'Aguardando conclusões sobre a ômicron', diz Bruno Reis sobre Carnaval
O prefeito Bruno Reis afirmou que aguarda os estudos sobre a variante ômicron para decidir sobre o Carnaval. Ele voltou a dizer que se fosse definir agora, a festa não seria realizar.
Bruno ressaltou que este é o momento de aguardar. "O final de novembro coincidiu com a chegada de uma nova variante e aumento expressivo de casos na Europa. Se tivesse que decidir nesse momento, era pela não realização (do Carnaval). Estamos aguardando as conclusões finais sobre a variante ômicron para tomar essa decisão", disse.
O prefeito ainda falou que depende de uma conversa com o governador Rui Costa, para bater o martelo. "Não adiantava a gente sentar antes e hoje talvez não adiante porque não há o que pensar, o que fazer. É o momento de aguardar um pouco para tomar uma decisão".
Nas redes sociais, o Rui também falou que não vai se precipitar sobre o assunto. "Sei da ansiedade dos empresários do Carnaval por uma definição sobre a realização da festa. É uma atividade importante, mas a prioridade é a saúde dos baianos. Não vou decidir de forma antecipada sobre a realização ou não do Carnaval", escreveu.
O governador ainda alertou para os índices da pandemia, que deixaram de cair. "Há quase 90 dias não cai o número de leitos de UTI nem o número de contaminados na Bahia. A decisão de autorizar ou não a festa será anunciada quando nos sentirmos seguros", finalizou.
Com dois gols de Gilberto, Bahia vence Fluminense e deixa a zona de rebaixamento
O pulso tricolor ainda pulsa. na tarde deste domingo (5), o Bahia entrou em campo precisando vencer o Fluminense para se manter vivo na luta contra o rebaixamento. O Esquadrão alcançou o objetivo e bateu o time carioca por 2x0, na Fonte Nova.
Gilberto, sempre ele, foi o herói do tricolor. O centroavante marcou dois gols ainda no primeiro tempo e garantiu o triunfo que tirou o Bahia da zona de rebaixamento. Com 43 pontos, o tricolor subiu para a 15ª colocação, ultrapassando Cuiabá e Juventude - o time baiano leva vantagem no número de vitórias.
O clube agora precisa secar os dois concorrentes (ou ao menos um), que entram em campo nesta segunda-feira (6), para seguir fora do Z4. Enquanto o Juventude visita o São Paulo, às 19h, o Cuiabá encara o Fortaleza, às 20h, dentro de casa. Na próxima quinta, 21h30, o Bahia encerra a participação na Série A com o Fortaleza, no estádio Castelão.
O jogo
Com Mugni e Rodriguinho suspensos, o técnico Guto Ferreira optou pela entrada de Edson no meio-campo. Já no ataque, o treinador fez a manutenção de Rossi, deixando Juninho Capixaba - que voltou após cumprir suspensão - no banco de reservas.
A primeira grande chance do jogo foi do Fluminense. Com apenas um minuto, Nino desviou a falta para a área, a bola sobrou para Caio Paulista, completamente livre, que ajeitou para Fred, mas o centroavante não aproveitou a oportunidade. Depois disso, só deu Bahia.
Empurrado pela torcida, o tricolor partiu para o ataque. Gilberto tentou de voleio, enquanto Rossi experimentou de fora da área e por muito pouco não abriu o placar. Aos nove minutos, a cabeçada de Gilberto foi bloqueada pelo braço aberto de Caio Paulista. Os tricolores pediram pênalti, mas o árbitro paulista Luiz Flávio de Oliveira deu apenas escanteio. O VAR também não chamou o juiz.
Com as linhas avançadas, o Bahia seguiu sufocando o Fluminense. No lançamento de Raí, Rossi tentou de cabeça e o goleiro fez a defesa. O camisa 7 voltou a aparecer bem quando recebeu de Gilberto dentro da área e mandou uma bomba. Marcos Felipe fez outra grande defesa.
Aos poucos, o Bahia baixou o ritmo e a partida passou a ficar equilibrada. Quando o Esquadrão voltou a apertar no ataque, o gol saiu. Como num jogo de vôlei, Luccas Claro cortou o cruzamento com a mão e o árbitro, depois de hesitar, marcou pênalti. Na cobrança, Gilberto bateu no canto e abriu o placar, aos 38 minutos.
A tarde era mesmo de Giba. Aos 46, o Bahia puxou o contra-ataque e Rossi lançou para o camisa 9. O centroavante viu o goleiro adiantado e mandou por cobertura, fazendo um golaço para ampliar o placar na Fonte.
Emoção até o fim
O Bahia voltou do intervalo com o mesmo time e o terceiro gol poderia ter saído logo nos primeiros minutos. Danilo Barcelos recuou na fogueira para o goleiro, Rossi chegou primeiro na bola, mas Marcos Felipe esticou a perna e conseguiu cortar.
Diferente do primeiro tempo, quando pressionou o Flu, o tricolor mudou a estratégia e deixou a bola com o time carioca, esperando o momento para encaixar o contra-ataque. A situação quase se complicou no chute fraco de Yago que Danilo Fernandes por muito pouco não tomou um frango. A bola explodiu na trave e depois Luiz Otávio cortou.
Juninho Capixaba entrou no lugar de Rodriguinho e, na primeira chance, exigiu uma boa defesa do goleiro rival. Depois, Rossi e Manoel se estranharam na frente do árbitro e receberam o cartão vermelho direto.
O Bahia soube controlar e quase ampliou. Aos 47, o lateral Renan Guedes, que também havia entrado, perdeu gol de cara. Não fez falta, afinal, o árbitro apitou o fim do jogo e o tricolor garantiu o triunfo em casa.
FICHA TÉCNICA
Bahia 2x0 Fluminense - 37ª rodada do Campeonato Brasileiro
Bahia: Danilo Fernandes, Nino, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia (Renan Guedes); Patrick, Edson (Raniele), Rodriguinho (Juninho Capixaba), Rossi e Raí Nascimento (Ronaldo); Gilberto (Rodallega). Técnico: Guto Ferreira
Fluminense: Marcos Felipe, Samuel Xavier, Manoel, Luccas Claro e Danilo Barcelos; Wellington (Lucca), Yago Felipe e André (Martinelli); Luiz Henrique (Matheus Ferraz), Fred (Bobadilla) e Caio Paulista (Cazares). Técnico: Marcão.
Estádio: Fonte Nova
Gol: Gilberto, aos 38 e aos 46 minutos do 1º tempo
Cartão amarelo: Gilberto (Bahia); Luccas Claro, Wellington, Yago Felipe, Fred e Bobadilla (Fluminense);
Cartão vermelho: Rossi (Bahia); Manoel (Fluminense)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira, auxiliado por Neuza Ines Back e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (trio de São Paulo)
Árbitro de Vídeo (VAR): Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG)
Bahia terá 17 grandes festas privadas de réveillon com até 5 mil pessoas
Com a opção da maioria das prefeituras do estado em não fazer festa pública para o Réveillon de 2022, pelo menos 17 grandes festas privadas vão ocorrer na Bahia. Seis delas somente na capital. O público dos eventos poderá chegar a até cinco mil pessoas, como autoriza a nova portaria do governo do estado. Além de Salvador, Vera Cruz e Itaparica, na Ilha, Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Ilhéus e Itacaré cancelaram as festas públicas de virada depois do espalhamento mundial da variante ômicron do coronavírus.
Os ingressos para essas festas particulares chegam a custar até R$ 4 mil, no caso do Réveillon Mil Sorrisos, em Barra Grande, Maraú. As atrações de destaque nacional justificam os preços - Anitta, Léo Santana, Psirico e Barões da Pisadinha. Além disso, mais de 350 festas menores, em hotéis e pousadas, estão previstas para acontecer, de acordo com o Sympla, plataforma de venda de ingressos online.
Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a responsabilidade de fiscalizar e controlar o contágio da covid-19 é das prefeituras das cidades onde as festas vão ocorrer. A pasta explica que outros fatores foram considerados para a ampliação do público permitido em espaços fechados. “Os indicadores para se avaliar novas flexibilizações não são analisados de forma isolada. São levados em conta diversos fatores, a exemplo da cobertura vacinal, casos ativos e taxa de ocupação de leitos, de forma conjunta”, esclarece a Sesab, em nota.
Vacina para trade turístico
Para tentar proteger a população, o secretário municipal de turismo de Itacaré, José Alves, diz que a prefeitura iniciará uma campanha de vacinação para os trabalhadores do trade turístico tomarem a dose de reforço anticovid-19. Em novembro, a Sesab, seguindo recomendação nacional do Ministério da Saúde (MS), liberou os maiores de 18 anos para receberem a terceira dose, desde que cinco meses após o recebimento da segunda.
“Vamos começar uma campanha fortíssima para todos que não tomaram a segunda dose colocarem em dia, e a dose de reforço para os que trabalham no trade, em bares, restaurantes, hotéis, motoristas e condutores. Boa parte ainda não tomou, cerca de 40 a 50%”, afirma Alves. Ele pontua que a cidade segue “à risca” os decretos estaduais e que os eventos podem ser cancelados, se houver nova determinação do governo.
No verão, a expectativa é que exista, no mínimo, uma festa por dia na cidade. “Estamos fiscalizando o uso de máscara nas festas e orientando todos os produtores a pedirem os comprovantes de vacinação na entrada”, acrescenta. Para ele, a vacina é a grande aposta contra o possível aumento de casos. “Em praça pública, não temos como controlar o acesso, já nas festas privadas, sim. E a exigência da vacina e máscara é uma forma de controle, um risco controlado”, diz José Alves.
Festa pública depende do apoio do governo
Só em Porto Seguro, no Sul da Bahia, serão 20 festas, de acordo com o secretário municipal de turismo, Paulo Onishi. A prefeitura ainda não decidiu se haverá festa pública, pois depende do apoio da Polícia Militar da Bahia (PM-BA). “Dependemos do governo da Bahia, porque, sem PM, não tem como fazer evento”, destaca. Em Caraíva, a capacidade de cada festa é de 850 pessoas; em Trancoso, 2 mil, e, no Arraial D’Ajuda, 5 mil pessoas. A Axé Moi ampliou o público de 3 para 5 mil pessoas, com o último decreto. Elas estarão distribuídas em um espaço de 31 mil m².
“Estamos de acordo com o decreto do governo e respeitando o protocolo sanitário. Todos os clientes têm que estar com cartão de vacinação e os colaboradores têm que apresentar o ConecteSUS”, detalha Onishi.
O secretário também diz não estar preocupado com possível alta de casos do novo coronavírus. “Todos vão estar vacinados, temos a estrutura do governo e um hospital referência para covid no município, com 8 leitos semi utis e 10 de enfermaria”, acrescenta o titular da secretaria de turismo.
Em Ilhéus, a festa pública está cancelada e as privadas ainda não estão confirmadas. A superintendente de turismo, Margareth Araújo, acredita que a divulgação seja reforçada a partir de agora.
“Vão surgir mais festas e elas serão cada vez mais divulgadas. Antes, com o decreto de 3 mil pessoas, não dava para cobrir os custos de um grande evento. Por isso que a divulgação estava morna”, avalia.
Margareth afirma que a cidade está preparada para o final de ano movimentado. “Não temos como prever surtos, mas, a cidade está preparada para receber a quantidade de pessoas determinada pelo decreto, seguindo os protocolos da Anvisa e da Sesab, com a central de covid em stand by, se a coisa piorar”, reforça.
Em Maraú, também no Sul da Bahia, onde terá o Réveillon Mil Sorrisos, o prefeito Manassés Souza alega que todas as festas serão “dentro das regras previstas no município”. Em Lençóis, na Chapada Diamantina, a probabilidade é não ter festa pública, assim como em Mata de São João. As prefeituras aguardam posicionamento do Governo do Estado. Contudo, em Praia do Forte, haverá uma grande festa privada, com cinco dias de shows ao vivo, na Praia do Castelo, com Bell Marques e outros artistas.
Em Vera Cruz e Itaparica, os motivos do cancelamento da festa pública se devem ao aumento de casos da Europa e ao receio da variante ômicron. Em Camaçari, o prefeito decidiu suspender não só o réveillon, mas qualquer festa pública até março de 2022, “com o objetivo de conter o avanço da covid-19”.
Festas mantêm público limitado
Algumas festas optaram por não ampliar a capacidade do público. É o caso da Mama África, em Morro de São Paulo, a Sete Ondas, em Salvador, e a Nano, na praia de Subaúma, em Entre Rios. “Temos a preocupação com a segurança dos clientes e não temos interesse em ampliar a quantidade de pessoas. Nosso intuito é promover um formato mais exclusivo, para família e amigos, sem aglomeração e espaço bem amplo”, comenta Magdala Costa, gerente comercial da Nano Beach Club.
Os ingressos seguem na promoção da Black Friday até 10 de dezembro, por R$ 550, com jantar all inclusive no dia 31. O espaço tem 2.700 m² e receberá 300 pessoas por dia. Em 2020, o evento estava previsto para mil pessoas, mas, por conta das medidas restritivas, foi cancelado. O cartão de vacinação será exigido e metade dos ingressos estão vendidos.
O Sete Ondas, na Praia do Flamengo, manterá o público de 800 pessoas. “O novo decreto não altera nada, já que o nosso foco maior é oferecer conforto ao nosso público”, declara Bruno Boscolo, sócio de Feed Experince Hub, realizadora da Sete Ondas. Segundo ele, a terceira edição seguirá os protocolos sanitários exigidos, como a obrigatoriedade de imunização. “Por ser feito em espaço aberto, na praia, assegura ao consumidor mais segurança”, completa.
O Amoré 2022, em Morro de São Paulo, terá público de 2 mil pessoas, em um espaço de 5 mil m². 80% dos ingressos estão vendidos. “Decidimos não ampliar o público para garantir um serviço de excelência e, como é nossa primeira edição, vamos testar a roupagem e logística, para, no ano que vem, poder ampliar um pouco”, explica Eduardo Punzi, sócio da Memo, produtora do evento. A máscara é obrigatória assim como a vacinação.
O Mama África, também em Morro de São Paulo, continuará com capacidade de 1 mil pessoas por dia. “Exigiremos cartão de vacinação de todo o público e testagem da temperatura na entrada do evento”, afirma a produção do evento.
Infectologista orienta o que deve ser feito em grandes festas
A infectologista Clarissa Ramos, do Hospital Cárdio Pulmonar, orienta que, nas festas de pequeno, médio e grande porte, as aglomerações podem ser evitadas a partir da separação dos públicos em espaços menores.
“A solução são os boxes e tendas individuais, para permanecer o contato só de grupos que já estão em contato entre si. De preferência, em um ambiente aberto, ao ar livre e, a depender do tamanho do boxe, avaliar a quantidade de pessoas”, aconselha Clarissa.
Mesmo com a apresentação do cartão de vacinação, ela explica que há a necessidade de manutenção das medidas preventivas. “Embora a vacinação esteja avançada, precisamos das medidas de prevenção, porque o vírus ainda está circulando, com novas cepas. Não basta simplesmente estar vacinado, porque as pessoas podem transmitir ainda, mesmo sem sintomas”, esclarece a infectologista.
Clarissa ainda afirma que é preciso fazer um trabalho de conscientização com os participantes da festa. “As pessoas vão estar ali para celebrar, se juntar, vão falar alto, vai ter comida, então, vai ter retirada de máscara. É preciso não só ter a marcação no chão para manter a distância, mas as pessoas cumprindo os protocolos e tendo a consciência de que estamos em pandemia”, alerta.
Ela ainda pontua que, mais importante que a quantidade de pessoas na festa, é preciso observar a densidade. “A densidade de pessoas é mais importante, porque, se você fizer uma festa com cinco mil pessoas mas em um espaço gigante, é possível manter o distanciamento. Já uma festa com 10 pessoas em um cubículo é super perigosa”, contextualiza.
Confira preços e atrações das festas de réveillon da Bahia:
- Salvador
Réveillon Amar (Bahia Marina) - R$ 390 - Filhos de Jorge, Alexandre Peixe e Negra Cor
Réveillon do Bem (Terminal Náutico) - R$ 277 a R$ 333 - Filhos de Jorge e Batifun
Réveillon do Bailinho - R$ 150 (criança) a R$ 275 - Bailinho de Quinta, Cortejo Afro e Márcia Castro
Réveillon Além do Carmo (Chácara Baluarte) - R$ 215 a R$ 660 - Luiz Caldas e Jau
Réveillon Sete Ondas (Praia do Flamengo) - R$ 272,50 (criança) a R$ 545 - Negra Cor, Bailinho do Faustão, DJ Larriel
Viva Vida (Clube Espanhol) - R$ 220 (criança) a R$ 600 - Alexandre Peixe, Faustão e Batifun
- Entre Rios
Nano Beach Club (Praia de Subaúma) - 30/12 a 02/01 - R$ 390 a R$ 780 - Battata, Gueri, Kesia, Gabriela Nilo, 71nicius, DJ Bruno Dourado, 71nicius, Gueri e Sax, DJ Bruno Dourado, Guga Meyra, Péricles, Leonardo, DH8, DJ Bruno Dourado e Gabriela Nilo
- Cairu
Barra Grande - Reveillon Mil Sorrisos - 27/12 a 02/01 - R$ 700 a R$ 4 mil - Wesley Safadão, Pedro Sampaio, Bell Marques, Vintage Culture, Gusttavo Lima, Dennis DJ, Thiaguinho, Banda Eva, Jorge & Mateus, Atitude 67 Saideira
Morro de São Paulo - Amoré - R$ 800 a R$ 1.500 - 28/12 a 02/01 - Vintage Culture, Dennis DJ, KVSH, Pedro Sampaio, Banda Eva, Bruno Be, Felipe Mar, Pontifexx, Zedoroque, Locos, Meca, São 2, Sandeville, Igor Kelner, Saraiva, Onda, Korossy
Morro de São Paulo - Mama África - 28/12 a 31/12 - R$ 690 - MC Rebecca, Lincoln Senna, Duas Medidas, Nego Jha, Filhos da Bahia, DJ Joah, Pirilampo, Danv, Volac/Mat.Joe, Lexa
- Porto Seguro
Réveillon Axé Moi - 29/12 a 01/01 - R$ 350 a R$ 880 - Zé Neto & Cristiano, Parangolé, Cris Lima, Diego & Victor Hugo, Harmonia do Samba, Leo Santana e Saia Rodada
Réveillon Celebration - R$ 250 a R$ 900 - Psirico, Banda Semba, Saan Vagner e o Rapazinho
Cores de Caraíva - R$ 350 a R$ 1.200 - Marcelo Falcão, Lagum, Rodrigo Brinko, Pinguim, Rodrigo Brinko, Silva, Faisal, Banda Eva, Rodrigo Brinko, Pinguim
- Itacaré
Réveillon Nº 1 - 27/12 a 31/12 - R$ 720 a R$2.160 - Barões da Pisadinha, Bruno Be, Ona Beat, Lily Scott, Mangaio Coppola, Juliano Francisco, Anitta, Chemical Surf, Pontifexx, Sarah Stenzel, Wez Malora Nathalia, Juliano Francisco, Dennis Dj, Festa Santo Forte, Fancy Inc, Jessika Brankka, Wori, Paulo Recycle, Vintage Culture, Eva, Ona Beat, Sallas, FelipeLima, Paulo Recycle, Mascaro, Kesia
Réveillon Itacaré (São José Beachclub) - R$ 550 - DJ Rafa Gouveia
- Camaçari
Réveillon Villa Guarajuba - 29/12 a 31/01 - R$ 60 a R$ 190 - Jau, Mudei de Nome, DH8, Pedro Chamusca, Wilsinho, DJ Gabriela Nilo, DJ LA, Guga Meyra, Dan Valente, Forró do Tico, DJ LA e Isqueminha
- Mata de São João
Réveillon Praia do Forte 2022 - 27/12 a 31/12 - R$ 450 a R$ 1.300 - Gusttavo Lima, Barões da Pisadinha, Pedro Sampaio, Tuca, Léo Santana, Dubdogz, Raí Saia Rodada, Vintage Culture, Ashibah, Bell Marques, Durval Léllys e DJ Ralk
Acusado de integrar a máfia dos fiscais do ISS em SP é preso na Bahia
Um homem acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro na Prefeitura de São Paulo foi preso na cidade de Mucuri, no extremo-sul baiano. Havia contra o acusado, que não teve a identidade revelada, um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara de Crimes Tributários.
A ação contou com a presença de policiais do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), além do apoio da Divisão de Capturas (DOPE) da Polícia Civil do estado paulista, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
O esquema de fraude do ISS em São Paulo, descoberto em 2015, deixava empresas atuarem com irregularidades mediante pagamento de propina. O criminoso utilizava empreendimentos de amigos para a realização de contratos fictícios e emissão de notas fiscais, com lavagem do dinheiro recebido.
O homem foi encaminhado para a sede do Draco, em Salvador, onde segue custodiado, à disposição do Poder Judiciário.
Cidades do interior da Bahia têm estoque zerado de vacina BCG, aplicada em crianças
Municípios do interior baiano estão com estoque zerado da vacina BCG, aplicada em crianças, nesta quinta-feira (2). Cidades nas regiões norte, oeste e centro-norte do estado tiveram as últimas doses descartadas ao atingirem prazo de validade e os lotes não foram repostos nas unidades.
Na região norte, por exemplo, unidades de saúde de Juazeiro, Capim Grosso e Jacobina tiveram as últimas doses válidas até terça-feira (1). Em Juazeiro, maior município da região, 450 doses não foram aplicadas porque passaram do prazo.
A Secretaria de Saúde do município informou que faz a solicitação ao Núcleo Regional de Saúde duas vezes por mês e aguarda a chegada de novas doses. A previsão é que sejam enviadas na próxima semana. Em Jacobina, 80 doses foram perdidas e não há previsão reabastecimento. Já em Capim Grosso, 60 doses precisaram ser descartadas e também não há previsão de chegada.
Em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, a aplicação de vacina BCG também está suspensa. Segundo o secretário da Saúde, Marcelo Brito, o último lote chegou em 26 de novembro, mas venceu quatro dias depois.
Desde terça-feira (30), as unidades básicas de saúde e o Hospital da Mulher não aplicam a BCG em crianças. Somente no hospital, aproximadamente 30 crianças são vacinadas todos os dias.
A prefeitura de Feira de Santana informou que recebe as vacinas da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, que repassam depois de receber o imunizante do Ministério da Saúde.
Já em Barreiras, no oeste baiano, a vacina BCG está em falta há mais de 30 dias, de acordo com a Coordenação de Imunização da cidade. Segundo a Regional de Imunização do Oeste, a falta do material afeta todos os municípios da região.
As últimas doses na região estavam na cidade de São Desidério, mas o prazo de validade também expirou no dia 30 de novembro.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), o desabastecimento dos imunizantes é resultado do atraso no cronograma de entrega do Ministério da Saúde, que nega a situação.
Já Ministério da Saúde afirma que, ao longo de 2021, distribuiu 100% das doses solicitadas da vacina BCG para a Bahia. Ainda segundo o Ministério, não houve solicitação do insumo nos meses de março e outubro.
A pasta ainda reforçou que não há desabastecimento da vacina BCG no país, pois existe quantidade suficiente em estoque. O Ministério não se manifestou sobre o envio das doses que a Sesab afirma aguardar.
A BCG faz parte do calendário vacinal infantil e está na lista de nove imunizantes que protegem os recém-nascidos de diferentes doenças, como a tuberculose, por exemplo. Os especialistas indicam que o imunizante seja aplicado após o nascimento do bebê, com o prazo de, no máximo, um ano de idade.
ACM Neto oficializa pré-candidatura ao governo da BA em 2022
O ex-prefeito de Salvado ACM Neto lançou nesta quinta-feira (2) sua pré-candidatura ao governo baiano. Em evento no Centro de Convenções, Neto prometeu, se eleito, ter uma gestão criativa e moderna para avançar nos problemas da Bahia. Representantes dos 417 municípios da Bahia estiveram presentes, assim como lideranças estaduais e nacionais.
"O compromisso que assumimos com a Bahia hoje é o de desenhar um plano para o futuro. Um plano ambicioso de crescimento econômico, geração de emprego e duro enfrentamento às desigualdades sociais e regionais. O compromisso de transformar nosso estado num exemplo de segurança pública para o país; o compromisso de recuperar o tempo perdido na educação e disputar os primeiro lugares do Ideb; o compromisso de trabalhar sem descanso para dar mais dignidade ao atendimento à saúde, evitando a cruel espera por exames, consultas e cirurgias, assim como os penosos deslocamentos dos doentes para a capital", disse Neto.
No discurso, Neto falou também dos 15 anos do PT à frente do governo da Bahia, dizendo que houve avanços, mas ressaltando os problemas que se agravaram, com destaque para segurança e educação.
"Somos campeões da violência e lanterninhas na educação. Vejam que absurda inversão de valores. Não é mera coincidência que a Bahia seja campeã nacional dos homicídios e esteja na rabeira do ranking da Educação. Estas duas realidades estão obviamente conectadas. Também não é coincidência que as greves de policiais e de professores tenham ficado gravadas em nossa memória como marcas dos governos de Jaques Wagner", afirmou.
Ele destacou também o que classificou de descaso com a cultura e o turismo e perdas para indústria no estado, com a saída da Ford e a não vinda, prometida, da JAC Motors. "Infelizmente não se trata só da Ford. É extensa a lista de indústrias fechadas em nosso estado nos últimos anos. A verdade é que a nossa decadência econômica estava acontecendo muito antes da pandemia. O PIB baiano já chegou a representar 38% do PIB da região Nordeste. Hoje representa apenas 28%. Uma queda de 10 pontos percentuais. Cada ponto percentual significa milhares de postos de trabalho perdidos. Significa menos empregos para a nossa gente", avaliou.
Educação e segurança
Neto afirmou que a prioridade da sua gestão será a educação, ao lado da segurança. Ele afirmou que não é possível transferir a responsabilidade ao tratar do tema, citando o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que estava no evento, e lembrando que o estado conseguiu reduzir os índices de violência, ao contrário da Bahia.
"E para fazer frente ao atual cenário de total desgoverno na segurança pública, vamos enfrentar o crime com todo o rigor da lei e com inteligência. Sem abusos, porém com muita firmeza. E prestem bem atenção no que eu vou dizer: todos os exemplos bem-sucedidos de redução dos índices de criminalidade, no Brasil, têm um fator em comum: a liderança, o comando e o exemplo do governador. Pois é com liderança, firmeza, inteligência, integração, valorização e qualificação dos nosso policiais que vamos devolver a paz aos cidadãos de bem e transformar a Bahia num estado onde o crime não compensa, e bandido não tem vez. Lugar de bandido será na cadeia ou fora da Bahia", disse.
Perfil
Nascido em Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, mais conhecido como ACM Neto, tem 42 anos. Ele foi prefeito de Salvador por oito anos, entre 2013 e 2020.
Advogado formado pela Universidade Federal da Bahia, ACM Neto é neto do ex-governador da Bahia e senador Antonio Carlos Magalhães (1927-2007). Antes de ser prefeito de Salvador, ele foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2002 e, depois, renovou mais duas vezes o mandato, como o parlamentar mais votado da Bahia.
Outro pré-candidato ao governo da Bahia já anunciado é o senador Jaques Wagner, do PT. De acordo com a presidência do PT, conversas estão em andamento com partidos da base do Governador Rui Costa para definição da melhor data de lançamento da pré-candidatura.
Já a Yalorixá Bernadete Souza lançou pré-candidatura pelo PSOL, no entanto, de acordo com a direção do partido, é provável que ocorra uma disputa interna para definir quem vai concorrer ao governo do Estado. A convenção que vai definir a chapa ocorrerá em abril.
Cia Baiana de Patifaria busca alternativas para continuar viva, mas vai deixar Casarão 15
O projeto de transformar o Casarão 15 enquanto em espaço cultural aberto ao público não durou muito e vai fechar as portas. Mais do que isso, sua proprietária, a Cia Baiana de Patifaria, também está ameaçada de encerrar atividades. O anúncio foi feito ontem pelo ator e diretor Lelo Filho, que gere a companhia de 35 anos de história e um dos símbolos do teatro na Bahia.
O grupo é responsável por espetáculos históricos como A Bofetada, Noviças Rebeldes e Siricotico. Na postagem que publicou em sua conta do Instagram, Lelo Filho fala do encerramento de atividades da Cia, alegando falta de incentivos e diz não ter conseguido aprovação em nenhum edital recente da Lei Aldir Blanc. O diretor disse que o futuro da Companhia é uma incógnita, mas a saída do Casarão 15, no entanto, é uma realidade.
Em julho deste ano, a sede da Cia Baiana de Patifaria foi transformada em um teatro virtual. A ideia era que artistas, ou qualquer profissional de outro segmento, pudessem realizar seus projetos e transmiti-los via internet para todo o mundo. O espaço também se tornou uma espécie de museu artístico com todo acervo da história da Companhia.
“Eu me coloco numa situação muito delicada, a responsabilidade do gestor é muito grande. Com equipe, atores. O futuro da Cia Baiana de Patifaria é uma grande incógnita. Vamos fechar a sede porque temos uma dívida gigante, não temos condição de arcar. Tudo isso aconteceu dentro de uma pandemia em que precisamos atender a protocolos de saúde e reduzir o contato com a plateia. Nosso espetáculo depende do contato, da presença, tem interação do início ao fim”, disse Lelo Filho.
A conversão do Casarão 15 em espaço cultural aconteceu após a Cia Baiana de Patifaria ser contemplada no Mapa Cultural em 2020, via Lei Aldir Blanc, com um financiamento de aproximadamente R$ 30 mil. Para manter as atividades da casa e da companhia sem muitos problemas, Lelo estima que seriam necessários R$ 10 mil por mês. Além dos salários de 9 funcionários fixos, também há os custos com eventuais produções e com a manutenção do Casarão.
“A adaptação para enfrentarmos os tempos difíceis durante a pandemia e a necessidade de isolamento contou com uma verba do Mapa Cultural à qual outras sedes e espaços culturais também tiveram direito. De lá apresentamos, virtualmente, Fora da Ordem, e fizemos transmissões gravadas de outras 6 montagens da Cia Baiana de Patifaria. Algumas lives foram realizadas, mas nosso Casarão infelizmente terá que fechar as portas”, lamentou Lelo.
Risco
Segundo Lelo, o futuro da Companhia está em risco. Ele afirmou que tentará produzir uma temporada de Verão do espetáculo A Bofetada, maior sucesso da companhia, mas acredita que seja inviável porque os custos dificilmente serão cobertos com os teatros funcionando com público reduzido e com a necessidade de cumprir todos os protocolos sanitários contra o coronavírus.
“Sempre tentamos ser independentes dos editais, em todos esses anos fomos por essa linha e é uma história que tenho muito orgulho de ajudar a trilhar. Conto nos dedos quantas vezes tivemos a palavra patrocínio no vocabulário. No entanto, antes a gente conseguia trabalhar até 5 dias por semana e aí gerava caixa para essa independência. Hoje, foi descendo para 2 dias, às vezes um dia, e com essa questão da pandemia ficaria ainda mais difícil de equacionar”, contou.
Os figurinos e todo o acervo que estava no Casarão 15 será alocado no espaço Boca de Cena e em espaços vinculados a parceiros da companhia, até que a gestão encontre um outro local para guardar todo o material.
“A Cia foi independente de verba pública e privada durante longos anos, mas a pandemia nos apresentou uma realidade difícil de enfrentar. A nossa invisibilidade diante quem poderia fazer a diferença é distópica. Fica aqui o nosso desejo para que os gestores de cultura e as comissões formadas por ‘integrantes da sociedade civil’, não deixem que mais nenhum grupo encerre suas atividades. Que mais nenhum teatro feche. Pois é isso que os que agora nos desgovernam mais desejam”, disse Lelo na publicação que veiculou.
História
A trajetória do grupo começou em 1987, graças aos atores Moacir Moreno e Lelo Filho. A primeira peça de teatro feita pela trupe foi Abafabanca, que estreou naquele mesmo ano e ficou 10 meses em cartaz. De lá pra cá, são oito peças no repertório: além de Abafabanca e A Bofetada, Noviças Rebeldes, 3 em 1, A Vaca Lelé, Capitães da Areia, Siricotico e Fora da Ordem - com diferentes formações de elenco.
A Bofetada é o grande sucesso e está nos palcos há 29 anos, viajou a 54 cidades brasileiras, conta com personagens emblemáticas como Fanta Maria, interpretada pelo próprio Lelo, e que ficou famosa no dia a dia da cidade com seus bordões tipo “É a minha cara!”, “Momento lindo, maravilhoso!”, “Adoro, adoro!” e “Evite contrariar o ser humano”. A direção original é de Fernando Guerreiro, atual presidente da Fundação Gregório de Matos.
Pesquisador do teatro baiano, o jornalista Marcos Uzel acompanhou toda a trajetória da Cia Baiana de Patifaria enquanto trabalhava como articulista e crítico teatral. Ele se disse surpreso com a notícia, que classificou como “terrível e absurdo que aconteça”, por conta da importância e longevidade da Cia no teatro baiano.
“A Bofetada, que é a peça mais popular da história do teatro baiano, era uma parabólica do cotidiano da cidade. O público adorava brincar com as personagens. Não existe, na história do teatro baiano, uma personagem tão popular quanto Fanta Maria. Essa aproximação do público, as plateias sempre lotadas. A Cia sempre tentou se reinventar. É importante que as secretarias de cultura e o próprio setor privado se movimentem para garantir a existência dessa instituição tão necessária”, disse.
Segundo Uzel, que é doutor e mestre em Cultura e Sociedade pela Ufba, os trabalhos da Companhia Baiana de Patifaria ajudaram a popularizar o teatro e mudaram de uma vez por todas a relação entre público e artistas.
Com a corda no pescoço, Bahia encara Atlético-MG, que tenta ser campeão
A Fonte Nova vai ser palco de mais uma decisão em 2021. Hoje, Bahia e Atlético-MG se enfrentam, às 18h, em jogo atrasado da 32ª rodada do Campeonato Brasileiro e que vale muito para os dois times.
Em polos opostos da tabela de classificação, um triunfo hoje tem fundamental importância tanto para os mineiros quantos para os tricolores. Para o Galo, conquistar os três pontos em Salvador significará a conquista, com duas rodadas de antecedência, do título de campeão brasileiro que não comemora há 50 anos. O alvinegro tem 78 pontos e, caso chegue aos 81, não poderá mais ser ultrapassado pelo Flamengo, vice-líder com 70 pontos.
Já o Bahia entra em campo com a responsabilidade de vencer para sair da zona de rebaixamento. O Esquadrão voltou ao Z4 após o Juventude vencer o Red Bull Bragantino na terça-feira. Com 40 pontos e na 17ª colocação, a distância para o Athletico Paranaense, primeiro fora da zona, é de dois pontos. Por isso, o time baiano não pode nem pensar em perder para o líder do campeonato.
Diante de todo o contexto, já deu para perceber que o Bahia não terá vida fácil. Dos 35 jogos que fez até aqui no Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG perdeu só cinco. A boa notícia para o tricolor é de que, destas cinco derrotas, quatro foram como visitante, contra Ceará, Santos, Atlético Goianiense e Flamengo.
Por sinal, o Bahia já teve o gostinho de bater o Atlético-MG este ano. Pela Copa do Brasil, o Esquadrão levou a melhor no jogo de volta das oitavas de final e venceu por 2x1 no Joia da Princesa, em Feira de Santana. O resultado, no entanto, não foi suficiente para evitar a eliminação, já que o tricolor havia levado 2x0 na partida de ida, no Mineirão, em Belo Horizonte. O Galo está na final da competição mata-mata contra o Athletico-PR e vai disputar a taça nos dias 12 e 15.
Agora, a missão do Bahia é evitar o título atleticano, pelo menos nesta rodada. “Independente da situação do Atlético, é um jogo fundamental para a gente e temos que pensar só no nosso trabalho e no nosso time. Já tivemos duas oportunidades de enfrentá-los esse ano, tivemos o triunfo na Copa do Brasil, mas não a classificação. Então, conhecemos bem o Atlético Mineiro, acho que todo mundo conhece. Vai ser um jogo difícil, mas de igual para igual onde as duas equipes vão em busca do triunfo”, disse o goleiro Danilo Fernandes, que jogou a partida de ida pela Copa do Brasil. Na época, o Bahia era treinado por Dado Cavalcanti.
Com apenas um treino antes da partida de hoje, o técnico Guto Ferreira tem desfalque para montar a equipe. Expulso na derrota para o Atlético-GO, Juninho Capixaba cumpre suspensão. Rossi é o mais cotado para ficar com a vaga ao lado de Gilberto e Raí Nascimento. O trio foi titular na vitória por 3x1 sobre o Grêmio, na sexta-feira passada, a última do time.
Na defesa, o zagueiro Luiz Otávio treinou ontem e pode reassumir a posição ao lado de Conti. Ele ficou fora dos últimos dois jogos, primeiro por causa de um corte na cabeça sofrido durante o empate em 0x0 com o Cuiabá e depois por uma dor no joelho.
Se não houver surpresa, o Bahia vai a campo com Danilo Fernandes, Nino, Conti, Luiz Gustavo e Matheus Bahia; Patrick, Daniel (Rodriguinho) e Mugni; Rossi, Gilberto e Raí.
Atlético
Cada vez mais perto de confirmar o bicampeonato brasileiro depois de 50 anos, o Atlético-MG também tem desfalques. O técnico Cuca não tem à disposição os volantes Jair e Allan nem o centroavante Diego Costa, suspensos. Já o zagueiro Réver segue lesionado. Mesmo assim, o alvinegro conta com um elenco estrelado para suprir as ausências.
No meio-campo, a tendência é que o argentino Nacho Fernández volte a ser titular. Outro que inicia a partida é o volante Tchê Tchê. No ataque, Vargas e Sasha disputam a vaga de Diego Costa.
Ontem, o Atlético fez um treino fechado antes do embarque para Salvador e Cuca não deu pistas sobre a equipe que vai começar o jogo. Hulk, artilheiro do Brasileirão com 17 gols, está confirmado.
Após quase 35 anos, Cia Baiana de Patifaria anuncia fim das atividades
Um dos mais tradicionais grupos de teatro da Bahia fechará as portas. O ator e diretor Lelo Filho anunciou que a Cia Baiana de Patifaria, com seus quase 35 anos de trajetória, deixará de existir.
O grupo é responsável por espetáculos históricos como A Bofetada e Siricotico.
No post de Lelo, ele conta que o fim se deu por falta de incentivos. O projeto não passou em nenhum edital recente na Lei Aldir Blanc, nem pelo município ou estado.
"Estamos na lista de grupos de teatro que, por possuir sede, tiveram ou terão que encerrar suas atividades. Não houve quem tivesse conseguido salvar sedes de grupos artísticos, espaços culturais e, até mesmo, teatros que a cidade perdeu no último ano e meio. Hoje é, com toda certeza, um dos dias mais tristes nesses meus quase 40 anos de teatro, quase 35 deles dedicados à Cia", escreveu o diretor.
A Cia também enfrentou, assim como praticamente todo mundo que vivia do teatro, problemas financeiros durante a pandemia. Uma vaquinha virtual chegou a ser feita para angariar fundos.
História
Tudo começou em 1987 graças aos atores Moacir Moreno e Lelo Filho. A primeira peça de teatro feita pela trupe foi “Abafabanca”, que estreou naquele mesmo ano e ficou 10 meses em cartaz.
De lá pra cá, são oito peças no repertório: a já citada "Abafabanca", A Bofetada, “Noviças Rebeldes”, “3 em 1”, “A Vaca Lelé”, “Capitães da Areia”, “Siricotico” e “Fora da Ordem”.
A Bofetada é o grande sucesso e está nos palcos há 29 anos, viajou a 54 cidades brasileiras, conta com personagens emblemáticos e direção de Fernando Guerreiro.
Teatro digital
Em julho deste ano, a sede da Cia Baiana de Patifaria, o Casarão 15, foi transformado em um teatro virtual, de onde artistas ou qualquer profissional de outro segmento poderão realizar seus projetos e transmiti-los por fibra ótica via internet para todo o mundo. O espaço, que passa a chamar Casarão 15 Digital também se tornou uma espécie de museu artístico com todo acervo de mais de 34 anos da Cia Baiana de Patifaria.
“Estamos equipados com luz e som digitais, além de telas de cinema e chroma-key. E tudo atendendo aos protocolos de segurança”, explicou Lelo Filho em entrevista ao colunista Ronaldo Jacobina, do CORREIO, na época.
Mesmo sem reajuste da Petrobras, preço da gasolina chega a R$ 7,30 em Salvador
A Petrobras não promoveu nenhum reajuste no preço dos combustíveis durante todo o mês de novembro. Apesar disso, a gasolina está pesando ainda mais no bolso dos consumidores baianos. Nos postos de Salvador, o litro do produto já está sendo vendida por até R$ 7,30. O motivo para esta alta, segundo os representantes do setor, é o risco de desabastecimento provocado por a Petrobras não conseguir atender todos os pedidos feitos pelas distribuidoras para o fornecimento de combustíveis.
Para lidar com o problema, de acordo com Walter Tannus, presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindicombustíveis), as distribuidoras estão tendo que importar gasolina mais cara e o preço é passado para os postos, que decidem se repassam ou não o valor a mais para o consumidor. “É uma decisão empresarial. Alguns seguram o preço até quando podem e outros precisam repassar”, explica.
De fato, de acordo com o aplicativo Preço da Hora, na tarde dessa terça-feira (30), ainda haviam 17 postos de combustíveis na Região Metropolitana de Salvador (RMS) vendendo gasolina pelo preço anterior ou até abaixo. A maioria, no entanto, já tinha atualizado os valores para, em média, R$ 6,93.
“As distribuidoras importam combustíveis e, segundo elas, o produto chega mais caro do que é o da Petrobras. Quando chega no final do mês, a situação se agrava, pois o estoque está baixo e eles precisam acelerar a importação. Aí o preço só aumenta”, relata Tannus.
Sadi Leite, diretor executivo do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom), reforça essa justificativa. “A Petrobras informou para as distribuidoras que não ia conseguir ofertar a quantidade de pedidos e, realmente, o mercado tá tendo que se valer da importação. Hoje, a gasolina importada é de R$ 0,10 a R$ 0,20 mais cara, no geral”, afirma.
Somado esse custo extra com impostos que incidem sobre a importação, o preço da gasolina é ainda mais encarecido, o que justificaria o valor de R$ 7,30 no litro encontrado na segunda. A situação é tão séria que alguns representantes das distribuidoras chegaram a alertar para o perigo de acontecer desabastecimento de combustíveis.
A Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Bicombustíveis (Brasilcom) chegou a divulgar uma nota alertando do perigo.
“As reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento, haja vista a impossibilidade de compensar essas reduções de fornecimento por meio de contratos de importação, considerando a diferença atual entre os preços do mercado internacional, que estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil”, disse.
Sadi Leite é mais cauteloso e afirma não haver risco de desabastecimento. “Não existe nenhuma possibilidade, em parte por causa da importação e em outra porque a Petrobras vai ter que se virar para atender, pelo menos, os clientes que tem contrato. Ela não vai deixar faltar produto”, confia.
FUP diz que quase 500 mil barris de derivado de petróleo são importados por dia para o Brasil
Deyvid Bacelar, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), também considera que o aumento no preço dos combustíveis é por conta da busca pelo mercado internacional. “Nós temos denunciado há algum tempo esse problema, que é gerado pelo aumento na capacidade ociosa das refinarias no Brasil. Atualmente, temos uma média de 67% de utilização da nossa capacidade de produção. Se não usa o restante, cresce a dependência de importação”, diz.
Segundo Bacelar, quase 500 mil barris de derivado de petróleo são importados por dia para o Brasil, o que encarece os preços dos combustíveis em todo o território nacional, não apenas na Bahia. “Nós defendemos que as refinarias voltem a operar com quase 100% da sua capacidade, como era em 2014. O Brasil decidiu por essa política que torna a população, as distribuidoras e os postos reféns dos importadores”, aponta.
Os especialistas ouvidos pela reportagem consideram que esse problema é compartilhado com os outros combustíveis, como o diesel e o gás natural. Ambos, porém, não arriscam em dizer que a tendência de alta, por esse motivo, vai se manter em 2022.
“Vai depender muito da postura de Petrobras ou do preço internacional. É algo imprevisível. A gente espera que o peço do petróleo baixe e o dólar também”, afirma Walter Tannus.
Segundo a Petrobras, essa incapacidade de abastecimento completo não está relacionada com algum problema de produção da empresa e sim com o crescimento do pedido das distribuidoras, o que aumentou por causa da pandemia. “A gente não esperava um crescimento tão grande. Na Bahia, estamos com um volume de vendas próximo ao de 2014, quando atingimos a nossa melhor média. O diesel tem sido bem demandado por causa dos caminhões que estão rodando para todos os lados nessa retomada”, considera Leite.
Até o momento, em 2021, a Petrobras realizou 15 reajustes no preço da gasolina, sendo 11 aumentos e quatro reduções. No total, o valor do combustível vendido nas refinarias teve crescimento de 74%. Já o diesel teve 12 reajustes, sendo nove aumentos e três reduções que totalizaram um crescimento no preço de 65%. O último reajuste aconteceu no dia 26 de outubro e levou a gasolina a custa R$ 3,19 e o diesel R$ 3,34. Confira a lista de todos os reajustes feito pela empresa:
Gasolina
19 de janeiro – R$ 1,98
26 de janeiro - R$ 2,08
8 de fevereiro – R$ 2,25
18 de fevereiro – R$ 2,48
1º de março - R$ 2,60
9 de março - R$ 2,84
20 de março - R$ 2,69
25 de março - R$ 2,59
16 de abril – R$ 2,64
1º de maio – R$ 2,59
12 de junho – R$ 2,53
6 de julho – R$ 2,69
12 de agosto – R$ 2,78
8 de outubro – R$ 2,98
26 de outubro – R$ 3,19
Diesel:
26 de janeiro - R$ 2,12
8 de fevereiro – R$ 2,24
18 de fevereiro – R$ 2,58
1º de março - R$ 2,71
9 de março - R$ 2,86
25 de março - R$ 2,75
9 de abril – R$ 2,66
16 de abril – R$ 2,76
1º de maio – R$ 2,71
6 de julho – R$ 2,81
28 de setembro – R$ 3,06
26 de outubro – R$ 3,34