Sexta, 01 Novembro 2024 | Login

Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1 000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado, ao qual o Estadão teve acesso, informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose).

Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que o produto fabricado na Índia "custaria menos do que uma garrafa de água". Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) - a mais cara das seis vacinas compradas até agora.

A ordem para a aquisição da vacina partiu pessoalmente do presidente Jair Bolsonaro. A negociação durou cerca de três meses, um prazo bem mais curto que o de outros acordos. No caso da Pfizer, foram quase onze meses, período em qual o preço oferecido não se alterou (US$ 10 por dose). Mesmo mais barato que a vacina indiana, o custo do produto da farmacêutica americana foi usado como argumento pelo governo Bolsonaro para atrasar a contratação, só fechada em março deste ano.

Diferentemente dos demais imunizantes, negociados diretamente com seus fabricantes (no País ou no exterior), a compra da Covaxin pelo Brasil foi intermediada pela Precisa Medicamentos. A empresa virou alvo da CPI da Covid, que na semana passada autorizou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de um de seus sócios, Francisco Maximiano. O depoimento do empresário na comissão está marcado para amanhã.

Os senadores querem entender o motivo de o contrato para a compra da Covaxin ter sido intermediado pela Precisa, que em agosto foi alvo do Ministério Público do Distrito Federal sob acusação de fraude na venda de testes rápidos para covid-19. Na ocasião, a cúpula da Secretaria de Saúde do governo do DF foi denunciada sob acusação de ter favorecido a empresa em um contrato de R$ 21 milhões.

A Precisa tem como sócia uma outra empresa já conhecida por irregularidades envolvendo o Ministério da Saúde - a Global Gestão em Saúde S. A. Ela é alvo de ação na Justiça Federal do DF por ter recebido R$ 20 milhões da pasta para fornecer remédios que nunca foram entregues. O negócio foi feito em 2017, quando o ministério era chefiado pelo atual líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), do Centrão. Passados mais de três anos, o ministério diz que ainda negocia o ressarcimento.

Em depoimento ao Ministério Público, um servidor do Ministério da Saúde aponta "pressões anormais" para a aquisição da Covaxin. O funcionário relatou ter recebido "mensagens de texto, e-mails, telefonemas, pedidos de reuniões" fora de seu horário de expediente, em sábados e domingos. Esse depoimento está em poder da CPI.

O servidor assegurou que esse tipo de postura não ocorreu em relação a outras vacinas. O coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, Alex Lial Marinho, foi apontado como o responsável pela pressão.

O interesse do Brasil na Covaxin foi registrado formalmente em carta de Bolsonaro ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em 8 de janeiro. Na ocasião, o brasileiro informou ter incluído o imunizante no Plano Nacional de Imunização.

Acordo
Quatro dias depois, a Bharat Biotech anunciou em seu site que havia assinado um "acordo com a Precisa Medicamentos para fornecimento de Covaxin para o Brasil". Segundo o anúncio da empresa, o embaixador do País na Índia, André Aranha Corrêa do Lago, havia expressado o interesse do governo brasileiro em adquirir o imunizante indiano.

Nos meses anteriores, a embaixada brasileira havia feito uma verdadeira "pesquisa de mercado" dos imunizantes indianos disponíveis para a venda. Um telegrama enviado por Lago em 31 de agosto do ano passado detalhava cinco iniciativas relativas a vacinas no país asiático. Uma delas era a Covaxin, que usa uma versão inativada do vírus Sars-CoV-2, tecnologia menos avançada do que a usada pela Pfizer.

Quatro meses depois, em dezembro, o ministro-conselheiro da embaixada Breno Hermann relatou uma conversa com Lisa Rufus, relações públicas da Bharat Biotech, na qual ela citou que "uma dose da Covaxin custará 'menos que uma garrafa de água'".

O valor da vacina foi tópico de outro telegrama, em 15 de janeiro. Dessa vez, o embaixador dizia ao Itamaraty que o governo indiano vinha sendo criticado pelo preço que havia pagado pela Covaxin (US$ 4,10).

O Ministério da Saúde fechou o contrato para a aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin por R$ 1,6 bilhão em 25 de fevereiro, antes mesmo de assinar com a Pfizer e com a Janssen, por US$ 10 a dose em ambos os casos. As duas fabricantes já concluíram os testes de seus imunizantes, enquanto os estudos de fase 3 da vacina indiana - a última etapa - ainda estão incompletos.

Detalhes do contrato foram contados pelo sócio da Precisa ao embaixador do Brasil na Índia em um encontro em março. Segundo Maximiano, além das 20 milhões de doses, o Ministério da Saúde tem a opção de compra de outras 12 milhões de unidades. "Maximiano frisou que, ainda que tenha sido a Precisa Medicamentos a assinar contrato com o governo brasileiro, o pagamento, que, segundo os termos do contrato, só poderia ocorrer após licenciamento da vacina no Brasil, será feito diretamente pelo Ministério da Saúde à companhia indiana", aponta o relato do embaixador. Ao pedir as quebras de sigilo do empresário, porém, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirma que a Precisa receberá R$ 500 milhões pelo negócio.

Questionada, a Precisa informou que "o preço da vacina é estabelecido pelo fabricante", mas não informou se recebeu comissão pelo negócio. Sobre a denúncia de irregularidade na venda de testes ao governo do DF, a empresa diz ter cumprido "todas as exigências legais" e que já prestou esclarecimentos às autoridades. Também procurado, o Ministério da Saúde se limitou a dizer que o pagamento das vacinas será feito "somente após a entrega das doses".

China alertou sobre interferência política
A China alertou o Brasil, em novembro, sobre a necessidade de avançar na produção da Coronavac - vacina desenvolvida em parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan, de São Paulo - sem interferências políticas. O alerta foi feito um mês após o presidente Jair Bolsonaro declarar que não compraria o imunizante e apontar sua origem (a China) como razão para esse gesto.

Documento enviado à CPI da Covid e obtido pelo Estadão/Broadcast relata encontro entre o vice-ministro de Negócios Estrangeiros da China, Zheng Zeguang, e o embaixador do Brasil em Pequim, Paulo Estivallet de Mesquita, em 24 de novembro.

Na reunião, foi anunciado o envio de 600 litros de insumos para a produção de vacina - carga que chegou em dezembro. "A esse respeito, externou que a China 'espera que não haja interferências políticas nessa área'", informa o documento. O atraso do Brasil na compra de vacinas por questões políticas é um dos focos de investigação da CPI no Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A esposa de Lázaro Barbosa, 32, suspeito de matar uma família em Ceilândia (DF) e de cometer uma série de crimes em fuga, revelou que foi agredida por policiais que queriam saber o paradeiro dele. O homem está foragido há 13 dias.

"O policial deu três, quatro tapas no meu rosto. Ele quebrou o rodo da minha tia e ia me bater com o cabo. Eu pensei comigo: Senhor, eu não acho justo eu apanhar com esse cabo de vassoura. O Senhor sabe que eu não sei onde ele está", contou em entrevista ao "Domingo Espetacular", da TV Record.

Ainda segundo a mulher, um policial ameaçou afogá-la se ela não desse informações sobre a localização de Lázaro. "Isso é um abuso, eles não podem bater na gente assim", completou.

Além da esposa do fugitivo, líderes religiosos de espaços tradicionais de matriz africana em Goiás também denunciam abusos de autoridade por parte da Polícia durante as buscas a Lázaro.

Procurada pelo "Domingo Espetacular", a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás afirmou que a polícia age de acordo com protocolos, e que as denúncias serão apuradas.

A mulher de Lázaro também relatou ameaças de civis que acreditam que ela tenha informações sobre o marido.

"Muitos estão falando que eu era cúmplice, que eu sabia de tudo, que eu tinha que morrer. Hoje mesmo uma mulher me falou para eu não ficar andando na rua, porque tem muita gente comentando: por que não mata a mulher dele? Corta o pescoço dela para ver se atinge ele, se ele se entrega", disse.

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O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nesta quinta-feira (17), a lei que prorroga as medidas emergenciais adotadas pelo governo para o setor de aviação civil em razão da pandemia da covid-19. A legislação, originária da Medida Provisória 1024/2020, estende as regras de reembolso e remarcação de passagens aéreas para voos cancelados durante a pandemia. O texto original, editado pelo governo no final de 2020, prorrogava as medidas até 31 de outubro. Mas no Congresso a MP sofreu alterações e os parlamentares aumentaram o prazo até 31 de dezembro deste ano. O reembolso poderá ser feito em 12 meses a contar da data do voo cancelado, sem multa.

A medida, segundo a Secretaria Geral da Presidência da República, deu maior flexibilidade aos usuários de transporte aéreo para desistência de voo, em face das incertezas provenientes da evolução da pandemia, bem como prorroga as medidas de alívio ao fluxo de caixa das empresas aéreas que ainda estão em cenário de incerteza.

"Diante desse cenário, entendeu-se que a prorrogação da autorização aos operadores aéreos para o reembolso em doze meses, nos casos de cancelamento de voos, seria uma medida relevante para a redução do impacto imediato no caixa das empresas e, assim, reduzir o risco de insolvências que poderiam ocasionar efeitos disruptivos na oferta de transporte aéreo no País", diz a Secretaria Geral em nota.

A lei, no entanto, foi sancionada com um veto ao artigo que permitia às concessionárias anteciparem o pagamento das contribuições fixas vincendas e que, para o cálculo, deveria ser usada a taxa vigente do fluxo de caixa marginal adotada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para processos de revisão extraordinária, acrescida de 5 pontos porcentuais para a concessionária que optasse por antecipar, no mínimo, 50% do valor total remanescente das contribuições fixas. Esse item foi incluído no texto na tramitação da matéria no Congresso.

"Apesar de meritória, a propositura contraria interesse público pois reduziria as receitas da União nos exercícios seguintes - devido à redução do valor presente líquido das outorgas - e a previsibilidade das receitas, o que impactaria não apenas a programação financeira anual, mas também o fluxo de caixa mensal e a disponibilidade de fontes para o caixa do Tesouro, tendo em vista que prejudica o alcance das metas fiscais e não atende aos requisitos previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias 2021, impactando o equilíbrio econômico de contratos já firmados", diz a nota da Secretaria Geral ao justificar o veto.

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A Seleção Brasileira mostrou que vai em busca do bicampeonato da Copa América. Ontem, diante do Peru, no estádio Engenhão, no Rio, o time goleou por 4x0, gols de Alex Sandro, Neymar, Everton Ribeiro e Richarlison. Com o resultado, a equipe canarinho ocupa a liderança do Grupo B, com seis pontos em duas rodadas.

Tite fez mudanças em relação ao primeiro jogo. Ederson, Thiago Silva, Alex Sandro, Fabinho, Everton Cebolinha e Gabigol tiveram a oportunidade de começar entre os titulares. A escolha deu certo, afinal, o lateral esquerdo abriu o placar aos 11 minutos da etapa inicial.

Everton recebeu passe pelo lado esquerdo e cruzou na área. A bola desviou e sobrou para Gabriel Jesus, que tocou para o meio. Alex Sandro bateu de primeira e mandou para o fundo da rede. Apesar disso, o primeiro tempo foi truncado e terminou assim mesmo.

Após a chuveirada, Tite promoveu mudanças e o Brasil deslanchou, principalmente com Everton Ribeiro e Richarlison.

Neymar foi tocado por Tapia dentro da área aos 14. O juiz marcou o pênalti, mas, após ser avisado pelo VAR, anulou. O craque não desistiu e balançou a rede aos 22 minutos. Ele recebeu na entrada da área, girou e, de perna direita, mandou o chute forte e rasteiro. Gallese se esticou todo para tentar pegar, sem sucesso.

Ainda tem tempo, no fim, de mais dois gols. Após triangulação com Neymar e Richarlison, Everton Ribeiro entrou na área e bateu forte para ampliar. Aos 46, Richarlison aproveitou o rebote do goleiro em chute de Firmino e fechou o placar em 4x0.

O Brasil folga no final de semana e só volta a jogar na próxima quarta-feira, às 21h, quando encara a Colômbia, novamente no Engenhão.

FICHA TÉCNICA

Brasil Ederson, Danilo (Emerson), Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro (Renan Lodi); Fabinho, Fred e Everton (Richarlison); Gabriel Jesus (Roberto Firmino), Gabigol (Everton Ribeiro) e Neymar Técnico Tite

Peru Gallese, Corzo, Christian Ramos, Abram e Marcos López; Tapia, Yotún (Arias), Carrillo, Cueva (Távara) e Peña (Iberico); Lapadula (Valera) Técnico Ricardo Gareca

Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro

Gols Alex Sandro, aos 11 minutos do 1º tempo; Neymar, aos 22, Everton Ribeiro, aos 43, e Richarlison, aos 46 minutos do 2º tempo

Cartão Amarelo Gabriel Jesus (Brasil); Christian Ramos, Yotún e Távara (Peru)

Arbitragem Patricio Loustau, auxiliado por Gabriel Chade e Ezequiel Brailovsky (trio da Argentina)

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A pedido da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Governo Federal admite que vai criar grupo de trabalho para avaliar a proposta de flexibilizar a regra que versa sobre o prazo de validade dos alimentos no Brasil.

A entidade realiza 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento na manhã desta quinta-feira, 17. A ideia em relação à validade é que sejam adotadas vendas a baixo custo, além de doações, a partir de prazos específicos de validade, evitando desperdícios.

Com participação por meio de vídeo no Fórum, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, acenou para a criação do grupo de trabalho além do período de 15 dias para dar um retorno sobre a proposta.

"Podemos rever uma série de fatores e gargalos, principalmente em relação à validade dos nossos alimentos. A pandemia nos trouxe esse tema de maneira perceptível", afirmou durante sua fala no evento. “Há muito tempo a gente precisava trabalhar o mapa da fome de maneira mais objetiva, nós sentarmos num grupo colocar uma meta de x dias pra gente trazer uma solução e voltar a falar."

O ministro da Cidadania, João Roma, adiantou que o governo pode adequar a legislação para que seja possível, no âmbito do Direito do Consumidor, evitar desperdício.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, acrescentou que a pasta vai compor o grupo. A ideia é interligar o novo Bolsa Família com o combate ao desperdício de alimentos no Brasil.

Na sugestão de Guedes, restos de de famílias e restaurantes poderiam ser destinados a pessoas vulneráveis. Para isso, a regra do prazo de validade no País teria de mudar. Pois o consumo somente é permitido dentro de certo período. Após o vencimento não pode haver ingestão ou doações.

"O prato de um classe média europeu, que já enfrentou duas guerras mundiais, são pratos relativamente pequenos. E os nossos aqui nós fazemos almoços onde, às vezes, há sobra enorme. Isso vai até o fim, que é a refeição da classe média alta, até lá há excessos", frisou o ministro da Economia.

Ele questionou ainda que esses excessos poderiam ser usados em políticas sociais. "Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados", afirmou.

Outra medida levantada por Guedes é que o segmento supermercadista possa vender remédios que não necessitem de receita médica, conforme modelo que já é utilizado em outros países, como nos Estados Unidos.

"Temos que criar condições pra vocês abrirem mais pontos de atendimento. Outra ponta é vocês se transformarem mais e mais em polivalentes. Vender vegetais, legumes frutas mas também medicamentos etc, abastecendo as necessidades diárias do consumidor. Remédios de fácil atendimento pra facilitar a vida do consumidor".

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A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil subiu esta semana para 1,07. O índice é medido pelo Imperial College de Londres.

Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 107. Na semana passada, o Rt do Brasil estava em 0,99. Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,28) ou menor (Rt de 1,02). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 128 ou 102, respectivamente.

A universidade britânica também projeta que o Brasil tenha 14.300 mortes devido à Covid-19 nesta semana. O cenário mais positivo prevê 12.400 óbitos e, o mais negativo, 16.500.

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O Brasil começou bem a busca pelo décimo título da Copa América. Na noite deste domingo (13), a seleção canarinha bateu a Venezuela por 3x0, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Os gols foram marcados por Marquinhos, Neymar, de pênalti, e Gabigol.

O jogo foi válido pelo Grupo B, que também conta com Colômbia, Equador e Peru. Todos se enfrentarão e somente o último colocado não se classificará para as quartas de final. No Grupo A, estão Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.

A competição, é bom lembrar, veio após muitas mudanças e polêmicas. Inicialmente, o torneio seria realizado na Colômbia e na Argentina, mas foi cancelado nos dois países. No primeiro, por protestos. Em solo argentino, por conta do avanço da covid-19. O Brasil, então, foi escolhido como sede, em uma decisão muito criticada por especialistas em saúde pública.

Durante esse período, Rogério Caboclo, presidente da CBF, foi afastado por denúncia de assédio sexual e moral feito por uma funcionária da entidade. No cenário conturbado, foi cogitada a ideia de abandono da Copa América por parte dos jogadores da seleção. Os atletas, porém, decidiram participar da disputa, mesmo contrariados. "Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira", disseram, em manifesto.

O Brasil, que é o atual campeão, volta a entrar em campo na quinta-feira (17), para enfrentar o Peru. A partida será às 21h, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

O jogo

O primeiro tempo teve controle brasileiro. Diante de uma Venezuela fechada, com cinco jogadores na primeira linha e meias próximos, a seleção canarinha tentava encontrar espaços. Ficou com a bola na maior parte do tempo e finalizou mais, ainda que sem muitos lances empolgantes.

A pressão brasileira começou aos 7 minutos, com duas oportunidades seguidas de Richarlison, uma delas defendida pelo goleiro Graterol. Aos 10, foi a vez de Militão ficar perto de abrir o placar, e por pouco não conseguia.

Depois de algumas tentativas, o primeiro gol do Brasil saiu aos 22 minutos. Neymar cobrou escanteio e a bola desviou no meio do caminho. Sobrou para Marquinhos, que dominou na pequena área e finalizou de canhota: 1x0.

Três minutos depois, Richarlison balançou as redes de novo, mas o lance foi anulado já que o atacante estava adiantado. Neymar teve uma boa chance aos 29, só que a bola só tirou tinta da trave. O placar permaneceu até o fim do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, o Brasil voltou a fazer pressão, buscando o segundo gol. Podia ter ampliado ainda aos 2 minutos, com Richarlison, mas o atacante cabeceou mal, por cima do gol.

Se não saiu ali, veio aos 18 minutos. Danilo recebeu na entrada da área, mas foi derrubado por Cumaná na área, e o árbitro marcou o pênalti. Neymar foi para a cobrança e assinalou o 2x0. Foi o 67º gol do craque do PSG pela seleção brasileira, igualando a marca de Ronaldo.

O camisa 10 por pouco não marcou um golaço aos 37 minutos, quando deu linda arrancada, tabelou com Gabigol, entrou na área e finalizou, mas a bola saiu pela linha de fundo.

Aos 43, o atacante do Flamengo selou o placar. Neymar recebeu de Alex Sandro, limpou Graterol e cruzou na primeira trave, encontrando Gabigol, que escorou de peito para o fundo das redes.


FICHA TÉCNICA

Brasil 3x0 Venezuela - 1ª rodada do Grupo B da Copa América

Brasil: Alisson, Danilo, Eder Militão, Marquinhos e Renan Lodi (Alex Sandro); Casemiro, Fred (Fabinho) e Paquetá (Everton Ribeiro); Gabriel Jesus (Vini Jr.), Richarlison (Gabigol) e Neymar. Técnico: Tite.

Venezuela: Graterol; Alex González (Hernández), La Mantía, Adrian Martinez, Del Pino e Cumaná; Moreno, Casseres (Castillo), Manzano (Celis) e José Martínez; Aristeguieta (Córdova). Técnico: José Peseiro.

Estádio: Mané Garrincha, em Brasília
Gol: Marquinhos, aos 22 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 18 minutos, Gabigol, aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartão amarelo: Renan Lodi e Gabigol, do Brasil; Manzano e Del Pino Mago, da Venezuela;
Arbitragem: Esteban Ostojich, auxiliado por Carlos Barreiro e Martin Soppi (trio do Uruguai).

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O Instituto Butantan entregou nesta sexta-feira (11) ao Ministério da Saúde um lote de 800 mil doses da vacina contra covid-19 CoronaVac. Essa remessa é parte das 5 milhões de doses previstas para serem liberadas ao longo do mês de junho para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O novo lote está sendo produzido a partir dos 3 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) recebidos no último dia 5 de maio. As doses entregues hoje contemplam o segundo contrato firmado com o governo federal para a entrega de 54 milhões de vacinas. O primeiro, de 46 milhões, foi cumprido em meados de maio.

Segundo informações do governo estadual, com as doses de hoje, o Butantan chega às 48 milhões de vacinas fornecidas ao Ministério da Saúde desde 17 de janeiro, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O governo estadual informou ainda que, até o final de junho, o Butantan receberá um novo lote de 6 mil litros de IFA para a produção de mais 10 milhões de doses.

"Até o final de setembro cumpriremos o nosso projeto, nosso programa de entrega de 100 milhões de doses para o Ministério da Saúde. Vamos seguindo na produção ao longo dos próximos dias e estaremos fazendo uma entrega adicional de mais 5 milhões começando pelas 800 mil que estão sendo embarcadas para o Ministério da Saúde", disse o governador de São Paulo, João Doria.

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Se o ritmo da vacinação permanecer como está agora, a Bahia só vai conseguir imunizar sua população em 23 de novembro de 2023. Já Salvador, apontada como modelo para outras cidades, como Fortaleza, por exemplo, terminará o esquema vacinal dos seus habitantes em 29 de maio de 2022. Isso, pelo menos, é o que projeta o Painel de Vacinação da Covid-19, sistema criado por cientistas de diversas universidades brasileiras que fazem parte do grupo ModCovid19.

Os pesquisadores criaram um modelo matemático que fornece previsões de quando a vacinação será concluída em cada município brasileiro. O cálculo é feito com base no ritmo de vacinação da segunda dose nos últimos 30 dias em cada cidade. Isso significa que quanto mais doses forem aplicadas, mais rápido vai ser o fim da imunização da população. No entanto, nessa atual realidade de 'vacinação a conta-gotas', devido aos constantes atrasos no envio de doses pelo Ministério da Saúde, as previsões dos cientistas não são nada positivas.

Há duas semanas, por exemplo, a projeção do grupo era bem mais positiva: a Bahia iria terminar a imunização em agosto de 2022 e Salvador em janeiro de 2022. O problema é que, nesses 15 dias, o ritmo de aplicação da segunda dose diminuiu em 50% a nivel estadual (De 16 mil segundas doses por dia para 8 mil) e 33% a nível municipal (De 5,7 mil segundas doses por dia para 3,8 mil), segundo os cientistas.

Quando uma cidade passa a aplicar poucas segundas doses, o ritmo de vacinação despenca e a projeção do fim da imunização é bastante aumentada. Esse é o caso de Porto Seguro, de 150 mil habitantes, localizado no sul da Bahia. Lá, apenas 14 segundas doses estão sendo aplicadas por dia, o que jogou a data final de imunização para 25 de junho de 2036. Essa data estipulada representa o momento em que 80% da população maior com 20 anos daquele território estará vacinada com as duas doses.

Os números assustam, mas o professor Krerley Oliveira, coordenador do estudo e do Laboratório de Estatística e Ciência dos Dados da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), alerta que a previsão não é uma sentença e que ela vai mudar assim que o município aumentar seu ritmo de vacinação.

“Essa data é muito sensível a oferta de vacinas. No momento que você tem doses e insumos, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem estrutura e capacidade de vacinar rapidamente a população. É uma previsão que pode mudar a qualquer momento”, diz.

No caso da Bahia, que tem 14,9 milhões de habitantes, o ritmo de vacinação é de 16 mil segundas doses por dia. Já Salvador, onde moram 2,9 milhões de pessoas, são aplicadas 5,7 mil segundas doses por dia. Das 20 maiores cidades do estado, a capital baiana é a que tem uma melhor previsão de vacinação, seguida por Jequié, Lauro de Freitas, Teixeira de Freitas e Ilhéus. Na outra ponta, Porto Seguro, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho, Valença e Itabuna são os que estão em situação mais complicada. Confira a lista completa no final do texto.

Nesse ritmo de vacinação, entre as capitais brasileiras, Salvador tem a sétima melhor previsão de término da vacinação. A cidade perde apenas para Natal, Belo Horizonte, Manaus, Vitória, Porto Alegre e Campo Grande, municípios com menos habitante do que a capital baiana. Campo Grande, inclusive, tem uma população de 900 mil pessoas e é a única que, segundo os cientistas, pode terminar de imunizar a população ainda em 2021, mais especificamente no dia 21 de dezembro.

Já a nível estadual, mesmo sendo o quarto maior estado em população, a Bahia é apenas o 16º com melhor previsão de vacinação, atrás de estados menores como Acre, Mato Grosso e Alagoas, e dos outros três maiores: São Paulo, Minas Gerais e Rio de janeiro.

Pelo menos 70% da população tem que estar vacinada, alerta Sbim
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), a vacina para covid-19 é importante para reduzir a mortalidade causada pelo vírus, manter o funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e os serviços essenciais. Mas para que isso faça efeito, considerando a transmissibilidade da doença, é preciso que cerca de 70% da população esteja imunizada. Esse índice, de acordo com os cálculos do Painel de Vacinação da Covid-19, vai demorar para ser atingido.

“O mais importante agora é vacinar as prioridades. Nos preocupa o fato dos idosos não completarem o sistema de vacinação. Tem muitos que não tomaram a segunda dose e outros até a primeira. As vezes tem cidades onde a vacinação tá evoluindo bem, mas não na faixa etária dos que são mesmo mais necessitados”, lamenta Krerley.

Para o professor, o trabalho feito pelo grupo pode ser utilizado pelos agentes públicos e cidadãos como um instrumento para analisar o avanço da vacinação no país. Dentro da plataforma, também é possível conferir detalhes sobre doses aplicadas por dia, doses aplicadas com atraso, demanda diária por vacinas, vacinação precoce e abandono da vacinação. Também é possível optar por ver os dados totais do país – no dia do fechamento desta reportagem, por exemplo, a previsão era de que a vacinação fosse completada em 9 de setembro de 2022.

Os dados utilizados pelo grupo foram extraídos do Ministério da Saúde. Antes de começar os cálculos, eles descartam os números inconsistentes, como de vacinados que teriam nascido no século XIX, recebido a segunda dose em uma data anterior à primeira, recebido mais de uma dose no mesmo dia, recebido apenas a segunda dose, recebido vacinas diferentes e até recebido a vacina antes de 2021. Mesmo com toda a ‘limpeza’ feita, é possível que ainda haja alguma imprecisão causada pela demora na atualização dos dados, por exemplo.

“Tem informações que são enviadas pelo município com atraso e pode ter mudanças que vão ocorrendo ao longo do dia. Nos números de hoje, pode estar faltando dados de ontem ou anteontem. Por isso, não é algo definitivo. Estamos sempre atualizando”, explica.

Brasil vive escassez de vacina
Para os pesquisadores, a pouca quantidade de vacina existente no Brasil é a principal razão para o baixo ritmo de vacinação e, consequentemente, para a previsão pessimista de quando a imunização será encerrada na Bahia. “A gente precisa de mais vacina, precisamos completar a imunização dos prioritários de campanhas para influenciar as pessoas a se vacinarem. Só assim poderemos nos livrar da pandemia e de suas consequências econômicas e sanitárias, como desemprego, mortes e surgimento de variantes”, defende o professor Krerley.

A Sesab concorda com isso e, diante desse cenário, não se arrisca a fazer alguma projeção. “Cabe ao Ministério da Saúde enviar doses em quantitativo suficiente e manter regularidade nas entregas para que seja possível essa programação com assertividade. No momento, não é adequado fazer previsões com base em entregas realizadas a conta-gotas por parte do Governo Federal”, disseram, em nota.

De acordo com o último censo, ocorrido em 2010, a estimativa populacional do estado com 18 anos ou mais é de 11,1 milhões de habitantes. No momento, a Bahia já imunizou 3,8 milhões de pessoas com a primeira dose, o que equivale a 34,1% da população vacinável, e 1,6 milhões com as duas doses, o que representa 14,2%.

Já em Salvador, que começará a vacinar todas as pessoas com 52 anos ou mais a partir dessa quinta-feira (10), o prefeito Bruno Reis disse que pretende imunizar 50% do público alvo ainda no mês de junho com a primeira dose. Atualmente, a cidade está com 42% alcançado de um total de 1,978 milhão de pessoas acima de 18 anos.

Ministério da Saúde argumenta que escassez de vacina é realidade mundial
Em nota, o Ministério da Saúde disse que a escassez de vacinas é uma realidade mundial e ressaltou que a distribuição de doses aos estados é estimada de acordo com as previsões de entrega dos laboratórios. “Existem, ainda, variáveis que não dependem do Ministério, como a aprovação de vacinas pela Anvisa, a velocidade de produção dos fabricantes e a importação dos imunizantes e dos insumos para a sua produção”, afirmaram.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, em maio, um segundo contrato foi assinado para garantir 100 milhões de doses adicionais das vacinas Pfizer/BioNTech para o Brasil, que devem chegar no país entre setembro e dezembro de 2021. O Brasil também aguarda 3 milhões de doses da vacina da Janssen, cujo prazo de validade é 27 de junho, mas que ainda não tem data de chegada em solo nacional.

Com essas doses, a expectativa das autoridades de saúde é que o ritmo de vacinação seja acelerado e, consequentemente, a previsão dos cientistas melhore ao longo de 2021. O Ministro da Saúde Marcelo Queiroga, por exemplo, admitiu em depoimento à CPI da Covid que ainda não há vacina suficiente para imunizar toda população até o fim do ano. Mesmo assim, ele repetiu a promessa de que todos os brasileiros acima de 18 anos serão vacinados ainda em 2021.

A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS), o Instituto Butantan, que produz no Brasil a vacina CoronaVac, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela vacina de Oxford/AstraZeneca, foram procuradas, mas não responderam até o fechamento do texto.

Ministério da Saúde reduz pela 3ª semana seguida chegada de vacinas contra covid-19
O Ministério da Saúde reduziu, pela terceira semana seguida, a previsão de entrega de vacinas contra a covid-19 para o mês de junho. Em 19 de maio, segundo o Estadão, contava-se com 52,2 milhões de vacinas a serem distribuídas em todo território nacional. Nesta semana, a contabilidade está em 37,9 milhões, uma redução de 27%. As estimativas são atualizadas semanalmente.

Desde quando o governo federal começou a fazer previsões das entregas de vacinas, em fevereiro de 2021, os números precisaram ser constantemente atualizados e reduzidos. Inicialmente, em fevereiro eram previstas 12,3 milhões de doses de CoronaVac e AstraZeneca. Foram entregues apenas 6,9 milhões de ampolas.

Nos meses seguintes, o mesmo problema aconteceu. Em março foram entregues apenas 23,6 milhões de vacinas, quando o previsto inicialmente era de 38,8 milhões. Abril e maio não foram diferentes: 59,4 milhões de doses foram distribuídas nesses dois meses, sendo que o que tinha sido planejado era 77,8 milhões de doses.

Parte desse atraso tem relação com a dificuldade de produção dos imunizantes em solo nacional devido à falta de insumos, principalmente o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). Esse produto é importado da China. O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, culpou o governo federal pelo atraso, devido as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro em ataque ao país asiático. No mês passado, por exemplo, Bolsonaro sugeriu que a China fazia guerra química com a covid.

Para o mês de julho, a previsão mais atualizada do governo federal é entregar 35 milhões de doses de vacina. Já em agosto e setembro de 2021, serão 141 milhões de ampolas distribuídas em todo o país.

Entenda como são feitas as estimativas dos cientistas de quando a vacinação vai terminar:
1) Pesquisadores coletam os números de vacinação de cada cidade brasileira através do banco de dados do Ministério da Saúde.

2) É feito uma limpeza nos dados, ou seja, há um descarte nos números que são inconsistentes, aqueles que são cadastrados com algum erro no sistema federal. Por exemplo: vacinados que teriam nascido no século XIX, recebido a segunda dose em uma data anterior à primeira, recebido mais de uma dose no mesmo dia, recebido apenas a segunda dose, recebido vacinas diferentes e até recebido a vacina antes de 2021.

3) Com os dados em mãos, o grupo calcula a velocidade de aplicação das segundas doses nos últimos 30 dias, em cada cidade brasileira. O resultado disso é chamado de “ritmo da vacinação”. Esse é o fator chave do modelo matemático criado pelos cientistas.

4) Com base no ritmo da vacinação, os cientistas desenvolveram um modelo matemático que calcula quando 80% da população com 20 anos ou mais terá tomado as duas doses da vacina contra a covid. A data alcançada é considerada como o fim da vacinação.

5) Periodicamente, com a chegada de novas vacinas, o aumento ou a diminuição do ritmo de vacinação e outros critérios que impactam na aplicação do imunizante, os cálculos são atualizados e a data do fim da vacinação pode aumentar ou diminuir. Quanto maior o ritmo da vacinação, menos tempo o país levará para concluir a imunização da população.

Confira a previsão para o fim da vacinação no Brasil, Bahia e nas 20 maiores cidades do estado:

Brasil:
Previsão do fim da vacinação: 09/06/2023
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 403.717 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 137.796 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 51.846.929 (24,48%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 23.418.325 (11,06%)

Bahia:
Previsão do fim da vacinação: 23/11/2023
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 24.821 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 7.934 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 3.813.754 (25,54%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 1.585.252 (10,62%)

Salvador:
Previsão do fim da vacinação: 29/05/2022
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 7.361 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 3.837 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 866.897 (30,03%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 375.647 (13,01%)

Feira de Santana:
Previsão do fim da vacinação: 12/03/2025
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 1.543 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 218 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 148.404 (23,95%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 64.080 (10,34%)

Vitória da Conquista:
Previsão do fim da vacinação: 20/01/2025
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 244 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 125 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 87.867 (25,76%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 34.073 (9,99%)

Camaçari:
Previsão do fim da vacinação: 31/08/2026
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 324 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 80 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 54.247 (17,83%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 18.647 (6,13%)

Juazeiro:
Previsão do fim da vacinação: 09/01/2025
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 189 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose 79 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 40.917 (18,76%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 18.608 (8,53%)

Itabuna:
Previsão do fim da vacinação: 22/01/2027
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 132 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 54 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 51.941 (24,31%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 22.367 (10,47%)

Lauro de Freitas:
Previsão do fim da vacinação: 21/01/2023
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 499 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 166 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 50.777 (25,18%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 21.288 (10,56%)

Teixeira de Freitas:
Previsão do fim da vacinação: 22/04/2023
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 125 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 113 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 27.548 (15,11%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 11.060 (6,81%)

Ilhéus:
Previsão do fim da vacinação: 11/08/2023
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 165 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 100 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 57.760 (36,12%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 24.319 (15,21%)

Barreiras:
Previsão do fim da vacinação: 11/02/2026
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 154 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 45 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 31.635 (20,15%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 12.580 (8,01%)

Jequié:
Previsão do fim da vacinação: 08/10/2022
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 279 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 146 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 46.603 (29,85%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 23.647 (15,15%)

Alagoinhas:
Previsão do fim da vacinação: 07/09/2024
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 177 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 63 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 37.542 (24,65%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 13.719 (9,01%)

Porto Seguro:
Previsão do fim da vacinação: 25/06/2035
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 7 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 14 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 26.262 (17,43%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 10.579 (7,02%)

Simões Filho:
Previsão do fim da vacinação: 20/08/2032
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 67 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 18 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 22.886 (16,85%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 8.854 (6,52%)

Paulo Afonso:
Previsão do fim da vacinação: 05/08/2025
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 247 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 37 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 28.030 (23,65%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 11.513 (9,71%)

Eunápolis:
Previsão do fim da vacinação: 19/04/2024
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 74 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 53 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 20.162 (17,62%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 9.324 (8,15%)

Santo Antonio de Jesus:
Previsão do fim da vacinação: 09/02/2034
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 68 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 11 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 21.543 (21,04%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 10.544 (10,30%)

Valença:
Previsão do fim da vacinação: 14/09/2027
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 93 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 22 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 17.282 (17.77%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 7.538 (7,75%)

Luis Eduardo Magalhães:
Previsão do fim da vacinação: 29/05/2024
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 85 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 39 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 12.201 (13,53%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 4.200 (4,66%)

Candeias:
Previsão do fim da vacinação: 16/09/2023
Ritmo de vacinação da 1ª dose: 227 doses/dia
Ritmo de vacinação da 2ª dose: 52 doses/dia
Quantidade de pessoas imunizadas com a 1ª dose: 16.488 (18,85%)
Quantidade de pessoas imunizadas com a 2ª dose: 6.703 (7,43%)

Publicado em Bahia

O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco criticou, entre as cláusulas para a aquisição de vacinas da Pfizer contra a covid-19, o dispositivo que obrigava o governo brasileiro a publicar medida provisória e que esta fosse convertida em lei. "Dentro do nosso Estado Democrático de Direito, os Poderes são independentes. Então não podemos garantir que ela fosse convertida em lei", disse Franco à CPI da Covid nesta quarta-feira (9).

Aos questionamentos do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a demora do governo em propor alterações legais para o contrato com a vacina da Pfizer, Franco afirmou que o laboratório "foi irredutível em alterar qualquer uma das cláusulas". "Inclusive, nas negociações do contrato, mesmo depois da lei 14.125, qualquer discussão do contrato eles levavam para o jurídico da Pfizer em Nova York", acrescentou.

Segundo o ex-secretário, cláusulas semelhantes foram encontradas no contrato para compra de vacinas da Janssen. "Nós propusemos pelo Ministério da Saúde, uma minuta de medida provisória que atenderia as demandas da Pfizer e da Janssen e houve uma falta de consenso entre as consultorias jurídicas dos ministérios que estavam participando da discussão com relação a de quem deveria partir a iniciativa uma vez que deveria ser convertida em lei. Dessa forma, esses artigos ou parágrafos foram retirados da medida provisória", narrou, de forma semelhante à descrito pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Franco, entretanto, se recusou a responder de qual órgão partiu a iniciativa de retirar os trechos. Os dispositivos retirados, segundo revelado pelo Estadão/Broadcast tratavam principalmente da responsabilidade por efeitos adversos e da contratação de seguro pelo governo.

Segundo o vice-presidente da CPI e relator no Senado da medida provisória convertida em lei, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), os órgãos que assinaram a minuta encaminhada ao Presidente da República e que continha as cláusulas citadas incluem: o Ministério da Justiça, da Controladoria-Geral da União, da Advocacia-Geral da União, do Ministério da Economia, do Ministério da Saúde e da Casa Civil.

'Politização em SP'
No depoimento, Elcio Franco acusou o governo do Estado de São Paulo de "politização" da discussão sobre vacinas. "As tratativas eram com o Butantan, não com o governador de São Paulo", afirmou.

Ao longo das entrevistas coletivas semanais do Governo de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) ao lado de representantes do Butantan, repetidas vezes cobrou o governo federal e órgãos reguladores por mais agilidade e "senso de urgência" nas negociações para a aquisição de vacinas. Segundo o ex-secretário, a politização aconteceu pela pressa do governo estadual em iniciar a vacinação uma vez que o Butantan "só entrou com o pedido de uso emergencial no dia 8 de janeiro".

Franco mais cedo havia sido confrontado pelo relator Renan Calheiros sobre afirmação, à época em que esteve na pasta, de não haver "intenção de compra de vacinas chinesas". Segundo Renan, "esse vídeo, infelizmente, escancara uma contradição brutal sobre as negociações com o Butantan".

Franco justificou que a primeira oferta do Instituto Butantan, em julho de 2020, era para a importação de vacinas.

Publicado em Política