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Bahia com Tudo

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Dezenove trabalhadores da Vale que ficaram presos em uma mina subterrânea em Totten, no Canadá, foram resgatados nesta terça-feira (19), informou a Vale. Ao todo, 39 funcionários ficaram presos depois de um acidente com uma pá escavadeira na tarde do domingo (26).

A previsão é que os demais empregados que ainda estão presos cheguem à superfície "ainda nesta manhã", usando um sistema de escadas de saída secundária, diz a Vale.

A empresa produz níquel na mina em Sudbury, em Ontário, no Canadá.

Acidente
Os trabalhadores acabaram ficando preso depois de acidente com uma pá escavadeira que era transportada pelo acesso, mas se desprendeu e bloqueou a abertura. Com isso, os empregados não conseguiam sair.

A valee disse em nota que houve "danos no eixo que abriga o meio de transporte (espécie de elevador) entre a superfície e o solo".

Os funcionários foram até postos de refúgio subterrâneos, seguindo os procedimentos padrão da empresa.

Leia a nota da Vale na íntegra:

A Vale informa que o retorno dos empregados à superfície na mina Totten em Sudbury, Ontário, Canadá continua nesta manhã após a subida bem sucedida de muitos deles durante a noite. Dezenove pessoas já voltaram à superfície no início desta manhã e o restante está a caminho.

No domingo, 39 empregados não puderam sair da mina devido a danos no eixo que abriga o meio de transporte (espécie de elevador) entre a superfície e o subsolo. Enquanto as condições no eixo eram avaliadas, os empregados se dirigiam a estações de refúgio subterrâneas como parte dos procedimentos padrão da empresa.

No domingo à noite, eles começaram a chegar à superfície por meio de um sistema de escada de saída secundária.

“Agradecemos aos empregados afetados por sua paciência e perseverança e às equipes de resgate de minas por sua dedicação e apoio incansáveis”, disse Gord Gilpin, Chefe de Operações de Mineração das Operações da Vale em Ontário. “Este tem sido um esforço de equipe incrível.”

Os demais empregados devem chegar à superfície ainda nesta manhã. Os que já voltaram à superfície estão saudáveis e estão ansiosos para voltar para casa.

A saída dos empregados está sendo apoiada pela equipe de resgate de minas da Vale e pela Ontario Mine Rescue.

A Guarda Civil Municipal vai passar a atuar na fiscalização do trânsito em Feira de Santana. A decisão da administração municipal considera o aumento da frota de veículos, impactando na mobilidade das pessoas e no aumento significativo dos acidentes de trânsito. Além disso, o efetivo da Guarda Municipal está diuturnamente em atuação no município, com a possibilidade de acesso rápido e eficaz em locais de ocorrência de trânsito.

Conforme consta no decreto municipal “O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) dispõe que o agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário, celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência”.

O trabalho será através de Cooperação Técnica entre a Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) e a Secretaria de Prevenção à Violência e Direitos Humanos. A medida foi publicada no Diário Oficial Eletrônico, edição de sábado, 25.

Os guardas municipais poderão fiscalizar e autuar, enquanto agentes da autoridade de trânsito, veículos e condutores, além de adotar as medidas administrativas cabíveis em caso de infração previstas no CTB. Todos eles serão submetidos a treinamento pela SMT.

 

A loja de autopeças Vasco Imports, que foi destruída por um incêndio na segunda-feira (27), não tinha auto de vistoria dos bombeiros. O imóvel, que fica na esquina da Rua Sérgio de Carvalho com a Avenida Vasco da Gama, na entrada do Vale da Muriçoca, foi demolido.

O major Antônio Ribeiro, do Comando de Operações Técnica e de Pesquisa da Bahia, diz que o documento comprova que o imóvel tem os equipamentos necessários para evitar que um incêndio tome proporção tão grande, em caso de fogo.

“O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, o AVCB, é o documento que regulariza aquela edificação junto ao Corpo de Bombeiros. Aquele documento vai garantir que aquela edificação, ela tem todos os equipamentos necessários para fazer a correta evacuação das pessoas que trabalham naquele estabelecimento, ou que moram, e que tem todos os equipamentos em condições de funcionamento para fazer o combate ao princípio de incêndio, seja o exintor, hidrante, chuveiro automático", elenca, em entrevista à TV Bahia.

O major destacou que o documento não é necessário para o alvará de funcionamento ser concedido. "Hoje a gente tem parceria com o município, quando um novo estabelecimento vai se regularizar, a prefeitura exige que o proprietário dê entrada no projeto", explicou. Só com o protocolo, o alvará já pode ser emitido. "É necessário que ele continue o processo de regularização junto aos bombeiros para que ele consiga o AVCB".

Como esta determinação é de 2015, muitos estabelecimentos mais antigos nunca fizeram o procedimento.


Um garoto de 11 anos que era mantido em cárcere privado pelo pai foi resgatado no sábado (25), depois que a Polícia Militar recebeu a denúncia sobre a situação, que acontecia na cidade de Inhambupe.

Equipes da 4ª companhia do Batalhão da PM (Alagoinhas) foram até a casa depois da informação de que o garoto era impedido de sair.

Segundo o comandante do 4° BPM, major Antônio Roque Ávila, a criança foi encontrada com marcas de violência no corpo. "O garoto falou que o pai amarrava ele para que não pudesse sair", diz.

Na casa, os policiais encontraram quatro botijões de gás, um revólver calibre 32 e uma espingarda de fabricação artesanal. Informações iniciais dão conta de que o agressor comercializava gás de cozinha, de forma ilegal.

No momento que as equipes se aproximavam da casa, o pai do menino conseguiu fugir. Durante as buscas, os policiais encontraram um veículo abandonado, em uma mata. "Acreditamos que ele trocou de carro. Estamos entrando em contato com familiares para localizarmos", diz o major.

Ele não foi localizado e nem preso, mas segue sendo procurado. Já a criança foi levado por uma conselheira tutelar e depois entregue à mãe.

A Bahia deve liberar a entrada de público nos estádios para jogos de futebol em outubro, confirmou nesta segunda-feira (27) Davidson Magalhães, titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (Setre). Uma reunião na quinta-feira deve acontecer entre a secretaria e a Federação Baiana de Futebol (FBF) para definir data exata e mais detalhes do retorno.

"Na Série B foi feito um acordo que quando tivesse 80% de autorizações, os times voltariam. Ontem já teve jogos da Série B (com torcida), Botafogo por exemplo já jogou com torcida. Na Série A, provavelmente será decidido agora em outubro", afirmou Magalhães, durante evento do governo no pátio da Secretaria da Segurança Pública (SSP). "A previsão é outubro", disse, sobre a liberação do público no estado.

"Esperamos essa semana definir essa situação. O governador definiu critérios muito importantes, que é o critério da defesa da saúde da população. Já tivemos contato com a FBF, essa semana provavelmente na quinta teremos reunião com a federação e já teremos novos dados do encaminhamento tanto da vacinação quanto da pandemia. Até quinta deve dar para ter um cenário mais claro", acredita.

Apesar da expectativa da reunião, o governador Rui Costa disse que não deve haver anúncio de jogos com público essa semana. "Seria um contrassenso de minha parte", afirmou, dizendo que o número de casos ativos aumentou desde que falou na possibilidade de abrir os estádios. "Abertura de público só acontecerá quando se mantiver a queda do número de contaminados", acrescentou. "Se nesses 10 dias ao invés de aumentar, tivesse diminuído, eu estaria anunciando (a volta)".

Segundo o secretário, o protocolo apresentado à secretaria previa um início com 30% do público, que iria aumentando de acordo com os critérios estabelecidos. "A referência é o avanço da vacinação e comportamento da pandemia", reafirma. Esse percentual é o mesmo que o Bahia solicitou para voltar a receber o público na Fonte Nova.

O secretário diz que haverá controle em relação a quem vai poder frequentar os estádios nesse momento. "No que a FBF apresentou, tem um conjunto de medidas. Não pode entrar qualquer pessoa. Tem que ter vacinação, tem que ter distanciamento", destacou. O governador reforçou que a vacinação será obrigatória. "Quando for liberado, aviso de antemão: exigiremos a segunda dose aplicada. Faremos diferente de outros estados, que admitiram a primeira dose e teste de covid. Aqui, não. Exigiremos a segunda dose, já que adiantamos bastante a aplicação".

O governador Rui Costa anunciou nesta segunda-feira (27) a autorização para convocação de mais 1,7 mil aprovados em concurso para a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) feito em 2019. Disse também que o governo vai fazer um concurso para a Polícia Civil no início do ano.

"Nós até o início do ano que vem concluíremos o treinamento de mil policiais que estão nesse momento em curso da Polícia Militar. E já autorizei o comandante a chamar todos, o concurso foi feito para 2 mil vagas, mas ao todo tivemos 2,7 mil aprovados. Nesse momento, eu autorizo a convocação de todos os 1,7 mil policiais", anunciou Rui, durante evento para entrega de novas viaturas à PM.

"Assim que concluir esse treinamento, o comandante fará um esforço para fazer um treinamento maior, já no início do ano, para a gente reforçar esse contingente", acrescentou.

Em seguida, Rui falou da seleção para novos policiais civis. "Só poderemos fazer concurso em janeiro, em razão da legislação, mas já autorizei todos os trâmites para mil vagas da Polícia Civil. Também para gente reforçar o processo de investigação e monitoramento", disse.

Na pandemia, a alta de preços da carne bovina tem revertido esse cenário e a carne suína, que nada tem de remosa, passou a ser mais buscada. Agora, é a vez do porco na mesa!

Entre o ano passado e este ano, a carne suína teve a menor alta de preços que teve a menor alta - 16,77% na comparação com o frango, por exemplo, que teve alta de quase 30% e do ovo que subiu 25%. Em 2021, o preço até chegou a apresentar uma leve queda - 0,62%, segundo levantamento exclusivo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a pedido da reportagem.

No segundo trimestre deste ano, o Brasil bateu recorde histórico em quantidade de suínos abatidos. Foram 13,04 milhões, uma alta de 7,6% em relação ao mesmo período de 2020, ainda de acordo com o IBGE. Na Bahia, também houve aumento de 33.056, no segundo trimestre do ano passado, para 48.422 no mesmo período deste ano.

“A maioria está comprando porque está com o preço mais em conta. Há dois meses, acontece aqui um dia de promoção aqui só para os suínos”, conta Romário Amaral, gerente de um frigorífero na Barra.

Um quilo de pernil de porco sai a R$ 14,99, enquanto da carne bovina custa do triplo para mais. “É uma diferença grande”, diz. A economista, mestre em Economia Regional e Políticas Públicas e professora da UniFTC Rosana Queiroz explica que é esperável que o consumo seja alterado conforme o aumento do preço dos produtos.

A alta no preço das proteínas animais, de modo geral, explica ela, tem sido observada devido ao aumento do preço dos insumos utilizados na produção da ração - como milho e soja - para animais. A desvalorização do real, nesse cenário, é outro fator que contribui para essa alta de preços que é sentida pelo consumidor final.

"Quando os insumos para a produção de carnes sofrem alteração de preço, o impacto observado é a elevação do preço final ao consumidor".

Mas o preço não é a única justificativa da nova popularidade da carne suína. Embora seja a maior razão para isso, há de se considerar a incorporação da carne suína no mundo gastronômico, segundo consumidores e chefes ou especialistas em carne, como Emanuelle, que viu a carne suína passar a compor um dos pratos mais disputados do seu restaurante - a porcocha, coxinha recheada com pernil suíno assado.

Em 2015, Emanuelle criou um prato com o perfil assado, em que a carne era assada horas a fios, a baixa temperatura. Quase ninguém comprava, mesmo que Emanuelle insista para que experimentassem.

“Hoje, eu coloco essa porcocha como edição especial de sexta-feira, no happy hour e todo mundo gosta, esgota”, conta.

No São João, o restaurante de Emanuelle vendeu leitão assado e, segundo ela, “não deu para quem quis”.

Quando começou a trabalhar em um restaurante especializado em carne, em Salvador, Luís Carlos lembra que os clientes tinham tanto medo da carne suína, que pediam ela sempre bem passada, o que comprometia a suculência.

“Hoje, as pessoas comem mais despreocupadas e têm bastante saída”, conta o gerente, conhecido como Acerola.

Agora, acontece de um cliente pedir a carne suína realmente por opção, sem medo. E o preço vem a agregar. Lá, 350 gramas de carne suína, com duas guarnições, custa R$ 64,90. A picanha bovina sai por R$ 129,90. “O preço e a qualidade da produção, da criação do animal, mudaram esse preconceito que existia”, opina.

A vez do porco

O preconceito em relação ao porco, no Brasil, sempre partiu do ponto de que o porco era, quase que por natureza, um animal sujo, criado num ambiente propício à transmissão de doenças - o chiqueiro. Essa é uma concepção, no entanto, que não acompanhou as mudanças ocorridas quando o assunto é produção de carne suína, que deve seguir padrões tão rigorosos de produção quanto os da carne bovina e frango. Em 2018, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), criou uma Instrução Normativa que regulamenta o abate de suínos no Brasil.

Anualmente, cada brasileiro consome 15,3 quilos de carne suína, contra 42,8 quilos de frango - a proteína mais consumida - e 39 quilos de carne, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O maior importador de carne suína para o Brasil é a China. Já o maior exportador do país é Santa Catarina, segundo o IBGE. Entre os anos 60 e 70, produtores brasileiros passaram a importar raças - como a Duroc, norte-americana, e Large White, inglesa.

Em um frigorífero do bairro de Plataforma, um funcionário, que pediu para não ser identificado, disse que já percebe a chegada de clientes que compram a carne suína por preferência - e o preço é um plus. “O que a gente mais vende é pernil e tem gente que chega aqui para comprar o suíno mesmo porque gosta”, diz. Lá, o quilo do pernil custa R$ 18,99, o do filé de carne bovina R$ 33,99 e do frango R$ 13,99.

Antes da pandemia, Elza Nathalie Pinto Peixoto, 33, consumia esporadicamente a carne suína. A única exceção era a costelinha de porco. Hoje, a bisteca e o lombo, outros dois cortes do porco, entraram de vez para a rotina alimentar. Pelo menos duas vezes por semana, é dia de comer suíno - assado ou ao molho. O resto, frango, peixe ou fígado de carne.

"Nosso padrão de proteína animal mudou totalmente pela questão financeira. A gente compra muito menos carne bovina e hoje", conta a funcionária pública, que mora em Ilhéus.

Carne de porco é saudável, dizem nutricionistas

A ideia de que a carne de porco faz mal não encontra nenhum respaldo na ciência. O alimento, na verdade, é fonte de nutrientes - o principal, a proteína - "que devem fazer parte da alimentação diária", explica a nutricionista Michelle Oliveira. Em alguns pontos da tabela nutricional, há até vantagens do suíno em relação à carne vermelha.

"Ela contém mais creatina e aminoácidos essenciais do que a carne vermelha e outros tipos de carnes e é a principal fonte de vitaminas do complexo B, rica em selênio, gorduras boas", pontua.

A carne de porco brasileira tem 31% menos gordura, 14% menos calorias e 10% menos colesterol que há 40 anos, afirma a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Em comparação a aves e peixes, outras duas opções diante da alta da carne bovina, os suínos possuem maior quantidade total de ferro, explica Michelle. Para manter uma preparação saudável no dia a dia, o indicado é optar por cortes mais magros, como lombo, plaeta e pernil, e cozinhá-los na grelha, forno ou ensopados - sem fritar.

"Alguns cortes como o lombo e o filé mion suíno, inclusive, chegam a ter menos gorduras do que cortes de frango".

Os cuidados que se deve tomar na escolha e preparo do suíno, afirma Michelle, são os mesmos que se deve ter no preparo de outras carnes e têm a ver, principalmente, com a procedência da carne e a higiene na feitura. "Cortes que compramos embalados, com boa procedência, são seguros, pois os animais são criados cumprindo os parâmetros de segurança", explica. Não existem evidências científicas, por exemplo, de que a carne suína é mais arriscada à saúde que a bovina ou de frango, por exemplo.

Na hora de cozinhar, ela recomenda que a temperatura seja mantida superior a 65ºC até a carne não estar mais rosada, o que indica que ela ainda está crua. Depois, o ideal é deixar as carne descansar antes de servir - dessa forma, ela conserva os sucos e fica mais saborosa.

DICA PARA COMPRAR E CONSUMIR CARNE DE PORCO

1) Ao comprar uma carne a vácuo, observe se o vácuo está fechado firme. Quando a carne perdeu o vácuo, não é um bom sinal.
2) Se a carne não está congelada, é comum ter líquido. Muito líquido, no entanto, indica má conservação da carne.
3) Se existem notas arroxeadas, não compre.
4) Toque a carne. Se ela estiver visgando, é sinal de que a carne iniciou processo de deterioração.

5) No dia a dia, opte por preparos grelhados ou na frigideira, com manteiga, após marinar com frutas cítricas.

Denunciados pela terceira vez na Operação Cartel Forte, Adriano Muniz Decia e Catiucia de Souza Dias, foram presos na manhã dessa segunda-feira (27). Eles, que já tinham sido presos anteriormente e liberados pela Justiça, são apontados, respectivamente, como líder e gerente operacional da associação criminosa que articulava esquema fraudulento na prestação de serviços de estampamento de placas veiculares junto ao Departamento Estadual de Trânsito na Bahia (Detran-BA).

A prisão nessa segunda-feira (27) é em cumprimento a mandado deferido pela Justiça, atendendo a pedido realizado pelo Ministério Público estadual em ação cautelar ajuizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles foram presos pela primeira vez no dia 10 de fevereiro deste ano, quando foi deflagrada a operação, e soltos no dia 26 do mesmo mês a pedido da defesa.

O restabelecimento da prisão preventiva foi solicitado com base em nova denúncia, oferecida pelo MP contra eles, na qual os dois são acusados do cometimentos dos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Na ação, o Gaeco apontou que, diante dessas “imputações gravíssimas”, há “robusto” conjunto probatório, alcançado em três denúncias, do “risco iminente de dano irreparável à ordem econômica e à ordem pública”.

O mandado de prisão foi expedido pela desembargadora do Tribunal de Justiça Ivete Caldas na última sexta-feira (24). Na semana passada, o MP denunciou Adriano Muniz Decia, Catiucia de Souza Dias, Rafael Ângelo Eloi Decia e Ivan Carlos Castro do Carmo por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Essa foi a terceira denúncia oferecida pela operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), desde que ela foi deflagrada, no dia 10 de fevereiro de 2021. Na denúncia, o Gaeco explicou que a associação criminosa surgiu para praticar crimes de cartel, falsidade ideológica, fraude em licitações e lavagem de capitais.

O Gaeco afirmou ainda que, ao menos em uma operação financeira, os créditos utilizados para remunerar as cotas dos empresários do cartel vinham de um elaborado mecanismo de lavagem de capitais que utilizava um "stand” de eletrônicos situado na 25 de março, em São Paulo. O "stand" movimentou mais de R$80 milhões em dois meses. Todas as operações de lavagem eram precedidas de alienação de criptoativos.

Após a nova denúncia, o Detran-BA disse que tem colaborado com o MP-BA para apuração dos fatos que motivaram a deflagração da Operação Cartel Forte e informou que "as estampadoras de placas envolvidas estão processadas, conforme a legislação vigente, publicada pelo órgão através da portaria nº 20 de janeiro de 2020 , visando regulamentar, fiscalizar e disciplinar a atuação das empresas que desempenham estas atividades em todo o estado. As empresas privadas credenciadas ao Departamento precisam cumprir uma série de requisitos legais, e estão sujeitas à pena de cassação do vínculo com o Detran-BA".

Hélio Viana percorreu 220 km entre ida e volta no trajeto Imbassaí-Catu. Fiel da Paróquia de São Francisco, ele conduziu nesta quinta-feira (23) um dos veículos com pessoas protestando pela volta do padre Fernando de Almeida Silva, que foi aconselhado pela Diocese de Alagoinhas a renunciar do cargo sacerdotal na Paróquia Sant'Ana de Catu após permitir que fiéis leigos (aqueles que não são padres, bispos ou o próprio papa) fizessem a oração eucarística. A atitude é considerada uma falha grave pelos dogmas católicos. E a punição foi considerada desproporcional pelos fiéis.

Hélio conviveu com Fernando por 11 anos, período em que ele liderava comunidades católicas em Mata de São João. No município, ele era pároco na Igreja São Francisco do Litoral, em Praia do Forte, mas também tinha forte participação em outras localidades como Porto de Sauípe, onde ajudou a transformar a Igreja de São Sebastião em paróquia antes de ser transferido para Catu.

“Ele fez um trabalho muito importante, uma missa alegre, que trazia os jovens para a igreja. Um trabalho lindo, espetacular. Quando ele saiu, deixou muita saudade. Assim que soubemos dessa injustiça que foi cometida contra ele, nos juntamos para apoiar o povo de Catu e a esse homem de Deus que tanto fez por nós”, disse Hélio.

Fundador do Grupo Jovem da Paróquia de São Sebastião, em Porto de Sauípe, Alberto Júnior foi outro a sair do Litoral Norte baiano rumo a Catu para participar da carreata. Ele fez questão de agradecer ao padre Fernando pelo trabalho feito na região.

Os manifestantes ficaram concentrados na porta da Igreja Nossa Senhora Sant'Ana pedindo a volta do pároco às atividades no município. A manifestação teve estouro de fogos de artifício, buzinas e cartazes com a frase e hashtag #SomosTodosPadreFernando.

Coordenadora da paróquia em Mata de São João, Célia Laudana afirmou que Fernando “é um padre de verdade, comprometido com a obra da Igreja Católica e com Deus” e que a igreja deveria rever o seu posicionamento.

Fiel catuense, Wilza Sena contou que não existe motivo para um afastamento tão abrupto. “Ele pediu perdão. E outra coisa, tem mostrado fidelidade, honra e dignidade no trabalho. É uma pessoa de respeito. Íntegro e devoto. Por que tirar o padre por uma falha? Uma batina? Padre Fernando precisa voltar para dar continuidade ao trabalho grandioso que tem feito em Catu”, disse a devota.

Comerciante, fiel e um dos organizadores da mobilização em prol do padre, Augusto Gomes afirmou que a expectativa era de que 300 carros participassem da carreata, mas a forte chuva em Catu acabou afastando algumas pessoas, que, como os grupos de Mata de São João, sairiam de outras cidades.

"De qualquer maneira, o recado está dado. Nós queremos que o padre Fernando volte para retomar o belo trabalho que fazia aqui na cidade. A Igreja é para perdoar. Ele não matou, não roubou, muito pelo contrário, revolucionou a Igreja. Trouxe estrutura, alegria e aproximou as pessoas".

A Diocese de Alagoinhas se manifestou em nota assinada por seu administrador Diocesano, o padre Antônio Ederaldo de Santana. No ofício, afirma que aceitou a carta de renúncia do Pe. Fernando por precaução e negou as acusações de induzir ou obrigá-lo a pedir sua saída da Paróquia. A Diocese também diz que não faltou com misericórdia com o padre, alegando que ele segue recebendo um "honesto sustento, conforme a realidade econômica da nossa Diocese".

"Aceitamos assim, a sua saída da Paróquia por ad cautelam (como precaução), a fim de averiguar melhor a situação na qual se envolveu, oferecendo-lhe o devido acompanhamento e dando-lhe a chance de apresentar a sua defesa no momento oportuno, conforme o procedimento estabelecido pelo ordenamento canônico nestes casos", diz a nota.

Segundo a Diocese, o ato do Pe. Fernando em permitir que leigos assumissem a Liturgia Eucarística transgrediu o teor do cânon 1384 do Código de Direito Canônico e causou "escândalo à comunidade católica em sua universalidade, visto que tal atitudo do referido Sacerdote, foi transmitida em rede social". Leia a íntegra da nota no final da reportagem.

Entenda o caso
Padre Fernando foi afastado porque permitiu que fiéis leigos fizessem a oração eucarística no dia 22 de agosto de 2021. Houve uma denúncia da atitude tomada pelo padre que chegou até os bispos da região e, também, para o administrador diocesano de Alagoinhas, atualmente sem bispo.

A diocese entrou em contato com o padre e o aconselhou a renunciar porque manter o sacerdote na paróquia com o processo em andamento poderia acarretar numa possível exclusão do exercício do sacerdócio. Ou seja, ele deixaria de ser padre.

Nota da Diocese

"A Diocese de Alagoinhas, vacante desde o dia 19 de março de 2021, tendo o seu Bispo diocesano, Dom Paulo Romeu Dantas, sido transferido pelo Papa Francisco, para a Diocese de Jequié-BA, passou a ter como governo diocesano um administrador, conforme os cânones 424-430. Assim sendo, assumi, portanto, a função de Administrador diocesano desta Diocese, tornando-me resposável pelo bom andamento dos trabalhos pastorais realizados nas nossas comunicades eclesiais, inclusive cabendo a mim, a manutenção da ordem e da disciplina eclesiástica até a chegada do novo Bispo diocesano.

Em 22 de Agosto de 2021, o Reverendíssimo Pe. Fernando, até então, Pároco da Paróquia Senhora Santana, em Catu-BA, celebrou a Santa Missa, naquele domingo, convidando leigos a assumirem funções, na Liturgia Eucarística, de exclusiva competência dos que gozam do Ministério Sacerdotal, ou seja, Bispos e Presbíteros. Consequentemente, tal atitude transgrediu o teor do o cânon 1384, do Código de Direito Canônico, causando escândalo à comunidade católica em sua universalidade, visto que tal atitudo do referido Sacerdote, foi transmitida em rede social.

Diante disso, o Reverendíssimo Pe. Fernando, consciente das consequências de seu ato, por respeito e fidelidade a doutrina da Igreja sobre a Santíssima Eucaristia e zelo pelo seu sacerdócio ministerial, no dia 31 de agosto de 2021, apresentou a renúncia do seu ofício de Pároco da Paróquia Senhora Santana, em Catu-BA, a mim, Administrador diocesano desta Igreja Particular de Alagoinhas-BA. Poderadamente, para que se evitasse um mal maior ao Sacerdote e à comunidade católica, aceitei sua renúncia e a Diocese se colocou à disposição para ajudá-lo no que fosse preciso. Logo, em nenhum momento o Reverendíssimo Pe. Fernando, foi induziddo, coagido ou obrigado a renunciar. Nem tampouco, o nosso irmão no sacerdócio, foi tratado pela Igreja sem misericórdia. Isso é comprovado pelo compometimento em ajudá-lo por meio de um honesto sustento, conforme a realidade econômica da nossa Diocese. Aceitamos assim, a sua saída da Paróquia por ad cautelam (como precaução), a fim de averiguar melhor a situação na qual se envolveu, oferecendo-lhe o devido acompanhamento e dando-lhe a chance de apresentar a sua defesa no momento oportuno, conforme o procedimento estabelecido pelo ordenamento canônico nestes casos."

Nota assinada pelo Pe. Antonio Ederaldo de Santana, administrador Diocesano; e Pe. Carlos Alberto da Conceição, chanceler.

Durante sua tradicional ‘Live da Semana’, apresentada nesta quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou que a primeira-dama Michelle Bolsonaro se vacinou contra a covid-19 para acompanhá-lo na viagem para Nova York, nos EUA, onde participaram da abertura da 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

Na transmissão ao vivo, o presidente disse que a sua esposa o procurou e pediu ajuda para decidir se tomava ou não a vacina. Bolsonaro afirmou que deu sua opinião, mas não revelou qual seria ela.

"Olha o que aconteceu com minha esposa agora nos Estados Unidos. Veio conversar comigo: 'Tomo ou não tomo a vacina?'. Dei minha opinião, não vou falar aqui qual foi. Ela tomou a vacina. É maior de idade, tem 39 anos, e sabe o que faz", disse o presidente.

A live foi apresentada apenas por Bolsonaro, que está isolado no Palácio da Alvorada após ter tido contato com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que teve caso confirmado da covid-19 na última terça-feira (21).