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Bahia com Tudo

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O democrata Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira (20) como novo presidente dos EUA, após vencer as eleições em novembro, derrotando o então presidente Donald Trump. Tanto Biden como a vice, Kamala Harris, fizeram o juramento em cerimônia no Capitólio, em Washington. "Juro solenemente que vou desempenhar com fidelidade o cargo de presidente dos Estados Unidos. Farei tudo que estiver ao meu alcance para preservar, proteger e defender a Constituição", disse o agora líder da Casa Branca, com uma das mãos sobre uma Bíblia.

Depois da invasão do Capitólio por apoiadores de Trump no último dia 6, a cerimônia não foi aberta ao público e contou somente com convidados. Trump não compareceu à posse, quebrando com uma tradição secular do país. Outros ex-presidentes estiveram presentes, como os democratas Barack Obama e Bill Clinton e o republicano George W. Bush. O vice-presidente de Trump, Mike Pence, também estava na posse.

A cantora Lady Gaga, apoiadora que fez campanha para Biden no ano passado, cantou o hino dos EUA na cerimônia. Outros artistas também se apresentaram, como Jennifer Lopez.

A ex-senadora Kamala, 55 anos, teve o juramento da posse conduzido pela juíza da Suprema Corte SOnia Sotomayor, se tornando a primeira mulher a ocupar o cargo na história do país. Já o juramento de Biden foi conduzido pelo presidente da Suprema Corte, John G. Roberts Jr.

Segurança
A cerimônia contou com proteção de 25 mil homens e mulheres da Guarda Nacional, além de aparato de defesa que incluia caminhões militares, blindados, barreiras e grades impedindo acesso ao local. A invasão dos apoiadores de Trump ao Capitólio aconteceu durante a certificação da vitória de Biden pelo Congresso, em contestação ao resultado da eleição.

Também por motivos de segurança, o tradicional desfile de carro aberto pela Pennsylvania Avenua após a posse, até a Casa Branca, foi cancelado. Normalmente, a população fica pelo caminho cumprimentando o presidente. No lugar das pessoas, 200 mil bandeiras americanas foram cravadas no gramado do local, para representar o povo.

Biden foi eleito ao garantir 306 votos no Colégio Eleitoral, frente a 232 de Trump, nas eleições realizadas em novembro de 2020. O republicano demorou para aceitar a derrota, contestando o resultado em diversas cortes, mas todos os pedidos foram rejeitados por falta de indício das fraudes alegadas.

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) informou que vai apurar um caso de um prefeito na Bahia, que fez postagem no perfil da prefeitura, na terça-feira (19), mostrando ele sendo vacinado contra a Covid-19. O problema é que o prefeito não está incluído nos grupos prioritários da vacinação, determinados no plano do governo estadual.

São prioridade neste primeiro lote da vacina: trabalhadores da saúde, pessoas de 60 anos ou mais que vivem em abrigos, pessoas com deficiência institucionalizadas, população indígena vivendo em terras indígenas.

O caso ocorreu na cidade de Candiba, no sudoeste do estado. Reginaldo Martins Prado (PSD) tem 60 anos, e foi um dos primeiros a ser vacinados no município. Após a postagem, ele foi alvo de críticas nas redes sociais.

Em nota, o Ministério Público estadual disse que tomou conhecimento do fato e informou que "tomará as medidas cabíveis para apuração do mesmo, que, a princípio, pode se configurar como crime de prevaricação e ato de improbidade administrativa".

Ao G1, o prefeito contou que tomou a iniciativa para incentivar a vacinação da população, que não compareceu ao posto de saúde, porque estaria com receio de receber o imunizante. Segundo ele, a cidade recebeu 100 doses da CoronaVac.

“Muitos enfermeiros disseram que não iam tomar [a vacina]. Eu fui conversar e perguntei porque não ia tomar, e uns disseram que estavam preocupados. Com isso, eu tomei a vacina em primeiro lugar, para incentivar. Não tomei pensando em mim, mas em incentivar e encorajar as pessoas a tomarem a vacina”, explicou o gestor municipal.

"Várias pessoas no município estão resistindo a tomar a vacina, precisam de uma pessoa para incentivar. Em um município pequeno, de 15 mil habitantes, tem aqueles que precisam incentivar e convencer. Pessoas que não têm conhecimento, que a gente precisa passar essa mensagem. O meu objetivo foi incentivar as pessoas a tomar a vacina. Fiz com boa intenção, tanto que fiz questão de postar nas redes sociais. Eu poderia tomar [a vacina] escondido, mas meu intuito foi divulgar para incentivar as pessoas", acrescentou.

Reginaldo foi vacinado junto com a biomédica Mirele Costa Cruz do Hospital e Maternidade de Candiba, profissional da linha de frente no combate à Covid-19.

O prefeito contou também que divulgará um vídeo ainda nesta quarta-feira, esclarecendo a situação.

Reginaldo foi eleito prefeito de Candiba para os próximos quatro anos. Ao fim da apuração, Reginaldo teve 52,12% dos votos. Foram 4.249 votos no total.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta quarta-feira (20) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) forneça informações sobre a análise do pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V, feito pelo Governo do Estado da Bahia.

A Bahia fez o requerimento ao STF para que tenha a permissão para importar e distribuir vacinas que já tenham o aval de autoridades sanitárias estrangeiras e a certificação da Organização Panamericana de Saúde (Opas), mesmo sem a liberação da Anvisa.

“Considerada a afirmação do autor [governo da Bahia], feita na petição inicial, de que já foi requerida a autorização temporária para uso emergencial da vacina Sputnik V, informe, preliminarmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no prazo de até 72h, se confirma tal afirmação e, em caso positivo, esclareça qual o estágio em que se encontra a aprovação do referido imunizante, bem assim eventuais pendências a serem cumpridas pelo interessado”, determinou Lewandowski.

A Sputnik V é desenvolvida na Rússia e já foi aprovada para uso emergencial em países como Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai. Em agosto do ano passado, o governo da Bahia assinou um acordo com o Fundo Soberano Russo, que administra o desenvolvimento da vacina, para o fornecimento de 50 milhões de doses.

O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Jorge Mussi, determinou nesta terça-feira, 19, que o governo do Amazonas e prefeitos do Estado prestem informações, em até 48 horas, sobre o recebimento e uso de recursos federais para o combate à pandemia da Covid-19. Os gestores também terão de apontar quando tiveram conhecimento do risco de desabastecimento de oxigênio nas unidades de saúde.

A decisão foi proferida a pedido do Ministério Público Federal (MPF), no âmbito do inquérito instaurado na corte para apurar supostas fraudes envolvendo a instalação de um hospital de campanha em Manaus. A investigação corre sob sigilo e as informações foram divulgadas pelo STJ.

No sábado, dia 16, o procurador-geral da República, Augusto Aras pediu abertura de inquérito no STJ para apurar suposta omissão do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e da prefeitura de Manaus quanto à adoção das medidas de combate à covid-19, especialmente o fornecimento de oxigênio.

Ao analisar a solicitação, Jorge Mussi, no exercício da presidência do STJ, considerou haver possibilidade "de que tenha havido ilegalidades diversas no emprego de recursos federais destinados ao enfrentamento da pandemia" no Amazonas, justificando a conexão com o pedido no inquérito já em andamento

O ministro ordenou o fornecimento de uma série de informações: valor total de recursos federais recebidos; as ações adotadas no combate à pandemia; o número de leitos clínicos e de UTI à disposição; e o número de profissionais envolvidos nas ações de combate à pandemia, além de outros dados técnicos sobre as ações de saúde pública desenvolvidas pelo SUS.

O ministro ainda determinou que sejam prestadas informações detalhadas sobre o fornecimento de oxigênio para Amazonas, dados sobre as empresas fornecedoras, cópias dos procedimentos de contratação, critérios técnicos utilizados para a aferição da necessidade de oxigênio para as unidades de saúde do Estado e dados sobre a periodicidade das entregas e os setores responsáveis pela demanda.

Com a taxa de ocupação dos leitos variando entre 69% e 71%, o prefeito de Salvador Bruno Reis (DEM) decidiu prorrogar decretos que mantêm suspensas algumas atividades na cidade. Ele também anunciou a reabertura de mais dez leitos no Hospital Santa Clara.

Aulas presenciais seguirão suspensas e cinemas e teatros continuarão fechados até o dia 26 de janeiro. “Estamos prorrogando esses decretos por cinco dias. Antes eram prorrogados por 14 dias, mas decidimos unificar e todos passam a vencer dia 26. Em especial aquele que estabelece a suspensão das aulas”, reforçou o prefeito.

A unificação das datas, segundo ele, é para auxiliar o inquérito epidemiológico que a Prefeitura está fazendo em parceria com a Fiocruz desde novembro do ano passado, levantando dados relacionados à pandemia do novo coronavírus, que provoca a Covid-19.

Enquanto prorroga decretos, Bruno também anuncia a reabertura de dez novos leitos no Hospital Santa Clara. Ele projeta reativar pelo menos 20 unidades até o fim de janeiro.

“Em tese, a situação está sob controle, Mas ninguém pode dizer que estamos livres de ter algum risco de colapso. Estamos vendo o que está acontecendo no mundo com o número de mortos cada vez mais aumentando em diversos países; o que está ocorrendo em Manaus – ontem [terça, 19 de janeiro] foi a vez do Pará; ouvindo as opiniões de técnicos e cientistas que estão nos ajudando a tomar as decisões”, disse.

As dificuldades de encontrar vacinas disponíveis para uso imediato e os entraves impostos pela China e Índia em liberar para o Brasil os insumos usados na fabricação dos imunizantes, levaram o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), a defender o uso da vacina russa Sputnik V, posição também tomada pelo governo do estado. Usada tambén na Argentina, a Sputnik aguarda a liberação de uso emergencial no Brasil por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As dificuldades na importação de doses e de insumos para produzir vacinas são uma grande ameaça à campanha de imunização brasileira, iniciada no último domingo, em São Paulo. Para especialistas, há risco real de a vacinação contra a covid-19 ser interrompida em pouco tempo, por falta total de imunizantes.

O plano de imunização começou com apenas seis milhões de doses da Coronavac, importadas da China. Outros dois milhões de doses do imunizante de Oxford, produzidas na Índia, já deveriam ter chegado. Mas, depois de dois adiamentos, o governo desistiu de fixar nova data para receber o produto. O volume disponível não é suficiente nem mesmo para vacinar os profissionais de saúde, que somam cinco milhões de pessoas no Brasil.

Daí a necessidade de contar com outros imunizantes, como é o caso da Sputnik V. "A aquisição de vacinas é hoje um problema mundial. Por isso, a prefeitura se associa ao Estado nessa luta e também está disposta a utilizar recursos próprios para a aquisição da Sputnik. Somente com a imunização das pessoas vamos conseguir retomar a normalidade. Graças à pandemia, Salvador, que estaria vivendo agora o seu melhor verão, teve que se reinventar", declarou Bruno Reis, ontem pela manhã, durante a solenidade que marcou o início da campanha de vacinação contra o novo coronavírus na capital baiana.

A indústria farmacêutica União Química solicitou à Anvisa a autorização do uso emergencial da vacina russa Sputnik V. Mas a agência não atendeu ao pedido. “A Anvisa restituiu os documentos para a empresa. Não chegamos a analisar o pedido de uso emergencial por entender que os critérios essenciais não estavam atendidos”, respondeu a Anvisa ao CORREIO.

No comunicado divulgado no último sábado (16), a Anvisa citou a falta de estudos clínicos da fase três da vacina. Na semana passada, a agência determinou como um dos critérios para pedido e uso emergencial que o laboratório realize a fase três dos estudos no Brasil. Até o momento, o imunizante da Sputnik não iniciou esta etapa do processo em território brasileiro.

No dia 31 de dezembro, a União Química solicitou à Anvisa a autorização para a condução dos ensaios clínicos da fase três no Brasil. O processo foi analisado pela Anvisa, mas foi identificada a falta de documentos. A agência pediu, no dia 4 de janeiro, que o laboratório apresentasse as informações faltantes e complementares e afirmou ao CORREIO que ainda não recebeu os documentos. Em nota divulgada no domingo a empresa afirmou que as informações adicionais “serão fornecidas em breve”.

A União Química afirmou que, se o uso for autorizado, ela terá condições de fornecer 10 milhões de doses ainda no primeiro trimestre de 2021. A empresa tem acordo de exclusividade com o Fundo Russo de Investimento Direto para a produção e distribuição da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya para o Brasil e países da América Latina. Contudo, sem a aprovação do uso emergencial do imunizante, o estoque pode ser exportado do Brasil para países vizinhos como a Argentina e a Bolívia.

Segundo o governo do estado, a Bahia tem um acordo de acesso prioritário a 50 milhões de doses do imunizante russo, mas esbarra na falta de liberação da Anvisa para utilizá-las. Para tentar resolver este impasse, o executivo baiano entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), que tem como relator o ministro Ricardo Lewandowski, para garantir a liberação do imunizante.

A ação, ajuizada no último sábado, solicita que seja permitido aos estados comprar e distribuir vacinas contra covid que não tenham registro da Anvisa, mas que tenham autorização de alguma agência reguladora de referência de outro país certificada pela Organização Panamericana de Saúde (Opas).

Com isso, caso alguma vacina contra covid tenha sido registrada por agência sanitária certificada pela Opas, como é o caso da Sputnik V, utilizada na Rússia e na Argentina, torna-se dispensável o registro da Anvisa, que deverá autorizar a importação e distribuição. "Temos pressa, isso é urgente. A burocracia, as ideologias e o ódio precisam ser colocados de lado para salvar vidas humanas”, declarou o governador Rui Costa.

De acordo com ele, a quantidade de doses da vacina Coronavac recebidas até agora pelos estados é pequena. No caso da Bahia, vai possibilitar a vacinação de apenas cerca de 180 mil pessoas. “Sou contra qualquer tipo de politicagem envolvendo a vacinação, portanto nossa ação no STF para liberação da compra da Sputnik V não tem como objetivo gerar qualquer tipo de ganho político para quem quer que seja. Nosso objetivo é que a compra seja liberada para que mais brasileiros e brasileiras possam ser vacinados”, aponta Rui Costa.

Rui Costa ainda acrescenta: “O governo federal não se mostrou célere como precisava diante da crise gravíssima que vivemos, então não podíamos continuar assistindo tantas mortes pela covid-19 no Brasil de braços cruzados”.

Cenário

O secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, resume o cenário atual: “Estamos 100% dependentes da Coronavac, cuja produção integral é na China. A outra vacina aprovada, a de Oxford, não há sinais de que o governo federal vá conseguir adquirir no curto prazo", afirmou o secretário. No Brasil, além da Bahia, o governo do Paraná assinou um memorando de cooperação para ter acesso à Sputnik V.

Enquanto o Brasil espera, já chegou à Argentina, sábado passado, o segundo lote da vacina russa. O desembarque de cerca de 300 mil doses do imunizante aconteceu no Aeroporto Internacional de Buenos Aires. O país foi o terceiro a aprovar o uso da medicação, depois de Rússia e Belarus. Segundo a União Química, a Sputnik V já está registrada na Sérvia, Belarus, Argentina, Bolívia, Argélia, Palestina, Venezuela e Paraguai e o registro em mais dois países é aguardado para a próxima semana.

Financiada pelo Fundo para Investimentos Diretos da Rússia (RDIF, na sigla em inglês), a Sputnik V é a primeira vacina registrada do mundo. Sua eficácia confirmada, segundo o governo russo, é de 91,4% com base na análise de dados do ponto de controle final dos ensaios clínicos. Já a eficácia contra casos graves de coronavírus é de 100%, segundo a farmecêutica. A vacina leva o nome do primeiro satélite espacial soviético.

Outras vacinas

No domingo (17) a Anvisa aprovou o uso emergencial da CoronaVac e da vacina da Universidade de Oxford. O pedido sobre a CoronaVac foi apresentado em 8 de janeiro pelo Instituto Butantan e é referente a 6 milhões de doses importadas da China. O Butantan também desenvolve a vacina no Brasil. Essas doses foram distribuídas por todo o Brasil nesta segunda-feira (18) e a vacinação já começou em todos os estados do país.

O pedido sobre a vacina de Oxford foi apresentado em 8 de janeiro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e é referente a 2 milhões de doses importadas do laboratório Serum, da Índia, que produz a vacina desenvolvida pela universidade do Reino Unido e pelo laboratório AstraZeneca. A Fiocruz também desenvolve a vacina no Brasil.

Mas a vacina de Oxford, mesmo já tendo a aprovação, não pode já ser aplicada porque não há doses disponíveis em solo brasileiro, elas devem chegar da Índia. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou em entrevista coletiva ontem (18) no Palácio do Planalto que a conclusão da viagem para trazer o carregamento de vacinas importadas deve ter uma resolução ainda nesta semana.

Além disso, o Instituto Butantan pediu nesta segunda-feira (18) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nova autorização para uso emergencial de mais de 4 milhões de doses da CoronaVac. Este segundo lote foi envasado em São Paulo, a partir do princípio ativo enviado da China e já está pronto para utilização. Procurada pelo CORREIO, a Anvisa informou que a análise deve ser concluída até 10 dias após o pedido.

O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, presidente do Grupo Caoa, admitiu ter interesse na fábrica que era operada pela montadora Ford em Camaçari. Segundo ele, é preciso saber o que a Ford estaria interessada em vender e quais serão os incentivos concedidos pelo poder público para quem se instalar no local: “o governo também precisa dar condições de trabalho”. Apesar das declarações de Carlos Alberto, que trouxeram a expectativa de uma solução rápida para a situação, a assessoria de imprensa da Caoa informou que “não existe conversa entre a Caoa e a Ford com relação a fábrica de Camacari”.

“Sempre tenho interesse em novos negócios, mas é preciso analisar todo o processo porque não queremos desgastar a nossa imagem. E só iremos para frente se eu sentir muita segurança”, afirmou o empresário em entrevista para o Uol Carros. O chefe do grupo falou que tudo pode acontecer, pois considera bastante os incentivos fiscais do regime automotivo do Nordeste, prorrogado até 2025. Questionada, a montadora Ford não se pronunciou até o fechamento desta edição. O governo da Bahia respondeu através da sua assessoria que não tem conhecimento a respeito do assunto.

A história de Carlos Alberto no ramo automotivo começou com a compra de um Ford Landau numa concessionária em Campina Grande (PB). A revenda falou e ele aceitou recebe-la como compensação pelo automóvel. Em pouco tempo, tornou-se o maior revender da marca Ford no Brasil. Ele chegou a discutir sociedade com a Ásia Motors, que foi comprada pela Kia e que chegou a anunciar o projeto de uma fábrica na Bahia no final da década de 90. Em 2017, a Caoa se consorciou com a chinesa Chery para formar uma nova montadora 100% nacional, a Caoa Chery.

Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), as demissões da Ford no país podem significar uma perda potencial de mais de 118.864 mil postos de trabalho no país, somando-se os empregos diretos, indiretos e os induzidos pela operação.

A perda de massa salarial no país é estimada pelo Dieese em R$ 2,5 bilhões ao ano, considerando os empregos diretos e indiretos perdidos, além de uma queda de arrecadação de impostos de R$ 3 bilhões anuais.

Segundo estudo da entidade, a Ford chegou a empregar 21.800 pessoas em 1980. Em 1990, tinha 17.578 trabalhadores. Nove anos depois, 9.153. Atualmente, segundo a entidade, são 6.171 empregados, sendo 4.604 mil na unidade de Camaçari, 830 em Taubaté (SP) e 470 em Horizonte (CE). Destes, 5.000 devem ser demitidos.

Em 2020, a empresa licenciou 139.897 veículos, o que representou 6,8% do total no Brasil. Destes, 84% foram produzidos no país, segundo dados da consultoria Bright. Em 1998, a empresa detinha 7,9% da produção nacional.

Nova montadora
Ontem, o governador Rui Costa esteve à frente de uma comitiva com membros do governo, representantes do setor empresarial e trabalhadores em Brasília, para apresentar a estrutura disponível às Embaixadas da Índia, Coreia do Sul e do Japão. Além do parque automotivo disponível, ele destacou a força de trabalho com expertise no setor e a garantia de que o estado vai contribuir para a implantação de uma nova indústria na Bahia.

Com o embaixador da Índia, Suresh K. Reddy, ele iniciou a corrida por novas negociações, que abarquem tanto o setor automotivo quanto outros setores potenciais. A Índia possui uma indústria automobilística de crescimento exponencial, com destaque para a empresa Tata Motors, dona da Jaguar e Land Rover, e a Mahindra, que já possui atividade no Brasil, em Porto Alegre.

“Queremos convidar as fabricantes indianas para conhecer a área antes ocupada pela Ford para avaliar a possibilidade de instalação num dos maiores parques existentes no Brasil, inclusive com porto exclusivo”, disse o governador a Reddy, que respondeu ter interesse de que companhias indianas estejam no Brasil e na Bahia, além de querer iniciar parcerias no campo tecnológico, área que a Índia tem ampliado investimentos, assim como a Bahia.

A conversa com o embaixador do governo do Japão, Akira Yamada, seguiu o mesmo viés. A indústria automotiva do país é composta por grandes empresas, a exemplo da Nissan, Toyota e Honda.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Antônio Alban, destacou a possibilidade de parcerias para desenvolvimento tecnológicos, além dos incentivos fiscais, como atrativos. Ele citou a capacidade de formação de mão de obra, o centro de tecnologia instalado no estado, que está entre os maiores do Brasil. “Queremos propiciar junto à manufatura a tecnologia embarcada”, pontuou Alban.

O embaixador da Coreia do Sul, Kim Chan-Woo, disse ter ficado impressionado com a estrutura do Senai Cimatec. O representante sul coreano assegurou difundir as informações com o setor industrial de seu país. Ele citou o exemplo da Hyndai no Brasil e a necessidade de uma menor burocratização para mais negócios com este país.

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim destacou a formação dos profissionais baianos que buscam novas oportunidades após os desligamentos da Ford. “As visitas às embaixadas permitiram passar um pouco da qualificação técnica dos profissionais, formados pelo Senai e escola técnica, e ainda apresentamos a amplitude do complexo deixado pela Ford, o maior da América do Sul”.

Convocação de trabalhadores
Na última segunda, a Ford iniciou uma convocação oficial para que empregados das fábricas retornem ao trabalho para produzir peças de reposição, segundo os sindicatos que representam os metalúrgicos das unidades, segundo informação publicada pelo jornal O Globo. Mas os funcionários resistem. As entidades são contra a volta dos funcionários até que a multinacional negocie indenizações e um plano de saída do país.

“A Ford está mandando comunicados, mas a adesão está zero, está tudo parado, ninguém está indo (dar expediente). A fábrica precisou alugar um galpão porque na região de Simões Filho porque não tinha gente para descarregar mercadorias de 90 caminhoneiros aqui em Camaçari”, afirma Julio Bonfim.

Segundo ele, a multinacional não negociou ainda como será o processo de demissão nem sentou formalmente com os sindicatos para discutir as rescisões e indenizações. “Ninguém voltou porque o que a Ford fez foi um tapa na cara, não negociou nada com a gente e pede para a gente retornar ao trabalho? Não dá”, afirma.

Procurada pela reportagem, a Ford não se manifestou sobre a convocação aos trabalhadores e sobre eventual negociação com sindicatos.

A lista de participantes da 21ª edição do Big Brother Brasil foi anunciada pela TV Globo na tarde desta terça-feira (19). Novamente divididos entre 'pipoca' e 'camarote', o programa contará novamente com diversos participantes famosos, que neste momento já se encontram confinados nas instalações do Hotel Hilton, no Rio de Janeiro (RJ).

Confira a lista com os nomes abaixo:

Pipoca

Divulgação/TV Globo
 

O instrutor de Crossfit Arthur tem 26 anos e é de Conduru, no Espírito Santo. Aos 14 anos foi para Goiânia para iniciar a vida profissional no futebol. Como jogador, passou por clubes como Atlético Goianiense e Ponte Preta, mas algumas lesões impediram sua continuidade no esporte. Foi quando decidiu mudar os planos e cursar Educação Física. Deu aulas em escola e, há dois anos, conseguiu realizar o sonho de morar no Rio de Janeiro, onde exerce a profissão atual.

Arthur diz que sempre foi considerado “playboy” por sua aparência, e que, apesar da cara de brabo, tem um coração gigante; adora curtir uma praia, se reunir com a galera e tocar violão, cavaquinho e banjo. Sobre o que pode desestabilizar seu jogo, ele é objetivo: mulher. “O coração é fraco. Se tiver que me apaixonar por mais de uma, ou mais de uma vez por dia, vou me apaixonar”, reflete. Assume ter personalidade forte, mas diz que não levanta a voz em discussões. E destaca a determinação, o amor pela família e o comprometimento com seus sonhos como suas virtudes. Vê no BBB a oportunidade de mostrar quem realmente é.

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O fazendeiro Caio tem 32 anos e é natural de Anápolis, em Goiás. Trabalha na propriedade de seu pai, onde plantam soja e milho e criam gado. Cresceu em ambiente rural e, por isso, se diz apaixonado pelo contato com a natureza e pela vida no campo desde a infância. Passou por quatro faculdades, dentre elas a de Agronomia, mas não chegou a completar nenhum dos cursos. Hoje mora com a noiva, tem duas filhas e entrega que é louco por elas.

Caio diz preferir levar a vida com leveza, mas que não foge dos embates e não tolera fofoca. Acredita que terá um bom relacionamento com os companheiros de confinamento por fazer amizades com facilidade e gostar de divertir as pessoas, mas que esse não é seu principal objetivo na casa. Ele conta que participar do ‘Big Brother Brasil’ era um sonho e que já se inscreveu outras vezes. Suas filhas são sua principal motivação para sair vencedor do reality e, também, as pessoas de quem mais sentirá falta durante o jogo: “Tudo que eu faço na vida é pelas minhas meninas”, declara.

Divulgação/TV Globo
 

O professor de Geografia João Luiz, de 24 anos, é mineiro da cidade de Santos Dumont e há um ano mora em Extrema, no sul de Minas, com o namorado, uma calopsita e duas chinchilas. Conta que tem uma ótima relação com seus alunos, o que lhe traz muito orgulho, e também com os pais, que sempre apoiaram suas decisões. Afirma ter boas habilidades manuais, tanto que, durante o mestrado, abriu uma loja virtual para vender cadernos e quadros pintados por ele e uma amiga.

João Luiz revela que sempre foi muito festeiro. Ama ouvir funk, dançar e costuma comemorar seus aniversários promovendo um dia inteiro de festa e gincana para os amigos e familiares. A exposição do BBB, para ele, não será um problema, já que adora ser visto. Também se considera bastante comunicativo. “Sou calmo, explosivo, animado, impaciente. Um pouco de tudo. Danço quando tem que dançar, choro quando tem que chorar...”, brinca. Ele pretende levar a inteligência emocional para dentro do confinamento e ficar atento ao game, mas sem perder a chance de se jogar. “No jogo vale tudo”, declara.

(Foto: Divulgação)
 

O modelo e educador físico Arcrebiano, de 29 anos, é capixaba, mas mora em Goiânia desde os 16. Também já viveu dois anos em Portugal trabalhando como coach de Crossfit. Atualmente, mantém três atividades em sua rotina: pela manhã faz investimentos na bolsa de valores, à tarde realiza trabalhos com moda e, à noite, atua como personal trainer. Já teve três namoros sérios, um deles de oito anos, mas hoje está solteiro.

Arcrebiano entrega que está aberto a relacionamentos na casa, mas não está disposto a perder o foco no prêmio para se apaixonar. Conta que adotou o apelido Bil na adolescência e dá risadas da história do seu nome, que foi entendido errado no momento do registro e ficou como está hoje. Revela ser obsessivo com organização, um pouco sistemático e que sai do sério quando está com fome. Nas horas vagas, adora curtir festas, praticar esportes e cuidar do corpo – diz que seu lado quase hiperativo não o deixa ficar parado. No jogo, pretende encarar todos os desafios e não fugir às discussões, mas sem se prejudicar. “Tenho pavio curto. Mas, por R$ 1,5 milhão, tenho que me segurar”, explica.

(Foto: Divulgação)

A advogada e maquiadora Juliette tem 31 anos, é natural de Campina Grande e hoje mora na capital paraibana com uma amiga. De origem humilde, sempre se dedicou muito para ajudar sua numerosa família: aos 6 anos já lavava cabelos no salão de sua mãe; cursou alguns anos da faculdade de Letras e, depois, formou-se em Direito; está estudando para ser delegada e, para custear seus sonhos, também atua como maquiadora. Hoje é a única dentre cinco irmãos com ensino superior e tem muito orgulho da própria trajetória.

Juliette se considera bem-humorada, verdadeira e bastante comunicativa. “Meu sonho era ser uma mulher misteriosa, fina, centrada. Mas nasci tagarela”, diverte-se. Diz que é apaixonada pela vida e que precisou se tornar uma mulher forte depois de enfrentar muitas dificuldades, dentre elas a perda de uma irmã de 17 anos devido a um AVC. Também por isso, conta que pode soar autoritária, o que pode ser um problema durante o confinamento. Mesmo assim, pretende enfrentá-lo para chegar ao primeiro lugar do reality. “O ‘Big Brother Brasil’ é a maior oportunidade da minha vida. Vou dar o sangue para conquistar esse prêmio”, garante. Ela entra solteira no programa.

(Foto: Divulgação)

A modelo e influenciadora Kerline tem 28 anos e é de Fortaleza, no Ceará. Vinda de uma família muito numerosa do sertão cearense, aprendeu desde cedo a ser financeiramente independente e, desde os 14 anos, faz seus “corres” para garantir sua renda. Há alguns anos, abriu uma empresa para gerenciar a carreira de influenciadores digitais. Mas, depois de sofrer um golpe, precisou fechar o negócio e seguir apenas com a própria carreira na internet, o que, durante a pandemia, tem garantido o sustento de toda a família.

Camarote

Divulgação/TV Globo

Cantora e apresentadora, Karol Conká, de 35 anos, é natural de Curitiba, Paraná, e atualmente mora em São Paulo. Cresceu na periferia da capital paranaense e, a partir de sua trajetória na música, se destacou no rap feminino. Em suas composições, evidencia o empoderamento das mulheres e o racismo: “Consegui reverter o preconceito que sofri na infância em solução, em poder”, avalia. Em 2013, recebeu a primeira estatueta na categoria “Artista Revelação” do Prêmio Multishow de Música Brasileira. Dois anos depois, lançou a canção “Tombei” com o grupo Tropkillaz e venceu o mesmo prêmio, na categoria "Nova Canção". Apresentou-se na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. E, na televisão, já esteve à frente dos programas do GNT ‘Super Bonita’ e ‘Prazer Feminino’, além de ter feito participações como atriz em atrações da Globo.

Afeiçoada ao trabalho, diz gerenciar ela mesma a própria carreira: cuida da imagem, do audiovisual e dos negócios. Nas horas vagas, gosta de assistir a séries com o filho, Jorge, jogar videogame e brincar de karaokê. Por se considerar uma pessoa bastante organizada, afirma que vai precisar aprender a lidar com a bagunça na casa do BBB – além da fofoca, algo que também a irrita. Chegou a dizer que nunca entraria no programa e hoje vê no reality uma oportunidade de aprender e de absorver novas experiências. Solteira e com os looks preparados para usar na casa, ela ainda avalia que relacionamentos podem acabar tirando seu foco do prêmio, por isso pretende não se apaixonar durante o confinamento: “Não coloquem ninguém interessante lá dentro. Só falta eu morder a língua...", brinca.

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A atriz Carla Diaz nasceu na cidade de São Paulo e tem 30 anos. Desde os 2 anos no meio televisivo, atuou em diversos filmes e novelas. Entre elas ‘O Clone’, quando tinha apenas 11 anos, interpretando sua personagem mais marcante, Khadija, a qual homenageou com uma tatuagem na costela. Filha única de pai uruguaio e bastante apegada à família, foi alfabetizada na Argentina enquanto gravava ‘Chiquititas’, do SBT. Está no ar com as reprises de ‘A Força do Querer’ e ‘Laços de Família, na TV Globo, e em ‘O Clone’, no Globoplay. “Fico muito feliz por estar em três novelas ao mesmo tempo. O que eu posso pedir mais? Entrar no BBB, né?”, comemora.

Carla conta que adora viajar, é alto-astral e gosta muito de dançar. Além de ser competitiva, afirma que não suporta injustiças e é protetora com os amigos. Tem lembranças do BBB desde criança, quando gravava nos Estúdios Globo, perto da casa em que vai morar temporariamente durante o programa. “Eu falava para a minha mãe: ‘Pede para o tio deixar eu entrar, pede. O tio era o Boninho (risos)”, recorda. Destaca que, apesar de ter emprestado muitas de suas características às personagens, há outras que o público ainda não conhece. E é o que quer mostrar no programa.

Divulgação/TV Globo

A influenciadora digital Camilla de Lucas tem 26 anos e nasceu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Criadora de conteúdo há aproximadamente quatro anos, começou no YouTube com vídeos de beleza, dando dicas de cabelo e maquiagem. Chegou a cursar Contabilidade e trabalhou num escritório; garante que era boa de cálculo. Atualmente, além de mostrar a rotina nas redes sociais, seu conteúdo usa o humor como ferramenta para falar de situações corriqueiras, por isso, se intitula “blogueirinha real”. Durante a quarentena, seus vídeos ganharam uma visibilidade expressiva e, hoje, Camilla acumula um total de 7,5 milhões de fãs em suas contas. Em 2020, entrou para a lista da Revista Forbes como uma das jovens mais promissoras do Brasil na categoria “Web”.

Camilla, que hoje praticamente mora com o namorado, diz estar bem segura de si. Afirma que aceitou encarar o BBB pela possibilidade de mudança de vida, tanto sua, quanto da família e dos amigos: “É mesmo para que a minha conta bancária cresça. Tem gente que fala que quer entrar para se conhecer, mas eu já me conheço. Eu me vejo todo dia desde 1994. O que eu quero é ficar milionária”, esclarece. Nega ser “barraqueira” e afirma que o senso de justiça sempre fala mais alto. Disposta a se expor e mostrar sua personalidade, garante, ainda, que vai aparecer bastante no jogo: “Sou assim. Gosto de estar em tudo”.

(Foto: Divulgação)

A cantora Pocah, de 26 anos, nasceu no município de Queimados e foi criada em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O nome artístico tem origem na semelhança física com a personagem da Disney Pocahontas, apontada desde criança. Teve uma infância humilde ao lado da mãe, empregada doméstica, e chegou a ser manicure em salão de beleza aos 16 anos. Antes do funk, o rock era seu ritmo preferido, por influência do irmão, que tocava numa banda. Em 2012, ganhou destaque no cenário nacional, quando ficou conhecida pelo lançamento da música “Mulher do Poder” e, nos últimos anos, reuniu diversos hits no funk e parcerias com artistas nacionais. “Eu busquei isso e me divirto trabalhando”, comenta.

Nas horas de lazer, Pocah gosta de jogar videogame e adora o agito das festas. Mãe de Vitória, de 4 anos, considera-se uma mulher batalhadora, que faz acontecer. Quando surgiu a oportunidade de participar do ‘Big Brother Brasil’, diz não ter pensado duas vezes. Afirma estar muito a fim de viver o programa e adianta que, quando entrar, vai ter que sentir a casa e as pessoas primeiro, antes de partir para o jogo. Considera que as amizades são parte essencial do reality: “Já quero ter meus BFFs lá dentro”, comenta. Determinada a chegar à final da temporada, avisa: “O que tiver que ser feito eu vou fazer para chegar à decisão. Estou entrando para ser finalista”.

(Foto: Divulgação)

Nego Di, de 26 anos, é comediante. Gaúcho de Porto Alegre, foi criado sozinho pela mãe e teve uma infância difícil. Começou a trabalhar cedo e sempre quis crescer rápido para ajudar com as contas de casa. Serviu o Exército, já foi taxista, garçom, cozinheiro e abriu a própria barbearia. Acredita que o jeito para o humor vem desde a infância, quando fazia graça para se defender de bullying na escola. Viralizou na internet ao contar, por meio de um áudio, a história real de um assalto que sofreu. A partir disso, criou o termo “whatsapper”, pois começou a ser solicitado para produzir áudios com vozes de seu personagem.

Pai de Tyler, de 5 anos, Nego Di conta que sempre gostou de samba e pagode. Considera-se uma pessoa direta e deixa claro que não gosta de perder, mas garante que não vai passar por cima de seus princípios no BBB: “O que mais pesa é ser honesto com os meus sentimentos e valores lá dentro”. No confinamento, acredita que pode se irritar com participantes egoístas, já que preza muito pelo espírito de equipe. Já se inscreveu anteriormente para entrar no reality, mas avalia que, na época, não estava preparado. Agora com a participação confirmada no time, está empolgado com a oportunidade e os frutos que virão a partir dela. “Não consigo dormir direito há algumas semanas, sonhando com o BBB. É um grande marco na minha vida. Vou começar a viver os melhores anos a partir dali”, avalia.

(Foto: Divulgação)

O ator Lucas Penteado tem 24 anos e é natural de São Paulo. Mora com os pais e os irmãos, a quem diz ser muito ligado. Nascido em berço de samba, é tataraneto de um dos fundadores da Vai Vai. Cresceu dentro da agremiação, onde teve seus primeiros contatos com a arte: na bateria da escola, como passista mirim, na produção das fantasias e nos desfiles. A música em sua vida também está presente através do rap, nas batalhas de rima, e na dança. Em oposição ao projeto de reorganização das escolas estaduais de São Paulo, esteve presente no movimento de ocupação dos colégios em 2018. Foi onde teve o primeiro contato com o Slam – batalha de poesia falada. Seu primeiro papel na televisão foi em ‘Malhação – Viva a Diferença’, em 2017, interpretando o personagem Fio.

Lucas diz que seu maior sonho é comprar uma casa para a mãe – segundo ele, sua melhor amiga e uma das fontes de inspiração para escrever suas poesias. De origem periférica, afirma que já passou por muitos obstáculos: “A tentativa de me tirar do sério vem desde que eu nasci, na escola, na rua, no trabalho... Eu não vou ofender, mas vou falar sério e alto se for preciso”, avisa sobre a possibilidade de conflito no reality. E deixa claro que ouvir alguém falar sobre vitimismo ou racismo reverso o irrita. No BBB, além de buscar o prêmio, pretende se divertir muito. “Sou alegre, o retrato da felicidade periférica”, destaca.

O governador da Bahia, Rui Costa, está cumprindo agenda em Brasília visando os impactos causados pelo fechamento da montadora Ford no estado. Nesta terça-feira (19), ele esteve nas embaixadas da Índia, Coreia do Sul e do Japão para destacar a presença do parque automobilístico disponível, a força de trabalho com expertise no setor e a garantia de o Estado contribuir para que uma nova indústria se instale na Bahia.

Com o embaixador da Índia, Suresh K. Reddy, ele iniciou a corrida por novas negociações, que abarquem tanto o setor automotivo quanto outros setores potenciais. A Índia possui uma indústria automobilística de crescimento exponencial, com destaque para a empresa Tata Motors, hoje dona da Jaguar e Land Rover, e para a Mahindra, que já possui atividade no Brasil, em Porto Alegre. Rui abriu o encontro com um convite direto.

“Queremos convidar as fabricantes indianas para conhecer a área antes ocupada pela Ford para avaliar a possibilidade de instalação num dos maiores parques existentes no Brasil, inclusive com porto exclusivo”, disse o governador a Reddy, que respondeu ter interesse de que companhias indianas estejam no Brasil e na Bahia, além de querer iniciar parcerias no campo tecnológico, área que a Índia tem ampliado investimentos, assim como a Bahia.

A conversa com o embaixador do governo do Japão, Akira Yamada, seguiu o mesmo viés. A indústria automotiva do país é composta por grandes empresas, a exemplo da Nissan, Toyota e Honda.

Um dos integrantes da comitiva de Rui Costa, o presidente da Fieb, Antônio Alban, destacou o algo a mais que a Bahia pode propiciar para além de incentivo fiscal. A capacidade de formação de mão de obra, o centro de tecnologia, que está entre os maiores do Brasil. “Queremos propiciar junto à manufatura a tecnologia embarcada”, pontuou Alban.

A relação comercial também esteve sob a mesa de negociação com o embaixador da Coreia do Sul, Kim Chan-Woo, que ficou impressionado com a estrutura do Senai/Cimatec. O representante sul coreano assegurou difundir as informações com o setor industrial de seu país. Ele citou o exemplo da Hyndai no Brasil e a necessidade de uma menor burocratização para mais negócios com este país.

Ao lado do governador, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, destacou a formação dos profissionais baianos que buscam oportunidade, frente aos desligamentos da Ford.

“As visitas às embaixadas permitiram passar um pouco da qualificação técnica dos profissionais, formados pelo Senai e escola técnica, e ainda apresentamos a amplitude do complexo deixado pela Ford, o maior da América do Sul”, disse.

Estiveram presentes em todas as agendas, acompanhando o governador Rui Costa, o vice-governador, João Leão; o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães; o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Antônio Alban; o diretor de Tecnologia e Inovação do Senai Cimatec, Leone Peter Andrade; o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim; e o superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Paulo Guimarães.

A Bahia registrou 30 mortes e 4.004 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça-feira (19).

No mesmo período, 4.534 pacientes foram considerados curados da doença (+0,9%). Dos 544.324 casos confirmados desde o início da pandemia, 524.194 já são considerados recuperados e 10.433 encontram-se ativos.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,31%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (10.756,27), Muniz Ferreira (8.879,01), Itororó (8.796,98), Conceição do Coité (8.641,09) e Itabuna (8.503,30). Na Bahia, 38.723 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 30 óbitos que ocorreram em diversas datas. O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.697, representando uma letalidade de 1,78%.