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A Bahia registrou, nas últimas 24 horas, 460 novos casos de Covid-19, de acordo com informações divulgadas no boletim desta quarta-feira (20), pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

Ainda segundo o boletim da Sesab, seis mortes foram registradas. Desde o início da pandemia, dos 1.241.122 casos confirmados, 1.211.931 já são considerados recuperados, 2.199 encontram-se ativos e 26.992 tiveram morte confirmada.

O boletim também contabiliza 1.563.787 casos descartados e 242.536 em investigação. Na Bahia, 52.215 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta.

Ainda de acordo com a Sesab, com 10.446.513 vacinados contra a Covid-19 com a primeira dose ou dose única, a Bahia já vacinou 82.04% da população com 12 anos ou mais, estimada em 12.732.254.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e ou em uma plataforma online.

Leitos Covid-19
Com base no boletim desta quarta, a Bahia tem 1.348 leitos ativos para tratamento da Covid-19. Desse total, 344 estão com pacientes internados, o que representa taxa de ocupação geral de 26%.


Desses leitos, 582 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com taxa de ocupação de 35% (201 leitos ocupados).

Nas UTIs pediátricas, 22 das 29 vagas estão com pessoas internadas, o que representa taxa de ocupação de 76%. Os leitos clínicos para adultos estão com 14% de ocupação e os infantis, com 45%.

Em Salvador, dos 365 leitos ativos, 124 estão ocupados (34% de ocupação geral). A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 34% e o pediátrico está em 75%.

Ainda na capital baiana, os leitos clínicos para adultos estão com 20% de ocupação e, os pediátricos, estão com 80%.

Publicado em Saúde

A administradora Érica Duran saiu de um salão de beleza falido para ser dona da franquia da CleanNew em Salvador. Ela começou em 2016 como funcionária da empresa, juntou dinheiro e passou a ser franqueada em 2019. A aquisição custou cerca de R$80 mil e, em 2020, mesmo com a pandemia, a franquia fechou o ano com um faturamento de cerca de R$ 1 milhão. Cada vez mais baianos seguem o caminho de Érica. O número de franquias na Bahia subiu de 5.958 no 2º trimestre de 2020 para 6.217 unidades em 2021, o que corresponde a cerca de cinco franquias abertas por semana. O faturamento local do setor foi de cerca de R$ 1,3 bi, com crescimento de 40,8% em relação ao ano passado. Os números são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

A franquia de Érica está no grupo das chamadas microfranquias, que exigem um investimento inicial mais baixo. Como referência, a ABF adota como padrão o valor de três vezes o PIB anual per capita como máximo de investimento para o negócio se classificar como microfranquia. Atualmente, esse valor está em 105 mil reais. Nos tempos de crise, as chamadas microfranquias são as mais procuradas. Segundo o estudo da ABF mais recente sobre esse modelo de negócios, há cerca de 600 redes no país.

Grande parte das microfranquias não possuem espaço físico e esse é o caso da franquia da CleanNew em Salvador. “Eu só tenho dois carros, uma garagem e o material que os funcionários usam”, diz Érica. Ela conta que começou a obter lucro 12 meses após a aquisição da franquia, o que é um período considerado padrão. Alguns modelos levam até 24 meses para dar retorno. Hoje, a margem mensal de faturamento está em 30%.

Segundo Érica, o segredo durante a pandemia foi o lançamento do serviço de sanitização. Somente em março e abril de 2020 o faturamento chegou a cair em até 50%, mas, depois, a franquia iniciou a recuperação. “Além da sanitização, as pessoas, ao passarem mais tempo em casa, deram mais atenção e usaram mais o ambiente interno e demandaram mais por limpeza”, explica. “Eu tiro de lição que é importante não parar de criar coisas novas, de se movimentar. Mesmo você já tendo atingido seu objetivo, se parar, o negócio vai começar a cair”, acrescenta Érica.

De acordo a diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos da ABF, Adriana Auriemo, as microfranquias funcionam, principalmente, como uma alternativa num período de retração econômica e redução da oferta de vagas de emprego. “No momento em que estamos vivendo, os modelos de negócio mais enxutos se transformam em uma alternativa ainda mais interessante, uma vez que oferecem um modelo de negócio pronto e testado, além do treinamento e suporte de um empresário mais experiente, o franqueador”, afirma.

Candido Espinheira, diretor da ABF Regional Nordeste, concorda e acrescenta que a maior procura por microfranquias vem de profissionais que perderam o emprego e, com o dinheiro da rescisão, decidem investir em pequenos negócios. “O cenário macroeconômico de desemprego, aliado à alta nas taxas de juros, fez crescer a procura por esse tipo de negócio, que é considerado de baixo investimento”, coloca.

O analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Tauan Sousa, alerta que, por outro lado, as microfranquias se caracterizam como um negócio de baixo risco e que isso, em geral, significa também baixo lucro. “Cabe ao franqueado descobrir qual é o seu perfil. Geralmente, as com menos risco têm também menos rentabilidade. Os mercados mais arriscados podem gerar maior margem de lucro. As microfranquias, proporcionalmente, têm uma boa margem de lucro, mas o faturamento é mais baixo, principalmente no início. No final, o resultado é menor do que as franquias de médio e grande porte”, explica.

Vantagens e desvantagens

Ao comprar uma franquia, a franqueadora concede o direito de uso da marca, know-how e manuais ao franqueado. Portanto, investir em franquias baratas é apostar em um negócio já testado e que já obteve sucesso no mercado, o que diminui expressivamente os riscos para o empreendedor. A franqueadora, ao vender uma unidade da sua rede, presta suporte para instalação do negócio, realiza treinamentos e transmite todo o know-how que faz o negócio se manter.

Carina Carvalho é dona de quatro franquias da Cacau Show na Bahia. Ela conta que se encantou pelo negócio durante uma palestra, na mesma hora resolveu se inscrever, passou pelo processo de seleção e abriu a primeira loja em 2013. “Eu vi uma oportunidade de negócio, a marca já era consolidada e não tinha e continua não tendo concorrente direta”, diz ela.

Carina também tem uma loja própria que começou do zero e faz um comparativo entre os dois modelos de negócio. “Abrir uma empresa do zero é muito mais difícil porque, sendo franquia, você já pega o know-how, o nome, a clientela. Não precisa se preocupar com precificação e divulgação, por exemplo. Quando você abre um negócio, é preciso fazer um plano, estratégia, formatar todo o processo. Por outro lado, a vantagem do negócio próprio é que é seu, ninguém tira de você”, destaca.

O analista do Sebrae, Tauan Sousa, alerta para alguns cuidados. “O pacote da franquia vem com uma série de ferramentas para diminuir possíveis riscos ao abrir um negócio, mas é importante dizer que os riscos continuam existindo. O sucesso do negócio vai depender da operação e da resposta do mercado. Também vale ressaltar que, enquanto franqueado, você tem que, além de pegar o royalty, seguir as regras da franquia, mesmo que às vezes você não concorde com elas. Existem uma série de procedimentos e condições previstas em contrato”, destaca.

Quais os passos para abrir uma franquia?

Para Sousa, é importante que o franqueado tenha perfil empreendedor, mesmo que o objetivo seja qual for o tamanho da franquia. “Isso significa ter vontade de trabalhar, determinação, disciplina e foco. O franqueador não é uma babá, quem vai colocar em prática e trabalhar duro é o franqueado. Então é preciso evitar o amadorismo e encarar a franquia, mesmo que pequena, de forma profissional. Uma coisa que é óbvia, mas que pode ser muito difícil na prática é não misturar o financeiro pessoal com o da empresa. Geralmente, o microfranqueado confunde as duas contas e isso atrapalha demais”, alerta.

Antes da aquisição de uma microfranquia é necessário que o interessado siga alguns passos importantes:

Conheça o sistema de franquias
Faça uma análise do seu perfil e das suas afinidades
Busque os segmentos que são do seu interesse
Avalie sua capacidade de investimento
Selecione algumas microfranquias para aprofundar a pesquisa
Faça uma análise de rentabilidade lucratividade e tempo de retorno de cada uma delas
Avalie a experiência do franqueador e o suporte que será oferecido
Verifique a saúde financeira da microfranquia e o cumprimento às exigências legais
Converse com quem já possui uma microfranquia
Procure a ajuda de especialistas

O franqueado da Unhas Cariocas, Edson Shinji Kawaguchi, sempre teve, junto com a esposa, o sonho de ter o próprio negócio, mas pesquisou bastante antes de investir e optou por uma franquia. Ele abriu a esmalteria em fevereiro de 2020, no Parque Shopping Bahia, em Lauro de Freitas, com um investimento de R$ 25 mil para a aquisição. “A princípio, a gente ia abrir na raça mesmo, mas depois, pesquisando e analisando os riscos, achamos melhor pegar uma franquia. A gente não tinha o know-how de empreendedor, nunca tínhamos mexido com comércio”, conta.

“A gente não sabia o que abrir, então eu passei a andar bastante pelos shoppings observando quais lojas tinham mais movimento. Aí os quiosques de esmalteria me chamaram a atenção. Eram sempre movimentados e tinham o fato de que não precisa agendar, é só chegar e fazer, o que era até uma demanda pessoal da minha esposa”, acrescenta Kawaguchi.

Franquias mais cobiçadas na Bahia

Segundo o analista do Sebrae, Tauan Sousa, um setor bastante procurado entre as microfranquias e franquias de pequeno porte é o de prestação de serviços. “Na área de microfranquias e franquias de pequeno porte, o setor de prestação de serviços tem muitas unidades. Isso porque é mais simples de fazer acontecer, geralmente demanda menos estrutura”, coloca. Na Bahia, segundo o balanço da ABF do 2º trimestre deste ano, o setor fica com 19,5% do total de unidades de franquia, somente atrás de Saúde, Beleza e Bem-Estar (25,3%).

Este último está entre os três setores de franquias na Bahia que, segundo Sousa, vêm apresentando crescimento e podem ser uma boa aposta de investimento. “De uma forma geral, uma área que vem crescendo muito é a de estética e bem-estar. Outra área é de pet, não só petshop, mas o segmento como um todo. Falando de Salvador, por ser uma cidade turística, todos aqueles serviços que direta ou indiretamente estão ligados ao atendimento aos turistas também vêm crescendo muito”, coloca.

De acordo com a pesquisa da ABF, as franquias mais cobiçadas na Bahia são do setor de Saúde, Beleza e Bem Estar, que responde a 33,7% da fatia de faturamento das franquias no estado (R$ 186.789.966,02). Alimentação - Food Service (13,5%) e Serviços e outros negócios (11,4%) vêm logo atrás.

Comparando o 2º trimestre de 2020 com o de 2021, o setor de Entretenimento e Lazer foi o que mais aumentou o faturamento (882,8%). Em seguida, vem Hotelaria e Turismo (397,4%) e Moda (166,4%). Quem menos cresceu foi Comunicação, Informática e Eletrônicos (0,6%). O setor com menor faturamento é Limpeza e Conservação, com 0,7%, faturando no período R$ 9.271.724,31.

Franquias para se adquirir por até 10 mil reais em 2021 segundo a ABF:

+Ágil (Serviços e Outros Negócios): Investimento entre R$ 5mil e R$ 10 mil
Drs. Protect (Serviços e Outros Negócios): Investimento entre R$ 8 mil e R$ 9 mil
UNE Imóveis em Rede (Casa e Construção): Investimento a partir de R$ 9.900
TZ Viagens (Hotelaria e Turismo): Investimento a partir de R$ 5.500
Monitorias Reforço Escolar (Serviços Educacionais): Investimento a partir de R$ 7.990
Insole (Serviços e Outros Negócios): Investimento a partir de R$ 10 mil
CI (Hotelaria e Turismo): Investimento a partir de R$ 5.500
PremiaPão (Comunicação, Informática e Eletrônicos): Investimento a partir de R$ 10 mil
Limpeza Com Zelo (Limpeza e Conservação): Investimento a partir de R$ 4 mil
Trust Intercâmbio Cultural e Turismo (Hotelaria e Turismo): Investimento a partir de R$ 4.500
Portal da Cidade (Comunicação, Informática e Eletrônicos): Investimento a partir de R$ 4 mil
Elevor (Comunicação, Informática e Eletrônicos): Investimentos a partir de R$ 10 mil
Mazze Semi Joias (Moda): Investimento a partir de R$ 9 mil
Bellaza (Saúde, Beleza e Bem Estar): Investimento de R$ 9 mil
RH Franquia Online (Serviços e Outros Negócios): Investimento a partir de R$ 9.900
DryWash (Serviços Automotivos): Investimento a partir de R$ 3.165
Clube Turismo (Hotelaria e Turismo): Investimento a partir de R$ 5.900
Tutores (Serviços Educacionais): Investimento de R$ 10 mil
Bioflora (Saúde, Beleza e Bem Estar): Investimento a partir de R$ 6.990

Publicado em Bahia

O Colégio Antônio Vieira lançou nesta semana o edital que vai selecionar alunos para estudar de graça no turno noturno do Ensino Médio da escola a partir de 2022. As inscrições acontecem de 5 a 9 de novembro, pelo site do colégio.

São disponibilizadas 40 vagas exclusivas para ingresso na 1ª série do Ensino Médio. Os alunos poderão continuar nos três anos previstos para concluir a etapa escolar, desde que cumprindo os critérios exigidos, como regularidades na aulas e renda familiar de até um salário mínimo e meio.

Também é necessário que o aluno seja residente no município de Salvador ou região Metropolitana. A Bolsa de Estudo é anual, individual, pessoal e intransferível, não sendo renovada automaticamente para o ano letivo subsequente. Para que isso ocorra, o aluno contemplado deve passar por um novo processo de avaliação socioeconômica anualmente.

O Vieira destaca a qualidade do curso, que conta com profissionais que participam dos processos de formação de docentes oferecidos anualmente pela instituição à toda equipe pedagógica.

 

Publicado em Bahia

Uma carga com cerca de 506 toras de Aroeira - madeira exótica, presente em biomas como o Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica e ameaçada de extinção - foi recuperada por equipes dos 3º e 4º Pelotões (Santa Rita de Cássia e Mansidão) da 86ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Formosa do Rio Preto), na noite do domingo (17). Material está avaliado em cerca de R$ 200 mil.

As equipes iniciaram a ação, após os policiais militares de Mansidão desconfiarem da passagem de um caminhão da marca Mercedes Benz, placa JLQ-4378, transportando madeira pela cidade. Eles acompanharam o veículo e, na altura da BA-225, conseguiram interceptá-lo. Conforme o comandante do 4º Pelotão, sargento PM Jônatas Cardoso, geralmente caminhões chegam no município com carga e saem vazios, por não ser um município agrícola.

“A partir dessa suspeita, mesmo com a voz de parada, o condutor desceu do veículo e fugiu por uma área de mata fechada. Realizamos rondas junto com os colegas do 3º Pelotão, mas ele não foi encontrado”, disse.

Após o material ser escoltado pelos policiais até o pátio da Secretaria do Meio Ambiente e Turismo (Sematur) de Santa Rita, equipes da Companhia Independente de Polícia e Proteção Ambiental (Cippa) de Lençois e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) foram até o local e confirmaram que se tratava da Aroeira.

A portaria normativa 83 de 26 de setembro de 1991, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), classifica essa extração como ilegal. O aspirante-a-oficial Felipe Franco Martins, comandante da unidade policial de Santa Rita de Cássia, contou que a suspeita é de que o veículo saiu do Piauí e teria destino o estado de Goiás.

“Nós sabemos que é contumaz o tráfico de madeiras no sul do Piauí e que alguns caminhoneiros usam as estradas que limitam os nossos municípios transportando diferentes cargas. Isso será apurado com o trabalho de investigação da nossa co-irmã, a Polícia Civil”, disse. A madeira apreendida foi encaminhada para o pátio da Sematur e o caminhão escoltado pelos PMs para a Delegacia Territorial (DT) de Santa Rita de Cássia.

Publicado em Polícia

No primeiro dia do projeto piloto de testagem contra a covid-19 nas escolas públicas de Salvador, 530 alunos e funcionários das redes estadual e municipal foram testados. No total, serão 180 mil pessoas a terem amostras coletadas nos colégios baianos, nos próximos três meses. Até agora, 240 dos 417 municípios da Bahia aderiram à campanha, fruto do projeto Partiu! #Testagem nas Escolas, coordenado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde da Salvador (SMS).

Foi no Colégio Estadual Eduardo Bahiana, no bairro de Fazenda Grande II, que a coleta começou, nesta segunda-feira (18). Segundo a diretora, Ivani Almeida, 215 pessoas foram testadas na escola nesta segunda, pela manhã, e outras 315 pela tarde. A merendeira Gersonita Melo, 57, foi uma delas. “Nunca peguei covid. Já teve até meu amigo, que teve lá em casa, que pegou, mas, toda vez que faço o teste, dá negativo. Fé em Deus vai dar negativo dessa vez, de novo”, relata Gersonita, que trabalha no colégio há 11 anos.

Durante o período em que o amigo dela se infectou, ela ficou 14 dias afastada do trabalho. Esse também é o protocolo a ser adotado nesse projeto. Segundo a SMS, além do afastamento dos casos positivos, haverá um monitoramento dos contactantes diretos. As escolas ainda devem coletar dados da comunidade, diariamente, a partir da checagem de uma lista de sintomas. Nenhuma família deve levar o aluno à escola com sintomas gripais.

CIRCULAÇÃO VIRAL

Não é preciso ter sintomas para fazer a coleta, pois o objetivo é medir a circulação da carga viral da covid-19, segundo o secretário municipal da saúde de Salvador, Leo Prates. “Houve uma preocupação das mães e pais com o volume de pessoas que estão dentro das unidades escolares. Por isso, é importante fazer o acompanhamento da circulação viral, por amostragem. É um estudo parecido com o inquérito epidemiológico que fizemos”, explica Prates.

A orientação das secretarias da saúde para o resto do público ainda é testar somente se houver sintomas. “Faremos esse trabalho somente nas escolas, que vivem um momento diferenciado em relação à cidade, porque, agora, a rede estadual também volta de forma 100% presencial”, esclarece o secretário. “Nosso objetivo é garantir a segurança dos alunos e trabalhadores da educação, tranquilizando os pais”, declara Leo Prates.

Inicialmente, somente os alunos acima de 13 anos serão testados, além dos funcionários. Até a próxima sexta-feira (22), os estudantes menores de 12 anos também serão contemplados. A amostra é aleatória. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), amostras de cerca de 20% da comunidade escolar serão coletadas. Ao todo, são 32.235 professores na rede estadual de ensino, na Bahia, além de 900 mil alunos. Na rede municipal de Salvador, são 163 mil estudantes e 7.600 professores.

O tipo de teste usado é o antígeno ou RT-PCR. Caso alguém teste positivo, um novo exame será feito para contraprova. Eles serão analisados pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). As equipes de epidemiologistas e sanitaristas visitarão uma escola pública diferente a cada dia. O roteiro é definido semanalmente. A próxima escola será no Distrito Sanitário de Brotas, na Escola Municipal Visconde de Cairu.

Roteiro completo:

18/10 - Colégio Estadual Eduardo Bahiana - DS Cajazeiras
19/10 - Escola Municipal Visconde de Cairu - DS Brotas
20/10 - Escola Municipal Iacy Vaz Fagundes - DS Barra/Rio Vermelho
21/10 - Colégio Estadual Luiz Fernando Macedo Costa - DS Cajazeiras
22/10 - Escola Municipal Maria Constância - DS Cabula/Beiru
Quase 43 mil adolescentes não tomaram 1ª dose

Além do #Partiu! Testagem nas Escolas, a secretaria municipal da saúde faz outra ação no ambiente escolar: a busca ativa dos alunos faltosos da vacinação contra a covid-19. De acordo com a SMS, são 42.639 adolescentes entre 12 e 17 anos que estão habilitados a se imunizar na capital baiana, mas que ainda não foram aos postos de saúde. Por isso, a secretaria está indo até eles.

“Estamos indo nas escolas, com algumas equipes volantes, vacinando os alunos que estão autorizados a vacinar pelo Ministério da Saúde. São quase 43 mil, em Salvador, entre 12 e 17 anos. Continuamos nessa busca ativa para garantir a segurança do ambiente escolar”, completa Leo Prates. Além dele, estiveram no início da mobilização, no colégio Eduardo Bahiana, a secretária da Saúde do Estado da Bahia, Tereza Paim, e o superintendente da Secretaria de Educação do Estado, Manoel Calazans.

Segundo o vacinômetro da SMS, são 2.127.887 soteropolitanos que tomaram uma dose ou a dose única na cidade. Isso corresponde a 73,3% dos habitantes. Já em relação a segunda dose, são 1.389.660 imunizados, ou seja, 50% da população. Os que tomaram a terceira dose, como idosos e trabalhadores da saúde, somam 122.465 pessoas.

 

Publicado em Bahia

Ainda é comum escutar que a covid-19 não atinge tanto assim as crianças. Mas, por mais que a maioria esmagadora das quase 27 mil vítimas da doença na Bahia não seja dos pequenos, cada uma dessas mortes representa um impacto em uma família, e, muitas vezes, uma criança que fica sem pai e/ou mãe. Entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro de 2021, ao menos 646 crianças de até seis anos de idade na Bahia ficaram órfãos de um dos pais vítimas da covid-19. O estado ocupa o quinto lugar no ranking nacional de registros absolutos e a 18ª posição se considerados os números a cada 100 mil habitantes (confira a lista completa no final da reportagem).

Das 646 crianças, 21,3% (138) não tinham completado nem ao menos 1 ano. Já 15,6% (101) tinham 1 ano de idade, 16,5% (107) 2 anos de idade, 13,9% (90) 3 anos, 10,2% (66) 4 anos, 11,6% (75) tinham 5 anos e 9,9% (64), 6 anos. Os dados obtidos pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 685 Cartórios de Registro Civil do estado desde 2015, quando as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em toda região baiana.

O levantamento aponta ainda que cinco pais faleceram antes mesmo do nascimento de seus filhos, enquanto três crianças, de até seis anos, perderam pai e mãe vítimas da covid-19. Esse é o caso da pequena Agnes, agora com 11 meses. A bisavó, a avó e a mãe dela morreram no intervalo de uma semana. O pai, que ficou internado por cerca de 40 dias, morreu no dia 18 de abril deste ano.

Agnes então ficou sob os cuidados do casal Maiquele e Kelly, que é irmã do pai biológico de Agnes. A bebê chegou com covid-19 e as duas também foram infectadas, mas todas se recuperaram bem. “Desde a hora em que recebemos a notícia do falecimento do pai, em nenhum momento a gente pensou em ver como ficaria a situação, já aceitamos a missão que Deus estava dando para a gente. Já tínhamos o plano de adotar daqui a uns cinco anos, mas não foi no nosso tempo, foi no tempo de Deus. Agnes é o que vem trazendo a nossa alegria diária diante de toda essa tragédia”, conta Maiquele de Jesus, 26 anos.

Mesmo tão pequena, segundo Maiquele, Agnes sente a falta dos pais. “Nas datas de falecimento a gente vê que ela chora, fica de dengo, eu acredito que ela sente. No dia em que a mãe dela faleceu, ela chorou o dia inteiro. Quando passa, ela volta a ser sorridente. Porque Agnes é muito alegre, não é de ficar chorando e abusando, é uma menina de luz, que traz paz diante das turbulências da vida”, acrescenta.

Com o consentimento do avô materno e da avó paterna, o casal entrou com um processo pela guarda de Agnes, que tinha 4 meses na época. A guarda provisória já foi concedida pelo período de um ano e já foi aberto o pedido da guarda definitiva. “Já estamos desde agora deixando a história dela bem aberta em casa. Revelamos fotos que ficam espalhadas aqui para ela ir crescendo e vendo as imagens dos pais. Quando ela tiver o entendimento, vamos sentar e conversar. Temos uma psicóloga que acompanha a família, isso tudo para que não seja um choque para ela”, afirma Maiquele.

Já Luan*, 5 anos, perdeu a mãe, Luana*, que faleceu de covid-19 em maio, aos 40 anos. Ele ficou sob os cuidados do pai, mas quase o perdeu também. A mãe e o pai do menino foram internados no mesmo dia. Ela faleceu uma semana depois, ele teve alta quase três meses depois.

“Os médicos pediam muito que a família orasse por ele, a gente realmente teve medo de que Luan* ficasse sem a mãe e sem o pai”, diz uma amiga de Luana*.

“Foi muito complicado porque o processo de recuperação do pai é lento, ele ainda não está 100%. Felizmente, ele tem uma rede de apoio muito forte formada por familiares e amigos, mas ela era o porto seguro da família”, diz a amiga.

Ela acrescenta outro fator que aumenta os desafios da família: Luan* é autista. “Isso faz com que ele demande mais cuidados. Vem sendo um desafio e ele é acompanhado por um psicólogo”, explica.

A mãe de Luan* e a amiga se conheceram na faculdade de pedagogia e o plano das duas era comemorar os 13 anos de formadas em julho de 2022, vislumbrando o fim da pandemia.

“A gente precisa parar de subestimar a pandemia e entender que ela ainda não acabou. O vírus continua matando, mesmo que de forma desacelerada. Mas a mensagem que eu deixo é para a gente acreditar na ciência, porque a vacina vem salvando muitas vidas. Infelizmente, ela chegou tarde no nosso país, não chegou a tempo de salvar minha amiga, que iria se vacinar na semana em que ela morreu”, finaliza a pedagoga.

Órfãos da covid-19 no Brasil

No Brasil, de 16 de março de 2020 a 24 de setembro de 2021, ao menos 12.211 crianças de até 6 anos de idade ficaram órfãs de um dos pais vítimas da covid-19. Segundo os dados levantados pela Arpen-Brasil, 25,6% dessas crianças que perderam um dos pais não tinham completado 1 ano. Já 18,2% tinham 1 ano de idade, 18,2% 2 anos de idade, 14,5% 3 anos, 11,4% 4 anos, 7,8% tinham 5 anos e 2,5%, 6 anos. Os números mostram ainda que 223 pais faleceram antes do nascimento dos filhos, enquanto 64 crianças até a idade de 6 anos perderam pai e mãe.

O presidente da Arpen-Ba, Daniel Sampaio, explica como os dados foram obtidos. “Nós temos um banco de dados tanto para óbito quanto para nascimento. A partir do número elevado de vítimas da covid-19 aqui no Brasil, decidimos fazer uma análise qualitativa desse banco de dados, cruzando algumas informações, para chamar a atenção da população e mostrar que o impacto vai além do número de mortos em si”.

Desde 2015, uma parceria da ARPEN Brasil com a Receita Federal possibilitou que o número de CPF das crianças fosse gerado por ocasião do registro de nascimento. Os cartórios de registro civil foram habilitados a emitir o CPF gratuitamente e, na emissão da certidão de nascimento, o CPF também é gerado, sendo interligado com o CPF dos genitores. “O que fizemos foi cruzar os CPFs dos genitores das crianças com os CPFs de pessoas que tiveram o óbito por covid-19 registrado nesse período de pandemia”, acrescenta Sampaio.

Desde o ano passado, vem se discutindo a possibilidade do Governo Federal prestar um suporte para as crianças que perderam seus pais para a covid-19. Ao final do seus trabalhos, a CPI da covid deve apresentar uma série de propostas a respeito da pandemia e, entre elas, uma pensão de R$ 1 mil para órfãos de vítimas do coronavírus.

A pensão para órfãos seria paga a qualquer a família que tenha ao menos uma criança ou um adolescente cujo genitor tenha morrido em decorrência da infecção por coronavírus e não tenha contribuído para a Previdência Social. O beneficiário receberia R$ 1 mil por mês até completar 18 anos.

Impacto sobre as crianças

A psicóloga e psicanalista Niliane Brito, da clínica Spazio Psi, destaca que cada criança vai sentir o impacto do luto dos pais de uma maneira diferente, então é preciso individualizar o cuidado e prestar atenção aos sinais que ela dá. “O luto para uma criança A não vai ser o mesmo para uma criança B, mesmo que elas tenham a mesma idade e tenham ambas perdido os pais para a covid. Mas é importante que haja uma despedida. Na covid esse ritual fica comprometido por conta do risco de contaminação, mas é fundamental que seja feito, mesmo que de outras formas”, afirma.

Segundo Niliane, a partir da perda, é comum que a criança perca a referência, ficando sem rumo. “Quando ela perde pai e mãe, por mais que vá para os cuidados de outra pessoa da família, vai ser uma nova configuração, com uma rotina modificada radicalmente”, diz. A partir disso, a criança pode desenvolver comportamentos não saudáveis que servem como sinal de alerta para os responsáveis buscarem o acompanhamento de um psicólogo. “O principal deles é a agressividade, com crianças que mordem ou beliscam. Muitas delas, independente da idade, às vezes não sabem externalizar corretamente suas emoções e o corpo acaba falando por elas”, coloca.

A psicóloga alerta ainda que, se o processo de luto não for corretamente vivido, o indivíduo pode desenvolver ansiedade, gatilhos, dificuldade de confiar nas pessoas e outros transtornos emocionais que terão impactos até a vida adulta. “Às vezes uma criança que perdeu o pai ou a mãe para a covid pode passar a se desesperar a qualquer sinal de doença, assim como pode também acreditar que foi abandonada ou desenvolver uma ansiedade muito grande em relação ao seu futuro”, finaliza.

A reportagem tentou contato com o Conselho Regional de Serviço Social da Bahia (Cress-Ba) para entender o que acontece com uma criança que perde pai e mãe, mas não teve sucesso. A Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-Ba) também foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da reportagem.

Crianças até 6 anos que perderam os pais por covid-19 no Brasil:

Rondônia - 244 órfãos no total; 13,44 órfãos a cada 100 mil habitantes
Goiás - 809 órfãos no total; 11,22 órfãos a cada 100 mil habitantes
Mato Grosso - 378 órfãos no total; 10,59 órfãos a cada 100 mil habitantes
Acre - 99 órfãos no total; 10,91 órfãos a cada 100 mil habitantes
Amapá - 73 órfãos no total; 8,31 órfãos a cada 100 mil habitantes
São Paulo - 3.836 órfãos no total; 8,22 órfãos a cada 100 mil habitantes
Sergipe - 168 órfãos no total; 7,18 órfãos a cada 100 mil habitantes
Santa Catarina - 506 órfãos no total; 6,89 órfãos a cada 100 mil habitantes
Paraíba - 267 órfãos no total; 6,57 órfãos a cada 100 mil habitantes
Paraná - 753 órfãos no total; 6,49 órfãos a cada 100 mil habitantes
Distrito Federal - 199 órfãos no total; 6,43 órfãos a cada 100 mil habitantes
Amazonas - 271 órfãos no total; 6,34 órfãos a cada 100 mil habitantes
Espírito Santo - 258 órfãos no total; 6,27 órfãos a cada 100 mil habitantes
Tocantins - 88 órfãos no total; 5,47 órfãos a cada 100 mil habitantes
Roraima - 91 órfãos no total; 5,01 órfãos a cada 100 mil habitantes
Rio Grande do Sul - 567 órfãos no total; 4,94 órfãos a cada 100 mil habitantes
Rio de Janeiro - 774 órfãos no total; 4,43 órfãos a cada 100 mil habitantes
Bahia - 646 órfãos no total; 4,31 órfãos a cada 100 mil habitantes
Mato Grosso do Sul - 121 órfãos no total; 4,26 órfãos a cada 100 mil habitantes
Ceará - 385 órfãos no total; 4,16 órfãos a cada 100 mil habitantes
Pernambuco - 366 órfãos no total; 3,78 órfãos a cada 100 mil habitantes
Pará - 310 órfãos no total; 3,53 órfãos a cada 100 mil habitantes
Rio Grande do Norte - 112 órfãos no total; 3,14 órfãos a cada 100 mil habitantes
Alagoas - 97 órfãos no total; 2,88 órfãos a cada 100 mil habitantes
Minas Gerais - 579 órfãos no total; 2,70 órfãos a cada 100 mil habitantes
Piauí - 72 órfãos no total; 2,18 órfãos a cada 100 mil habitantes
Maranhão - 142 órfãos no total; 1,98 órfãos a cada 100 mil habitantes

Os Números são da ARPEN e a estimativa populacional do IBGE, divulgada em agosto deste ano


**Nomes trocados para preservar a privacidade das fontes

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A Prefeitura preparou um pacote de intervenções para conservação e requalificação de espaços públicos, por meio do programa Salvador no Grau. A iniciativa terá investimento de cerca de R$43 milhões e alcançará ruas, avenidas, praças, parques e a orla marítima da cidade. As medidas foram anunciadas pelo prefeito Bruno Reis nesta segunda-feira (18), durante coletiva à imprensa na Praça Lord Cochrane, na Avenida Garibaldi.

A ação envolve a Secretaria de Manutenção (Seman), a Companhia de Desenvolvimento Uma Urbano de Salvador (Desal) e a Superintendência Municipal de Obras Públicas (Sucop). As intervenções vão ocorrer durante 45 dias, nos meses de outubro e novembro, para requalificação dos sistemas de iluminação, ordenamento, manutenção e na reforma dos terminais de Plataforma e da Ribeira.

"Ao longo dos últimos nove meses o trabalho permanente de manutenção da cidade não parou. Foram investidos R$70 milhões no setor, muito por conta das chuvas que ocorrem com intensidade maior entre os meses de abril e agosto. Por causa disso, os buracos nas vias ocorrem com maior frequência. Diversas recomposições que ocorrem devido à necessidade de manutenção", explicou o prefeito.

O programa prevê uma série de ações que ocorrerão nesse período em toda a cidade, com ênfase na orla marítima, parques e praças, vias de base de tráfego, viadutos, iluminação, recuperação de passeios, terminais e sinalização de vias. De acordo com o chefe do Executivo Municipal, o objetivo é preparar a cidade para o final do ano, quando a capital costuma receber um fluxo maior de turistas, além da frequência maior de soteropolitanos nos espaços públicos

"Somente no recapeamento serão investidos R$15 milhões para substituição de asfalto em diversas vias. Vamos fazer esbojamento, que é a correção da ondulação na pista, muito comum em pontos de ônibus, provocados por veículos pesados. Estes locais receberão piso em concreto, para evitar refazer o serviço, optando por uma solução definitiva", completou Bruno Reis.

Demais ações – O programa prevê a recuperação de 105 praças, além de parques, como o dos Ventos, na Boca do Rio. Da mesma forma, os viadutos receberão melhorias, como corrimãos e guarda corpos, proporcionando mais segurança aos pedestres que passam por esses equipamentos. A iniciativa prevê ainda a recuperação de passeios desgastados – os de responsabilidade de particulares caberá ao proprietário. O programa promoverá ainda a sinalização das vias, requalificação das faixas de pedestres e a sinalização vertical e horizontal.

No ordenamento público, será intensificada a fiscalização do comércio informal. Os terminais marítimos receberão intervenções pontuais e a iluminação pública será melhorada, com a substituição de pontos de vapor de sódio por LED.

"Nunca se investiu tanto na manutenção da cidade como estamos fazendo agora. Estamos falando em R$113 milhões durante um ano, para recuperação da cidade. A cada ano teremos que investir mais", finalizou o prefeito.

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A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em parceria com os municípios, fará a testagem de até 180 mil funcionários e estudantes com idade superior a 13 anos da rede pública municipal e estadual, desde que estejam assintomáticos e participando das atividades presenciais. O projeto Partiu! #Testagem nas Escolas tem a duração de três meses e, nesta segunda-feira (18), foi realizada a primeira coleta no Colégio Estadual Eduardo Bahiana, em Salvador, com as presenças da secretária da Saúde do Estado da Bahia, Tereza Paim, do secretário da Saúde de Salvador, Léo Prates, e do superintendente da Secretaria de Educação do Estado, Manoel Calazans.

A medida tem como objetivo identificar, monitorar e isolar casos da Covid-19 na comunidade escolar. De acordo com a titular da pasta estadual da Saúde, “estima-se que essa amostragem aleatória entre os indivíduos assintomáticos cubra até 20% da comunidade escolar. As amostras coletadas nas escolas pelas equipes municipais serão enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA)”, detalha Tereza Paim.

A secretária pontua ainda que os casos sintomáticos serão submetidos ao teste rápido de antígeno. “Mais rápido e com precisão similar ao teste molecular do tipo RT-PCR, que é o padrão ouro na detecção do coronavírus, ele tem como vantagem a detecção da doença em sua fase aguda, além da velocidade para obtenção do resultado, estimada em 20 minutos. A contraprova será obrigatória e utilizará o RT-PCR”, explica Paim.

Na eventualidade de resultados positivos para a Covid-19, os protocolos sanitários serão implementados de forma integrada entre o setor da saúde e educação, a exemplo de medidas de isolamento e monitoramento dos estudantes ou funcionários, bem como o rastreamento e quarentena dos contactantes diretos. “O projeto representa agenda intersetorial positiva, entendida como garantia adicional de que as escolas devem reabrir e permanecer abertas, com segurança para toda a comunidade escolar. Assim vamos mitigar o risco de casos e surtos”, avalia a secretária da Saúde do Estado da Bahia.
A superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde da Sesab, Rivia Barros, ressalta que os insumos necessários para a coleta e análise laboratorial já estão disponíveis para este projeto piloto, que já conta com a adesão de 240 municípios.

Para a diretora da Colégio Estadual Eduardo Bahaiana, Ivani Almeida, a ação traz uma maior tranquilidade para a comunidade escolar, principalmente neste momento de retorno às aulas 100% presenciais. “Com esta iniciativa podemos ter mais segurança na volta às atividades”, afirma a diretora ressaltando o trabalho que vem sendo feito para atender as medidas necessárias de controle da Covid-19.

Para além do rastreamento dos casos assintomáticos, cada escola deve implementar uma estratégia padrão de rastreamento diário a partir de uma lista de sintomas, embasadas nos critérios clínicos. O engajamento das famílias é fundamental, pois devem se comprometer a não levar o estudante para a escola caso se apresente com sintomas gripais, além de procurar atendimento em unidade de saúde. O uso de máscaras, o distanciamento social e a higiene frequente das mãos são as medidas básicas para evitar a disseminação da Covid-19 na comunidade escolar.

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A expansão da agricultura irrigada e o crescimento urbano desordenado nas cabeceiras do Rio Paraguaçu, na Bahia, têm sido grandes ameaças à disponibilidade de água limpa e em abundância na região. Erosão das margens, assoreamento dos leitos e poluição das águas são graves consequências desse processo e ameaçam a segurança do abastecimento de milhões de pessoas. Para evitar a falta de água nos 86 municípios baianos alimentados pelo Paraguaçu, o Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) decidiu limitar em 50% o uso da água do rio.

Trechos do Rio Paraguaçu e seus afluentes, principalmente na altura do Alto Paraguaçu, estão secos. Isso por conta da falta de chuvas, do uso desregulado da água e da deficiência na gestão de recursos hídricos.

Segundo o presidente do Comitê da Bacia do Rio Paraguaçu, Evilásio Fraga, a preocupação é maior em determinadas regiões do estado. O principal reservatório da Bacia do Paraguaçu é Pedra do Cavalo, que abastece Salvador, RMS e Feira de Santana e não está em situação tão crítica. “Está em níveis normais, ou seja, por enquanto não existe risco de abastecimento de água para essas localidades”, afirma o presidente. Segundo dados do Inema, o nível de Pedra do Cavalo é de 28,19%, o que é considerado alerta. A situação é mais grave no interior do estado.

“Quando vamos para o Sertão da Bahia, em direção à nascente do Paraguaçu, temos o Rio Jacuípe, que está completamente seco porque não teve chuva. A segunda barragem mais importante da Bacia, por exemplo, é a de São José, que tem 1,5% da sua capacidade. A barragem do Apertado, em Mucugê, está com 39% da capacidade, em nível de alerta”, acrescenta.

Eduardo Topázio, diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental do Inema, reafirma a desigualdade. “Tivemos muitas queixas, principalmente, de prefeituras de cidades que ficam no Alto Paraguaçu, falando de dificuldade de abastecimento. A situação é mais complicada no Semiárido, onde temos a seca constante e também o aumento da população. O Brasil tem a maior população no Semiárido do mundo”, diz.

O Rio Paraguaçu nasce na Chapada Diamantina, especificamente no município de Barra da Estiva, e deságua na Baía de Todos os Santos, em Salvador. Sua bacia ocupa 10% do território baiano, passando por 86 municípios e somando 150 rios. A bacia do Rio Paraguaçu é responsável pelo abastecimento de 60% da população da Região Metropolitana de Salvador, o que a fez ser conhecida como a “caixa d’água da Bahia”. Cerca de 2 milhões de baianos dependem das águas do Paraguaçu que, assim como outros rios, também passou por um processo de degradação, desmatamento e uso intensivo.

Para evitar problemas de abastecimento, o Inema implementou no último dia 12 a Portaria Nº 24.308, que determina que todos que têm autorização para captar água superficial e subterrânea do Rio Paraguaçu e seus afluentes só poderão captar a partir de agora 50% do volume que captava antes. A medida está prevista por tempo indeterminado e tem exceção somente para uso destinado a consumo humano e animal.

“Se essa medida não fosse adotada, Salvador, RMS e Feira de Santana poderiam ter complicações sérias. 100% de Feira de Santana bebe água a partir de uma transposição do Rio Paraguaçu e 65% de Salvador é abastecida por água do Paraguaçu”, diz o secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHRS), Almacks Luiz Silva.

Eduardo Topázio defende que a prioridade é o abastecimento humano. “Para garantir isso, a gente teve que fazer essa redução, que está prevista em lei, de outros usos menos nobres, para que não haja comprometimento do abastecimento de água em algumas cidades que dependem do Rio Paraguaçu. A atitude é drástica, mas é temporária”, diz Eduardo Topázio. “Nós adotamos 50%, mas nada descarta que, caso a situação se agrave, a gente possa alterar isso de forma mais intensa, talvez até chegando a 100%. Tudo depende das chuvas. Mas já está começando a chover e deve chover ainda mais a partir de novembro, então acreditamos que logo voltaremos ao normal”.

O presidente do Comitê da Bacia do Paraguaçu, Evilásio Fraga, afirma que outras medidas foram testadas, mas não deram resultado, confirmando a necessidade da portaria. “Isso porque a gente tem os usuários de água outorgados, que são legais que têm o direito de uso da água, e tem as pessoas que usam a água sem outorga, ou seja, de maneira clandestina. Esse uso clandestino contribuiu para a secagem dos rios. E a medida do Inema atinge só os outorgados e pode até acabar sendo benéfica para os clandestinos, porque sobra mais água para eles”, coloca.

O diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental do Inema, Eduardo Topázio, reconhece o problema e diz que na região há um grande volume de outorgados e também não outorgados. “É o maior rio do estado, então atrai muita gente, mas estamos trabalhando nessa fiscalização. A Bahia é do tamanho da França, o Inema fiscaliza o estado inteiro, junto com a ANA se o rio for federal. A gente não é onipresente e onisciente. É comum que a gente chegue num local, identifique e repare uma irregularidade e, no dia seguinte, volte tudo de novo”, justifica.

Evilásio Fraga destaca ainda as consequências econômicas que a portaria pode trazer, já que a limitação atinge a indústria, mineração, agricultura e geração de energia. “A limitação mexe com o funcionamento dos reservatórios e, principalmente, com toda atividade econômica que o estado tem que é desenvolvida a partir do uso da água, como as lavouras irrigadas. Os produtores têm um planejamento de uso, isso tudo estava pronto. Para as lavouras plantadas, uma portaria desta pode significar perda de parte da lavoura, o que significa menos oferta de alimentos, menos emprego e menos renda”, afirma.

Bacia do São Francisco

Segundo Eduardo Topázio, por enquanto, “só foram identificadas demandas de dificuldade de abastecimento na Bacia do Paraguaçu”. Mas a situação de outras bacias, como a do Rio São Francisco, não é confortável.

O secretário do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHRS), Almacks Luiz Silva, diz que “outras bacias podem ser afetadas porque estamos todos no mesmo estado. Se essa crise perdurar, pode ser preciso que medidas semelhantes sejam adotadas em outras bacias”, coloca. E há preocupação: “Nós já estamos segurando as pontas do problema na geração de energia elétrica porque hoje a Bacia do São Francisco está exportando água para o Sul e Sudeste por conta da crise hídrica”, acrescenta.

A barragem de Sobradinho está com 36,8% de seu volume útil. Já o Reservatório da Usina de Luiz Gonzaga, conhecido como Itaparica, está com volume útil de 62,32%. “A previsão é de que Sobradinho possa baixar para os 10% até dezembro. Isso é um alerta para a gente. Não sabemos quando isso seria recuperado”.

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Depois de romper com a Turner, o Bahia chegou a um acordo e assinou com a Globo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro em TV fechada. O vínculo será entre 2022 e 2024.

Com o acerto, o Bahia passa a ter contrato com a emissora carioca em todas as plataformas. Agora, o time baiano vai poder ter os jogos exibidos nos canais SporTV. As transmissões vão valer a partir do ano que vem. Na atual temporada, os direitos continuam com a Turner, que televisiona as partidas nos canais TNT.

O Bahia seguiu o mesmo caminho de outras equipes que romperam com a Turner. Na semana passada, Ceará, Fortaleza, Coritiba, Juventude e Santos já haviam acertado com a Globo. Athletico-PR e Palmeiras seguem em negociações.

"Estamos muito satisfeitos de inaugurar essa nova etapa de um projeto consolidado com a Globo, agora tanto com TV aberta quanto TV fechada e pay-per-view. Entendemos que para o Bahia vai ser bom financeiramente e para o nosso torcedor vai ser bem importante para ampliar o acesso e ter mais visibilidade dos jogos do nosso clube. Então, agradecer à Globo pela confiança e reforçar a parceria que temos", disse o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani.

De acordo com a Globo, o modelo de contrato oferecido ao Bahia foi o mesmo que a empresa tem com as outras equipes. Assim, a divisão financeira segue a seguinte ordem:

- 40% da verba dividida igualmente entre os clubes

- 30% da verba distribuída de acordo com a colocação no campeonato

- 30% da verba proporcional ao número de jogos transmitidos

No mês passado, a Turner anunciou o fim da transmissão dos jogos da Série A a partir de 2022. A empresa americana usou uma cláusula que permite o rompimento do contrato sem a necessidade de pagamento de multa aos clubes. Assim, as equipes voltam a ter os direitos de transmissão e podem renegociar.

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