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As campanhas de vacinação contra a covid-19 e a gripe estão suspensas nesse fim de ano em Salvador. Não acontecerá imunização nessas sexta (31), sábado (1º) e domingo (2) na capital.

A estratégia deve ser retomada na segunda (2), com públicos que ainda devem ser anunciados nos próximos dias.

Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (30), com mais de 80% da população vacinada, Salvador já possui 4,548 milhões de doses aplicadas. São 2,159 milhões com a primeira dose; 1,938 milhão com a 2ª dose/dose única; e 450,7 mil com a 3ª dose / reforço. Foram disponibilizados 14 drive-thrus, 32 pontos fixos e 153 salas de vacinação.

Ainda neste período, por meio do Vacina Express, equipes volantes atuaram para vacinar a população com dificuldade de locomoção ou acamada.

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Nunca choveu tanto na Bahia, no Brasil e no mundo como neste mês de dezembro. Nenhuma área do planeta teve chuva tão acima da média nos últimos 30 dias como o estado, mostram dados que a MetSul Meteorologia. Segundo o governo estadual, o território baiano registrou o maior acumulado de chuvas para dezembro nos últimos 32 anos.

Segundo o MetSul, entre 24 de novembro e 24 de dezembro revela que em áreas do Sudeste Asiático, perto da Indonésia e Papua Nova Guiné, houve grandes desvios positivos de chuva resultantes do fenômeno La Niña que desloca águas mais quentes para a região. As anomalias de chuva na Bahia, no mapa, entretanto, são maiores em dimensão geográfica e volumes.

O município de Itamaraju, no Sul da Bahia, oi o que registra os maiores índices de precipitação neste dezembro no Brasil com 769,8mm de chuva, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A marca é cinco vezes a média de precipitação do mês de 148,0mm.

Em Lençóis, o total de chuva entre os dias 1º e 27/12 de 578,0 mm, que representa 445,4 mm acima média histórica do mês de dezembro que é de 132,6 mm. Além disso, é o maior acumulado em dezembro desde 1961, superando o recorde anterior de 564,5 mm de dezembro de 1989. Como o período de dados começa em 1961, é possível que este dezembro seja o mais chuvoso em período maior ou muito maior que os 60 anos da série observacional.

Em Caravelas, o total de chuva até a manhã dessa quarta-feira (27) de 493,4 mm ficou 346,2 mm acima média histórica de dezembro (148,0 mm). O mês de dezembro de 2021 já é o mais chuvoso nessa estação desde 1961, ultrapassando o recorde anterior de 404,7 mm de dezembro de 2006. Somente no dia 24, a estação registrou 117,9 mm.

Na cidade de Ilhéus, o total de chuva na estação do Instituto Nacional de Meteorologia entre os dias 1º e 27/12 de 410,4 mm superou em 265,4 mm a média de todo o mês de dezembro que é de 145,3 mm. Apenas no dia 25, o total de chuva na estação foi de 139,0 mm. É o maior acumulado em dezembro em Ilhéus desde 1961, superando o recorde anterior de 356,3 mm de dezembro de 1975.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou uma fala irônica do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para justificar sua ausência na Bahia, onde fortes chuvas já causaram 21 mortes e deixaram 77 mil pessoas desabrigadas.

"Eu acho que se o presidente descobrir a cura do câncer, ele vai ser criticado porque descobriu a cura do câncer", afirmou Marinho no Rio de Janeiro, onde participou de uma cerimônia, realizada no Palácio Guanabara, de liberação de recursos para obras. Ao publicar o vídeo do ministro em suas redes sociais nesta quarta-feira, 29, Bolsonaro escreveu: "Bahia, nosso trabalho é solidariedade."

Cinco minutos depois de ser postada no Twitter do presidente, a publicação foi compartilhada pelo filho "02" de Bolsonaro, o vereador Carlos (Republicanos-RJ), que usou o episódio para atacar a imprensa brasileira. Mais cedo, o presidente havia publicado em suas redes sociais um vídeo que mostrava a entrega de mantimentos pelo governo federal a cidades baianas. "Continuamos na Bahia", escreveu.

Marinho defendeu Bolsonaro também nas redes sociais. "É vergonhosa a politização às custas das vítimas das chuvas na Bahia. Desde novembro, o Governo Federal trabalha na região, tecnicamente, coordenando a assistência, apoiando os municípios na elaboração dos pedidos e liberando recursos. Virou vale tudo para atacar @jairbolsonaro", publicou no Twitter. Ontem, o ministro sobrevoou as áreas atingidas pela chuva, com os titulares da Cidadania, João Roma, e da Saúde, Marcelo Queiroga.

O presidente tem sido criticado por manter as férias no litoral de Santa Catarina enquanto cidades da Bahia sofrem as consequências das fortes chuvas. Hoje, Bolsonaro voltou a andar de motoaquática em uma praia catarinense.

Em vídeo publicado em seu perfil no Facebook, o chefe do Palácio do Planalto aparece andando de motoaquática ski na Praia da Enseada, na cidade de São Francisco do Sul (SC), com a primeira-dama Michelle e a filha Laura. Apoiadores do presidente acompanharam o passeio, aos gritos de "mito". Bolsonaro está na cidade desde segunda-feira, 27, para passar o réveillon.

No começo da semana, em conversa com apoiadores na Praia do Forte, onde também andou de motoaquática, Bolsonaro disse que espera não precisar voltar para Brasília antes de 3 de janeiro, data prevista para seu retorno oficial ao trabalho. Ontem, a hashtag "BolsonaroVagabundo" esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter. As postagens faziam críticas à postura do presidente em relação à emergência causada pelas fortes chuvas na Bahia.

Bolsonaro chegou a ir ao Estado em 12 de dezembro e sobrevoou as regiões afetadas, mas não retornou ao local desde as chuvas mais recentes. Ontem, o governo editou uma medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 200 milhões em favor do Ministério da Infraestrutura. Esses recursos serão destinados para reconstrução de rodovias danificadas pelos temporais nos Estados do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pará e São Paulo.

Em um vídeo publicado hoje no Twitter pelo tenente Mosart Aragão, assessor especial do presidente, Bolsonaro diz que participará no dia 5 de janeiro de um jogo de futebol solidário, em Buriti Alegre (GO), com o cantor Gusttavo Lima e a dupla sertaneja Bruno e Marrone.

Deputado com covid
Após se encontrar com Bolsonaro em Santa Catarina, o deputado Coronel Armando (PSL-SC) informou em suas redes sociais que testou positivo para covid-19. "Em razão disso, por prevenção e responsabilidade, mandei mensagem ao Presidente Jair Bolsonaro uma vez que o recebi ontem em São Francisco e tivemos um breve contato, falei com o chefe de Gabinete do presidente e alertei ao médico da equipe para que estivesse ciente", escreveu o parlamentar.

A reportagem perguntou à Secretaria Especial de Comunicação (Secom) se o presidente fará teste de coronavírus ou tomará alguma medida sanitária após manter contato com o deputado, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.

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As chuvas deixaram 128 famílias desabrigadas em Iramaia, na região da Chapada Diamantina, na terça-feira (28). Segundo a prefeitura da cidade, 18 casas desabaram em meio à tempestade.

Os desabrigados foram encaminhados para o Centro de Excelência Professora Zoraide Nascimento. Nesta quarta, a chuva deu uma trégua na cidade, segundo os moradores, mas a situação ainda é de atenção.

Em campanha nas redes, a prefeitura pede que quem puder faça doações de colchões, rupas e kits de higiene para ajudar as pessoas que perderam tudo. Uma compra emergencial será feita para distribuição entre essas pessoas.

"A gente teve uma chuva muito forte, mais de 100 milímetros de chuva em pouco tempo. E nossa cidade sofre muito com isso, mais de 100 famílias desabrigadas", diz em vídeo o secretário Ari Carlos, de Administração e Finanças.

Vídeos postados nas redes sociais mostram a enxurrada que tomou as ruas da cidade. Os pontos mais atingidos foram os povoados de Cruzlândia e Olhos D'Água do Cruzeiro. Quem quiser ajudar pode fazer uma doação pelo PIX (CPF 04589020556 - Nizia Tania Costa da Silva), em campanha organizada pela paróquia da cidade.

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Vai viajar neste final de ano? Desde o dia 10 de dezembro está sendo feita a cobrança obrigatória do Certificado de Vacinação contra a Covid-19 para o embarque de passageiros no transporte rodoviário intermunicipal de toda Bahia. Os usuários do sistema regular que desejam viajar, em transporte coletivo público ou privado, deverão apresentar o documento no ato do embarque no veículo. A exigência do comprovante foi determinada através do decreto assinado pelo governador Rui Costa.

Os motoristas, agentes ou despachantes das empresas de ônibus não deverão permitir o embarque de passageiros sem que apresentem o comprovante de imunização para o Covid-19. O não cumprimento desta determinação se configura infração administrativa gravíssima, punível com multa no valor de R$ R$ 3.763,04 e até mesmo anulação de licença.

O documento a ser apresentado deverá comprovar uma das seguintes condições:

I – duas doses de vacina ou dose única, para o público geral;

II – uma dose da vacina para crianças e adolescentes alcançados pela Campanha de Imunização contra a COVID 19, respeitado o prazo de agendamento para a segunda dose;

III – a terceira dose ou dose de reforço da vacina para o público alcançado por esta etapa da Campanha de Imunização contra a COVID 19.

A Agerba informou que vai realizar operações de fiscalização em todo o estado, tanto nos terminais de ônibus como nas estradas. Durante as blitze, os fiscais da agência reguladora poderão exigir a apresentação do comprovante de vacinação. Os passageiros deverão apresentar o documento de vacinação fornecido no momento da imunização ou o Certificado Covid, obtido através do aplicativo Conect SUS do Ministério da Saúde. O uso de máscara facial de proteção continua sendo obrigatório durante as viagens. Denúncias de irregularidades praticadas pelas empresas podem ser enviadas para a ouvidoria da Agerba através do telefone 0800 071 0080 ou por e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

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O governo de Jair Bolsonaro (PL) reduziu em 43% os recursos para a Defesa Civil. Ao longo de 2021, foram empenhados R$ 918,6 milhões para a área responsável pela preparação do País para eventos climáticos extremos, menos que o montante de R$ 1,63 bilhão destinado no ano passado. Nesta temporada de chuvas, o Brasil ainda não chegou ao ápice da estação, mas as intempéries já provocaram danos. No extremo sul da Bahia e em Minas Gerais, mais de 300 mil pessoas sofreram com as enchentes das últimas semanas.

A falta de investimentos no setor significa que este ano terá o menor gasto da União com a Defesa Civil pelo menos desde 2016, de acordo com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) do governo federal compilados pela reportagem.

A área não foi contemplada pelo duto das emendas RP-9, o chamado "orçamento secreto". Revelado pelo Estadão, o esquema criado por Bolsonaro para garantir apoio político, sem transparência sobre a distribuição do dinheiro, não empenhou recursos para a Defesa Civil. Os investimentos da União na área foram fortalecidos apenas por emendas de bancadas estaduais: o Congresso destinou R$ 30,8 milhões; outros R$ 4,1 milhões chegaram via emendas individuais.

À reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pela área, disse "condenar qualquer tentativa de uso político da tragédia" e afirmou ter destinado pouco mais de R$ 1 bilhão para a área em 2021 - a diferença se deve ao critério adotado pela pasta, que inclui o pagamento dos chamados "restos a pagar" no cálculo - recursos empenhados em anos anteriores e quitados agora.

Emergência
Até o momento, 63 municípios do sul da Bahia já decretaram situação de emergência por causa das chuvas. Ao menos 7,4 mil pessoas estão desabrigadas em decorrência das enchentes na região. Outras 21,5 mil estão desalojadas, o que significa que tiveram de deixar suas casas, mas não precisaram recorrer a abrigos providenciados pelas prefeituras. As chuvas também tinham resultado em 14 mortes até a sexta-feira passada, e deixado ao menos 276 feridos. As cidades mais afetadas são Itamaraju, Jucuruçu, Prado, Itanhaém e Medeiros Neto.

Em Minas, as chuvas deixaram ao menos 2.024 desabrigados e 9.871 desalojados, além de 49 feridos e cinco mortos. O número total de pessoas afetadas era de pouco menos de 16 mil, segundo o mais recente boletim da Defesa Civil mineira, divulgado anteontem. Os municípios mais atingidos são os dos vales do Jequitinhonha, do Mucuri e do Rio Doce.

No Orçamento da União, as ações de Defesa Civil estão agrupadas sob o guarda-chuva do programa orçamentário 2218 - "Gestão de riscos e desastres". Além desta rubrica principal, o levantamento do Estadão considerou outros programas relacionados, como o de código 1027 ("Prevenção e preparação para desastres") e 1029 ("Resposta aos desastres").

A reportagem considerou um conjunto de 15 ações orçamentárias relacionadas ao assunto, mas a mais relevante é a ação de código 22BO ("ações de proteção e Defesa Civil"). Dos pouco mais de R$ 900 milhões já empenhados (isto é, reservados para gastar) pela União para a área da Defesa Civil, a maior parte (R$ 727,3 milhões) foi para a rubrica.

A ação 22BO inclui desde os repasses para os municípios baianos e mineiros atingidos pelas chuvas recentes até a Operação Carro-Pipa (OCP), tocada pelo MDR em parceria com o Comando do Exército. A operação distribui água para a população de regiões rurais afetadas pela estiagem. A Operação Carro-Pipa foi uma das menos impactadas pela queda de investimentos em Defesa Civil: o volume de recursos executado pelo MDR em parceria com o Comando do Exército é de cerca de R$ 485 milhões até o momento em 2021, ante R$ 521 milhões em 2020 - uma redução de cerca de 7%.

Na semana passada, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, que integra a estrutura do Ministério do Desenvolvimento Regional, reconheceu a situação de emergência em vários municípios mineiros e baianos - o que abre caminho para o envio de recursos extras para as cidades. O dinheiro é usado para restabelecer serviços básicos, para desobstruir vias e para comprar mantimentos para os atingidos, por exemplo.

Para os municípios do sul da Bahia e de Minas foram destinados cerca de R$ 14 milhões até o momento, segundo informou o MDR, em nota ao Estadão. Em todo o País, eram 60 municípios com situação de emergência reconhecida pela pasta até quinta-feira passada.

Deficiências
No Brasil, a Defesa Civil está organizada na União, nos Estados e nos municípios. O conjunto dos órgãos que integram esta estrutura é conhecido como Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec). A lei federal que organiza o sistema foi criada em 2012, mas segue sem regulamentação até hoje - um problema que persistiu nos mandatos presidenciais de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Nos últimos anos, o Tribunal de Contas da União (TCU) vem emitindo alertas sobre a falta de critérios objetivos e de planejamento na distribuição de dinheiro para projetos de prevenção de desastres naturais. Em fevereiro de 2020, por exemplo, uma auditoria relatada pelo ministro Augusto Nardes concluiu que a União estava direcionando recursos para áreas menos necessitadas, em detrimento de outras onde as carências eram maiores. A auditoria do TCU encontrou ainda situação precária em muitos órgãos municipais de Defesa Civil - a maioria das cidades não possui um plano municipal de redução de riscos.

Em resposta à reportagem, o MDR afirmou que "episódios extremos provocados pelo clima acontecem em todo o mundo e não há ações que poderiam ter evitado o aumento do nível dos rios e alagamentos das áreas, tal o volume de precipitações registradas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O reajuste da passagem de ônibus em Salvador deve acontecer apenas em maio de 2022, anunciou o prefeito Bruno Reis. O valor, que ainda não foi definido, pode pesar no bolso dos passageiros devido ao acúmulo da inflação do ano.

"Ano passado demos o aumento em maio e nós temos até lá para tomar essa decisão. E eu tenho chamado a atenção, pelo menos eu fui 10 vezes a Brasília tratar de transporte público. Esse é o maior problema de todos os prefeitos atualmente", disse o prefeito, nesta sexta-feira (17).

Ele disse que está tentando um subsídio do governo federal para reduzir o impacto. "Esses contratos têm a regra clara para o reajuste da tarifa. Nenhum prefeito terá condição de dar um reajuste de menos de 10%, com a inflação do período, o combustível aumentou, pneu aumentou, teve aumento do salário dos trabalhadores do transporte público, aumento dos preços dos ônibus. Se esse cálculo conseguir o que está no contrato será um reajuste que irá superar quase 10%. Então o que que nós prefeitos estamos apelando? Que o governo federal possa dar um subsídio", disse.

O prefeito alertou que um aumento significativo da passagem pode gerar protestos, como aconteceu em 2013. "A pandemia veio para destroçar o sistema de transporte público pq reduziu os passageiros e aumentou a receita. Vocês lembram o que ocorreu em 2013? Aquelas manifestações que pararam o Brasil? Estamos na iminência do Brasil parar em 2022".

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O programa Bolsa Presença, que teria vigência até o mês de dezembro deste ano, passa a ser permanente e reconhecido como uma política de Estado. Isto significa que o pagamento do auxílio financeiro para as famílias dos estudantes em condição de vulnerabilidade socioeconômica, previsto para acontecer no ano de 2021, será executado concomitantemente com o calendário letivo a partir de 2022. O governador Rui Costa sancionou uma nova Lei, a de nº 14.396 de 16 de dezembro de 2021, que altera a Lei nº 14.310, de 24 de março de 2021, que prevê a mudança.

Outra novidade é que além dos R$ 150 por família de estudante, regulamente matriculado na rede estadual de ensino, o valor do benefício será ampliado. Será acrescido R$ 50 por aluno da família, a partir do segundo aluno admitido no programa. O Bolsa Presença faz parte do Programa Estado Solidário. Com a iniciativa, só em 2021, a previsão é a de que o programa atenda a 421.308 famílias e alcance 528.213 estudantes.

Os recursos disponibilizados pelo governo do Estado para este ano chegam a R$ 469 milhões. A concessão do benefício está vinculada à assiduidade nas aulas ministradas pela unidade escolar onde o aluno esteja matriculado; à participação obrigatória dos alunos nas avaliações de aprendizagem promovidas pela unidade escolar, visando orientar o acompanhamento pedagógico; e à manutenção dos dados cadastrais atualizados na unidade escolar e de sua família no CadÚnico.

O governador Rui Costa destacou que a iniciativa é estratégica para assegurar a permanência dos alunos na escola. “Este é um benefício fundamental para o fortalecimento da nossa educação quando o país volta a enfrentar um cenário de extrema pobreza. Por isso, fizemos um esforço grande para consolidar o bolsa presença como um benefício permanente para aquelas famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica e social. Por meio dessa iniciativa, o Estado consegue assegurar a permanência dos alunos na sala de aula. Assim, evitamos que estudantes deixem a escola em busca de algum tipo de renda para ajudar a família”.

O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, falou sobre o impacto desta iniciativa. “Esta decisão do governador Rui Costa é mais uma demonstração do zelo que ele tem com os estudantes e com suas famílias. Além de dar este suporte financeiro, neste momento de crise econômica que o país atravessa, transformar o Bolsa Presença em uma Política de Estado e disponibilizar recursos do próprio Tesouro Estado, revela também o cuidado com a aprendizagem, já que um dos critérios para receber o benefício é a permanência dos estudantes nas escolas”, afirmou.

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Desempregado desde outubro, o estudante universitário Erisson Santana, 25 anos, vê o Censo Demográfico 2022 do IBGE como uma das principais oportunidades de obter renda em 2022. Isso porque, só na Bahia, o Censo vai gerar 14.290 vagas de emprego temporário, sendo 12.485 para recenseadores e 1.805 para agentes censitários.

Apenas na capital baiana, 2.936 postos de trabalho serão ocupados para a pesquisa, que vai selecionar os profissionais através de uma prova que teve o edital publicado nesta quarta-feira (15), no Diário Oficial da União, e tem inscrições abertas até às 16h de 29 de dezembro deste ano no site da FGV Conhecimento.

Antes deste edital, o IBGE já tinha aberto dois processos seletivos, que foram cancelados, devido a adiamentos do censo. O primeiro cancelamento foi em março de 2020 e o segundo, em outubro deste ano.

Oportunidade de renda

Erisson se inscreveu nos dois e se decepcionou quando soube do cancelamento. No entanto, não desistiu e fará a inscrição novamente para ter a chance de obter um emprego, mesmo que temporário.

"O desemprego está grande e é uma boa oportunidade de renda, mesmo que não seja algo duradouro. Tô sem trabalho desde que pararam de aferir a temperatura nos shoppings. Por isso, vou fazer duas provas: pra recenseador e pra agente censitário", conta ele, que quer maximizar suas chances.

O empenho em garantir mais possibilidades de conseguir a aprovação se dá pelo fato de que, com o salário pago pelo Censo, ele poderia se manter em Salvador. "Estou esperando há um tempo com atenção porque o dinheiro que posso receber trabalhando para o IBGE vai ajudar a me manter aqui na cidade estudando, seria essencial pra mim", fala.

Assim como para Erisson, uma vaga entre as pessoas que farão o censo acontecer seria importante financeiramente para Walysson Nazaré, 21, estudante de artes cênicas, como ele mesmo conta. "Como eu tô sem emprego, se eu conseguisse ser aprovado, ia ser muito bom pra mim. Representaria um avanço imenso e acho que seria fantástico", diz o estudante.

No entanto, para ele, a principal razão para se inscrever está na possibilidade de trabalhar diretamente com pessoas e aprender com isto.

"A minha meta é fazer muitos concursos, adquirir experiências e aprender com isso. Além disso, quando se fala em IBGE, me remete a trabalho com pessoas em pesquisa, o que me agrada muito. São esses os principais motivos para fazer a inscrição’, explica Walysson.

Como se preparar

Para quem quiser ser agente censitário no Censo, é preciso fazer a prova que é objetiva, tem caráter classificatório e eliminatório e não tem redação. Ao todo, dez perguntas de língua portuguesa, dez de raciocínio lógico, 15 de noções de administração e situações gerenciais, 20 de conhecimentos técnicos e cinco questões de ética no serviço público

Professor de língua portuguesa, Luís Alberto afirma que é preciso estar atento a como a Fundação Getúlio Vargas, responsável pela prova, costuma aplicar provas, Ainda segundo ele, é necessário refazer questões antigas comentadas para fixar os assuntos mais prováveis.

“É uma tática interessante para estar em dia com temas da gramática padrão como a pontuação, tempos e modos verbais, morfossintaxe, regência nominal e verbal, emprego da crase, colocação pronominal e outros assuntos dentro da gramática”, afirma ele, dizendo que a parte gramatical é o que mais cai, com menos questões interpretação de texto.

Já para os candidatos que vão atrás de uma vaga como recenseador, farão a prova no mesmo formato, só que com dez questões de língua portuguesa, dez de matemática, 25 de conhecimentos técnicos e cinco sobre ética no serviço público.

De acordo com Joangelo Souza, o conhecimento matemático cobrado neste tipo de prova remete ao que foi estudado no fim do Ensino Fundamental II e no início do Ensino Médio das escolas brasileiras.

"É um conteúdo mais genérico como lógica, estatística, probabilidade, porcentagem e regra de 3. Geralmente, são esses os principais assuntos que necessitam de uma rotina de estudos frequente para serem dominados", orienta ele, que já foi recenseador em 2011 e conhece a prova.

Carga horária e salários

Os recenseadores, que são os responsáveis pela aplicação do questionário do Censo nos domicílios, terão salário variável de acordo com a produção. A carga horária semanal recomendável é de 25 horas. A taxa de inscrição para a prova custa R$ 57,50. Os agentes censitários supervisionam o trabalho dos recenseadores. Eles têm a carga horária semanal de 40 horas e salário de R$ 1.700.

Já os agentes censitários municipais têm, entre suas atribuições, garantir a cobertura de sua área territorial, o cumprimento dos prazos e a qualidade das informações coletadas. A carga horária é de 40 horas e o salário, de R$ 2.100. O valor da taxa de inscrição para ambos os cargos é de R$ 60,50.

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Foi iniciado, nesta quarta-feira (15), o trabalho de triagem para a construção e reconstrução de imóveis afetados pelas chuvas no Extremo Sul baiano, conforme decidido em reunião no gabinete avançado do Governo do Estado instalado na cidade de Itamaraju. Equipes das coordenações Social e de Engenharia da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder) continuam em campo nas áreas afetadas.

Cerca de 20 agentes das duas áreas foram distribuídos em equipes que começaram o trabalho pelo distrito Nova Alegria, em Itamaraju, e pela cidade de Jucuruçu, com o trabalho de estabelecimento do perímetro de áreas afetadas em cada uma das localidades para levantar o número de residências total ou parcialmente destruídas. Os dois municípios estão entre as áreas mais destruídas pela chuva.

O presidente da Conder, José Trindade, liderou a primeira reunião antes da saída das equipes. "Nosso trabalho é dar todo o apoio de infraestrutura para as pessoas que foram atingidas por esse desastre aqui na região. Nossa equipe estará em campo identificando as demandas nessas cidades das pessoas que perderam seus imóveis ou tiveram suas casas danificadas", explicou.

Além da construção de novas casas, o que deverá acontecer em novas áreas com maior segurança e menor risco de novos alagamentos, também será planejada a recuperação de residências que tiveram danos menores, sem comprometimento da estrutura. Para a recuperação, os trabalhos serão executados em parceria do Governo do Estado com os Consórcios Intermunicipais de Infraestrutura.

Projeto de Lei aprovado

Foi sancionado pelo governador Rui Costa e publicado na edição desta quarta-feira (15), no Diário Oficial do Estado, o Projeto de Lei que libera R$ 20 milhões em financiamentos para atender os comerciantes que tiveram prejuízos por causa da chuva. O Projeto foi enviado pelo Governo do Estado, na última segunda-feira (13) à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e aprovado ontem (14). Os empréstimos de até R$ 150 mil não terão cobrança de juros. Um posto da Desenbahia já está em funcionamento em Medeiros Neto para atender aos interessados.

Com a aprovação da lei, o governo baiano também poderá adquirir fogões e geladeiras para doação às famílias de baixa renda moradoras de cidades atingidas pelas enchentes. Além disso, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) está autorizada a aplicar, no mês de dezembro de 2021, a tarifa social prevista no “Programa Tarifa Residencial Social” aos moradores, comerciantes e prestadores de serviços dos municípios baianos atingidos pelas enchentes.

Balanço da Defesa Civil

A Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec) está em fase de atualização das informações e, para isso, depende do recebimento dos dados computados pelos municípios. Até a tarde desta terça-feira (14), haviam sido registradas 12 mortes provocadas pelas chuvas no estado: Itapetinga (1), Jucuruçu (1), Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (3), Macarani (1), Prado (1) e Ruy Barbosa (1). Ainda de acordo com o último balanço, foram computados 267 feridos, 6.371 desabrigados e 15.199 desalojados. A população afetada pelas enchentes chega a 220.297 pessoas.

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