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Bahia com Tudo

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da venda de todas as pomadas modeladoras de penteado no Brasil.

A partir desta sexta-feira (10), nenhum lote de qualquer desses produtos pode ser comercializado e não deve ser utilizado por consumidores e profissionais de beleza enquanto a norma estiver em vigor.

A decisão da agência é resultado do crescimento no número de relatos de cegueira temporária após o uso de produtos do tipo. A suspensão é uma medida preventiva até que os casos sejam esclarecidos.

Ainda não há comprovação, pela Anvisa, da relação dos efeitos de cegueira com as pomadas de cabelo.

O governo federal deu início às ações de repreensão ao crime e de retirada dos garimpeiros da terra indígena Yanomami, em Roraima. Entre a segunda-feira, 6, e o início da noite de terça-feira, 7, foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo. Foram apreendidas ainda duas armas e três barcos, com cerca de 5 mil litros de combustível.

A ação foi liderada por agentes do Ibama, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Ibama e Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera, principal rota fluvial da região, para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. Além de gasolina e diesel, os barcos apreendidos carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet.

Todos os suprimentos serão usados para abastecer a base de controle. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos.

A instalação de bases de controle será estendida para outras áreas da terra indígena. A estrutura logística é fornecida pela Funai, com o apoio dos próprios indígenas nesta fase da operação

A ação aérea é realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruído era usado para abrir "ramais" na floresta.

O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos.

O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado. As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).

 

Há um mês o Brasil e o mundo assistiram a cenas de terror em Brasília, após bolsonaristas invadirem a Praça dos Três Poderes e destruir as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e o Palácio do Planalto. Com a reação policial, iniciada após o presidente Lula decretar intervenção federal na segurança do Distrito Federal, 1.398 pessoas foram presas pelas invasões.

Do total, 920 bolsonaristas permanecem presos em penitenciárias do DF, outras 19 foram transferidas para o 19º Batalhão de Polícia Militar e 459 foram liberadas, mas continuam sendo monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.

Nas penitenciárias, os bolsonaristas possuem a mesma rotina diária dos demais detentos. As mulheres foram levadas para a Colmeia, e os homens foram levados para o Complexo Penitenciário da Papuda, de segurança máxima. Junto aos outros presos eles têm direito a 4 refeições diárias, duas horas de banho de sol e visitas limitadas.

Ao g1, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) detalhou a composição dos alimentos:

Café da manhã: pão com manteiga ou margarina e um achocolatado

Almoço: refeição de 650 gramas (150g de proteína, 150g de guarnição, 150g feijão - 90g de grão e 60g de caldo - e 200g de arroz) e um suco de caixinha

Jantar: refeição de 650 gramas (150g de proteína, 150g de guarnição, 150g feijão - 90g de grão e 60g de caldo - e 200g de arroz)

Ceia: sanduíche e uma fruta

Higiene pessoal
Assim como os demais presos, os bolsonaristas recebem mensalmente o kit de higiene pessoal, composto por um creme dental, uma escova de dente, 1 kg de sabão em pó, dois rolos de papel higiênico, um desodorante e um sabonete líquido. Na penitenciária feminina, as detentas também recebem dois pacotes de absorventes, 500ml de shampoo e 500ml de condicionador.

O acesso à água para consumo e higienização fica disponível 24 horas na torneira das celas, segundo a pasta, segundo a Seape. Eles também colchões e outros materiais individuais. Os detentos também podem receber itens de higiene da família.

O dia do cadastramento de ambulantes para trabalhar no Carnaval 2023 foi marcado por confusão e longas filas na porta da Secretaria de Ordem Pública (Semop), no bairro do Jardim Santo Inácio, mesmo o procedimento tendo sido realizado exclusivamente de maneira virtual. 

A ocupação no local já passa de um mês e é motivada pela descrença no bom funcionamento da plataforma de cadastramento online. Para obter a licença para o retorno da folia, os trabalhadores teriam das 10h desta quarta (08), até às 10h de quinta (09) para realizar o procedimento. No entanto, o sistema parou poucos minutos após a abertura das inscrições. 

Revoltados com a situação, os trabalhadores que estavam acampados na porta da Semop deram início a um protesto, que terminou em confusão. "Nos disseram que o sistema abriria às 10h, mas deu 10h30, 10h40, e nada. O povo se revoltou, porque já estamos há vários dias aqui, já sabendo que isso aconteceria. Por isso, não aguentamos, começamos a reclamar, a querer entrar e Guarda Civil agiu, como agiu", descreveu a ambulante Rita de Cássia Silva Melo, 47 anos, ambulante há duas décadas. 

No local, agentes do Grupo de Operações Especiais (Goe) da Guarda Civil Municipal (GCM) usaram spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo contra os trabalhadores. Imagens da ação truculenta foram veiculadas em telejornais locais. Ao chegar na porta Semop, o chefe da CGM, Maurício Lima, foi questionado pela imprensa sobre a abordagem dos guardas civis, e respondeu desconhecer o procedimento e estar no local para negociar.

Em nota, a Guarda Civil Municipal informou que foi acionada para dar apoio aos agentes da Semop, e que, após os ambulantes agirem "bloqueando acessos e vias, ameaçando servidores em atuação na unidade, além de iniciarem uma confusão generalizada, chegando até a depredação do patrimônio", foi necessário o uso da força para contê-los. 

"Foi necessário que o efetivo da GCM Salvador, utilizando o uso progressivo da força, fizesse o uso de projétil/ artefato sonoro (sem a utilização de mistura química, que causasse sensações altamente incômodas) para dispersão dos manifestantes", justificou a GCM, em nota. 

A Polícia Militar (PM-Ba) também estava presente. De acordo com o batalhão, os policiais foram acionados para atender a ocorrência de um protesto. Com o apoio da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT) Rondesp Central, realizou a liberação da via e intensificou o policiamento no local. 

MPT recomenda cadastramento online 

Em novembro do ano passado, o Ministério Público do Trabalho (MPT) enviou à Prefeitura de Salvador uma série de recomendações a serem adotadas para o procedimento de cadastramento dos ambulantes com interesse em trabalhar no Carnaval. Segundo o MPT, a modalidade online foi a melhor avaliada para isto, aliada a outras medidas. 

"As medidas incluem [além do] cadastramento online de ambulantes para as festas populares como forma de evitar filas externas, tumulto e exposição da população, além de medidas com oferta de espaços para higiene e alimentação de ambulantes e catadores cadastrados, acolhimento em creches dos filhos dos trabalhadores e remuneração dos catadores", detalhou o órgão fiscalizador. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit) informou que o serviço no site do Sistema de Cadastramento de Ambulantes (SCA) foi temporariamente suspenso por causa do número elevado de acessos simultâneos durante a manhã. A pasta também informou que o serviço seria retomado às 14h e que está trabalhando para normalizar o atendimento online. 

"A Semit lamenta o ocorrido e diz que a Companhia de Governança Eletrônica de Salvador (Cogel) está trabalhando para que o problema seja mitigado o mais brevemente possível”, destacou o comunicado. 

Para facilitar o acesso dos ambulantes ao site de inscrição, a Prefeitura de Salvador através do Programa Conecta Salvador, disponibilizou 50 pontos de internet gratuitos em locais de grande circulação e em equipamentos da gestão municipal. 

Segunda queda 

Como informado pela Semit, o serviço no site do Sistema de Cadastramento de Ambulantes (SCA) foi retomado às 14h, mas não durou muito. Segundo relatou a ambulante Tainara dos Santos, 21 anos, três minutos após a retomada das inscrições, o sistema caiu novamente e, até às 16h30 - quando a reportagem deixou a porta da Semop -, permaneceu sem funcionar. 

"Estamos tentando desde cedo e até agora não conseguimos, mesmo tendo 10 pessoas também tentando me ajudar em casa", contou a trabalhadora, que mesmo sabendo que o cadastramento é online, preferiu ir para a porta da Semop. "Porque já sabíamos que [o site] não funcionaria. Como todos os anos é a mesma coisa e, no final, eles terminam fazendo presencialmente, cheguei cedo para garantir meu lugar", afirmou. 

Assim como ela, outras dezenas de trabalhadores fizeram o mesmo. No local, todos estavam organizados em duas filas, uma normal e outra de prioridade. A primeira chegava à saída da BR. Moisés da Silva Cerqueira, 55 anos, está há uma semana acampando na Semop. Ele também não conseguiu fazer o cadastramento online. Depois de preencher todos os campos exigidos, ao invés de finalizar o cadastro, o site o redirecionava novamente para o início. 

"Nossa esperança é que eles abram aqui. São mais de 20 anos trabalhando e nunca passamos tão mal quanto agora", afirmou. O pensamento positivo, no entanto, diminuiu quando, às 16h, os servidores da Semop começaram a deixar a sede do órgão. Para isso, a polícia escoltou a saída dos que estavam a pé e de carro. 

Inconformados, os trabalhadores ambulantes começaram a protestar novamente, pois o aviso dado à eles era que o sistema retornaria às 16h, com a oferta de 500 vagas, mas o retorno também não aconteceu. Diante da situação, agentes da Defensoria Pública (DPE-Ba) foram até a Semob. 

"A Defensoria entende que há uma situação de vulnerabilidade relacionada aos trabalhadores. E, como temos a missão constitucional de atuar em favor desse público, a equipe foi até a respectiva secretaria", afirmou em nota. Ainda segundo o órgão, será realizada uma reunião com a Semop. 

O MPT também informou que, devido ao número expressivo de reclamações por parte dos trabalhadores, que tentaram, mas não tiveram sucesso em realizar o cadastramento online para trabalhar no Carnaval, está colhendo essas informações e vai avaliar posteriormente que medidas devem ser tomadas. 

 

O dia do cadastramento de ambulantes para trabalhar no Carnaval 2023 foi marcado por confusão e longas filas na porta da Secretaria de Ordem Pública (Semop), no bairro do Jardim Santo Inácio, mesmo o procedimento tendo sido realizado exclusivamente de maneira virtual. 

A ocupação no local já passa de um mês e é motivada pela descrença no bom funcionamento da plataforma de cadastramento online. Para obter a licença para o retorno da folia, os trabalhadores teriam das 10h desta quarta (08), até às 10h de quinta (09) para realizar o procedimento. No entanto, o sistema parou poucos minutos após a abertura das inscrições. 

Revoltados com a situação, os trabalhadores que estavam acampados na porta da Semop deram início a um protesto, que terminou em confusão. "Nos disseram que o sistema abriria às 10h, mas deu 10h30, 10h40, e nada. O povo se revoltou, porque já estamos há vários dias aqui, já sabendo que isso aconteceria. Por isso, não aguentamos, começamos a reclamar, a querer entrar e Guarda Civil agiu, como agiu", descreveu a ambulante Rita de Cássia Silva Melo, 47 anos, ambulante há duas décadas. 

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No local, agentes do Grupo de Operações Especiais (Goe) da Guarda Civil Municipal (GCM) usaram spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo contra os trabalhadores. Imagens da ação truculenta foram veiculadas em telejornais locais. Ao chegar na porta Semop, o chefe da CGM, Maurício Lima, foi questionado pela imprensa sobre a abordagem dos guardas civis, e respondeu desconhecer o procedimento e estar no local para negociar.

Em nota, a Guarda Civil Municipal informou que foi acionada para dar apoio aos agentes da Semop, e que, após os ambulantes agirem "bloqueando acessos e vias, ameaçando servidores em atuação na unidade, além de iniciarem uma confusão generalizada, chegando até a depredação do patrimônio", foi necessário o uso da força para contê-los. 

"Foi necessário que o efetivo da GCM Salvador, utilizando o uso progressivo da força, fizesse o uso de projétil/ artefato sonoro (sem a utilização de mistura química, que causasse sensações altamente incômodas) para dispersão dos manifestantes", justificou a GCM, em nota. 

A Polícia Militar (PM-Ba) também estava presente. De acordo com o batalhão, os policiais foram acionados para atender a ocorrência de um protesto. Com o apoio da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT) Rondesp Central, realizou a liberação da via e intensificou o policiamento no local. 

MPT recomenda cadastramento online 

Em novembro do ano passado, o Ministério Público do Trabalho (MPT) enviou à Prefeitura de Salvador uma série de recomendações a serem adotadas para o procedimento de cadastramento dos ambulantes com interesse em trabalhar no Carnaval. Segundo o MPT, a modalidade online foi a melhor avaliada para isto, aliada a outras medidas. 

"As medidas incluem [além do] cadastramento online de ambulantes para as festas populares como forma de evitar filas externas, tumulto e exposição da população, além de medidas com oferta de espaços para higiene e alimentação de ambulantes e catadores cadastrados, acolhimento em creches dos filhos dos trabalhadores e remuneração dos catadores", detalhou o órgão fiscalizador. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (Semit) informou que o serviço no site do Sistema de Cadastramento de Ambulantes (SCA) foi temporariamente suspenso por causa do número elevado de acessos simultâneos durante a manhã. A pasta também informou que o serviço seria retomado às 14h e que está trabalhando para normalizar o atendimento online. 

"A Semit lamenta o ocorrido e diz que a Companhia de Governança Eletrônica de Salvador (Cogel) está trabalhando para que o problema seja mitigado o mais brevemente possível”, destacou o comunicado. 

Para facilitar o acesso dos ambulantes ao site de inscrição, a Prefeitura de Salvador através do Programa Conecta Salvador, disponibilizou 50 pontos de internet gratuitos em locais de grande circulação e em equipamentos da gestão municipal. 

Segunda queda 

Como informado pela Semit, o serviço no site do Sistema de Cadastramento de Ambulantes (SCA) foi retomado às 14h, mas não durou muito. Segundo relatou a ambulante Tainara dos Santos, 21 anos, três minutos após a retomada das inscrições, o sistema caiu novamente e, até às 16h30 - quando a reportagem deixou a porta da Semop -, permaneceu sem funcionar. 

"Estamos tentando desde cedo e até agora não conseguimos, mesmo tendo 10 pessoas também tentando me ajudar em casa", contou a trabalhadora, que mesmo sabendo que o cadastramento é online, preferiu ir para a porta da Semop. "Porque já sabíamos que [o site] não funcionaria. Como todos os anos é a mesma coisa e, no final, eles terminam fazendo presencialmente, cheguei cedo para garantir meu lugar", afirmou. 

Assim como ela, outras dezenas de trabalhadores fizeram o mesmo. No local, todos estavam organizados em duas filas, uma normal e outra de prioridade. A primeira chegava à saída da BR. Moisés da Silva Cerqueira, 55 anos, está há uma semana acampando na Semop. Ele também não conseguiu fazer o cadastramento online. Depois de preencher todos os campos exigidos, ao invés de finalizar o cadastro, o site o redirecionava novamente para o início. 

"Nossa esperança é que eles abram aqui. São mais de 20 anos trabalhando e nunca passamos tão mal quanto agora", afirmou. O pensamento positivo, no entanto, diminuiu quando, às 16h, os servidores da Semop começaram a deixar a sede do órgão. Para isso, a polícia escoltou a saída dos que estavam a pé e de carro. 

Inconformados, os trabalhadores ambulantes começaram a protestar novamente, pois o aviso dado à eles era que o sistema retornaria às 16h, com a oferta de 500 vagas, mas o retorno também não aconteceu. Diante da situação, agentes da Defensoria Pública (DPE-Ba) foram até a Semob. 

"A Defensoria entende que há uma situação de vulnerabilidade relacionada aos trabalhadores. E, como temos a missão constitucional de atuar em favor desse público, a equipe foi até a respectiva secretaria", afirmou em nota. Ainda segundo o órgão, será realizada uma reunião com a Semop. 

O MPT também informou que, devido ao número expressivo de reclamações por parte dos trabalhadores, que tentaram, mas não tiveram sucesso em realizar o cadastramento online para trabalhar no Carnaval, está colhendo essas informações e vai avaliar posteriormente que medidas devem ser tomadas. 

*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo 
 

Nos últimos dias, oftalmologistas de todo o Brasil têm relatado um aumento no número de casos que associam graves prejuízos oculares, incluindo cegueira, ao uso de pomadas para cabelo utilizadas para modelar e fixar penteados.

Só no domingo (5), as emergências da Fundação Altino Ventura (FAV), no Iputinga, Zona Oeste do Recife, e do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), na Ilha do Leite, área central, atenderam, juntas, cerca de 100 mulheres com dor e irritação nos olhos, pálpebras inchadas e dificuldade para enxergar.

O relato das pacientes é de uso de pomada para modelar e fazer tranças no cabelo.

A informação é do oftalmologista Kayo Espósito, da FAV. "São pomadas que causam uma conjuntivite química. Só na FAV, foram 60 atendimentos ontem (domingo, dia 5)", diz.

A maioria das pacientes apresentou os sintomas nos olhos, incluindo muita dor, após fazerem penteados feitos para ir a prévias carnavalescas.

Geralmente, os sintomas são observados depois da lavagem dos cabelos onde foi utilizado o produto ou depois do contato com água da chuva, banho de chuveiro, água de piscina ou do mar.

Entre as pacientes que foram à FAV com lesão nos olhos, está a operadora de caixa Marcela Carolino Machado, de 39 anos.

Ela fez tranças no cabelo no último sábado (4) e não tinha conhecimento dos riscos associados a pomadas para modelar os cabelos.


"Fiz o penteado para ir a um bloco de Carnaval, e a pessoa que fez até comentou que eu tivesse cuidado ao lavar o cabelo, para não cair (o produto) nos olhos, como qualquer outro penteado. Quando começou a chover no sábado, a maquiagem e o produto do cabelo escorreram para os olhos", conta Marcela.

Imediatamente, ela sentiu ardência nos olhos, mas achou que o incômodo era por causa do glitter da maquiagem. "Era como se fosse uma conjuntivite. Dormi e, no dia seguinte (domingo), acordei com os olhos colados. Lavei com água gelada e soro. No fim da tarde de ontem (domingo), não aguentei e fui para a emergência (da Fundação Altino Ventura). Quando eu cheguei lá, só vi mulheres com tranças no cabelo."

Como tratamento, o oftalmologista prescreveu dois colírios e um lubrificante para os olhos de Marcela. Além disso, o olho esquerdo, que foi o mais afetado, recebeu um curativo. "Hoje ainda sinto arder os olhos, e a vista permanece embaçada. Mas meus olhos estão 70% melhores, em comparação com ontem. Passei seis horas com o curativo."

Para quem pensa em fazer penteados com pomadas modeladoras, Marcela dá um recado. "A minha mensagem é que as pessoas não usem esses produtos. São várias pessoas que apresentam esse problema na visão, e isso é causado pela mesma composição das pomadas."

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem investigado marcas e fabricantes relacionados às reações adversas, que já levaram milhares de pessoas às unidades de pronto atendimento em diversos Estados do Brasil.

A Anvisa publicou, nos dias 23 e 24 de janeiro, novas medidas de fiscalização para as pomadas capilares para trançar cabelos.

As medidas têm relação com a investigação sobre a ocorrência de eventos adversos graves após o uso dos produtos. Todos esses produtos podem oferecer risco à saúde.

A Anvisa destaca que a interdição do produto é uma medida cautelar que visa proteger a saúde da população em caso de risco à saúde e permanece vigente, enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação mais aprofundada do caso.

O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) registrou inflação de 4,2% em janeiro deste ano. Em dezembro de 2022, o indicador calculado pela Fundação Getulio Vargas havia tido uma deflação (queda de preços) de 1,19%.

Com isso, o Ivar acumulado em 12 meses passou de 8,25% em dezembro para 10,74% em janeiro. O índice é calculado com base na variação dos aluguéis cobrados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Se em dezembro, as quatro capitais haviam tido deflação, em janeiro elas registraram inflação. Em São Paulo, a taxa passou de -1,06% em dezembro para 2,84% em janeiro, no Rio de Janeiro subiu de -2,41% para 1,45%, em Belo Horizonte foi de -0,46% para 0,72%, enquanto em Porto Alegre cresceu de -1,09% para 10,15%.

As taxas acumuladas em 12 meses subiram em três capitais: São Paulo (de 7,80% para 8,20%), Rio de Janeiro (de 8,34% para 8,51%) e Porto Alegre (de 7,15% para 16,79%).

Apenas Belo Horizonte teve queda na taxa: de 11,31% para 9,82%.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, se mudaram oficialmente para o Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, nesta segunda-feira (6). A mudança do casal somente ocorreu após 37 dias do petista à frente do governo. Durante todo este período, Lula se hospedou no hotel Meliá, no centro de Brasília, onde a diária chega a custar R$ 5 mil.

A indefinição sobre o uso do Alvorada por Lula e Janja foi alvo de queixas constantes do casal e de aliados de Lula desde o período da transição. A primeira-dama chegou a levar uma equipe da TV GloboNews para mostrar que o palácio estava em condições inabitáveis após a desocupação pelos antigos moradores Jair Bolsonaro e Michele Bolsonaro.

Na ocasião, Janja percorreu todo o local e expôs em cadeia nacional a presença de manchas em carpetes, danos a obras de arte e a falta de mobília na residência.

Em evento com movimentos sociais na última terça-feira, 31, Lula chegou a ironizar que seria um "presidente sem palácio", numa referência ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que esteve presente na cerimônia. As críticas ao estado de conservação do Alvorada após o governo Bolsonaro foram constantes durante o governo de transição e, sobretudo, após o petista tomar posse.

No final do ano passado, Lula chegou a visitar a Granja do Torto, a residência de veraneio da Presidência, que foi ocupada pelo ex-ministro Paulo Guedes durante os quatro anos de governo Bolsonaro, mas também teria encontrado por lá danos severos à mobília e à estrutura da casa que demandariam reparos. A primeira-dama Janja teria sido a responsável pelo veto à mudança para o Torto.

A mudança tardia de Lula para o Alvorada também ocorreu por causa da demora de Bolsonaro para desocupar a residência. O ex-presidente só deixou o local na véspera de perder o mandato, no dia 30 de dezembro. O petista chegou a designar durante o período da transição de governo o recém-nomeado ministro da Casa Civil, Rui Costa, para que acelerasse a retirada da família Bolsonaro do palácio, mas as tentativas não deram resultado.

Terça, 07 Fevereiro 2023 10:13

Jacobina volta a registrar tremor de terra

Um novo tremor de terra foi registrado na cidade de Jacobina, no norte do Estado. O caso aconteceu no final da tarde de domingo (5). Segundo o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande Norte (LabSis/UFRN), o abalo sísmico foi sentido pelo moradores do município no momento exato do evento.

Esse foi o sétimo abalo registrado na cidade neste ano. O tremor aconteceu às 17h46, com magnitude calculada em 2.7 mR. Ainda de acordo com o LabSis, um morador afirmou que a sensação era de que sua casa iria cair.

Últimos episódios
O último evento registrado pelas estações sismográficas operadas pelo Labsis/UFRN em Jacobina foi no dia 22 de janeiro, com magnitude calculada em 1.7 mR. Em 21 de janeiro, a cidade registrou outro abalado de 1.9 mR.

Em 17 de janeiro, as estações sismográficas operadas pelo Laboratório Sismológico da UFRN registraram mais um tremor de terra no município baiano com magnitude de 2.5 mR.

Um dia antes, no dia 16 de janeiro, as estações do LabSis/UFRN já tinham registrado um tremor de mesmo impacto. O abalo aconteceu por volta das 14h30 e atingiu 2.5 mR. Apesar da alta liberação de energia, não houve relatos da população ter sentido ou ouvido o tremor.

Uma outra atividade sísmica aconteceu no dia 14. O tremor teve magnitude de 1.7 mR. No dia 8 de janeiro mais um abalo de magnitude calculada em 1.5 mR também foi registrado em Jacobina.

Em dezembro de 2022, Jacobina foi o município baiano com mais registros de tremores, totalizando 11 ocorrências. A cidade de Jaguarari registrou cinco tremores, além de Campo Formoso e Curaçá, que tiveram um tremor cada. Todos 18 terremotos que aconteceram no período foram em municípios da região norte do Estado.

Em apenas um dia, em maio do ano passado, Jacobina contabilizou 16 tremores. Na ocasião, o de maior magnitude, registrado às 4h48, teve sua magnitude calculada em 2.3 mR. O mesmo aconteceu em 4 de março de 2022, quando o município registrou 17 eventos sísmicos.

Desde fevereiro de 2021, quando foi instalado o sismógrafo na cidade, foram contabilizados mais de 100 tremores. Clique aqui e veja o relatório do LabSis/UFRN.

O policiamento na Vasco da Gama precisou ser reforçado nesta sexta-feira (03), após uma troca de tiros entre policiais militares e homens armados, ocorrida no Alto do Canjira, na região da Vasco da Gama, na quinta-feira (02), resultar na morte de quatro suspeitos e no ferimento de uma adolescente de 14 anos.

Tudo começou na quinta-feira, quando guarnições da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT)/ Rondesp Atlântico, receberam uma denúncia de que um grupo de homens armados se preparavam para cometer crimes na festa de Iemanjá, no Rio Vermelho.

Segundo a Polícia Militar (PM-Ba), ao chegar no Alto da Canjira, os PMs se depararam com um grupo de indivíduos armados. Os suspeitos então efetuaram disparos contra os policiais, que revidaram, e a troca de tiros começou.

Ainda conforme versão da PM, no final da ação, os policiais encontraram quatro homens feridos no chão. Todos eles foram encaminhados para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade de saúde.

Não há detalhes sobre como a adolescente foi ferida. A Polícia Militar apenas confirmou que uma quinta pessoa deu entrada no HGE e sugeriu que a reportagem entrasse em contato com a Polícia Civil (PC-Ba). Já a PC, indicou que a informação fosse buscada com a PM.

Segundo o G1, a adolescente, que não foi identificada, tem 14 anos e foi baleada após a troca de tiros entre os policiais militares e os homens armados, no Alto do Canjira.

Líder do tráfico

Um dos homens mortos é apontado pela PM como o líder do tráfico de drogas, no Alto do Canjira. Ainda segundo a PM, os outros rapazes também são acusados de terem praticado um homicídio no dia 26 de janeiro, na localidade onde foram flagrados. Além de sequestro e roubos utilizando o aplicativo de vendas, na região da Santa Madalena.

Nenhum dos homens teve a identidade revelada. Com eles foram encontradas uma metralhadora e três revólveres calibre 38 e drogas. Todo o material apreendido foi encaminhado para a Corregedoria Geral da Polícia Militar, onde a ocorrência foi registrada.

“Estamos atentos e com ações focadas contra a criminalidade. Seguimos com o policiamento reforçado para garantir a tranquilidade da população”, ressaltou, em nota, o major Valdino, comandante da Rondesp Atlântico.

 

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, anunciou que o órgão irá analisar ou revisar 234 casos que estavam sob sigilo de 100 anos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre tais casos, segundo ele, 111 pedidos de acesso à informação foram negados alegando risco à segurança nacional e 35, risco à segurança do presidente e de seus familiares. Como mostrou o Estadão, a CGU vai revogar o sigilo do processo administrativo instaurado pelo Exército em 2021 e que tinha como alvo o então ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello. O caso do ex-ministro, agora deputado federal (PL-RJ) é parte desse pacote.

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (3), Carvalho apontou retrocessos entre os períodos de 2019 e 2022 e pontuou a banalização do uso de determinadas categorias de restrição de acesso à informação, alterações nos precedentes vigentes da CGU (memória institucional), ampliando entendimentos contrários a transparência, e a limitação das pessoas ao acesso à informação. De acordo com o órgão, dos 234 casos, além dos 111 de segurança nacional e 35 de segurança do presidente e familiares, há 49 de informações pessoais, 16 de atividades de inteligência e 23 classificados como "outros". Os dados começam a ser analisados (para divulgação ou não) a partir da próxima segunda-feira, 6.

A reavaliação de tais pedidos de acesso à informação foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de despacho assinado em seu primeiro dia de mandato (1º/1).

De acordo com a CGU, durante o período de 2019 a 2022, 64.571 pedidos de acesso à informação foram negados total ou parcialmente. "Foram identificadas decisões baseadas em fundamentos questionáveis que desrespeitaram o direito de acesso à informação, banalizaram o sigilo e caracterizam claro retrocesso à política de transparência pública", afirmou o ministro.

Pazuello

Para a análise dos 234 casos, a CGU elaborou 12 enunciados que devem orientar o governo federal na aplicação da Lei de Acesso à Informação (LAI). Um desses enunciados deve liberar dados de casos como o do deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ).

Durante o governo Bolsonaro, o Comando do Exército impôs sigilo de 100 anos aos documentos do processo disciplinar, alegando que se tratavam de informações relativas à vida privada do militar. Agora, a nova orientação da CGU passa a recomendar a abertura de processos disciplinares contra servidor público militar ou civil (desde que concluído, ou seja, já julgado).