Lula resiste a pressões e quer esperar duas semanas para nomear ministros
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve esperar mais duas semanas para anunciar nomes de ministros. O petista tem sido pressionado pelo mercado financeiro, por opositores e até por políticos aliados a revelar nomes que irão compor os ministérios o quanto antes.
De acordo com assessores do petista, em conversa com a Metrópoles, Lula está decidido a nomear a equipe de governo somente depois de ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que está marcado para acontecer em 12 de dezembro, daqui a quase duas semanas.
O mistério em anunciar nomes de ministros é apontado por analistas como um dos motivos para a dificuldade na articulação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. Para Lula, no entanto, a espera é um benefício, afirmaram ao Metrópoles aliados que trabalham com ele no dia a dia.
O presidente eleito avalia que seu poder cresce à medida que ele resiste às pressões. O futuro chefe do Palácio do Planalto calcula que atender aos apelos para que nomeie ministros, como os da Fazenda e da Defesa, seria mostrar que está se sentindo emparedado.
Jerônimo Rodrigues se reúne com presidente, vice e corregedor do TCE
O governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) se reuniu nesta quinta-feira, 1, com os conselheiros Marcus Presídio, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE); Antônio Honorato, vice-presidente da Corte; e Gildásio Penedo Filho, corregedor do órgão.
“Essa reunião é um gesto daquilo que nós queremos estabelecer na condição de governador do estado: manter o diálogo firme, permanente e necessário para fortalecer as instituições e garantir que o serviço público chegue com qualidade em todo o estado”, disse Jerônimo.
O encontro aconteceu na sede da Desenbahia, em Salvador, e contou com a participação de Luiz Caetano, secretário de Relações Institucionais, e Adolpho Loyola, Assistente Especial do Quadro Especial da Casa Civil, que integram o Grupo de Transição Governamental.
O presidente do TCE colocou sua equipe à disposição do Governo de Transição para “atender, orientar, ajudar e esclarecer as contas e as relações com o Governo do Estado”, e reforçou a importância de fortalecer a relação entre o Tribunal e o Executivo baiano. "Fazendo uma boa gestão, ganha a sociedade baiana", concluiu Marcus Presídio.
O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (1º), na sede da Desenbahia, e contou com a participação de Luiz Caetano, secretário de Relações Institucionais, e Adolpho Loyola, Assistente Especial do Quadro Especial da Casa Civil, que integram o Grupo de Transição Governamental. O presidente do TCE, que colocou sua equipe à disposição do Governo de Transição para “atender, orientar, ajudar e esclarecer as contas e as relações com o Governo do Estado”, afirmou que estará à disposição para fortalecer a relação entre o Tribunal e o Executivo baiano também durante a gestão de Jerônimo, a partir de 2023: "fazendo uma boa gestão ganha a sociedade baiana", concluiu Marcus Presídio.
Exame detalhado confirma que lesão era benigna, diz médico que acompanha Lula
O exame detalhado da lesão retirada das cordas vocais do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou não haver câncer na região, revelou ao Estadão o médico Luiz Paulo Kowalski, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Sírio-Libanês que faz parte da equipe que acompanha o petista.
Lula passou por uma cirurgia na laringe na noite de domingo, 20, dias depois de receber o diagnóstico de uma leucoplasia, lesão caracterizada por uma massa branca que aparece nas mucosas. Como o presidente já teve câncer na região em 2011 e há risco de uma leucoplasia virar um tumor maligno em 10% dos casos, a equipe médica achou melhor remover o tecido lesionado para análise e prevenção.
A lesão foi examinada ainda quando o presidente estava no centro cirúrgico, em uma espécie de biópsia "em tempo real" por meio da qual o patologista dá o parecer em poucos minutos. No caso de Lula, não haviam sido encontrados sinais de malignidade nesse exame preliminar, mas, por praxe, o material foi enviado para o exame tradicional, no qual é feita uma análise mais minuciosa.
O resultado, liberado na noite desta segunda, ratificou o parecer inicial. "Confirmada lesão benigna. Nenhum sinal diferente do diagnóstico intraoperatório", afirmou Kowalski, que também é professor titular de cirurgia de cabeça e pescoço da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Recuperação
Segundo o cirurgião, durante a recuperação, o presidente não deverá abusar do uso da voz por alguns dias e terá de passar por sessões de fonoaudiologia por pelo menos duas semanas. "Ele deverá fazer repouso vocal, mas pode conversar normalmente, participar de reuniões e falar ao telefone. O que ele não pode é exagerar, fazer esforço, gritar em discursos, falar por muito tempo, porque isso pode atrapalhar a cicatrização", explica o especialista.
"Ele pode continuar participando das atividades de transição. Isso não vai atrapalhar em nada, poderá opinar nas decisões. Mas terá de ser mais ouvinte para não forçar tanto a voz", acrescenta o médico.
A fonoterapia, explica Kowalski, auxiliará o presidente a usar as cordas vocais "com tranquilidade e sem grande esforço", em especial nesse período de recuperação. Ele deverá começar as sessões nesta terça, 22. A expectativa dos médicos é que a rouquidão de Lula melhore após o período de recuperação.
Além dos cuidados pós-operatórios, Lula terá de submeter-se a exames por cinco anos para monitorar o eventual aparecimento de novas lesões. "Ele deverá passar por laringoscopia periódica. No início, será com intervalo de três a quatro meses. Depois de um ano, o período entre um exame e outro poderá ser maior", comenta o médico.
Jerônimo e Geraldo se reúnem com presidente do Tribunal de Justiça
A semana de trabalho do governador e vice-governador eleitos teve início na sede do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em Salvador, às 8h desta segunda-feira (21). Jerônimo Rodrigues e Geraldo Júnior fizeram uma visita de cortesia ao presidente da Corte, desembargador Nilson Castelo Branco, e dialogaram sobre o processo de transição do Executivo. Para o chefe do Judiciário baiano, a reunião foi significativa e “demonstra o que a Constituição prevê, que é a independência, mas, sobretudo, a harmonia entre os poderes. Nós colocamos para o governador a perspectiva de colaboração mútua para o engrandecimento da Bahia em todos os aspectos que o Tribunal possa contribuir”, afirmou o desembargador.
Acompanhado do secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, que também faz parte do Grupo de Transição Governamental, Jerônimo e Geraldo realizaram uma visita às instalações da Universidade Corporativa TJBA (Unicorp). A instituição, que funciona nas instalações do Tribunal, é dirigida pelo desembargador Mário Albiani Júnior, que também participou da reunião com o governador eleito. “Sentimos em ambos o desejo de tornar a Bahia mais grandiosa, uma Bahia mais forte, com a erradicação da pobreza e a promoção de avanços sociais em todos os segmentos possíveis”, acrescentou o presidente do TJBA, Nilson Castelo Branco.
Para Jerônimo Rodrigues, é importante a escuta do Poder Judiciário neste momento de transição. O governador eleito assegurou que voltará a dialogar com o presidente do Tribunal antes mesmo da posse, em 1º de janeiro: “ficamos com a responsabilidade de voltar a nos encontrar para planejar os próximos quatro anos e fortalecer a relação harmônica entre os poderes”, afirmou Jerônimo, que realiza uma série de reuniões de trabalho com o grupo de transição, na sede da Desenbahia, em Salvador, ao longo desta segunda. Às 14h, ele participa do ato de entrega de ônibus escolares pelo governador Rui Costa, na sede da Secretaria da Educação (SEC), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Votação da Lei Orçamentária de Salvador é marcada para a próxima semana
A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2023 deve ser votada na próxima semana na Câmara de Vereadores de Salvador. O prefeito Bruno Reis (UB) informou, nesta quinta-feira (17), durante coletiva de imprensa no bairro do Comércio, que a Câmara, após o período eleitoral e com o estabelecimento de um novo calendário para apreciação de projetos, deve voltar a ter uma relação dinâmica com o Executivo municipal.
"A LDO já deveria ter sido votada no primeiro semestre. Ontem [quarta-feira], num acordo de líderes, foi estabelecido um calendário, com isso a Câmara vai voltando a sua normalidade com a relação entre o Executivo e Legislativo, sempre colocando os interesses da cidade acima das disputas políticas, das questões partidárias", disse o prefeito.
Bruno Reis também pontuou que ainda não fez nenhum acordo com o governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), mas que as pautas no Legislativo precisam avançar. "Temos a LOA, que é a Lei Orçamentária do ano que vem, e tem alguns ajustes, incentivos fiscais e IPTU, inclusive fixando a correção que é prevista normalmente pelo IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] do período, que é a inflação. Todas essas pautas precisam ser discutidas e precisam do empenho do Legislativo e do Executivo. Passada a eleição, todos precisam descer do palanque e trabalhar juntos", comentou.
Sobre uma possível reforma administrativa municipal para 2023, o prefeito disse que não há previsão para uma mudança. "Ainda não é o momento para falar se vai ter mudança ou não. Pode ser que algumas peças possam ser reposicionados, mas não é esse o foco agora", finalizou.
Lula diz que Alckmin não será ministro e chora ao falar de fome
O presidente eleito Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (10) que o vice eleito Geraldo Alckmin (PSB) não será ministro do futuro governo.
Ex-governador de São Paulo, Alckmin é o coordenador da equipe de transição.
"Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro porque é o vice-presidente", declarou Lula nesta quinta.
Lula deu a declaração em reunião com aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona a transição. Alckmin estava entre os presentes.
Durante o discurso, Lula chorou ao dizer que mantém o compromisso com o combate à fome no país e disse que os "perdedores" da disputa eleitoral vão ter o direito de "escrever" a história do país em conjunto com o novo governo.
"A gente costuma dizer que quem conta a história de uma nação são os vencedores, os perdedores não têm o direito de escrever. Nesse caso eu queria dizer pra vocês: os perdedores vão ter o direito de escrever e vão ter o direito de participar desse processo de transição e desta governança", afirmou o presidente eleito.
"Se quando eu terminar este mandato, cada brasileiro estiver tomando café, estiver almoçando e estiver jantando, outra vez eu terei cumprido a missão da vida", acrescentou.
Entre os integrantes da equipe de transição estão a senadora Simone Tebet, os economistas Pérsio Arida e André Lara Resende, e os ex-ministros Alexandre Padilha, Humberto Costa, Aloizio Mercadante e Nelson Barbosa.
Ministério da Defesa solicita ao TSE a realização de uma 'investigação' sobre as urnas
Novo comunicado do Ministério da Defesa nesta quinta-feira (9) diz que embora o trabalho da equipe de militares na fiscalização do sistema eletrônico não tenha encontrado existência de fraude, a pasta "não exclui a possibilidade" de inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.
O Ministério solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral, com urgência, uma investigação técnica sobre o caso. De acordo com a nota, o novo comunicado foi feito com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o Ministério da Defesa, o relatório indicou "importantes aspectos que demandam esclarecimentos". Entre eles:
"Houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte;
Os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação
Houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação".
Por isso, de acordo com a publicação, "não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento".
A investigação técnica acontecerá sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e com uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas. Será criada uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.
O comunicado anterior dizia que não foi identificada a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022 e apontava para necessidades de melhorias e espaço para falhas.
Vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin irá coordenar a equipe de transição
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin foi o nome escolhido por Lula para coordenar a transição dos trabalhos entre a gestão Bolsonaro e o novo governo em formação. A definição aconteceu nesta terça-feira (1) em reunião com a presença da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e Alozio Mercadante, responsável por elaborar o plano de governo do presidente eleito.
Alckmin terá sob seu comando uma equipe de 50 pessoas, formada por quadros do atual governo e do governo em formação. A equipe de transição despachará do prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Em governos anteriores do PT, o coordenador da equipe de transição acabou se tornando ministro de peso. É o caso de Antonio Palocci, que coordenou a transição no primeiro mandato, em 2002, e virou ministro da Fazenda.
ACM Neto vence na capital e em 16 das 20 maiores cidades baianas
O candidato ao governo do estado ACM Neto (União Brasil) ampliou sua vantagem sobre o candidato eleito Jerônimo Rodrigues (PT) em 13,11 pontos percentuais em comparação com o primeiro turno na capital baiana. Em Salvador, ACM Neto teve 64,51%, o que representa 11,72 pontos percentuais a mais do que durante a primeira etapa das eleições deste ano. Já Jerônimo Rodrigues, teve queda de votos na capital, saindo de 36,88% para 35,49% no segundo turno.
ACM Neto venceu em todas as zonas eleitorais de Salvador, cidade que foi prefeito entre 2013 e 2020, mesmo tendo perdido a disputa pelo Palácio de Ondina. Com 100% das urnas apuradas, ACM Neto obteve 1.013.094 votos. Já o candidato eleito, ficou atrás com 557.418 votos na capital.
A 13º zona eleitoral foi a que garantiu mais votos a ACM Neto, onde obteve 69,81% dos votos válidos, contra 30,18% de Jerônimo. A zona é formada por bairros como Pituba, Itaigara e Caminho das Árvores. Mesmo com o bom desempenho na capital, o ex-prefeito ficou atrás na totalização dos votos por conta dos resultados em cidades do interior.
No domingo (30), mais moradores da capital do estado saíram de casa para exercer a democracia. Enquanto no primeiro turno houve 17,91% de abstenção em Salvador, no segundo o número caiu para 16,09%. Na mesma linha, menos residentes da cidade anularam seus votos nas urnas e decidiram tomar partido. Se no dia 2 de outubro eram 1,85% votos brancos e 4,52% nulos, dessa vez foram 1,25% e 4,39% respectivamente.
Grandes cidades
Entre as 20 cidades mais populosas do estado, com exceção da capital, o ex-prefeito de Salvador também obteve vantagem. ACM Neto ganhou em 16 delas, o que representa 80% desses municípios. Confira a lista completa abaixo.
Na lista das 10 maiores cidades da Bahia (Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Juazeiro, Itabuna, Lauro de Freitas, Teixeira de Freias, Barreiras, Ilhéus e Jequié), sem contar o maior colégio eleitoral do estado, Jerônimo Rodrigues ganhou em apenas uma, Jequié. Mesmo assim, a disputa foi acirrada na cidade do centro-sul e o petista ficou à frente por apenas 2,82 pontos percentuais.
Da lista das 20 cidades com os maiores colégios eleitorais, ACM Neto obteve margem de vitória mais ampla em: Luís Eduardo Magalhães (70,40%), Itabuna (61,16%), Teixeira de Freitas (60,05%),Vitória da Conquista (59,05%) e Feira de Santana (58,95%). Vale mencionar que em Teixeira de Freitas, Jerônimo Rodrigues havia sido vitorioso no primeiro turno, o que não se consolidou no segundo.
Nem a força de prefeitos contrários foi suficiente para que ACM Neto ficasse atrás na disputa nos maiores colégios eleitorais. Em Itabuna, no sul, onde o ex-prefeito obteve grande vantagem, o prefeito Augusto Castro (PSD) fez campanha para Jerônimo Rodrigues, por exemplo. O mesmo ocorreu em Valença, também no sul, município em que o prefeito Jairo Baptista (PP) apoiou o petista na corrida pelo governo do estado.
ACM Neto virou votos de seis das 20 maiores cidades do estado
Em relação às 20 maiores cidades do estado, com exceção da capital, o candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) ganhou em seis municípios em que não havia vencido no primeiro turno das eleições. O ex-prefeito de Salvador virou votos o suficiente para ficar à frente de Jerônimo Rodrigues (PT) em Juazeiro, Teixeira de Freitas, Barreiras, Ilhéus, Porto Seguro e Eunápolis.
A eleição para governador em Teixeira de Freitas, no sul do estado, havia sido uma das mais apertadas da Bahia. Jerônimo Rodrigues ficou à frente de ACM Neto por apenas 0,06 pontos percentuais. Além de ter virado a disputa ao seu favor, o ex-prefeito de Salvador ampliou a vantagem para 20,1 pontos percentuais na cidade.
A região sul do estado foi onde ACM Neto ganhou mais votos no segundo turno. Em Eunápolis, Jerônimo Rodrigues venceu por 1,4 pontos de diferença, mas na segunda etapa do processo democrático, ACM Neto abriu vantagem de 16,06 pontos percentuais.
Como as 20 maiores cidades do estado, com exceção da capital, votaram:
Feira de Santana: ACM Neto (58,95%) Jerônimo (41,05%)
Vitória da Conquista: ACM Neto (59,05%) Jerônimo (40,95%)
Camaçari: ACM Neto (57,41%) Jerônimo (42,59%)
Juazeiro: ACM Neto (52,21%) Jerônimo (47,79%)
Itabuna: ACM Neto (61,16%) Jerônimo (38,84%)
Lauro de Freitas: ACM Neto (58,98%) Jerônimo (41,02%)
Teixeira de Freitas: ACM Neto (60,05%) Jerônimo (39,95%)
Barreiras: ACM Neto (54,01%) Jerônimo (45,99%)
Ilhéus: ACM Neto (54,16%) Jerônimo (45,84%)
Jequié: Jerônimo (51,41%) ACM Neto (48,59%)
Alagoinhas: ACM Neto (55,80%) Jerônimo (44,20%)
Porto Seguro: ACM Neto (55,25%) Jerônimo (44,75%)
Simões Filho: ACM Neto (55,43%) Jerônimo (44,57%)
Paulo Afonso: Jerônimo (63,23%) Jerônimo (36,77%)
Eunápolis: ACM Neto (58,03%) Jerônimo (41,97%)
Santo Antônio de Jesus: ACM Neto (56,18%) Jerônimo (43,82%)
Valença: ACM Neto (53,91%) Jerônimo (46,09%)
Luís Eduardo Magalhães: ACM Neto (70,40%) Jerônimo (29,60%)
Candeias: Jerônimo (55,30%) ACM Neto (44,67%)
Guanambi: Jerônimo (58,84%) ACM Neto (41,16%)
'Não existem dois Brasis, somos um único país' diz Lula em 1º discurso após vitória
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agradeceu na noite deste domingo (30) os votos que recebeu que garantiram sua eleição, derrotando Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou ainda que vai buscar "restabelecer a paz entre os divergentes", divididos após uma eleição acirrada, afirmando que "não existem dois Brasis". Destacou ainda que o desafio será grande e o maior compromisso será acabar com a fome. "Combater a miséria é a razão pela qual vou viver até o fim da minha vida".
"A vida inteira sempre achei que Deus foi muito generoso comigo para permitir que eu saísse de onde saí e chegasse onde cheguei. Especialmente nesse momento, que não enfrentamos um candidato, um adversário. Enfrentamos a máquina do Estado colocada a serviço do candidato da situação", iniciou o petista.
Ele afirmou que um dos seus objetivos é devolver a paz ao povo brasileiro. "Me considero um cidadão que tive um processo de ressurreição na política brasileira, porque tentaram me enterrar vivo e eu estou aqui. Estou aqui para governar esse país, numa situação muito difícil, mas tenho fé em Deus que com ajuda do povo vamos encontrar uma saída para que o país possa conviver harmonicamente e a gente possa devolver a paz entre as famílias", acrescentou.
Lula destacou que não se trata de uma vitória dele ou do PT, mas da democracia. "Nesse 30 de outubro histórico a maioria do povo brasileiro deixou bem claro que deseja mais, e não menos democracia", disse. "Deseja mais, e não menos, respeito e entendimento entre os brasileiros. Deseja mais, e não menos liberdade, igualdade, fraternidade em nosso país", continuou.
"Chegamos ao final de uma das mais importantes eleições da nossa história. que colocou frente a frente dois projetos opostos de país", prosseguiu. Para ele, as eleições tiveram "um único vencedor: o povo brasileiro".
O presidente eleito afirmou que o ódio foi disseminado de maneira criminosa no Brasil. "Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos pela propagação criminosa do ódio. A ninguém interessa viver em um país dividido, em permanente estado de guerra", continuou.
Combate à fome
Lula reforçou que seu "compromisso número um" será combater a miséria no país, erradicando a fome "mais uma vez".
"Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário", disse Lula.
Ele destacou que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de alimentos e primeiro de proteína animal. "Se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias", disse. "Este será, novamente, o compromisso número 1 do nosso governo."
Lula reafirmou sua promessa de campanha de retomar o Minha Casa, Minha Vida, substituído pelo programa Casa Verde Amarela, com outro formato, durante a gestão Bolsonaro.
A eleição de Lula foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando quase 99% das urnas já tinham sido apuradas. Ele teve 50,90% dos votos, contra 49,10% de Bolsonaro.