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Tecnologia possibilitará também novos estudos para produção de vacinas para enfrentamento de doenças como zika, febre amarela e câncer

A vacina brasileira RNA MCTI CIMATEC HDT contra a Covid-19 entrará na primeira fase de testes, nesta quinta-feira (13), em Salvador (BA). No Brasil, o estudo está sendo conduzido pelo SENAI CIMATEC, e o desenvolvimento da tecnologia é feito pelos pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação de Sistemas Avançados de Saúde em parceria com a HDT Bio Corp (Seattle, EUA), empresa de biotecnologia sem fins lucrativos, e com a RedeVírus MCTI. O projeto conta com financiamento do Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Participam desta fase 90 voluntários, com idades entre 18 e 55 anos. O início da primeira fase do estudo clínico acontece às 10h desta quinta-feira (13/1), na sede do SENAI CIMATEC com a aplicação da primeira dose da vacina.

A pandemia da Covid-19 acelerou processos e desenvolvimento da tecnologia brasileira. O diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, destaca que as parcerias internacionais têm um importante papel no fomento a inovação brasileira. “Parcerias como essa ajudam a construir novos caminhos para a saúde pública, com a capacidade de fabricar vacinas e medicamentos no Brasil, dando à população maior acesso ao que tem de mais moderno”, ressalta.

A vacina RNA MCTI CIMATEC HDT é composta por duas plataformas tecnológicas: o replicon de RNA (substância ativa) e uma formulação lipídica (LION). Por meio dessas duas plataformas inéditas e inovadoras, repRNA e LION, espera-se que a vacina seja capaz de gerar uma imunização robusta e duradoura com uma dose menor de imunizante. A repRNA (replicon de RNA) é o primeiro imunizante que utiliza essa tecnologia a ter uma fase de estudos realizada no Brasil. O replicon de RNA é capaz de se autoamplificar e ser reconhecido pelo organismo como um RNA mensageiro, que, por sua vez, ensina o corpo humano a produzir respostas contra o vírus (anticorpos).

O imunizante integra um plano de desenvolvimento global que está sendo realizado no Brasil, Estados Unidos e Índia, por meio da parceria entre as três instituições: SENAI CIMATEC, HDT Bio Corp e Gennova Biopharmaceuticals (Índia). O estudo de Fase I custará R$ 6 milhões.

Segundo o médico infectologista e professor titular do SENAI CIMATEC, PhD em Imunologia e Doenças Infecciosas, Roberto Badaró, o objetivo principal desta etapa é avaliar a segurança e a reatogenicidade do novo imunizante, ou seja, a capacidade de a vacina gerar reação adversa (ou colateral) local ou sistêmica no organismo. “Serão testadas três diferentes concentrações de dose, verificando-se qual delas se mostrará mais promissora na produção de resposta imune humoral e celular contra o vírus SARS-CoV-2. Além disso, a expectativa é que essa vacina possa proteger contra todas as variantes da Covid-19 existentes, até o momento”, explica

Ainda de acordo com Roberto Badaró, a tecnologia utilizada no imunizante RNA MCTI CIMATEC HDT é uma grande oportunidade para a produção de outras vacinas não só para o coronavírus. Essa tecnologia poderá atender a produção nacional de vacinas para a prevenção de doenças como dengue, zika, febre amarela,podendo ser adaptada também para o câncer. “O impacto na morbidade das doenças que avassalam a humanidade vai ser muito grande, a ciência dá um salto muito grande para criar medicamentos específicos para as pessoas utilizarem”, ressalta.

Sobre a vacina

A nova vacina consiste numa formulação de nanocarreador lipídica chamada de LION (do inglês, Lipid InOrganic hybridized Nanoparticle) e uma molécula de repRNA que codifica a proteína spike (S) do SARS-CoV-2. Em contato com o organismo, o repRNA tem capacidade de se autorreproduzir, gerando então o RNA mensageiro, que ensina o corpo humano a produzir os anticorpos específicos.

“Diante da plataforma tecnológica da vacina, o que a gente espera é que esta seja uma vacina de dose única, já que pequenas concentrações se mostraram capazes de promover uma alta resposta imune”, afirma Bruna Machado, líder técnica do projeto no SENAI CIMATEC, farmacêutica e PhD em Biotecnologia.

Os estudos da vacina para a Covid-19 incluem ainda as fases II e III, até que o imunizante seja aprovado para registro e produção no Brasil. Uma vez comprovada a segurança na fase I, após as análises estatísticas dos dados, terá início a fase II, com a participação de 400 indivíduos. Da mesma forma, o início da fase III dependerá dos resultados da fase anterior. Para a fase III está previsto o recrutamento de 3.000 a 5.000 participantes. Ao todo, o período de testes vai durar cerca de um ano.

A HDT Bio Corp é detentora da tecnologia e fará, por meio do SENAI CIMATEC, a transferência de tecnologia e incorporação de conhecimento ao Brasil. A instituição brasileira realizará os ensaios clínicos de Fase I, II e III. A Gennova é responsável pela fabricação dos lotes piloto da vacina para os ensaios iniciais, e ainda, conduzirá a transferência de tecnologia de fabricação da vacina para o SENAI CIMATEC.

De acordo com o diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC, Leone Peter Andrade, a nova vacina oferece vantagens e benefícios, pois a tecnologia utilizada permite que o processo produtivo seja rápido e escalonável, utilizando menos componentes e etapas, quando comparada a métodos tradicionais. “Esse projeto permitirá a utilização de uma plataforma tecnológica de ponta para o desenvolvimento de novos produtos de interesse do Brasil”, pontua.

Publicado em Saúde

A Petrobras aprovou, nesta quinta-feira, 13, a doação de R$ 4,3 milhões para apoiar a população atingida por enchentes causadas pelas fortes chuvas nos Estados de Minas Gerais e Bahia, em iniciativa conjunta com a Fundação Banco do Brasil (FBB). O dinheiro será usado na compra de itens como alimentos, água potável e produtos de higiene pessoal e de limpeza.

"A Petrobras está atenta às demandas da sociedade e tem integrado esforços com a sociedade civil, o poder público e a iniciativa privada em ações de solidariedade, conforme nossa política de responsabilidade social", afirma o presidente da petrolífera, Joaquim Silva e Luna, em comunicado.

Até o momento, o Estado de Minas Gerais já decretou emergência em mais de 300 municípios e o Estado da Bahia, em mais de 170.

Segundo decretos emitidos pelos respectivos estados, já são mais de 30 mil pessoas afetadas nos municípios mineiros e aproximadamente 90 mil nos municípios baianos.

"Nosso apoio é uma maneira de ajudar a amenizar a situação. Acreditamos que, neste momento, a solidariedade, mais que um valor afetivo, é um dever de todos", acrescentou Silva e Luna.

Publicado em Brasil

O Estado da Bahia é contra a retomada da temporada de cruzeiros no país. O posicionamento foi dado nesta quarta-feira (12) pela secretária de Saúde do Estado, Tereza Paim, e pelo secretário de Turismo do Estado, Maurício Bacellar, durante uma reunião, realizada de forma virtual, com representantes do Governo Federal e dos setores de saúde e de turismo de estados e municípios que recebem os navios.

A Secretária Tereza Paim pontuou a atual situação que o país vem enfrentando com o aumento de casos de Covid-19 e também um surto de Influenza. “Além da explosão de casos dessas doenças, ainda estamos enfrentando na Bahia problemas por conta das chuvas, que levou mais de 175 municípios a decretar estado de emergência”.

Tereza Paim ainda destaca que seis casos da variante ômicron foram identificados em pessoas que estavam em navios atracados no porto de Salvador. No total, há 12 casos de ômicron no Estado.

O Secretário de Turismo reafirmou o posicionamento exposto pela Secretária de Saúde. “Só é possível retomar qualquer atividade quando houver protocolo que atenda o atual cenário. Por enquanto não temos isso”, afirma.

Cancelamento
Durante a reunião virtual o diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, informou que a agência preparou uma nota técnica pedindo ao governo federal para cancelar totalmente a temporada de cruzeiros no Brasil, que está suspensa até o dia 21 deste mês. Segundo Alex, a razão é o aumento dos infectados por covid, em comparação com a semana anterior, quando foi pedido a suspensão dos cruzeiros.

Publicado em Bahia

O Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, aparentemente seria palco de uma confraternização em breve. Na madrugada desta terça-feira (11), agentes penitenciários encontraram um carregamentos de quitutes em um matagal que fica no fundo do local.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), quando abriram as sacolas, os agentes encontraram um carregamento de itens como chocolates, queijos, presunto, carnes e bebidas alcoólicas, como cervejas e garrafas de uísque.

Ainda segundo a pasta, não foram encontradas drogas e armas entre os pertences que entraram de forma irregular no presídio.

A descoberta do 'kit farra' foi feita por policiais penais que flagraram pessoas de fora do presídio levando os mantimentos para os fundos, onde fica esse matagal. A ideia era que os itens fossem escondidos nos buracos de pavilhões do presídio, para que os detentos pudessem pegar depois.

Publicado em Polícia

No primeiro dia do decreto estadual que exige a comprovação da vacinação em bares e restaurantes, a maioria dos estabelecimentos visitados pela reportagem em Salvador ainda não está exigindo o comprovante. Dos dez locais, nos bairros do Rio Vermelho e da Barra, apenas três cumpriam a exigência.

“Nós já estivemos em dois locais, um restaurante e um bar aqui na Barra, e nenhum deles exigiu. Nesse aqui, aconteceu a mesma coisa, ninguém pediu nada. Eu estou com meu cartão de vacina aqui”, conta a turista Ana Dias, que estava em um dos bares que não cumpria o decreto, acompanhada por mais dois amigos, Cristiane Ribeiro e Vítor Bruno.

Antônio Farias, gerente de outro bar e restaurante da Barra, que também não estava fazendo a exigência, explica que não começou a pedir o cartão de vacinação por falta de estrutura no local, que dificulta o controle de quem entra no bar, além de alegar que poderia perder alguns clientes, caso fizesse a exigência a todos.

“Assim, aberto, não dá. Se a prefeitura permitisse que a gente fechasse em torno das mesas, para poder colocar alguém recepcionando na porta, facilitaria, mas sem isso fica difícil, não consigo controlar quem chega e senta nas mesas. Se o garçom vai lá, depois que a pessoa chega, é capaz até de eu perder o cliente por causa disso, então não tem como exigir o comprovante de todo mundo assim”, explicou Antônio.

No Bar Bohemia, no Rio Vermelho, o comprovante de vacinação também não está sendo exigido. Segundo o gerente Alfio Nicosia, o problema está na falta de clareza do decreto que estabelece a ordem. Para ele, não há nenhuma informação de que os bares ao ar livre também tenham que cumprir a medida.

“Pra mim, o decreto não é claro. Eu ainda não entendi se é uma medida para os bares e restaurantes abertos, ou só para os estabelecimentos fechados. Estou entrando em contato com a prefeitura para saber, já mandei e-mail. Concordo com a medida, mas o decreto fala de tudo isso e não fala as circunstâncias do bar”, justificou Alfio.

De acordo com o decreto, a fiscalização do cumprimento das medidas ficará a cargo de cada município. A prefeitura de Salvador informou que a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) segue com a fiscalização, mas ainda sem uma ação específica voltada ao decreto estadual publicado nessa terça-feira. A pasta aguarda a atualização do protocolo municipal.

Obedientes
Entre os bares que estão cumprindo o decreto, está o Devassa, no Rio Vermelho. Para fiscalizar se os clientes estão com o cartão de vacina, a dona do estabelecimento, Lais Rodriguez, fica na porta, recepcionando quem chega. “Eu mesma confiro e deixei essa entradinha aqui justamente para isso. Até agora eu não tive problemas, e acho que tem que ser assim mesmo se as pessoas não quiserem que tudo volte a fechar como antes”, diz.

Luís Adrian e João Marcos são enfermeiros, estavam no bar e contam que são clientes fiéis do local. Mesmo assim, já chegaram preparados com o aplicativo do Conecte SUS no celular. “Assim que chegamos ela perguntou se estávamos com o comprovante, mostramos o cartão com as três doses e entramos tranquilamente”, conta Luís Adrian.

O Boteco dos Mares também estava com uma funcionária na porta, recepcionando as pessoas para saber se estava com o comprovante em mãos. Segundo o gerente de atendimento, Sérgio Souza Machado, o dia seguiu tranquilo, apesar da resistência de um dos clientes. “Um turista chegou e disse que não tinha o cartão e que não achava necessário ter, já que ele estava vacinado. Além de não querer apresentar o cartão, foi grosseiro, mas a maioria tem aceitado tranquilamente.”

Outro bar e restaurante que estava cumprindo o decreto estadual foi o Bagacinho Boteco. Quem chegava ao local já era informado da necessidade de mostrar o comprovante, o que não foi nenhum problema para Juliana Costa, Danilo Vilas Boas e Vanessa Duarte. “Eu já estou andando com o cartão há algum tempo e também vi na rede social do bar que aqui estava exigindo, o que é ótimo, porque significa mais proteção para todo mundo. Ter o cartão não é nenhum sacrifício", comentou Danilo.

Publicado em Bahia

O Senai-Cimatec conduz um estudo para a elaboração de uma nova vacina contra a covid-19, que entrará em sua primeira fase de testes em humanos ainda agora em janeiro. A tecnologia utilizada no imunizante é a replicon de RNA (repRNA), sendo esse o primeiro a utilizar a técnica a ter uma fase de estudos realizada no Brasil. O replicon RNA é capaz de se autoamplificar e ser reconhecido pelo organismo como RNA mensageiro, que, por sua vez, ensina o corpo a produzir resposta imune contra o vírus.

Desenvolvido pela HDT Bio Corp, empresa de biotecnologia sem fins lucrativos localizada em Seattle, nos Estados Unidas, o imunizante integra um plano de desenvolvimento global que está sendo realizado no Brasil, EUA e Índia, por meio de uma parceria entre três instituições: Senai-Cimatec, HDT Bio Corp e Gennova Biopharmaceuticals (Índia). No Brasil, o desenvolvimento do imunizante conta com o apoio científico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). No Cimatec, o projeto está sob a responsabilidade do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde. O estudo de Fase I custará R$ 6 milhões e será aplicada a vacina em 90 voluntários.

A primeira dose da vacina será aplicada às 10h nesta quinta-feira (13) em Salvador, na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Senai Cimatec). O evento contará com a participação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes e será transmitido ao vivo no canal da pasta no YouTube.

O candidato a imunizante, chamado de RNA MCTI CIMATEC HDT, é composto por duas partes: uma molécula de replicon de RNA e uma substância lipídica chamada LION, que ajuda a proteger a molécula do repRNA e faz o transporte até as células-alvo. Uma vez dentro das células, o replicon de RNA é reconhecido como um RNA mensageiro pelos ribossomos, que são estruturas do citoplasma da célula que produzem as proteínas com as instruções trazidas pelo RNA. Os ribossomos iniciam a tradução da mensagem, produzindo inicialmente o replicon, que gera várias cópias de si mesmo e, depois, produz as proteínas Spike do coronavírus. As proteínas são quebradas em pequenos pedaços e expostas ao nosso sistema imunológico que identifica esses fragmentos como algo estranho (antígeno) e, assim, produz anticorpos contra a doença, preparando a nossa defesa para quando o organismo entrar em contato com o vírus.

O médico infectologista e professor titular do Senai Cimatec, PhD em Imunologia e Doenças Infecciosas, Roberto Badaró, explica que a proteína lipídica LION permite que o imunizante contenha, por exemplo, as cinco variantes da Covid-19, fazendo com que a pessoa produza uma resposta imune semelhante à resposta produzida pela vacina tetravalente, que protege o organismo contra quatro doenças.

A vacina se encaixa na quarta geração de imunizantes, que é quando é utilizado o replicon de RNA. Badaró afirma que a primeira geração são as vacinas mortas, com o vírus inativado, a exemplo da Coronavac, ou atenuadas, feitas de patógeno vivo enfraquecido e incapaz de produzir a doença em indivíduos imunocompetentes, mas são contraindicadas para gestantes e imunodeprimidos. A segunda geração são as vacinas vetoriais, que utilizam um outro vírus para fazer uma combinação efetiva contra a doença, a exemplo da AstraZeneca, que utiliza o vírus Inflluenza. A terceira geração utiliza a tecnologia de RNA mensageiro, que ensina as células a sintetizarem uma proteína que estimula a resposta imunológica do corpo, como a Pfizer e Moderna.

De acordo com o infectologista, a tecnologia utilizada no imunizante RNA MCTI CIMATEC HDT é uma grande oportunidade para fazer outras vacinas não só para o coronavírus, mas também para o câncer e outras doenças respiratórias. “O impacto na morbidade das doenças que avassalam a humanidade vai ser muito grande, a ciência dá um salto muito grande para criar medicamentos específicos para as pessoas utilizarem”, declara o especialista.

O diretor de Tecnologia e Inovação do Senai Cimatec, Leone Peter Andrade, diz que a nova vacina oferece vantagens e benefícios, pois a tecnologia utilizada permite que o processo produtivo seja rápido e escalonável, utilizando menos componentes e etapas, quando comparada a métodos tradicionais. “Esse projeto permitirá a utilização de uma plataforma tecnológica de ponta para o desenvolvimento de novos produtos de interesse do Brasil”, pontua. “A parceria com o Senai Cimatec ajudará a construir novas capacidades de fabricação de vacinas e medicamentos no Brasil, e fornecerá à população do país maior acesso a medicamentos avançados”, ressalta o CEO da HDT, Steve Reed.

O que falta para a vacina chegar no braço do povo?
Desde agosto de 2021, a vacina RNA MCTI CIMATEC HDT obteve autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) para iniciar os estudos clínicos em voluntários. Em parceria com a empresa Gennova Biopharmaceuticals, na Índia, o imunizante já foi administrado em 120 indivíduos, com segurança comprovada, permitindo o avanço do desenvolvimento clínico para Fases II e III em 35 centros do país.. Nos Estados Unidos, o ensaio clínico de Fase I também foi iniciado neste mês de janeiro, com a participação de 78 voluntários.

O estudo para a nova vacina começou a ser desenvolvido logo após o começo da pandemia da Covid-19 e foram feitos os ensaios pré-clínicos, em que foram feitos testes em animais, a exemplo camundongos, coelhos e macacos. A Fase I dos estudos tem por objetivo avaliar a segurança e reatogenicidade do imunizante, que é a capacidade de gerar algum efeito adverso, como febre, dor no corpo ou dor de cabeça. Além disso, também será avaliado se a vacina tem capacidade de produzir células de defesa, anticorpos.

Isso quem explica é a líder técnica do projeto no SENAI CIMATEC, farmacêutica e PhD em Biotecnologia, Bruna Machado. Na segunda etapa do estudo, que irá começar depois de três meses finalizada e feita as análises dos dados da Fase I, continuará sendo avaliada a segurança do imunizante e a eficácia em um grupo maior, com 400 voluntários. Na fase III será utilizado um grupo de 3 a 5 mil indivíduos para verificar com prioridade a eficácia do novo imunizante. “Isso tudo deve durar cerca de 10 a 12 meses para então conseguir, junto a Anvisa, o registro desse produto no Brasil para que ele possa ser utilizado como um produto comercial e incluído do Plano Nacional de Imunização”, destaca Bruna.

Senai Cimatec busca voluntários para estudo em Salvador
Para conduzir a primeira fase de estudos clínicos com voluntários para teste de uma vacina contra a covid-19, o SENAI CIMATEC procura pessoas interessadas em participar dos testes em Salvador. Todos os participantes da pesquisa serão acompanhados pela equipe médica do estudo.

Vale ressaltar que podem participar voluntários de todo Brasil, tanto homens quanto mulheres. Além disso, para se voluntariar, é preciso ter de 18 a 55 anos, não ter sido infectado com a Covid-19 e não estar imunizado com a vacina contra o vírus ou estar imunizado com duas doses.

Os interessados devem preencher um formulário no site. Também é possível entrar em contato com o SENAI CIMATEC por ligação ou mensagem via WhatsApp (71) 98643-6135, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

 

Publicado em Saúde

Já está valendo a uniformização de preços cobrados pelas empresas de confecção de placa de identificação veicular (PIV), em todo estado da Bahia. A fixação sobre a remuneração dos serviços prestados pelas empresas, que entrou em vigor em 01 de janeiro de 2022, é uma normatização da Portaria 20/2020 do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) que aprovou o regulamento de credenciamento das estampadoras.

Com o objetivo de auxiliar o cidadão durante a realização do primeiro emplacamento, transferência de propriedade com alteração de domicílio, dentre outras situações, o Detran-BA passou a uniformizar os preços praticados em quase 300 empresas credenciadas através da Portaria 235/2021. A nota fiscal pelo serviço será exigida pelo Departamento como forma de acompanhar o cumprimento da nova Portaria. O documento será anexado por ocasião da abertura ou fechamento do serviço que demande estampagem de placas no órgão.

A normatização dos preços de estampagem de PIV para placas Mercosul varia entre valores mínimo e máximo para cada categoria veicular. O valor unitário da placa para motocicletas e assemelhados está fixada entre R$126,50 e R$158,13, segundo a Portaria publicada no último mês de dezembro. Valores estabelecidos para os demais veículos custam agora, por unidade, entre R$104,01 e R$ 130,01.

A uniformização nos preços das placas é uma das ações de planejamento que se torna realidade para o público que busca o serviço das credenciadas junto ao Detran-BA, após criterioso trabalho de estudo e pesquisa, com colaboração da Associação Baiana das Empresas Estampadoras (ABEEP).

“Além de possibilitar maior transparência ao processo para que o cidadão tenha a segurança que os valores cobrados pelo serviço são disciplinados pelo Detran-BA, passamos a colaborar com a uniformidade e sustentabilidade das estampadoras, que terão melhores oportunidades de mercado”, reforça o diretor-geral do órgão, Rodrigo Pimentel.

Publicado em Bahia

A Bahia vive uma alta de casos de covid-19 que, associados à gripe e à flurona, tem lotado todas as unidades de atendimento médico no estado e preocupado gestores. Por isso, nessa segunda-feira (10), o governador Rui Costa (PT) anunciou medidas para frear o avanço do vírus. Os eventos, que antes podiam receber 5 mil pessoas, só poderão ser realizados com até 3 mil, no máximo.

Nos estádios, teatros e cinemas, também houve mudança, reduzindo a capacidade máxima para 50%. Já bares e restaurantes poderão funcionar com capacidade máxima, mas exigindo comprovante de vacinação.

Em entrevista à TV Bahia, Rui disse que há um pré-colapso no sistema de saúde nas emergências das UPAs e emergências estaduais.

"Tomamos essas decisões baseados nisso e no grande crescimento do número de casos ativos. Esses serão os dois indicadores que iremos monitorar: o percentual e a situação das UPAs e postos de saúde. Além, claro, dos casos ativos [que hoje são 4.499”, informou.

Descontentamento
Associações ligadas aos eventos afirmaram que o impacto da restrição será grande, já que a medida entra em vigor no período em que há alta no número de atrações culturais. Moacyr Villas Boas, presidente da Associação Baiana das Produtoras de Eventos (Abape), afirma que a previsão não é nada animadora.

"O impacto é devastador, várias festas já estão anunciando adiamentos e cancelamentos. A reação é imediata porque, com essa quantidade de público, muitos eventos passam a ter a realização inviável por motivos financeiros", declara Villas Boas.

Ainda segundo o presidente, não se sabe ainda um número exato de cancelamentos por conta da medida (veja lista abaixo).

"O Verão 2022, que aconteceu com Nando Reis no último final de semana e ia acontecer com Baiana System e Pitty, foi cancelado. O de Geraldo Azevedo e Chico César já estamos estudando o cancelamento. Vai vir uma porrada de vários outros, com certeza dezenas de grandes eventos vão deixar de acontecer", garante.

Presidente da Associação de Profissionais de Eventos (APE), Adriano Malvar, preferiu não comentar a redução, mas criticou o que chamou de descaso da gestão estadual com os profissionais de eventos que seguem sem assistência durante a pandemia.

“Estávamos na esperança de que, após resolver o problema dos empresários com eventos de 5 mil pessoas, ele [Rui] fosse olhar para nós, pequenos, com um auxílio, um suporte ou algo assim. Vejo que esse governo vai de mal a pior, principalmente com o setor cultural”, reclama.

Acerto técnico
Para o infectologista Matheus Todt, a redução de público é necessária, apesar de não se tratar ainda da medida ideal para combater o crescimento de casos.

"Há um pico de casos compatível com uma nova onda. O certo seria não haver nenhum evento que pudesse ter aglomeração. Limitar a capacidade é melhor que nada, mas não é ideal em um cenário como este", fala o infectologista, citando o surto de gripe e casos de flurona que estouram em paralelo com o crescimento dos casos de covid-19.

Todt diz ainda que outros setores da economia precisariam voltar a ter restrições para atenuar o alastramento do vírus entre os baianos.

"Principalmente em bares e restaurantes que têm pessoas próximas e sem máscara, poderia haver mais restrições. Além da cobrança de passaporte da vacina, voltar a ter uma redução na ocupação máxima seria prudente", alerta.

Carnaval sem festa
A Bahia poderá ter ainda mais restrições se os casos continuarem aumentando. Após anunciar as medidas, o governador Rui Costa afirmou que o estado pode proibir a realização de eventos de qualquer natureza em fevereiro.

"Nós não teremos Carnaval e se continuar nesse ritmo, nem festa particular haverá. Mantenho a recomendação de dezembro para que a população não compre essas festas", disse o governador.

Apesar da distância para o feriado de Carnaval, Matheus Todt acredita que é provável que essa medida seja mesmo necessária no período, pelo que mostra a curva de casos.

"Eu vejo isso como uma possibilidade muito grande, nós estamos caminhando para um outro pico de casos, uma nova onda. É uma tendência de aumento que, se mantida, inviabiliza uma realização segura de eventos no período", conclui.

Veja lista de eventos cancelados e adiados:

Cancelados

Pier Sound - Sorriso Maroto e Pagodart - 8 de janeiro
Feijão do Casarão - Batifun - 8 de janeiro
Verão da Osba - 8 e 9 janeiro
Bonfim de Tarde - Bell Marques e Xanddy - 13 de janeiro
Baile da Santinha In the Park - 14 e 21 de janeiro

Adiados

Pranchão - Durval Lelys e Saulo - 8 de janeiro
Baile Pierrot - Bailinho de Quinta, Gerônimo e Fanfarra Pierrot - 8 de janeiro
Biergarten - Os Myfriends, Dj Secretinho, Vini e Magary - 8 de janeiro
Ensaio da Timbalada - 9 de janeiro
Festa Magia - Luiz Caldas e Zeca Baleiro - 15 de janeiro
Circuito Verão 2022 - Larissa Luz, Baiana System e Pitty - 15 de janeiro
Circuito Verão 2022 - Titãs e Jota Quest - 22 de janeiro
Axezin, com Alexandre Peixe - 15 de janeiro
Violivoz, com Chico César e Geraldo Azevedo - 14, 15 e 16 de janeiro
Lulu Santos - 13 de fevereiro

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O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen) detectou doze casos da variante ômicron da covid-19 no estado, segundo divulgou nesta segunda-feira (10) a Secretaria de Saúde (Sesab). O total representa 12,5% dos 96 sequenciamentos realizados em amostras coletadas em dezembro. Foram detectadas ainda 81 amostras de variante delta. Em outras três, a análise não foi possível.

Os casos foram identificados em residentes de Salvador, Guanambi, Seabra, Camaçari, Madre de Deus e São Francisco do Conde. São sete homens e cinco mulheres, sendo o mais novo de 14 anos e o mais velho com 41 anos. Dos sete casos registrados na capital baiana, só um era morador da cidade - os demais estavam em navios.


A secretária Tereza Paim destaca que embora a ômicron não seja a maioria dos casos, o cenário exige cuidado e atenção redobrada. ”Estamos vendo nos dados uma elevação do número de positivos covid. Nós vínhamos com uma média de 2 mil casos ativos. Passamos agora a 4.467”, diz. Ela lembra que todos devem se vacinar e manter medidas como uso de máscara e distanciamento.

A escolha das amostras para o sequenciamento é baseada na representatividade de todas as regiões geográficas do estado da Bahia, casos suspeitos de reinfecção, amostras de indivíduos que evoluíram para óbito, contatos de indivíduos portadores de variantes de atenção (VOC) e indivíduos que viajaram para área de circulação das novas variantes com sintomas clínicos característicos.

Restrições
A secretária não descartou a volta de novas restrições. Mais cedo, o governador Rui Costa falou do assunto. Ele indicou que vai reduzir o público permitido em eventos no estado. Atualmente, é permitida a participação de 5 mil pessoas em eventos pagos.

"Ainda vamos estudar o número exato, mas devemos diminuir, no decreto, a quantidade de pessoas permitidas em eventos", escreveu, nas redes sociais.

Ainda de acordo com o governador, não há intenção inicialmente de fazer alterações nas atividades econômicas. "Neste momento, não pretendemos alterar o decreto para atividades econômicas, mas fica o meu apelo: você que tem o seu estabelecimento, exija o uso de máscaras", completou.

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Foi prorrogado o prazo de matrícula para a Educação Infantil. Antes, a data limite era até esta sexta-feira (7), mas agora, com a mudança, é possível fazer o processo até a próxima quarta-feira (12).

O anúncio foi feito hoje, pela Secretaria Municipal da Educação (Smed). Segundo a pasta, a medida foi tomada após um apelo dos pais e responsáveis dos estudantes contemplados no sorteio eletrônico ocorrido esta semana. As crianças que estão em lista de espera serão chamadas a partir da quinta-feira (13).


A matrícula precisa ser efetuada por pais e/ou responsáveis do aluno. É necessário apresentar certidão de registro civil ou carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e cartão de vacinação atualizados, Cartão SUS, duas fotos 3x4 e laudo médico. A lista de sorteados está disponível no site www.educacao.salvador.ba.gov.br.

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