o território baiano, até 2 de março de 2022. A determinação foi prevista em um decreto publicado no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira (15). A medida inclui especialmente eventos pré-carnavalescos ou carnavalescos, previamente organizados ou espontâneos, tais como: marchinhas, blocos, fanfarras, desfiles e afins. O objetivo é evitar qualquer tipo de aglomeração e o descumprimento dos protocolos sanitários estabelecidos contra a Covid-19.

O mesmo decreto mantém a validade até 2 de março da autorização para a realização de eventos e atividades com a presença de público de até 1.500 (mil e quinhentas) pessoas, tais como: cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, eventos exclusivamente científicos e profissionais, circos, parques de exposições, solenidades de formatura, feiras, passeatas, parques de diversões, teatros, cinemas, museus e afins.

Um outro decreto, também publicado nesta terça-feira, mantém o expediente normal nas repartições públicas do Poder Executivo Estadual nos dias 25 e 28 de fevereiro e 01 de março de 2022. Os dois decretos foram assinados pelo governador Rui Costa e têm validade a partir da data da publicação.

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Atraídos pelo desconto de 20% para pagamento do IPVA 2022, o dobro do que vinha sendo oferecido pelo Governo da Bahia nos anos anteriores, os contribuintes baianos correram para aproveitar a oportunidade até o prazo final na última quinta-feira (10), instituindo o novo recorde de quitação antecipada. O pagamento foi efetivado por 385,2 mil proprietários de veículos, o que corresponde a um aumento de 122,7% em comparação com o total de 172,9 mil pagamentos registrados no mesmo período em 2021.

Além de ter sido mais que o dobro do ano passado, este é também, de acordo com o diretor de Arrecadação da Sefaz-Ba, Augusto Guenem, o maior volume de pagamentos até 10 de fevereiro, data tradicional instituída pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba) para vencimento da cota única do IPVA. A receita do IPVA é dividida meio a meio com os municípios onde os veículos estão emplacados.

Outras oportunidades
Os contribuintes baianos que não pagaram o imposto em cota única ainda dispõem de outras oportunidades em condições mais atraentes que na maioria dos estados. É possível quitar o imposto com 10% de desconto a partir de março, obedecendo o cronograma que leva em conta o número final da placa do veículo, ou ainda parcelar o valor devido em cinco vezes.

A quitação integral do IPVA com 10% de desconto pode ser feita na primeira cota do parcelamento, cuja data varia de acordo com o número final da placa do veículo. Este desconto também é o dobro dos 5% oferecidos nos anos anteriores.

Quem optar pelo parcelamento tem a opção de dividir o pagamento do IPVA em cinco vezes. Até 2021, o máximo era três parcelas. Caso não antecipe a quitação nem opte pelo parcelamento, o contribuinte deverá pagar o valor integral do imposto na data da quinta parcela.

Para consultar o cronograma de pagamento do IPVA 2022, o contribuinte pode acessar o www.sefaz.ba.gov.br ou o www.detran.ba.gov.br. Se precisar de esclarecimentos, os canais são o 0800 071 0071 e o O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

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Começa nesta terça-feira (15) o período de inscrições para o primeiro semestre do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2022. O processo vai até às 23h59 do dia 18 de fevereiro. Na Bahia, 10 instituições de ensino participam, ofertando juntas 18.489 vagas. Em todo o Brasil, são cerca de 222 mil oportunidades. É através do Sisu que o estudante pode ingressar em uma instituição de ensino superior pública, seja ela municipal, estadual ou federal, de qualquer cidade do país.

Do total de vagas nacionais, cerca de 84,5% são para instituições federais (universidades e institutos). São 6.146 cursos diferentes distribuídos entre 125 instituições. O resultado será divulgado no dia 22 e as matrículas nas faculdades podem ser feitas entre 23 de fevereiro e 8 de março, conforme o calendário de cada uma delas.

A Bahia aparece no segundo lugar do ranking de estados com mais vagas ofertadas, somente atrás de Minas Gerais (27.790). O estado fica no 10º lugar do ranking das 20 universidades com mais vagas, com a Universidade Federal da Bahia (Ufba). Também aparece no ranking, em 13º lugar, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Os 10 cursos com as maiores ofertas de vagas são, nesta ordem: Pedagogia, Administração, Ciências Biológicas, Matemática, Direito, Química, Física, Agronomia, Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia e Engenharia Civil.

O Sisu é o sistema informatizado do Ministério da Educação no qual as instituições públicas oferecem vagas a serem disputadas por candidatos inscritos em cada edição da seleção. Os candidatos são selecionados para as opções de cursos indicadas no ato de inscrição, de acordo com a melhor classificação de nota obtida na edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para participar desta edição do Sisu será exigido do candidato que ele tenha feito o Enem de 2021, obtido nota superior a zero na prova de redação, e não tenha participado do Enem na condição de treineiro.

“O Sisu é um leilão eletrônico de vagas. São vagas que serão distribuídas no Brasil e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) deseja leiloá-las, ou seja, quem tiver a maior nota leva a vaga. Como não é possível fazer isso num espaço físico, acontece na plataforma do Sisu”, explica o diretor executivo de unidades escolares do grupo Bernoulli Educação, Marcos Raggazzi.

Como funciona?

O candidato pode escolher até duas opções de curso. Durante os dias de inscrições, é possível modificar suas opções quantas vezes desejarem e assim obter resultados parciais. No primeiro dia, o candidato entra com seu cadastro e escolhe a primeira e a segunda opções. Durante as madrugadas, tudo é processado e, no dia seguinte, o candidato fica sabendo se se passaria ou não, e qual a sua colocação. Isso pode ser feito nos três dias sucessivamente e só no quarto dia é que valerá a opção final do aluno.

A nota de corte é o parâmetro para a classificação e define os resultados parciais e o resultado final. Trata-se da menor nota necessária para que o candidato fique entre os selecionados na modalidade escolhida de um determinado curso, com base no número de vagas e no total de candidatos inscritos. A nota de corte é apenas uma referência para auxiliar o candidato no monitoramento de sua inscrição, não sendo garantia de seleção para a vaga ofertada. O sistema não faz o cálculo em tempo real e a nota de corte é modificada de acordo com a nota dos inscritos.

Em determinados cursos, pode haver três modalidades de concorrência: vagas de ampla concorrência, vagas reservadas de acordo com a Lei nº 12.711/2012 (Lei de Cotas) e vagas destinadas às demais ações afirmativas da instituição. O candidato deve, no momento da inscrição, optar por uma dessas modalidades, de acordo com seu perfil. É de sua responsabilidade certificar-se de que atende aos requisitos exigidos para concorrer a uma vaga destinada à política afirmativa e de que possui os documentos que serão exigidos pela instituição, no momento da matrícula, em caso de aprovação. A documentação necessária será informada no boletim do candidato, na página do Sisu, com os demais documentos exigidos para matrícula.

Como se inscrever?

Na página do Sisu, clique em “Fazer Inscrição” e na próxima tela clique em “Entrar com GOV.BR” ou “Fazer cadastro”.
A primeira coisa a fazer é confirmar os dados e, depois da atualização, você está pronto para começar sua inscrição.
Na página “Minha inscrição”, você pode escolher até duas opções de curso. É nesta tela que você vai acompanhar sua inscrição durante todo o processo. Para começar é só clicar em "Fazer inscrição na 1ª opção".
Você pode pesquisar as vagas pelo nome do município, nome da instituição ou nome do curso. No resultado da busca você conhece os cursos pesquisados. Clique no curso para ver mais detalhes e as modalidades disponíveis.
Leia atentamente as modalidades disponíveis para o curso, escolha uma das opções para a qual pretende concorrer e clique em "Escolher esta modalidade" para continuar.
Confira os dados do curso e modalidade de vaga que você escolheu, a documentação que será exigida pela instituição na matrícula
Clique em “Confirmar minha inscrição”.

Lista de espera

O candidato selecionado em sua 1ª ou 2ª opção só terá esta oportunidade de fazer sua matrícula. Assim, é preciso estar atento aos prazos. Se for selecionado na 1ª ou 2ª opção, independentemente de efetuar a matrícula ou não, o candidato não poderá manifestar interesse em participar da lista de espera, ou seja, só participa da lista de espera quem não foi selecionado em nenhuma das duas opções.

Para participar da lista de espera, o candidato deve acessar o seu boletim Sisu e manifestar o interesse entre os dias 22 de fevereiro e 8 de março. Na lista de espera, é importante que o candidato acompanhe junto à instituição da vaga escolhida as convocações para matrícula.

Vale lembrar que o candidato também pode participar do Sisu que acontece no segundo semestre. Mesmo que o estudante tenha participado do Sisu 2022.1, pode se inscrever para o 2022.2, independente de ter sido aprovado ou não.

O plano do estudante Luiz Cruz, de 18 anos, é passar em Administração na Ufba. A estratégia dele é colocar esta como a primeira opção e deixar a segunda opção em branco. “Administração na Ufba é a minha única opção. Então eu não vou colocar segunda opção, já que, se eu não passar na primeira e passar na segunda, eu teria que cursar essa segunda e não poderia participar da lista de espera”, diz.

Mas Luiz está confiante de que pode passar de primeira. “Fui atrás de informações sobre como o Sisu funciona para poder estar preparado agora. Pesquisei notas de corte de edições anteriores. Alguns sites permitem que a gente faça simulações das nossas notas antes do Sisu abrir. Eu fiz isso e, apesar dos resultados diferentes em cada um deles, a menor nota que tive foi 694,5. Em 2021.1 a nota de corte foi 699,5”, acrescenta.

Quais são as estratégias para conseguir uma vaga?

É importante entender como a plataforma funciona e realizar pesquisas prévias. Apesar do candidato poder explorar o sistema à vontade durante o período de inscrição e verificar onde tem mais chances de passar, os resultados são parciais e a aposta só pode ser feita em até duas opções. Por isso, vale pesquisar quais foram as notas de corte dos anos anteriores e também como cada curso e instituição calculam as notas.

Por exemplo, uma faculdade A pode dar mais peso à Matemática do que a faculdade B para o mesmo curso. Se o estudante tiver uma nota mais baixa em Matemática, será mais indicado optar pela faculdade B. Vale lembrar que o candidato pode se inscrever, se assim for viável, para instituições de ensino de qualquer estado.

“Algumas instituições usam as notas do Enem com critérios diferentes. Algumas avaliam pela média das áreas cobradas, outras podem dar pesos diferentes às notas. Durante os três dias de inscrição, a nota de corte (nota do último aluno que está classificado no momento) oscila, por causa da entrada e saída de alunos com notas diferentes em uma mesma quantidade de vagas. É importante acompanhar essa movimentação”, aconselha o diretor executivo de unidades escolares do grupo Bernoulli Educação, Marcos Raggazzi.

Outra dica é, caso o aluno só tenha uma opção de curso, apostar em mais de um turno, já que alguns são ofertados durante o dia ou durante a noite. Esse é o caso de Beatriz Figueiredo, de 18 anos. Ela quer cursar Direito na Ufba. Beatriz já participou do Sisu outra vez e teve um pouco de dificuldade para entender o sistema. Dessa vez, já está preparada e montou sua estratégia.

“Eu sempre quis algo relacionado à Humanas e Direito foi o curso que eu mais me encontrei. Como eu só tenho um curso de preferência, eu pretendo colocar na primeira opção Direito Diurno e, na segunda, Direito Noturno. Outra alternativa é colocar uma instituição diferente. Tudo vai depender de como estiverem as notas de corte ao longo da semana”, conta Beatriz.

Outra opção é utilizar a nota do Enem para ingressar numa faculdade particular através de seleção interna de cada instituição. Esse é o plano B de Felipe Lomba, de 18 anos. Ele quer cursar Engenharia Química na Ufba. Se não conseguir, já se inscreveu para a seleção através da nota do Enem para o Senai Cimatec. Mas os planos não param por aí.

“Outra opção é continuar estudando para no próximo Enem tentar novamente. Para não perder os meses de janeiro e fevereiro, eu já estou matriculado num cursinho Pré-vestibular”, conta. Mas Felipe também se mantém esperançoso. “Eu fiz o cálculo da nota. Com os pesos do curso na Ufba, a minha nota fica 744. Nos anos anteriores, a nota de corte ficou entre 749 e 746. Então eu tenho chance de passar. Caso não seja na primeira chamada, ainda tem a lista de espera”, finaliza.

Entenda a diferença:

Bacharelado - curso superior generalista, de formação científica ou humanística, que confere ao diplomado competências em determinado campo do saber para o exercício de atividade profissional, acadêmica ou cultural, com o grau de bacharel.

Licenciatura - curso superior que confere ao diplomado competências para atuar como professor na educação básica, com o grau de licenciado.

Tecnológico - curso superior de formação especializada em áreas científicas e tecnológicas, que confere ao diplomado competências para atuar em áreas profissionais específicas, caracterizadas por eixos tecnológicos, com o grau de tecnólogo.

Área Básica de Ingresso - Designa uma situação em que uma única “entrada” possibilita ao estudante, após a conclusão de um conjunto básico de disciplinas (denominado de “ciclo básico” por algumas instituições de educação superior), a escolha de uma entre duas ou mais formações acadêmicas. É comum em cursos cuja entrada é única para licenciatura ou bacharelado (história, física, geografia, etc.); ou em cursos como os de letras, que disponham de várias formações acadêmicas vinculadas.

Calendário:

Inscrições no Sisu: 15 a 18 de fevereiro
Divulgação do resultado: 22 de fevereiro
Matrícula: 23 de fevereiro a 8 de março
Inscrição na lista de espera: 22 de fevereiro a 8 de março
Início da convocação pela lista de espera: 10 de março

Confira a distribuição de vagas na Bahia por instituição:

IFBAIANO - (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano) - 860 vagas em 22 cursos
Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) - 605 vagas em 37 cursos
UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)- 1.636 vagas em 45 cursos
IFBA (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia) - 1.313 vagas em 42 cursos
Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana) - 1.087 vagas em 30 cursos
Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) - 1.746 vagas em 43 cursos
Ufba (Universidade Federal da Bahia) - 4.693 vagas em 96 cursos
Ufob (Universidade Federal do Oeste da Bahia) - 960 vagas em 30 cursos
UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) - 1.710 vagas em 53 cursos
Uneb (Universidade do Estado da Bahia) - 3.879 vagas em 92 cursos

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O número de empresas abertas na Bahia cresceu de 2020 para 2021. O aumento foi de 39%, passando de 27.030 para 37.827 empresas constituídas entre janeiro e dezembro. Esse é o maior percentual desde ao menos 2013, ano a partir do qual a Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb) disponibiliza os dados. A atividade com o maior número de aberturas foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com a fatia de 40,52% do total (15.328). Veja lista completa no final da reportagem. O crescimento acontece apesar da pandemia e, em alguns casos, justamente por causa dela. “A pandemia não atrapalhou; na verdade, ela foi fundamental”, diz Gabriel Brito, de 29 anos, que abriu a Hero Digital Media em fevereiro de 2021.

Gabriel era supervisor jurídico de um grupo de empresas quando passou a dar apoio ao setor de marketing e acabou se interessando pela área. “Na metade de 2020, comecei a pesquisar, estudar e fazer cursos online porque vi que era aquilo que eu realmente gostava e queria. Em fevereiro de 2021, abri a empresa de marketing digital, voltada para gestão de redes sociais”, conta. Com o sucesso do negócio, o antigo supervisor jurídico pediu demissão e passou a se dedicar 100% à nova empresa.

Sobre a contribuição que a pandemia teve na iniciativa, ela explica: “Muita coisa ficou fechada, então minha demanda de trabalho diminuiu e eu passei a trabalhar em home office, fazendo com que sobrasse mais tempo para que eu pudesse me dedicar a estudar a área e planejar a minha empresa. Além disso, a pandemia intensificou mais ainda a necessidade de trabalho nas redes sociais, com a questão de posicionamento digital, por exemplo”.

O trabalho pode ser feito à distância e, com o aval da pandemia para o home office, a empresa opera dessa forma, o que reduziu os custos na hora do investimento para abertura. “Não tive investimento em local físico, somente em cursos, equipamentos e programas”, diz Gabriel. Atualmente, além de ter ultrapassado as expectativas do dono, a Hero Digital Media está em fase de expansão, com clientes também de fora da Bahia. No início, Gabriel operava sozinho e, hoje, ele conta com mais três colaboradores.

A Hero Digital Media está inserida no chamado setor terciário, que envolve comércio e serviço. Segundo Isabel Ribeiro, gerente adjunta da Unidade de Gestão Estratégica do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na Bahia (Sebrae), ele equivale a 80% dos empreendimentos. “Na realidade de pequenos negócios, esses segmentos são muito requisitados por conta do menor investimento. Você prestar um serviço ou abrir uma loja e comprar mercadoria e fazer adequações no espaço, é bem diferente de você montar uma fábrica, por exemplo”, pontua.

Isabel também destaca que a pandemia fortaleceu o trabalho remoto, mas que o modelo não deve permanecer como padrão. “Ele traz a vantagem de economia de gastos com energia e água, por exemplo, e foi responsável por manter muitos empreendedores de pé. Mas há um questionamento se isso vai se manter como tendência porque surgem as questões como limite de horário de trabalho e gasto do colaborador com a energia e água da sua residência. Então acredito que muita gente vai retornar ao presencial normal e, aqueles que não o fizerem, podem optar por um espaço de coworking ou rever sua configuração de trabalho remoto”, analisa a gerente.

Número de micro e pequenas empresas cresceu 15,3%

Para Isabel Ribeiro, gerente adjunta da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae, o crescimento do número de abertura de empresas entre 2020 e 2021 foi impulsionado pelas micro e pequenas empresas, que representam 98% dos empreendimentos. De acordo com o Sebrae, até dezembro de 2021, a Bahia tinha 1.021.626 micro e pequenas empresas. O estado fechou 2020 com 885.938, o que significa que houve um aumento de 15,3%. Isabel ressalta que foi a pandemia que motivou esse crescimento.

“No universo das micro e pequenas empresas, 70% são microempreendedores individuais. Estamos falando de pessoas que encontraram oportunidades e empreenderam, mas, principalmente, das que tiveram a necessidade de empreender. Com o aumento do desemprego nas empresas de maior porte, esses empregados que foram desligados, abriram um empreendimento individual como alternativa de sobrevivência”, coloca.

A gerente destaca que esse tipo de empreendimento é “o colchão de amortecimento da crise”. “Num momento de crise, há facilidade para formalizar uma micro ou pequena empresa como MEI e, assim, ter acesso a uma série de benefícios”, diz. Por outro lado, também há desvantagens. “Isso acaba significando menos empresas com mais robustez. Para que tenhamos uma economia pujante, a gente precisa de empreendimentos de maior porte, com mais infraestrutura, qualificação e tecnologia para que a economia como um todo possa dar saltos de produtividade e competitividade”, acrescenta.

Isabel ainda salienta que os pequenos negócios são os maiores geradores de emprego e renda na Bahia e no Brasil. Ao todo, foram 108.960 postos de trabalho criados pelas micro e pequenas empresas na Bahia entre janeiro e dezembro de 2021. O número coloca o estado em primeiro lugar no Nordeste na geração de empregos por pequenos negócios no ano passado. Nesse mesmo período, as médias e grandes geraram 22.003 vagas.

Na contramão da crise

Outro que recebeu um empurrãozinho da pandemia para abrir o próprio negócio foi Adrian Gonzalez, de 34 anos. Ele foi chefe de cozinha de um restaurante em Salvador por 13 anos e hoje é dono do restaurante Alecrim Gonzalez, junto com o irmão, Cristian Gonzalez. O estabelecimento fica em Irecê e está inserido na categoria de micro empresa. Adrian e Cristian sempre tiveram o sonho de ter um restaurante e Adrian diz que aproveitou uma oportunidade gerada pela pandemia.

“Era sempre com muita cautela e juntando dinheiro. A pandemia foi um start porque a maioria dos restaurantes ficaram impossibilitados de funcionar, foi muito difícil para a gente. Aí eu comecei a pensar que eu tinha que aproveitar aquele momento em que os donos de restaurantes estavam preocupados com o futuro dos seus negócios”, explica.

Segundo ele, o ponto principal para o sucesso do negócio foi a escolha de abertura no interior. “Além do investimento ser mais alto na capital, a concorrência é muito grande e, no interior, um restaurante desse tipo é um destaque e a notícia de abertura se espalha muito rápido. Aí surgiu esse restaurante aqui em Irecê cujo dono estava passando adiante no início da pandemia. Eu e meu irmão começamos a fazer o estudo do local, do mercado e do perfil do público”, conta Adrian.

O Alecrim Gonzalez abriu no dia 15 de julho de 2021. “Fechamos negócio quando surgiu a vacina. Aí fomos nos estruturando, fizemos algumas obras e abrimos em julho. Foi exatamente quando o horário de funcionamento passou de 19h para 22h. Aí pronto. Graças a Deus, está sendo um sucesso e já temos planos para ampliar o negócio”, finaliza.

Número de empresas que fecharam cresceu 12% em 2021

No outro lado da moeda, o de fechamento de empresas, também houve aumento, apesar de bem menor. O número de empresas fechadas cresceu 12% em 2021 comparado a 2020. Foram 22.847 em 2021 e 20.399 no ano anterior. A atividade responsável pelo maior número de empresas extintas também foi o comércio, com 48,96% do total (11.185).

Roberto Campello, de 32 anos, foi um dos empreendedores que, afetados pela crise, passaram aperto. Ele tinha aberto a segunda unidade da sua pizzaria (o nome foi preservado a pedido do entrevistado) no início de 2020, pouco antes da pandemia. O negócio até que resistiu por algum tempo, mas fechou em outubro de 2021.

“A primeira unidade não estava mais comportando o volume, então decidimos abrir mais uma. Pegamos o ponto, reformamos e abrimos um mês antes da pandemia chegar. A gente acabou sofrendo muito com isso. Ficamos com o delivery, mas não era essa a expectativa. O delivery ajuda, mas fica muito longe do volume de vendas para consumo no local”, destaca Roberto.

O empresário conta que, quando as medidas de restrição foram flexibilizadas, não valia a pena abrir a pizzaria e, que, ao mesmo tempo, o delivery sofreu grande queda. “Para a gente, não compensava abrir, porque era um investimento, tinha toda a questão dos protocolos e era um negócio pequeno. Aí eu fui acompanhando isso e, analisando bem, decidi encerrar as atividades por lá. A primeira unidade continua funcionando, mas acabou ficando permanentemente só com delivery mesmo”.

Segundo Roberto, o que mais pesou na hora de fazer as contas foi o aluguel do espaço. “A gente teve o desconto de 25% durante o período mais crítico, mas depois o desconto acabou e ainda ia chegar um reajuste. Muitos estabelecimentos do lado da gente acabaram fechando também porque não conseguiram se sustentar”, finaliza.

Empresas abertas em 2021 por tipo jurídico:

Empresário - 8.176 (21,61%)
Eireli - 5.107 (13,50%)
Sociedade LTDA - 23.705 (62,67%)
Sociedade Anônima - 645 (1,71%)
Cooperativa - 103 (0,27%)
Outros - 91 (0,24%)

Empresas abertas em 2021 por atividade:

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura - 727 (1,92%)
Indústrias extrativas - 322 (0,85%)
Indústrias de transformação - 1.844 (4,87%)
Eletricidade e gás - 121 (0,32%)
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação - 221 (0,58%)
Construção - 2.156 (5,70%)
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas - 15.328 (40,52)
Transporte, armazenagem e correio - 1.991 (5,26%)
Alojamento e alimentação - 1.542 (4,08%)
Informação e comunicação - 1.227 (3,24%)
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados - 604 (1,60%)
Atividades imobiliárias - 757 (2,00%)
Atividades profissionais, científicas e técnicas - 2.865 (7,57%)
Atividades administrativas e serviços complementares - 2.483 (6,56%)
Administração pública, defesa e seguridade social - 3 (0,01%)
Educação - 901 (2,38%)
Saúde humana e serviços sociais - 3.610 (9,54%)
Artes, cultura, esporte e recreação - 478 (1,26%)
Outras atividades de serviços - 643 (1,70%)
Serviços domésticos - 4 (0,01)
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais - 0 (0,00%)

Quero abrir uma empresa. E agora?
A abertura e o gerenciamento de um novo negócio exigem um conjunto de habilidades e conhecimentos, como entender o mercado, o público e planejar bem cada etapa. Uma boa administração considera, também, estratégias de marketing, um fluxo de caixa controlado e passa, ainda, por muita criatividade e inovação. Veja quais passos seguir:

1. Saiba que negócio abrir

São várias as opções existentes para montar o seu negócio, você pode optar por: uma franquia, um escritório em casa, uma empresa familiar, uma cooperativa ou associação e, até mesmo, por um comércio eletrônico. Seja como for, é preciso conhecer a fundo cada um. Em seguida, é importante escolher em qual ramo de atividades você deseja trabalhar: alimentação; saúde, beleza e bem-estar; construção civil; pet shop; etc.

2. Reúna informações sobre o negócio

Em seguida, você precisa coletar informações para dar subsídio consistente à criação da empresa, pesquisando dados sobre: Mercado, Finanças, Marketing e Localização do empreendimento.

3. Organize-se

A terceira iniciativa é organizar as informações coletadas. Ao conhecer o mercado você conseguirá construir o plano de negócios e definir estratégias para posicionar corretamente a sua empreitada.

4. Faça um plano de negócios

O plano de negócios é o instrumento ideal para traçar um retrato do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor. É por meio dele que você terá informações detalhadas do seu ramo, produtos e serviços, clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, pontos fortes e fracos do negócio, contribuindo para a identificação da viabilidade de sua ideia e da gestão da empresa. (Veja aqui como criá-lo)

5. Coloque a mão na massa

A última etapa é registrar o negócio e torná-lo realidade. A formalização do seu negócio e o registro da sua empresa exigem alguns passos até que você tenha seu CNPJ com alvará em mãos e possa empreender 100% regularizado. Você precisará: definir o nome da empresa; escolher o tipo de empresa para abrir (MEI, ME, EPP, Médio ou Grande porte); definir o regime jurídico da empresa (EI, EIRELI ou LTDA); escolher as atividades para exercer (CNAEs); saber qual será o seu regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real); elaborar o Contrato Social; separar os documentos necessários para efetuar o registro na Junta comercial; (em alguns casos) obter o alvará de localização e funcionamento; e fazer a Inscrição Estadual.

Tendências de negócios para 2022:

Importação de produtos
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Alimentação em casa
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Dicas para fazer o negócio prosperar:

1. Conheça seu cliente: Você deve conhecer a quantidade de pessoas que podem se interessar por suas mercadorias, entender melhor seus hábitos, rotina, comportamentos. Assim, você consegue personalizar seu produto ou serviço, conquistando e fidelizando seus clientes. Com isso, também é possível surpreendê-lo com novidades – por isso é essencial estar sempre bem antenado nas tendências – e ainda atrair um público ainda maior.

2. Acompanhe a concorrência: Saber o que está acontecendo no seu ramo de negócio pode ajudar você a encontrar oportunidades e definir as próximas ações.

3. Esteja alinhado com sua equipe: Compartilhe com todos da equipe os resultados positivos, os feedbacks, as metas e os problemas. E trabalhe para que o atendimento ao cliente seja o melhor possível. Saber com propriedade quando está falando sobre algo traz segurança e aumenta as chances de convencer o cliente de que algo é realmente bom.

4. Organize as finanças: Estando ou não no vermelho, o controle total do fluxo de caixa é primordial para que seu negócio consiga crescer. Anote tudo: saídas, entradas e inclusive previsões futuras. Para isso, comece uma planilha simples e, quando puder, invista em um software de gestão para facilitar o processo.

5. O mundo digital é essencial: Que tal começar pelas redes sociais? Use-as para divulgar novidades, convidar para promoções e lançamentos e ainda se relacionar com seus clientes. Quando possível, vá mais longe: venda pela internet.

6. Busque o crescimento: O crescimento pode ser feito de várias formas, além do físico, como aumentar os canais de atendimento, ter um e-commerce, participar de licitações, criar a opção de vendas para pessoa física e jurídica, atendimento para clientes especiais, etc.

Publicado em Bahia

Salvador bateu o recorde de crianças internadas em Unidade de Terapia Intensiva por complicações da covid-19. São 24 ocupando leitos nos dois únicos hospitais da capital que tratam pacientes infantis com a doença, segundo boletim da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atualizado até às 21h desta quarta-feira (09). O número é o maior desde abril de 2020 e representa ocupação de 80% das 30 vagas disponíveis no município.

O dado mostra ainda que, mesmo com o aumento no número de leitos disponíveis na cidade, a taxa de ocupação tem escalado. Em dezembro do ano passado, Salvador possuía 20 leitos de UTI pediátrica para tratamento da covid-19. Esse número aumentou para 29 na última semana de janeiro deste ano. Simultaneamente, o número de crianças com quadros graves da infecção pelo Sars-Cov-2 vinha oscilando nas primeiras semanas do ano entre 17 e 19, até que bateu o recorde nesta quarta-feira.

Em outras quatro ocasiões, o número de crianças internadas em leitos intensivos chegou a 22: Em 15 de setembro e 20 de dezembro de 2020; além de 6 de janeiro de 2021, quando a capital possuía 27 leitos destinados a este público. A última vez em que o número foi alcançado foi na segunda-feira (07).

O subsecretário de Saúde da capital, Décio Martins, diz que o aumento no número de crianças hospitalizadas é grave. “Estamos vendo isso com muita preocupação, tanto que, na semana passada, dobramos a capacidade de UTI que nós tínhamos. Abrimos mais 20 leitos de clínicas médicas pediátricas e mais 10 leitos de UTI. Dos 30 da capital, 20 são de gestão do município e 10 do estado”.

Por enquanto, não há previsão de se ampliar novamente essa capacidade, acrescenta o sub-secretário. Duas unidades de saúde possuem UTI pediátrica para receber crianças com coronavírus em Salvador: o Hospital Martagão Gesteira tem 20 leitos, estando com 17 deles preenchidos, o que representa uma ocupação de 85%. Enquanto o Instituto Couto Maia tem uma taxa de 70%, com 7 dos 10 leitos disponíveis com pacientes.

No momento em que a covid-19 se alastra entre pessoas mais novas, a vacinação das crianças de 5 a 11 anos ainda patina, principalmente no interior. Na capital, até esta quarta, 87.550 tinham sido imunizadas com a primeira dose, o que equivale a 50% do público alvo da campanha.

“O número de vacinados é expressivo, mas, por outro lado, ainda temos 92 mil crianças que poderiam ter se vacinado. Por isso, pedimos ao pais e mães que levem seus filhos para tomarem a vacina. A vacinação não está indo mal, mas obviamente pode melhorar. Nossa intenção é sempre conseguir vacinar 100% da população”, afirma Décio Martins.

Crianças são o novo alvo da Ômicron

O avanço da vacinação entre adultos e idosos no país tem feito com que as crianças, as menos imunizadas, se tornem o alvo principal da variante Ômicron, dominante atualmente na Bahia. “As crianças são a parte fraca do elo da cadeia de transmissão da covid-19, porque não foram vacinadas e estão vulneráveis. Além disso, boa parte delas, as menores de 2 anos, não podem usar máscaras”, explica o imunologista e pediatra Celso Sant’Anna.

Além de estarem sujeitas à casos graves por não se vacinarem, as pessoas não imunizadas acabam contribuindo para a aparição de novas variantes, uma vez que o vírus precisa se instalar no corpo humano para de multiplicar e, assim, fazer mutações.

“Elas funcionam como um reservatório importante do vírus na cadeia de transmissão da doença, possibilitando, a partir delas, o surgimento de novas variantes. Então, é preciso aumentar rapidamente o número de crianças vacinadas para que a gente contenha essa pandemia em uma estratégia coletiva”, destaca o médico.

Celso Sant’Anna ainda ressalta que a vacinação não oferece riscos suficientes para que sejam motivo para a não imunização deste grupo: “Não podemos relaxar com a vacinação. As crianças não são cobaias e as vacinas são seguras. Já se vacinou mais de 250 milhões de crianças no mundo, com um número baixíssimo de efeitos colaterais”.

O virologista Gúbio Soares também destaca a importância da vacinação, mas explica que ela não é capaz de prevenir a infecção, mas sim quadros sérios da doença: “É lógico que a vacina não vai evitar que as crianças, ou qualquer indivíduo, tenha a infecção, mas evita que a criança vá para a UTI e fique entubada, causando risco à sua vida”.

Desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020, 43 crianças, entre 1 a 9 anos, morreram na Bahia devido às complicações da covid-19.

Bahia possui taxa de ocupação de 77%

A taxa de leitos de UTI com crianças internadas por complicações da covid-19 também é grande na Bahia. Mesmo com a abertura de mais 15 vagas desde o dia 5, a taxa de ocupação está em 77%. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), não há previsão de abertura de novos leitos.

Os dados sobre a vacinação entre as crianças de 5 a 11 anos também não são animadores em território baiano. Apenas 16,32% das crianças começaram o ciclo vacinal, o que representa um pouco mais de 240 mil. Os municípios baianos com mais casos confirmados de covid-19 em pacientes pediátricos são: Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itabuna, Camaçari e Lauro de Freitas.

No Brasil, o percentual de imunização de crianças de 5 e 11 anos tem São Paulo na liderança, com 48,7%, seguido de Distrito Federal (34,8%) e Rio Grande do Norte (26,6%). Ao todo, 19% dos integrantes desta faixa etária tomaram a vacina anticovid no país, segundo dados desta quarta do Consórcio de Veículos da Imprensa com base nos boletins das secretarias estaduais.

Quatro dúvidas sobre covid e vacina em crianças*

A Ômicron representa um risco para às crianças?

Sim. Como se aumentou a taxa de vacinação em adultos, o vírus procura se adaptar e sobreviver naqueles que não estão vacinados, no caso, as crianças. Também pode aparecer uma nova variante, porque o vírus encontra facilidade em se multiplicar em crianças;

Qual é o tempo médio de internação de crianças por covid-19?

Ainda é cedo para responder, porque os internamentos aumentaram agora. Estamos vendo os efeitos dos vírus, então ainda é prematuro para dizer se são 10 ou 20 dias de internação. Cada caso é um caso, tem crianças, por exemplo, que têm a imunidade comprometida por causa de outras doenças;

As vacinas são seguras?

A vacinação é segura para as crianças. Os Estados Unidos é um dos países que tem mais vacinado e não vemos falar em casos de comprometimento de crianças. Os pais podem levar as crianças para se vacinarem e isso é uma ajuda que eles estão dando para a sociedade;

Como o senhor vê a volta às aulas das crianças neste momento da pandemia?

Os protocolos seguidos pelas escolas são relativos, porque é difícil aplicá-los em crianças. Elas gostam de brincar juntas, então o ideal é que elas estejam vacinadas pelo menos com a primeira dose. O ideal seria que as aulas voltassem só em março e não agora, porque vacinando agora, teria um prazo de 15 a 20 dias da primeira dose e isso ajudaria

Fonte*: Gúbio Soares, virologista e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Doutor em Virologia pela Universidad de Buenos Aires (Argentina), ele é o coordenador do Laboratorio de Viirologia do Instituto de Ciencias da Saude da Ufba

Publicado em Saúde

A colheita de cacau na Bahia bateu recorde em 2021. Resultado: o estado consolidou a liderança na entrega de amêndoas para a indústria. No ano passado, os agricultores baianos entregaram 140.928 toneladas, aumento de 39,72% em relação a 2020 (100.864 toneladas). Esse foi o melhor resultados desde 2017. O Pará registrou queda de 24% em 2021, mas mesmo assim encaminhou 49.821 toneladas ou 25,21% do total.

"Quando a gente fala nos números da indústria, a gente está falando em recebimento e não em produção. A Bahia sempre foi o estado que mais entregou cacau para a industria moageira, o que acontece é oscilar esse percentual, é instável. Esse última safra foi muita boa e o resultado foi surpreendente. Mesmo nos anos anteriores, a entrega de cacau pelo Pará não foi superior ao estado da Bahia, mas existem dados do IBGE que mostram uma produção maior de cacau no Pará do que na Bahia, mas não é o que a gente enxerga quando olhamos os dados do recebimento", diz Anna Paula Losi, diretora-executiva da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).

Na Bahia, a região com mais plantações do fruto é o Sul do estado, mas nos últimos anos agricultores do Oeste têm se arriscado nessa área e obtido êxito. O secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), João Carlos Oliveira, contou que a ampliação das lavouras, as mudanças no manejo e o avanço da tecnologia foram os responsáveis pelo crescimento na produção, que no ano passado representou 71.30% de todo o cacau recebido pelo setor.

“As pesquisas tiveram papel importantíssimo. Percebemos que uma planta original ocupava de 6 a 8 metros, enquanto um clone tem arquitetura de 2 metros. O clone aumenta a produtividade por hectare, o número de frutos por planta e de amêndoas por fruto. Aumenta também o peso da amêndoa, o que melhora a qualidade do cacau para a produção do chocolate gourmet”, afirmou.

Clones são mudas enxertadas e geneticamente modificadas. Ele contou que a retomada da produção exigiu um grande esforço e o aprimoramento das técnicas de produção e de proteção das lavouras. O modelo mais usado atualmente é o sistema cabruca, no qual o cacau é plantado sob a sobra de outras árvores, no meio da floresta. Alguns agricultores argumentam que a produtividade é menor, mas que o sistema é mais sustentável e seguro.

Atualmente, 70% dos 45 mil produtores de cacau da Bahia usam o sistema cabruca. Segundo os dados da Seagri, esse modelo ajudou a preservar 8% da Mata Atlântica no Sul do estado e reduz a quantidade de gás carbônico no meio ambiente. As fazendas geram cerca de 200 mil empregos diretos e movimentam R$ 1,8 bilhão por ano. Além da Bahia e do Pará, Espírito Santo e Rondônia também são produtores do fruto.

A produção cacaueira baiana atingiu o apogeu entre o final do século XIX e o início do século XX, mas a desvalorização do produto no mercado internacional e pragas que arrasaram as lavouras, como a vassoura-de-bruxa, que se espalhou pelas plantações na década de 1980, comprometeram a produção e interromperam o ciclo de ouro, retratado nos livros de história e na literatura de Jorge Amado.

Desafios
Em Buerarema, município do Sul do estado, o cacau é o principal produto da economia. São 800 produtores e quatro associações que lidam diretamente com essa produção. O secretário de Agricultura da cidade, Jorge Moura, contou que os maiores desafios têm sido o aumento no preço dos insumos, principalmente de fertilizantes e adubos, e a falta de investimentos. Ele atribuiu o crescimento produtivo à tecnologia.

“As mudanças genéticas melhoram a tolerância da lavoura às pragas, aumentam a produtividade e também a variedade de sementes. Hoje, temos 16 variedades que podem ser escolhidas de acordo com a finalidade do cacau se, por exemplo, o objetivo é usar o produto para a produção de chocolate gourmet é indicada um determinado tipo de semente, para outras finalidade, outro tipo de semente”, disse.

Na prática, a semente geneticamente modificada é inserida na raiz, para torná-la mais resistente às pragas, e no caule, para aumentar a produtividade. Além disso, existem técnicas de manejo com o cacau, como plantação e poda, que interferem na qualidade do produto, mas que ainda estão distantes para muitas famílias que não têm condições de pagar por uma assistência técnica.

“Temos feito assistências grupais para orientar os produtores. Eles vão até um local e são orientados, mas o acompanhamento individual nas propriedades têm sido cada vez mais raro. Alguns bancos oferecem linhas de crédito especial para os produtores e isso tem ajudado eles a investir”, disse.

Porém, como muitos dos agricultores estão endividados e com as propriedades comprometidas, conseguir crédito não tem sido uma tarefa fácil. O presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar do Sul da Bahia, Osaná Nascimento, representa 104 pequenos produtores de cacau e contou das dificuldades que os trabalhadores enfrentam.

“Existe muita burocracia para a gente consegui crédito e como muitas terras não têm regularização fundiária o agricultor não consegue oferecer a propriedade como garantia para conseguir o empréstimo. A vassoura-de-bruxa obrigou a produção a pular algumas etapas e isso diminuiu a qualidade do produto. Agora, que conseguimos resolver esse problema, o processo voltou a ser feito corretamente e a qualidade melhorou”, disse.

Os agricultores aproveitaram a união da cooperativa para criar uma fábrica de chocolates, que já tem até representante em Salvador. Por enquanto, a produção está alternando de 1,5 kg a 2 kg por mês. A intenção é ampliar o serviço. Agora, com novas tecnologias e técnicas de manejo os produtores começam a enxergar um a retomada e um futuro menos amargo.

Chocolate e turismo
Foi o tempo em que uma fazenda de cacau era somente uma fazenda de cacau. Nos últimos anos, os produtores desse fruto têm investido em outros dois seguimentos para amenizar os estragos provocados pela vassoura-de-bruxa. Algumas propriedades desenvolveram a técnica de fazer o próprio chocolate. O resultado é que existem 100 marcas na Bahia, com reconhecimento de qualidade nacional e internacional.

Em dezembro, as amêndoas de cacau da Bahia foram destaque no Cocoa Of Excellence – COEX2021. As Medalha de Ouro e de Prata no concurso realizado em Paris, na França, foram conquistadas por dois produtores baianos. O evento é considerado o mais importante no mundo para o setor. Durante a III Edição do Concurso Nacional do Cacau, em novembro, outros dois produtores baianos ficaram em primeiro e segundo lugar.

Graças a essa visibilidade, os agricultores têm atacado em outra área. O passeio às fazendas de cacau e fábricas de chocolate entraram no catálogo das agências de viagem e na programação turística dos municípios no Sul do estado. O secretário da Seagri, João Carlos Oliveira, contou que a pandemia deu uma forcinha.

“Muita gente resolveu se reconectar com a natureza nesse período e procuraram o Sul da Bahia. Uma região que tem mar, mata atlântica, uma culinária incrível e fazendas de cacau e fábricas de chocolate. Os produtores estão mais atentos a esse público e, nos últimos três anos, o número de propriedades oferecendo passeios vem aumentando”, contou.

NÚMEROS

Moagem cresceu 4,43% de janeiro a dezembro de 2021
2021: 224.168 toneladas
2020: 214.657 toneladas

Recebimento nacional, alta de 13,4%:
2021: 197.654 toneladas
2020: 174.283 toneladas

BAHIA: alta de 39,7%
2021: 140.928 toneladas
2020: 100.864 toneladas

PARÁ: queda de 24,6%
2021: 49.821 toneladas
2020: 66.133 toneladas

ESPÍRITO SANTO: queda de 6%
2021: 5.261 toneladas
2020: 5.600 toneladas

RONDÔNIA

Estável 1.584 toneladas

Publicado em Economia

O calendário marca fevereiro de 2022, mas o 13º salário de 2020 e de 2021 até hoje não caíram na conta dos professores e funcionários da Faculdade e do Colégio 2 de Julho. Por esse e outros motivos, a Fundação 2 de Julho acumula 160 processos judiciais, somando uma dívida trabalhista de quase R$ 18 milhões, segundo a última avaliação do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), de junho de 2018. Para arcar com os débitos, parte do imóvel onde funciona a instituição, no bairro da Garcia, em Salvador, irá a leilão, pela sexta vez, nesta quarta-feira (9).

O lance mínimo, de R$ R$ 5.079.500, paga 28% da dívida acumulada nos processos. Esse valor é 70% menor que o do leilão de 2018, quando a primeira oferta era de R$ 17,2 milhões. Segundo o site da Hasta Leilões, ferramenta especializada na organização de leilões judiciais e por onde o imóvel está anunciado, a poligonal que será vendida está avaliada em mais de R$ 10 milhões. Desde 2014 que os bens da Fundação 2 de Julho estão penhorados pela Justiça do Trabalho e, desde 2015, o imóvel tenta ser vendido por leilões em hasta pública.

O imóvel tem grande importância histórica - é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938. Ali morou o governador da província da Bahia e último vice-rei do Brasil, entre os anos de 1810 e 1818, o oitavo conde dos Arcos, Marcos de Noronha e Brito, segundo o arquiteto, historiador e professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O prédio é inclusive conhecido pelo nome do conde: Solar, Palácio ou Casa do Conde dos Arcos.

Ao que tudo indica, pelo número na porta, o edifício foi construído em 1781. De acordo com Senna, a fachada é pombalina. Outro diferencial do prédio são os azulejos nobres, procedentes da Fábrica do Rato, de Portugal, que datam do século XIX. Eles são “marmoreados” em azul e amarelo, por grinaldas. A área total do terreno onde está o imóvel é de 6.155,14 m² e a área construída de 2.689 m². São três prédios que a compõem, com biblioteca, auditório, cantina, 6 banheiros e 31 salas.

Importância histórica
O historiador diz que a casa é um raro exemplar de seu gênero em Salvador. “Essa casa tem uma característica muito particular e pertenceu ao oitavo Conde dos Arcos, que foi, sem dúvida, o governador mais impactante da Bahia do século XIX. Ele fundou a Associação Comercial da Bahia, inaugurou o Passeio Público, o Teatro São João e fez grandes reformas no comércio”, conta Senna.

Para ele, a estrutura do imóvel é única. “Ela era uma casa de zona rural, porque Salvador, na época, estava restrita ao Centro Histórico. Então era uma casa típica do campo, em grande terreno. Ao contrário das casas civis, que tinham a escadaria na parte interna, ela tem a escadaria na parte externa, que não era comum, a não ser em residências públicas. Por isso, merece ser conservado como monumento nacional”, defende o arquiteto.

Ainda de acordo com Chico Senna, foi em 1935 que o imóvel passou a ser da Fundação 2 de Julho, quando foi adquirido pela Igreja Presbiteriana da América do Norte. Quem quiser fazer qualquer alteração no Solar Conde dos Arcos, terá que apresentar projeto, pedir autorização e ter a obra fiscalizada pelo Iphan.

Para o consultor imobiliário e diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA), José Alberto Vasconcellos, cada metro quadrado de área construída e terreno vale R$ 4 mil. Ou seja, a poligonal a ser leiloada deveria custar, no mínimo, R$ 24,6 milhões o terreno e R$ 10,7 milhões o imóvel.

Vítimas
Uma das 160 ações judiciais contra a Fundação 2 de Julho pertence à comunicóloga Queila Vaz. Ela trabalhou na empresa entre junho de 2019 e julho de 2020, quando foi demitida. Queila saiu sem receber os salários de março a junho de 2020, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), as férias, o 13º salário e a indenização por aviso prévio.

A empresa deve a ela R$ 25 mil. “Assinei a demissão em agosto [de 2020] e o RH só me ligou em novembro para fazer acordo. É uma total falta de respeito com o trabalhador, porque cheguei a receber o salário picado três vezes no mês, eles só pagavam em prestação e atrasado. Quando me demitiram, não pagaram nada, saí com uma mão na frente e outra atrás. Só consegui sobreviver à pandemia porque moro com meus pais. Se não, estava passando aperto”, conta Queila.

Uma atual professora da casa, que pediu anonimato, diz que os salários continuam a atrasar. Na última semana, ela recebeu 50% do contracheque de abril. “Chegou num ponto que nem sei mais quanto recebo, porque é muito variável. Tem meses que eles pagam o mês todo, tem meses que é só metade, ou só um percentual”, explica a professora.

Assim como Queila, ela teve a renda reduzida com a pandemia da covid-19. “Trabalho em outro lugar, essa é minha sorte e o que tem me mantido. Meu marido também ajuda, porque dividimos as contas. Mas, minha renda reduziu entre 30 e 40% com a pandemia. Com a inflação em alta, nada ajuda”, desabafa a professora.

Sindicato já moveu mais de 800 ações contra a Fundação
O Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-BA), junto a outras entidades, já moveu mais de 800 ações na área do trabalho contra a Fundação.

“O 2 de Julho tem um acúmulo grande de questões judiciais, há mais de 10 anos. Existem uma série de descumprimentos de legislação, que ensejaram muitos pedidos de rescisão indireta, com os professores depois indo à Justiça para reparar os direitos violados, que vão desde não pagamento de verbas rescisórias, do FGTS, INSS, de itens previstos na convenção coletiva da educação básica”, confirma Allysson Mustafa, coordenador do Sinpro-BA.

O coordenador pontua que se a área for vendida neste leilão, será lucro para os trabalhadores e ex-funcionários. “A Fundação ofereceu como garantia parte do imóvel onde ficam a faculdade e o colégio, que já foi a leilão outras tantas vezes. Há uma dificuldade ali porque parte dela é tombada e as empresas não querem comprar. Seja pelo valor de mercado ou pelo lance inicial, não será suficiente para finalizar o processo. Porém, será um avanço significativo”, avalia Mustafa.

Fundação 2 de Julho diz passar por dificuldades financeiras
Em nota oficial, a direção da Fundação 2 de Julho disse que a situação financeira piorou com a pandemia da covid-19. “Desde março de 2020, a Fundação 2 de Julho vem ampliando os esforços para manter suas atividades de educação superior e infantil, a despeito da evasão de alunos e as dificuldades financeiras resultantes de gestões anteriores. Se antes, as dificuldades estavam mantidas sob algum controle, com a pandemia, essa situação ficou muito pior”, afirma

A instituição reconheceu que ainda não encontrou uma maneira de liquidar a dívida nem de estar em dia com o pagamento da folha dos colaboradores, mas diz buscar soluções. Ela descartou a possibilidade de encerrar as atividades. “A direção da Instituição tem sofrido duros golpes desferidos por pessoas de má fé, que envenenam ouvidos da comunidade local e acadêmica com notícias alarmistas de um suposto encerramento de atividades ou de uma liquidação de patrimônio. A Fundação está viva e buscando as soluções possíveis para superar esse momento de crise econômica”, reforça.

A Fundação menciona ainda que é um dos momentos mais difíceis do grupo. “As dores de cada colaborador nos cala fundo porque a Fundação não é feita de terrenos, prédios históricos, ela é feita de pessoas! Estamos enfrentando um dos momentos mais desafiadores da história da Instituição. Mas continuaremos honrando as tradições de luta que sempre caracterizou a 2 de Julho desde a sua fundação”, conclui.

 

Publicado em Bahia

O ano letivo nas escolas da rede estadual de ensino da Bahia começa nesta segunda-feira (7) com aulas 100% presenciais.

O governador Rui Costa participará da aula inaugural, prevista para 8h30, na sede do Instituto Anísio Teixeira (IAT), na Avenida Paralela, em Salvador. Estarão na solenidade, o secretário de Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, e como convidada especial, a professora e escritora premiada Conceição Evaristo. Além disso, haverá apresentação do sexteto da Orquestra Juvenil da Bahia (Neojiba).


Com o início do ano letivo 2022, as escolas continuam com os protocolos de biossegurança para atender à comunidade escolar. Segue obrigatório o uso de máscaras de proteção individual durante a permanência na escola. As pessoas maiores de 18 anos devem apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 nas portarias das instituições de ensino.

As escolas seguem com a disponibilização de álcool em gel 70% para a higienização das mãos; a aferir a temperatura corporal; e a orientar os estudantes sobre as medidas necessárias para prevenir e combater o novo Coronavírus.

A Secretaria da Educação do Estado (SEC) publicou uma série de orientações e protocolos relacionados às aulas presenciais nas escolas que estão disponíveis no Portal da Educação.

De acordo com o governo do estado, as instuições de ensino estão estruturadas e seguindo os protocolos de biossegurança desde que as aulas foram iniciadas para o ano letivo 2020/21.

As atividades em sala de aula já tinha sido totalmente retomadas na rede estadual, em outubro de 2021, após um ano e sete meses da suspensão devido à pandemia da Covid-19. Apesar do retorno, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) foi contrário à retomada total em todas as escolas alegando que 100% dos professores ainda não estavam imunizados. Ainda assim, as atividades nas escolas continuaram a ser realizadas.

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