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Mulheres desempregadas têm direito a receber licença maternidade?
A atendente de telemarketing Gilvana Fernandes,29, descobriu a gravidez em julho de 2021, dois meses antes de começar num novo emprego. Mãe de primeira viagem, ela passou por maus bocados porque enjoava muito e, durante a jornada de trabalho, só podia se levantar para ir ao banheiro quando havia liberação dos supervisores, o que, geralmente, demorava.
Como se não bastasse, os pedidos da mãe para ir ao banheiro eram mal interpretados e os supervisores acabavam derrubando a estação de trabalho onde ela atuava, fato que gerava descontos salariais.
Afastada das atividades e sem receber salário e nem a licença maternidade desde agosto do ano passado, agora ela vem respirando um pouco aliviada com a possibilidade de ter seu caso judicializado.
Casos como o de Gilvana são mais comuns do que se imagina, mas sempre vale lembrar que trabalhadoras que são mães possuem direitos assegurados por lei, mesmo naqueles casos onde a mulher está desempregada ou não contribui com o INSS.
Proteção legal
A advogada especialista em direito previdenciário, Lindiane Fernandes, do Azi e Torres Associados, reforça que todas as mulheres, independentemente de ter vínculo empregatício ou não, gozam de diversos direitos oferecidos pela rede básica de saúde. “Dentre os quais estão o direito de realizar o pré-natal e conhecer a maternidade referência na qual dará à luz em data anterior ao parto”, salienta.
No caso de Gilvana, durante o tempo em que esteve atuando, havia uma preocupação constante com a situação, afinal ela não poderia abrir mão do trabalho quando estava próxima de ganhar a criança e chegou a pedir para trocar de área.
Em agosto do ano passado, ela pegou Covid e ficou afastada por dez dias. Em setembro do mesmo ano, Gilvana entrou com outro atestado. Dessa vez, as pressões haviam gerado um quadro de depressão e ansiedade.
“Foi um período muito difícil para mim porque além de toda a pressão com a gestação, havia o medo de perder o emprego e deixar meu marido tendo que arcar com as despesas domésticas que só se acumulavam”, conta. A primeira perícia foi desmarcada no dia 26 de outubro e foi remarcada para o dia do parto, quando ela não pôde comparecer por razões óbvias.
Direito assegurado
Numa sociedade sabidamente machista e misógina, o direito da mulher ainda é desrespeitado, mas Lindiane Fernandes faz questão de ressaltar que as mulheres que se sentirem prejudicadas podem e devem buscar assistência jurídica. A advogada reforça ainda que, no momento do parto, a grávida deverá receber tratamento humanizado, como por exemplo, ser chamada pelo nome e conhecer a equipe que a atenderá durante o parto, escolher a pessoa que lhe acompanhará durante o parto, sob pena de caracterizar violência obstétrica.
“Fora do ambiente de tratamento de saúde, as grávidas têm diversos direitos como prioridade de atendimento, vagas reservadas em estacionamento e assentos prioritários nos transportes públicos. No campo previdenciário, a grávida desempregada, se estiver no período de graça, tem direito ao salário-maternidade. O valor será igual a média das contribuições dos últimos 12 meses”, esclarece.
Na seara trabalhista estão incluídos diversos direitos, dentre eles, a licença-maternidade de 120 dias para gestantes com carteira de trabalho assinada. Não ser demitida enquanto estiver grávida e até cinco meses após o parto, exceto ser por justa causa.
Lindiane faz questão de reforçar que além disso, a trabalhadora pode mudar de função ou setor em seu trabalho, caso ele apresente riscos ou problemas para sua saúde ou à saúde do bebê. Coisa que não aconteceu com Gilvana, por exemplo.
A advogada salienta que para isso, a gestante deve apresentar atestado médico comprovando a necessidade de mudança de função. “Ela deve receber Declaração de Comparecimento para apresentar ao empregador sempre que for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame”, explica.
“Até o bebê completar seis meses, a mãe tem o direito de ser dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia hora ou um período de uma hora, para amamentar. A melhor forma de aproveitar este tempo deve ser combinada com o empregador”, completa a advogada, destacando que o pai também tem direito de licença de cinco dias logo após o nascimento do bebê, de modo a oferecer uma rede de apoio para a mãe.
INSS
Por ser um sistema contributivo, a previdência social só possibilita que os contribuintes gozem de direitos. No entanto, quando a trabalhadora deixa de contribuir para a previdência, existe um prazo chamado período de graça que consiste, basicamente, em um intervalo em que o contribuinte continua tendo direito a benefícios previdenciários.
“No caso da mulher que tinha vínculo empregatício, o período de graça é de 12 meses, mas pode ser prorrogado por até 36 meses. Dessa forma, passado esse período, a grávida perde o direito de requerer o salário-maternidade”, pontua Lindiane.
Os direitos previdenciários se restringem àquelas que, estando desempregadas, já contribuíram para a previdência e que, no momento da gravidez, esteja no período de graça. Para aquelas que nunca contribuíram e que comprovem ser hipossuficientes existe o direito a benefícios assistências, a exemplo do Benefício Composição Gestante (BCG), que consiste em valor extra no importe de R$ 65,00 por mulher grávida na família.
“Além disso, as grávidas que estão em vulnerabilidade social têm atendimento biopsicossocial podendo participar dos programas de assistência social, dentre eles o Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF), executados pelos CRAS”, afirma a advogada.
Vale lembrar que o salário-maternidade deve ser requerido a partir do 28º anterior à data prevista para o parto de até 120 dias após o parto.
Garantias
Trabalhadoras grávidas têm:
• Prioridade no atendimento médico;
• Assentos preferenciais em transportes coletivos;
• Realização de até seis consultas gratuitas de acompanhamento pré-natal em posto de saúde, fazer exames gratuito de sangue e urina;
• Parto humanizado e isso inclui o direito a um acompanhante, de sua escolha;
• Licença-maternidade;
• Salário-maternidade com o valor do salário integral da gestante e a mesma recebe durante 120 dias, podendo chegar a 180 dias. O salário-maternidade é pago diretamente pela previdência social ou pela própria empresa, em convênio com a previdência social;
• No caso de desempregada, ela deve estar no chamado período de graça, que consiste em 12 (doze) meses de segurada após a última contribuição previdenciária ou mais 12 meses em casos de desemprego involuntário.
Salvador terá maratona de 12h para celebrar a Independência
Salvador terá uma maratona para comemorar o bicentenário da independência do Brasil. Batizada de Ultramaratona Salvador, a corrida terá 12h de duração e poderá ser realizada de forma individual, com revezamento em duplas ou em grupos de quatro ou seis pessoas. O prefeito Bruno Reis anunciou as novidades em um evento no Teatro Gregório de Mattos, nesta terça-feira (24).
"É mais um produto que a cidade desenvolveu para estimular o turismo, para estimular uma vida saudável. Nós, ao longo desses últimos anos, conseguimos elaborar produtos que ajudaram Salvador a se consolidar como um dos principais destinos turísticos. Lá atrás concebemos a Maratona Salvador, agora a Ultramaratona, que tem a capacidade de atrair milhares de turistas a Salvador", disse o prefeito durante o lançamento.
O evento será uma celebração da Independência da Bahia. "É o início da preparação para o bicentenário da Independência da Bahia, e efetivamente já estamos dando o pontapé inicial para essa comemoração. O ponto alto vai ser no ano que vem, com os 200 anos", explicou Bruno.
O local escolhido foi a orla da Boca do Rio, na região do Parque dos Ventos. A disputa vai começar às 18h do dia 2 de julho e será concluída às 6h do dia seguinte. Os interessados já podem se inscrever no site Ultramaratona Salvador. O evento acontece em parceria com a Federação Baiana de Atletismo (FBA).
A prefeitura também confirmou a retomada da Maratona Salvador. A corrida, que acontece todo mês de setembro, será realizada no dia 25 este ano. A última edição foi realizada em 2019 e atraiu cerca de 5 mil competidores. Os detalhes desse evento ainda serão anunciados.
Varíola do macaco se aproxima do Brasil; Sesab dá orientações para evitar contágio
O Ministério da Saúde da Argentina investiga o primeiro caso suspeito de varíola do macaco (monkeypox) registrado no país. O comunicado foi feito no último fim de semana. Por meio de nota, a autoridade governamental disse que um morador da província de Buenos Aires entrou em contato com o serviço de saúde com sintomas "compatíveis com o da varíola do macaco". O paciente apresentou pequenas feridas em distintas partes do corpo e febre. A pessoa infectada acabou de retornar de viagem à Espanha, onde ocorreu um pequeno surto da doença.
Por conta da proximidade entre Argentina e Brasil, países da América do Sul que fazem fronteira, especialistas brasileiros estão atentos para uma possível chegada do vírus ao território nacional, embora nenhuma medida efetiva de contenção tenha sido tomada. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) constituiu uma Câmara Técnica Temporária, nomeada de CâmaraPox MCTI, para monitorar os registros e o avanço do vírus pelo mundo. Já o Ministério da Saúde (MS) acompanha o caso suspeito de um brasileiro que está na Alemanha.
Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) garantiu que não há casos suspeitos. Questionada sobre o monitoramento ou adoção de algum protocolo especial de monitoramento e prevenção, o órgão não respondeu. Mas deu orientações de como os baianos residentes ou viajantes para países com registros podem escapar do contágio:
"Devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola do macaco (roedores, marsupiais e primatas); abster-se de comer ou manusear caça selvagem; higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel; evitar a exposição ao vírus e evitar contato com pessoas infectadas; além de não usar objetos de pessoas contaminadas e com lesões na pele", respondeu a Sesab, em nota.
A infectologista baiana Clarissa Cerqueira acredita que o registro de um caso na Argentina deve alertar as autoridades sanitárias brasileiras e torna ainda mais provável a chegada da varíola de macacos ao país.
"Com certeza já é uma situação de alerta. Na Europa já era, porque é um vírus mais contido na África. Agora, chegando na América do Sul, com um mundo globalizado, contatos frequentes e todo mundo viajando, a chance de chegar aqui é grande", diz.
A médica ainda ressalta que o ideal seria ter protocolos para conter o vírus, mas, como os casos ainda estão no começo, é um momento de observação para as autoridades sanitárias.
Brasil em atenção
Desde a semana passada, especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que formam a comissão do MCTI entregaram informes técnicos relativos à monkeypox, detalhando quais são os meios de contágio e o que já se sabe sobre os registros em outros países.
Já o MS solicitou maiores informações à Organização Mundial da Saúde (OMS) e também enfatizou a não letalidade da doença.
"A varíola do macaco é doença viral endêmica no continente africano e que, até o momento, não há notificação de óbitos entre os casos detectados em países não endêmicos”, disse a pasta, por meio de nota.
Pelo mundo
O infectado por monkeypox na Argentina se encontra em um bom estado de saúde e em isolamento, recebendo tratamento para os sintomas, disseram nesta segunda-feira (23), as autoridades portenhas de vigilância sanitária.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que espera identificar mais casos da doença à medida que países onde a ela normalmente não é encontrada aumentem a vigilância. Até sábado (21), 94 casos haviam sido confirmados e 28 suspeitas foram relatadas em 15 países que não são endêmicos para o vírus.
Na última sexta (20), a OMS convocou uma reunião de emergência para discutir o avanço do vírus na Europa.
Os casos confirmados já chegam a 37 em Portugal, após 14 pessoas terem a doença detectada nas últimas horas. As autoridades de saúde não descartam um aumento porque aguardam resultados de outras amostras. O número de casos confirmados no país disparou desde a quarta-feira (18), quando a Direção Geral de Saúde (DGS) de Portugal comunicou os primeiros cinco doentes.
A Inglaterra já tem 20 casos confirmados, de acordo com a última atualização de sexta-feira (20). A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido disse que o risco para a população britânica permanece baixo, e que pessoas com contato próximo aos casos confirmados devem se isolar por 21 dias.
O que é
A varíola do macaco é causada por um orthopoxvirus. É uma doença rara, transmissível por contato com animais e pessoas infectadas ou materiais contaminados. O vírus foi detectado pela primeira vez na República Democrática do Congo, em 1970, e se multiplicou em países da África Ocidental e Central.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo.
De acordo com autoridades de saúde espanholas, a doença não é particularmente infecciosa entre as pessoas, e a maioria dos infectados recupera-se em algumas semanas, embora casos graves tenham sido relatados.
Dengue com catapora
A infectologista Clarissa Cerqueira explica que a varíola do macaco parece uma mistura de catapora com dengue, porque os sintomas incluem febre, dores de cabeça e no corpo e a sensação de fraqueza típicas da dengue, com as erupções na pele que lembram a catapora. A doença, ainda segundo a especialista, é da mesma família da antiga e conhecida varíola, que foi erradicada e tinha uma taxa de letalidade que a tornava perigosa no passado.
"Clinicamente, não tem muita diferença. São parecidas por serem de um vírus da mesma família. Uma das grandes diferenças é a mortalidade. A varíola erradicada é mais grave que a de macaco, que tem a maioria dos casos como assintomáticos”.
Uma das medidas preventivas para conter a varíola do macaco é a vacinação com o imunizante usando para a antiga varíola até 1973. Porém, quem já se vacinou antes, precisaria repetir a dose em um cenário ideal, segundo Clarissa Cerqueira.
"Como a vacina é de vírus vivo atenuado, em geral uma dose é suficiente para proteger para o resto da vida. Mas o ideal seria que todo mundo tomasse porque se passou muito tempo e, em situações de surto, pode ser que precise vacinar todo mundo. Eu diria que a gente deveria priorizar os não vacinados, mas também disponibilizar para aqueles que tomaram a vacina antes", completa.
Apenas 50% dos professores trabalharam em 1º dia de greve, diz prefeito
Apenas 50% dos professores da rede municipal trabalharam no primeiro dia de paralisação da categoria, nessa quinta-feira (19). A informação foi divulgada pelo prefeito Bruno Reis, que fez um apelo para que a greve seja encerrada.
"Ontem, 50% dos professores trabalharam. Eu faço um apelo para que os professores vão trabalhar, vamos superar juntos as dificuldades", disse o prefeito, nesta sexta-feira (20).
O prefeito disse ainda que o movimento tem caráter político e fez comparações com os reajustes concedidos pelo governo estadual nos últimos anos. "Em ano de eleição querem fazer política usando os professores. O governo do estado passou 7 anos sem dar um aumento e nunca fizeram paralisação, nunca fizeram uma greve. Esse ano o governo deu, em média, um reajuste linear de 4% e com os níveis [de benefícios], chega, em média, a 12%. Aqui oferecemos 6%, mas também com os níveis chegamos a 11%", detalhou.
Bruno disse ainda que entende a reivindicação dos professores, mas que não tem recursos para arcar com o reajuste de 33%, pedido pela categoria. "O Fundeb estabelece que 70% da verba é para pagar todos os trabalhadores da educação: professor, agente de portaria, administrativo. Sabe o que a prefeitura faz? Já paga o dinheiro todo com professores e ainda tem que completar", diz.
O prefeito lembrou ainda que a inflação elevada tem afetado todos os setores. "Sei a importância da recomposição salarial para garantir o sustento das famílias, mas também tenho que ver a conta total, tenho que ver o que está previsto para cada área".
Aumento de casos de covid faz cidades recomendarem uso de máscara
O aumento no número de casos e mortes de covid-19 e a queda no ritmo de vacinação estão levando municípios a retomarem a atenção com a pandemia. Muitos estão recomendando a volta do uso de máscara em locais fechados, como Londrina (PR), Petrópolis (RJ) e Poços de Caldas (MG), enquanto outros, como Belo Horizonte, cogitam retomar a obrigatoriedade da proteção individual.
O Brasil registrou 115 novas mortes pela covid na quinta-feira, 19. A média móvel de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, está em 113. O índice permanece acima de 100 pelo sexto dia consecutivo.
Em Belo Horizonte, duas escolas particulares anunciaram na quinta-feira a suspensão temporária das aulas presenciais em algumas turmas após confirmação de casos de covid-19. São elas os colégios Santo Agostinho e Sagrado Coração de Jesus, ambos na região centro-sul da capital mineira. As atividades seguirão em formato online nas duas turmas de cada instituição até que se completem os dias necessários para o retorno seguro de todos os estudantes.
Segundo protocolo da Prefeitura de BH, caso ao menos 10% dos alunos de uma mesma turma testem positivo, as atividades presenciais precisam ser suspensas por 10 dias corridos. Na quarta-feira, 18, a prefeitura divulgou comunicado alertando para a possibilidade de voltar a exigir máscara em locais fechados, apenas 20 dias após seu uso ter sido declarado opcional. O motivo é o aumento do número de casos na cidade.
O último boletim da cidade, divulgado dia 17 de maio, mostra aumento de 18% nos novos casos do novo coronavírus em sete dias. A incidência por 100 mil habitantes subiu de 38,3 para 45,1 no último domingo, 15.
O médico infectologista Unaí Tupinambás, integrante do extinto Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de Belo Horizonte, diz que a liberação do uso de máscaras pela prefeitura foi precoce. "A gente que está na linha de frente percebeu que não era hora de abrir mão de máscara. Nossa proposta era manter a obrigatoriedade em locais fechados. Houve uma pressa de abolir tudo, as pessoas estavam cansadas, mas o que ocorria em outros países indicava que ainda não era hora de relaxar", afirmou o médico ao Estadão.
Ele defende que, neste momento em que as temperaturas caem, as novas variantes do coronavírus avançam e a vacinação de crianças e adolescentes está muito abaixo do ideal, as prefeituras de Belo Horizonte e de outras cidades repensem a forma atual de enfrentamento da covid-19. "Os testes diminuíram, o número de casos está subnotificado e vacinação de crianças está em ritmo lento", alerta. "Tudo conspira para piorar a situação", afirma Tupinambás.
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que, "caso seja necessário e com base em dados epidemiológicos e evidências científicas, medidas serão prontamente adotadas, inclusive com revisão dos protocolos sanitários e retorno da obrigatoriedade das máscaras". Mas que, no momento, não há indicação de alteração nas medidas implantadas.
No Rio Grande do Sul, o governo emitiu na quarta-feira avisos para todas as 21 regiões do Estado em razão do aumento de casos de covid-19. Segundo o Grupo de Trabalho da Saúde, a incidência de casos quase dobrou, passando de 113,7 a cada 100 mil habitantes para 223,2 entre 7 e 17 de maio. O aviso é o primeiro nível do Sistema de Monitoramento do Estado. Depois, cada região precisa adotar planos de ação contra a pandemia. Há nove semanas, não havia nenhuma emissão de aviso no Rio Grande do Sul
Cobertura vacinal em ritmo lento
Divulgada na quinta-feira, 19, a nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz reforça a preocupação com a estagnação do crescimento da cobertura vacinal na população adulta, além da desaceleração da curva de cobertura da terceira dose. A análise aponta que, na população acima de 25 anos, a cobertura no território nacional para o esquema vacinal completo é de 80%.
No entanto, em relação às faixas etárias, os dados mostram que a terceira dose nos grupos mais jovens segue abaixo da média considerada satisfatória. Nas crianças entre 5 e 11 anos, 60% tomaram a primeira dose e apenas 32% estão com esquema vacinal completo. Em relação à terceira dose, nas faixas etárias acima de 65 anos, a cobertura está acima de 80%. A quarta dose dos imunizantes foi aplicada em 17% da população com mais de 80 anos
"O cenário atual ainda é motivo de preocupação. A ocorrência de internações tem sido consistentemente maior entre idosos, quando comparados aos adultos. Além disso, o surgimento de novas variantes, que podem escapar da imunidade produzida pelas vacinas existentes, constitui uma preocupação permanente", alertam os pesquisadores.
Cidades do sudoeste da Bahia têm previsão de temperaturas abaixo de 10° C nesta sexta-feira
Pelo menos cinco cidades do sudoeste da Bahia têm previsão de menos de 10° C para esta sexta-feira (20). Como efeito da massa polar que ocasionou as baixas temperaturas na região há pouco mais de 24 horas, Rio de Contas, Barra da Estiva e Ibicoara têm previsão de 7° C, enquanto Maracás registra 8° C e Barra do Choça tem mínima prevista de 9° C.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), além da baixa temperatura, os municípios são atingidos por fortes ventos, entre 15 km/h e 30 km/h, o que provoca uma sensação térmica de quatro graus a menos que o registrado pelos termômetros.
Todas as cidades ficam em região de planalto e estão localizadas a mais de 900 metros acima do nível do mar, o que propicia o tempo frio.
As temperaturas baixas permanecem durante o fim de semana e os climatologistas alertam para a alta amplitude térmica – a alta diferença prevista entre o mínimo e o máximo registrado – que pode ocasionar problemas respiratórios.
Chuva no norte da Bahia
A frente fria que atinge parte da Bahia provoca forte chuva na região norte da Bahia. Moradores da cidade Curaçá registraram imagens do Riacho do Gato, que transbordou após as precipitações.
A população celebrou a chegada da chuva na região, bastante seca, e que melhora as condições de plantações na zona rural do município.
Entregador de App é flagrado com 13 tabletes de maconha na mochila
Um entregador de aplicativo foi preso em flagrante pela Polícia Militar, na noite desta quinta-feira (19), após ser flagrado transportando 13 tabletes grandes de maconha prensada. O flagrante aconteceu, no bairro de Porto Seco Pirajá.
Equipes do Motopatrulhamento do Comando de Policiamento Regional (CPR) Central patrulhavam, no bairro, quando decidiram abordar o entregador. Na mochila foram encontrados as drogas.
O suspeito e a maconha foram apresentados na Central de Flagrantes.
Senado aprova pena maior para injúria racial em eventos esportivos e no humor
O crime de injúria racial terá penas aumentadas quando for praticado em eventos esportivos ou culturais e para finalidade humorística. O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (18), projeto de lei com esse objetivo (PL 4.566/2021), que volta para a Câmara dos Deputados.
O texto eleva a pena para 2 a 5 anos de reclusão nas situações que especifica. Atualmente, o Código Penal estipula a pena de 1 a 3 anos de reclusão para a injúria com elementos referentes a raça, cor, etnia, religião e origem.
Originalmente, o projeto tratava da injúria racial em locais públicos ou privados de uso coletivo. O relator no Senado, Paulo Paim (PT-RS), acrescentou dispositivos deixando explícitos alguns casos de aplicação da nova regra. As mudanças feitas pelos senadores precisam agora ser confirmadas pelos deputados.
A nova pena valerá para os casos de injúria no contexto de atividades esportivas, religiosas, artísticas ou culturais. Além da detenção, o condenado será proibido de frequentar os locais destinados a eventos esportivos e culturais por três anos.
Poderá haver acréscimo adicional de um terço à metade da pena quando a injúria tiver objetivo de “descontração, diversão ou recreação”, ou então quando for praticada por funcionário público no exercício da função.
O projeto também prevê aplicação da pena para injúria para quem agir com violência contra manifestações e práticas religiosas. Na versão de Paulo Paim, essa medida se dirigia unicamente às religiões de matriz africana. A pedido do senador Carlos Viana (PL-MG), ele alterou o texto para que fossem cobertas todas as religiões.
Paim justificou a expansão do projeto, argumentando que eles conferem “mais efetividade” ao texto discutido e consolidam práticas que, segundo ele, já se mostraram positivas.
"O Brasil e o mundo têm testemunhado cenas de hostilização de atletas com inferiorização expressada por palavras, cantos, gestos, remessas de objetos sugestivos. Ocorrências semelhantes também se repetem em espetáculos culturais, artísticos e religiosos. A proibição de frequência [aos locais de eventos] tem apresentado bons resultados na experiência de alguns juizados especiais criminais, inclusive aqueles instalados nos próprios estádios."
O projeto ainda orienta os juízes a considerar como discriminatórias as atitudes que causarem “constrangimento, humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida” à vítima, e que não seriam dispensadas a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou procedência.
Chuva de granizo na Bahia cobre gramado de gelo em segundos
Após Taperoá e Mucuri, foi a vez de Prado, também no Sul da Bahia, receber uma chuva de granizo na tarde desta quarta-feira (18). Um vídeo registrando o fenômeno mostra um gramado se cobrindo inteiramente de gelo em questão de segundos na cidade baiana.
Nas imagens, é possível ver as pedras de gelo caindo e o forte barulho que fazem. "Cê tá doido, vei?", analisa o cinegrafista.
Conforme a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Cláudia Valéria, a ocorrência de granizo na Bahia não é um fenômeno incomum. No início de 2020, por exemplo, choveu gelo em Salvador.
"O granizo é uma chuva que se forma em camadas altas da atmosfera, fazendo com que os pingos se congelem devido às baixas temperaturas, e não descongelem até atingir o solo", explica a meteorologista.
A chuva de granizo, segundo a especialista, é impacto da frente fria que chegou a Bahia na terça-feira (18). Esse fenômeno é o mesmo que provocou redução nas temperaturas e até neve em estados do Sul e Sudeste do Brasil.
Menor temperatura do ano
A madrugada desta quinta-feira (19) registrou a menor temperatura do ano em Salvador. Os termômetros na cidade de Correntina, no Sudoeste do estado, marcaram 10,9ºC, com sensação térmica que baixou os 10ºC.
DF tem a temperatura mais baixa já registrada: 1,4ºC
O Distrito Federal teve a mais baixa temperatura já registrada, desde que o início das medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1962. Nesta quinta-feira (19), às 6h da manhã, os termômetros registraram 1,4ºC no Gama, cidade-satélite localizada a cerca de 30 quilômetros do Plano Piloto.
Até então, a temperatura mais baixa havia sido registrada em julho de 1975, quando a capital federal registrou 1,6ºC, recorde que foi igualado nesta quinta-feira às 5h.
Após atingir 1,4ºC, a temperatura começou a subir e, às 7h, estava em 1,5ºC. Às 8h, a temperatura registrava 3,2ºC.
Segundo a meteorologista do Inmet, Andréa Ramos, a tendência é que a temperatura máxima em Brasília fique hoje similar à registrada ontem (18), entre 18ºC e 19ºC. Ela chama atenção para a baixa umidade do ar, que deve ficar por volta de 25%. “Não deixem de beber água”, sugere.
Alerta laranja
A baixa temperatura resultou no chamado “alerta laranja” para o DF, o que indica “perigo”, sugerindo que a população fique atenta para os efeitos que o clima pode causar para o corpo e ambiente. Esse tipo de alerta é geralmente utilizado nos casos de baixa umidade, chuvas intensas ou, no caso de hoje, em que a temperatura fica pelo menos 5ºC abaixo da esperada, com frio intenso.
A baixa temperatura resultou também em geada no sul de Goiás entre o final da madrugada e o início da manhã desta quinta-feira, o que, segundo a meteorologista, é algo “incomum” para essa época do ano na região.
“Acredito que o pico dessa massa de ar fria foi hoje. Vai continuar frio, mas a tendência é a temperatura começar a subir. A frente fria já passou pela Região Sul, fez incursão no Centro-Oeste, enfraqueceu e está se dissipando no norte da região. O que estamos vendo é a massa de ar frio da retaguarda dessa frente fria. A situação deve ir melhorando para, a partir de sábado (21) a temperatura ir ficando normalizada”, explicou à Agência Brasil, Andréa Ramos.