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Bahia com Tudo

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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), anunciou, nesta sexta-feira (30), em coletiva de imprensa, a reabertura das praias da capital baiana a partir da próxima semana. As praias podem ser frequentadas de segunda a sexta feira, em horário livre. A exceção é a Porto do Barra, que só pode ser frequentada de terça à sexta. Nos finais de semana, todas elas seguem interditadas.

A decisão foi tomada a partir da avaliação dos índices do novo coronavírus, que, segundo Reis, estão em baixa. “Diante dos número que temos hoje, de 75% da ocupação de leitos, zero pessoas aguardando leitos de uti adulto e pediátricos, dá para reabrir as praias a partir de segunda-feira. Pensando não em atividade de lazer, mas principamente como atividade que gera milhares de empregos para os trabalhadores do comércio que atuam nas praias e para o trade turístico”, justifica o prefeito.

As praias estavam fechadas desde o final do fevereiro, como uma forma de frear o avanço do novo coronavírus. Ele reforça que a prefeitura não está iniciando a fase amarela, apesar de já ter condições. “Não estamos acionando a fase amarela. Poderia, porque tenho 75% [de ocupação de leitos de UTI], todos os indicadores caindo e avancei muito na vacinação. Mas, tomei a decisão, ontem, reunindo com nossa equipe, de aguardar mais uma semana”, pondera Bruno Reis.

Há a possibilidade de, antes do final da próxima semana, esse avanço para a próxima fase já seja feito. “Pode ser que no meado da semana que vem a gente tenha condições de acionar, mas quero avaliar se esses números vão continuar ciando como estão para a gente ter uma segurança maior para tomar essa decisão”, defende o chefe do executivo municipal.

No ano passado, as primeiras praias de Salvador foram interditadas no dia 21 de março e seguiram fechadas por seis meses. A reabertura aconteceu apenas em 21 de setembro, mesmo assim, com restrições para alguns locais. Ir às praias aos domingos, por exemplo, está proibido desde o início da pandemia.

A Câmara de Camaçari recebeu o Projeto de Lei No 1026/2021, de autoria do Poder Executivo, que trata da criação do Programa Municipal de Atração, Manutenção e Ampliação de Investimentos para o Desenvolvimento de Camaçari, batizado de Invista em Camaçari. A Mensagem No 009/2021, que encaminhou a matéria, foi lida durante a 13ª Sessão Ordinária desta quinta-feira (29/04), realizada virtualmente. O projeto foi encaminhado às Comissões Permanentes da Casa para análise e elaboração de parecer e voltará ao plenário para votação.

A destinação adequada dos resíduos sólidos produzidos no município também esteve entre as preocupações do Legislativo. O vereador Deni de Isqueiro (DEM) apresentou a Indicação No 384/2021, que pede a implantação do Sistema de Gestão Integrada, Gerenciamento, Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos. “A vida útil do nosso aterro sanitário, que hoje recebe cerca de 700 toneladas de lixo por dia, está prevista para dois anos. Precisamos buscar a criação de um sistema que gerencie esses resíduos e que garanta uma destinação adequada e ambientalmente responsável em atendimento ao que determina a legislação específica. Esse gerenciamento também pode criar renda para a cidade”, explicou.

Outra proposta que ganhou apoio de todos os parlamentares foi a realização de uma Live Junina Solidária, organizada pelo Poder Executivo, que possibilite auxiliar os músicos do município que tiveram a renda afetada durante a pandemia. Apresentada pelo vereador Dr. Samuka (Cidadania), a Indicação No 393/2021 foi considerada como fundamental para fomentar a contratação de artistas locais durante os festejos juninos. “A classe artística tem sofrido desde o início da pandemia. Essas lives representam oportunidade de geração de renda para nossos artistas e ainda teriam como resultado alimentos para serem doados”, declarou.

O vereador Tagner (PT) reforçou a importância da iniciativa, mas apontou também outras demandas. “É importante que a gente não esqueça da necessidade de criação de um auxílio emergencial para a classe artística de Camaçari. Essa é uma medida urgente e precisamos trabalhar para garantir isso”, contrapôs.

Na oportunidade, o presidente da Casa, vereador Júnior Borges (DEM), informou que em breve deve ser enviado à Câmara um projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, que trata da criação desse auxílio emergencial destinado à classe. “Os caminhos já foram definidos pelo governo municipal. Chegando aqui, votaremos o projeto de forma célere, para que o benefício chegue logo aos profissionais”, pontuou.

Outro destaque que fomentou debate durante a sessão foi a Indicação No 174/2021, de autoria da Bancada da Oposição e do vereador Ivandel Pires (Cidadania) que pede a realização de manutenção de toda a infraestrutura do Centro Comercial de Camaçari. Para o vereador Vavau (PSB), que compõe a bancada de oposição, a situação da feira demanda melhorias urgentes. “Essa é uma reclamação recorrente tanto dos nossos feirantes que trabalham ali todos os dias, como da população que frequenta o local. Em visita à feira, vimos que são muitas as reclamações. O poder público tem a obrigação de atender às necessidades desse setor tão importante para nosso município, que inclusive colabora financeiramente para garantir a manutenção correta do local”, afirmou.

Salvador recebeu 3.330 doses da Coronavac para dar continuidade à vacinação contra a covid-19 na cidade. O problema é que 36 mil pessoas precisam receber a segunda dose desse imunizante, para completar o esquema vacinal que garante a imunidade contra o coronavírus. Ou seja, as ampolas recebidas não são suficientes para atender todo esse contingente. Na manhã desta quinta-feira (30) a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) chegou a confirmar, via assessoria de imprensa, que a capital não receberia nenhuma das 6,8 mil ampolas de Coronavac do lote que o Ministério da Saúde entregou na própria quinta-feira.

A explicação da assessoria da Sesab para que Salvador não recebesse doses de Coronavac foi que, em 6 de abril, 40 mil ampolas da reserva técnica do estado foram liberadas para a capital não interromper a vacinação. Essa entrega extra, por sua vez, seria em parte descontada na remessa desta quinta. À noite, quando confirmou que a cidade receberia 3.330 doses da vacina, a Sesab informou que juntou as 6,8 mil doses entregues pelo MS pela manhã com um pequeno estoque remanescente que estava guardado no estado.

Na quarta-feira, 28, o MS havia divulgado que distribuiria na quinta, 29, 104 mil doses do imunizante chinês para todos os estados brasileiros, depois que o Jornal Nacional divulgou reportagem mostrando que 18 cidades, em 14 estados, estavam com a vacinação suspensa por conta da falta da Coronavac. Nesta quinta, 29, também, o MS distribuiu cerca de 5 milhões de ampolas da vacina Oxford/AstraZeneca para todo o país. A Bahia recebeu 329.500 doses dessa substância e Salvador ficou com 69.900 no rateio do lote entre os municípios do estado.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde disse que não há prazo para envio de mais vacinas para a Bahia ou qualquer outro estado. "O Ministério da Saúde atende de acordo com a quantidade recebida pelos laboratórios e, assim que tiver mais vacina, vai ter uma nova pauta de distribuição. A última pauta foi divulgada ontem [anteontem] e dependemos da entrega dos laboratórios", disse a pasta.

Ainda segundo o MS, o Brasil deverá receber nesta sexta-feira, 30, seu primeiro lote do imunizante do laboratório norte-americano Pfizer, mas ainda não há prazo ou informações sobre a distribuição das doses entre os estados da federação.

Cidades sem vacina

As 329.500 doses da vacina de Oxford destinadas à Bahia estão sendo distribuídas para 388 cidades do estado. Outros 29 municípios ficaram de fora porque não atingiram 85% no percentual de primeiras doses aplicadas. A Sesab não divulga a quantidade de vacinas distribuídas para cada cidade.

O voo com o novo lote de imunizantes aterrissou no Aeroporto Internacional de Salvador por volta das 11h desta quinta-feira, 29. A quantidade de Coronavac enviada pelo governo federal é o menor lote desde o início das remessas, em janeiro. As quase 6,8 mil vacinas são sete vezes menos do que as 42 mil doses que chegaram em 22 de abril e que, até então, ocupavam o lugar de menor lote já recebido pela Bahia. Por outro lado, as 329.500 doses da AstraZeneca é o maior enviado até agora ao estado.

Interior

De acordo com a coordenadora de Imunização do Estado, Vânia Rebouças, cerca de 15 mil doses da Coronavac serão distribuídas entre os municípios. Além das 6,8 mil enviadas pelo Ministério da Saúde, outras 8 mil eram da reservada da Sesab para a segunda aplicação. Segundo a pasta, esse armazenamento foi feito antes da recomendação do Ministério da Saúde para distribuir todo o lote para a aplicação como primeira dose.

Na época, o governo federal previa que o ritmo de chegada das novas doses seria acelerado, o que não se concretizou. Nessa semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga admitiu que há preocupação com a falta da 2ª dose da vacina Coronavc.

Das 10 maiores cidades baianas, além de Salvador, pelo menos outras quatro tiveram que interromper a vacinação da segunda dose de CoronoVac nas últimas semanas por falta do imunizante: Vitória da Conquista, Itabuna, Jequié e Ilhéus. Nessa última, as doses terminaram na terça-feira (21) e, segundo a prefeitura, são cerca de 3,5 mil pessoas que estão com risco de atraso na aplicação da segunda dose por falta de vacina

"O município está na expectativa de receber novos lotes. Com expectativa e acúmulo de pessoas que precisam tomar essa segunda dose no prazo correto. Estamos numa pendência com a população, pois não há um parecer de quando vai receber. O bom é que o próprio Ministério da Saúde e a Sesab informaram que não há problema em atrasar um pouco a aplicação do reforço”, disse Jeovana Catarino, diretora do departamento de Vigilância em Saúde de Ilhéus.

No entanto, no início do ano, o Instituto Butantan afirmou que não tinha como garantir a eficácia da Coronavac se a segunda dose fosse adiada. Isso acontece, porque o estudo que desenvolveu a vacina se baseou na aplicação de duas doses em um intervalo de duas a quatro semanas, ou seja, até 28 dias. Os especialistas alertam que seguir o calendário de imunização à risca é o ideal, mas concordam que atraso de poucos dias não vai trazer grandes problemas.

"Ainda não sabemos o tempo exato que é aceitável um atraso. A Coronavac tem uma melhor eficácia quando a segunda dose é aplicada 28 dias após a primeira. Podemos imaginar que uma ou duas semanas não tenha efeitos tão grandes, mas mais que isso, não podemos garantir que a segunda resposta será ótima", diz a infectologista Fernanda Grassi, da Rede Covida.

Em Santo Antônio de Jesus, a 200 quilômetros de Salvador, há menos de 60 doses de Coronavac disponíveis, segundo a vigilância epidemiológica do município. O problema é que, para hoje, 800 pessoas estão programadas para receber a segunda dose e a prefeitura acredita que também faltará a vacina do laboratório Sinovac/Instituo Butantan na cidade.

“Amanhã [hoje, sexta-feira, 30] vai chegar, mas ainda não sabemos a quantidade. Acreditamos que o déficit será maior do que eles vão enviar”, lamentou a Vigilância Epidemiológica do município. “Não dá para entender o motivo disso estar acontecendo. O povo chega para tomar a segunda dose e a gente vai aplicando. Amanhã vamos sentar, fazer estudo e comparar todas as notas fiscais para entender o que veio de primeira dose, o que veio de segunda e como chegamos nesse cenário”, disse a administração municipal.

Em Guanambi, a realidade de apreensão com a falta de doses é parecida. Segundo a prefeitura, foi encerrada nesta semana a aplicação da segunda dose dos idosos com 67 a 72 anos.

“Para a próxima semana, a partir da terça-feira (4), temos previsão para vacinar as idades de 65 e 66 anos, também com a segunda dose da Coronavac, mas pelo que nos foi informado pelo Núcleo Regional de Saúde, apenas 60% da demanda necessária chegará”, diz a prefeitura local.

O Instituto Butantan disse que um novo lote de Coronavac estará disponível para o governo federal a partir do dia 3 de maio.

Em Salvador faltou 1ª dose em alguns postos

Todo o estoque de Coronavac existente em Salvador - antes da Sesab reservar mais 3.330 doses para a cidade - se esgotou nesta quinta-feira, 29. Pela manhã, além da falta de segunda dose de Coronavac, também houve confusão na aplicação da primeira dose das vacinas, tanto da Coronavac quanto da AstraZeneca. Em pelo menos três postos houve relato de falta de vacina para os profissionais da educação que estão sendo imunizados: Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências, em Brotas, na Vila Militar de Dendezeiros e no Centro Universitário Jorge Amado (unijorge), na Avenida Paralela.

Na Bahiana era permitida a aplicação da 1ª dose da Astrazeneca em idosos, pessoas com Síndrome de Down, pacientes em hemodiálise, transplantados, rodoviários, trabalhadores da limpeza urbana e pessoas com deficiência permanente. Já na Vila Militar e Unijorge eram os trabalhadores da saúde, autônomos, agentes de segurança e salvamento, doulas e trabalhadores da educação os grupos permitidos para serem vacinados.

No entanto, com a falta de doses, houve gente que não conseguiu ser imunizado. A funcionária de uma escola particular que preferiu não se identificar contou que percorreu os três postos em busca de vacina, dirigindo da Paralela até o Dendezeiros e depois para Brotas, sem sucesso. À reportagem, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) afirmou que foram enviadas novas doses para esses locais e que a vacinação seguiu até às 13h.

Na quinta-feira, 29, só quem tomou o reforço da Coronavac foram as pessoas que fizeram agendamento pelos serviços Hora Marcada e Vacina Express. No entanto, houve relatos nas redes sociais de pessoas que tentaram fazer esse agendamento desde anteontem e não conseguiram.

A SMS explicou que, com o anúncio da iminente escassez da Coronavac, as pessoas correram para agendar e as vagas acabaram logo.

Cidades que não receberam vacina:
São Félix
Conceição do Almeida
Quixabeira
Cravolândia
Belmonte
Irajuba
Crisópolis
Cardeal da Silva
Piraí do Norte
Barra
Ibirapitanga
Mirangaba
Santa Luzia
Barra da Estiva
Sebastião Laranjeiras
Itororó
Igrapiúna
Nilo Peçanha
Senhor do Bonfim
Jucuruçu
Firmino Alves
Planaltino
Lajedo do Tabocal
Campo Formoso
Wenceslau Guimarães
Aramari
Antônio Cardoso
Paratinga
Cairu

O forrozeiro Del Feliz foi vítima de um assalto a mão armada enquanto gravava um clipe no Cristo da Barra, em Salvador, nesta quarta-feira (28). Na ação criminosa, ocorrida por volta das 8h da manhã, o assaltante levou os celulares do cantor e de seu produtor.

Em entrevista ao CORREIO, o cantor revelou que conseguiu recuperar os aparelhos pouco tempo depois. Enquanto o produtor tentou perseguir o assaltante, que correu em direção à Ondina, Del localizou policiais, que interceptaram o ladrão na altura do Vila Galé, em Ondina.


"Foi um susto. O celular é algo material, que a gente recupera depois, mas o maior medo é a vida, pois você nunca sabe o desfecho de um assalto. Alguém que coloca uma arma na cintura e vai assaltar não tem apego a vida, pois ele sabe que pode matar ou morrer durante o crime", relata o forrozeiro.

Outra preocupação do cantor também eram os arquivos armazenados no aparelho. Del Feliz está gravando uma série de videoclipes por cidades do Nordeste em parceria com artistas como Dudu Nobre, Falamansa e Emanuelle Araújo.

Boa parte do material gravado estava arquivado no próprio celular e seria perdido durante o assalto, pois não foi feito um back-up.

Um dos lançamentos de Del foi, inclusive, um jingle em homenagem à Polícia Militar da Bahia. "Curiosamente 30 dias após eu lançar a música, pude contar com a ajuda deles que, como sempre, estavam prontos para atender o cidadão", diz.


"É importante saber que temos profissionais como os policiais e médicos, por exemplo, à postos para nos ajudar durante essa pandemia. É um momento difícil, onde as pessoas estão perdendo vidas, empregos, ficando sem educação", analisa o cantor.

Em uma reunião por videoconferência com o alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta quarta-feira (28), o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 divulgou a segunda versão do livro de regras do evento, chamado de Playbook, que é um código de conduta com diretrizes a serem seguidas antes, durante e após a competição.

Entre as novas medidas estão a confirmação de testes diários nos atletas e em todos os envolvidos diretamente durante todo o período de disputa, além da proibição do uso de transporte público para evitar o contato com residentes no país.

A primeira versão do livro de regras, publicada em fevereiro deste ano, foi revisada e atualizada nesta quarta-feira diante do surgimento de novas cepas do novo coronavírus e da evolução da pandemia da covid-19 no Japão. Até os Jogos Olímpicos, de 23 de julho a 8 de agosto, novas regras poderão ser incorporadas ou atualizadas.

Entre as principais medidas anunciadas estão: todos os participantes devem fazer dois testes covid-19 antes do voo para o Japão; em princípio, os atletas e todos aqueles em proximidade com os atletas serão testados diariamente para minimizar o risco de casos positivos não detectados que podem transmitir o vírus.

As datas e horários serão definidos de acordo com a programação dos eventos esportivos; todos os outros participantes dos Jogos serão testados diariamente por três dias após sua chegada. Após os primeiros três dias e ao longo de sua estada, serão testados regularmente, com base na natureza operacional de sua função e nível de contato com os atletas.

Também nesta quarta-feira (28), a organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 resolveu adiar para junho a decisão sobre a presença ou não de torcedores locais para assistir aos eventos esportivos devido às incertezas ligadas a pandemia de covid-19. Os organizadores buscam alternativas para viabilizar a presença de espectadores, considerando que a presença de público estrangeiro já foi proibida.

O Japão entrou na semana passada em um novo estado de emergência por conta do avanço da covid-19 no país, com aumento de casos e mortes. O "lockdown" decretado na última sexta-feira impõe que as atividades esportivas aconteçam de portas fechadas, sem torcida.

Inicialmente, a fase emergencial está prevista para durar até o dia 11 de maio, em Tóquio e nos distritos de Osaka, Kyoto e Hyogo. A decisão permitirá que as autoridades solicitem o encerramento temporário de restaurantes, de bares e de centros comerciais com uma área superior a mil metros quadrados, de acordo com um plano elaborado pelo governo.

A prefeitura de Barreiras publicou na quarta-feira (28) um novo decreto com regras mais rígidas para o enfrentamento ao coronavírus. O decreto estabelece normas para uso de máscaras, determina novos horários para as atividades comerciais e proíbe venda de bebida alcóolica por 15 dias. Também fica proibido o consumo de bebida em espaços públicos. O toque de recolher permanece das 20h às 5h.

Agora, o uso da máscara é obrigatório para acesso e permNa~encia em ruas e repartições públicas, estabelecimentos que forneça serviços públicos e privados (sejam essenciais ou não), transporte coletivo, táxi ou transporte remunerado privado e áreas comuns de condomínios, residenciais ou não.


As máscaras podem ser de tecido. Estão dispensados do uso apenas menores de 3 anos e pessoas com problemas respiratórios, que sejam incapazes de retirar a máscara sem assistência.

Atividades comerciais
Pelo decreto, fica proibida a partir da quarta-feira (28) pelo prazo de 15 dias, que pod ser prorrogado, a venda, distribuição e fornecimento de bebidas alcóolicas por qualquer sistema de venda, inclusive entrega delivery em todo município. Também fica proibido o consumo de qualquer bebida alcoólica em espaços públicos (praças, vias públicas e calçadas).

Qualquer tipo de evento e apresentação em bares, restaurantes, sítios e chácaras fica proibido pelos próximos 15 dias , para qualquer número de pessoas.

A locomoção e permanência em via pública noturna permanecem restritas das 20h às 5h. Essas atividades serão fiscalizadas pela Vigilância Sanitária, Guarda Municipal, equipe da Secretaria de Meio Ambiente com apoio da Polícia Militar e Polícia Civil, caso haja necessidade.

No caso do setor de alimentação, as retiradas no local só poderão ser feitas até às 19h. A regra é válida para bares, restaurantes, padarias, lojas de conveniência, lanchonetes e estabelecimentos de venda de alimentos, que também deverão obedecer regras de controle de consumo no local, conforme consta no 12º artigo. A entrega delivery de alimentação poderá funcionar até às 23:59h.

As academias deverão obedecer critérios de medidas de saúde, com uso de máscaras pelos funcionários e usuários, aferição de temperatura com proibição de pessoas com temperatura superior a 37° C, utilização de produtos assépticos nos aparelhos de exercício e adotando meios de controle de acesso de usuários, podendo até optar pelo sistema agendamento para não permitir que a ocupação ultrapasse 50% da capacidade total.

Estabelecimentos como hipermercados, supermercados e mercados devem adotar as regras de aferição de temperatura e limitação de acesso aos consumidores. Lotéricas e templos religiosos também seguem novas determinações para funcionamento, com uso de máscaras, aferição de temperatura, limitação de pessoas e especificações de higienização no ambiente.

A feira livre só funcionará durante a semana, de segunda a sexta-feira conforme Decreto Estadual nº 20.432 de 27 de abril de 2021. Neste período, fica estabelecido que a concessionária de ônibus deve ampliar a circulação da frota nos horários das 07h às 09h e das 17h às 20h de segunda a sexta-feira.

Desde o início da pandemia do coronavírus, os mais diversos setores da economia têm buscado soluções para criar um ambiente seguro e manter a produção em alta. Hoje, com uma série de protocolos instituídos, a rotina da indústria não se assemelha em nada com o cenário de um ano atrás, quando pouco se sabia sobre o vírus. No caso da construção civil, setor que movimenta diariamente um grande número de pessoas, a única forma de combater o temor de empresários e funcionários foi correr para se adequar aos protocolos de segurança e saúde.

“No princípio, não tínhamos normativas nem protocolos e o setor tinha obras importantes em andamento, que não podiam parar, como hospitais, postos de saúde e a própria manutenção da cidade”, afirma Alexandre Landim, vice-presidente do Sinduscon/BA e sócio-diretor da Conie Empreendimentos

“Assim, tivemos que buscar parceiros que pudessem nos ajudar nessa adequação e o trabalho do SESI foi fundamental para trazer e reforçar os protocolos de forma que o funcionamento do setor fosse mantido”, explica.

O sócio da Concreta Incorporação, Vicente Mattos, aponta a Blitz Contra a Covid-19, criada pelo SESI, como uma ação fundamental para a atividade da construção civil no país. “Esse trabalho aplicado aos canteiros de obras foi imprescindível. Foi criado um checklist completo das ações corretas e as que precisavam ser ajustadas, incluindo orientação aos trabalhadores para evitar que eles acabassem colocando as próprias famílias em risco, e o resultado foi brilhante”, avalia.

A ação também foi realizada na Avatim, empresa situada da região sul do estado. "A blitz aconteceu logo no início da pandemia, quando tínhamos 40% dos nossos funcionários trabalhando presencialmente na fábrica, enquanto os demais estavam em home office ou de férias. Foi um encontro muito esclarecedor que serviu de alerta e também de alento para todos. Na ocasião, além das orientações em relação à Covid, o SESI também disponibilizou serviço de aferição de temperatura da nossa equipe", destaca Mônica Burgos, sócia-fundadora da Avatim.

A Blitz Contra a Covid-19, realizada desde o ano passado, é um dos principais eixos do Programa SESI e Indústria Juntos Contra a Covid-19, que já realizou mais de duas mil visitas a empresas em todo o estado, levando orientações sobre a prevenção da doença para cerca de 70 mil trabalhadores. De acordo com o gerente Executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI Bahia, Amélio Miranda, a iniciativa foi uma resposta rápida à necessidade que o setor industrial teve de manter as atividades presenciais durante a pandemia.

“O programa intensificou um trabalho que o SESI já desenvolvia no campo da Saúde e Segurança na Indústria. Porém, com o desafio de manter a produção, buscamos levar os protocolos atualizados para que a empresa pudesse cumprir o seu papel de forma segura”, disse Amélio Miranda, gerente Executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI Bahia

Ele também aponta que trabalho do SESI buscou oferecer um olhar individualizado sobre a atividade de cada empresa, desenhando formas de adequar os protocolos às diferentes realidades deste amplo setor.

No caso da Alimentos Tia Sônia, a implantação de escalas de trabalho e testagens em massa foram fundamentais para aumentar o sentimento de segurança entre os trabalhadores. “Tivemos que nos adequar a uma série de mudanças como as escalas no ‘chão de fábrica’ e o administrativo em home office. Além disso, os exames disponibilizados pelo próprio SESI (testagem e RT-PCR) foram fundamentais para que pudéssemos identificar casos assintomáticos e aumentar a segurança. Hoje, temos uma sensação de tranquilidade maior”, afirma a gerente de RH da empresa, Jamaica Cabral.

Além das blitzes e testagens, Amélio Miranda relata que o programa ainda inclui os serviços de monitoramento e plano de manutenção das atividades. Entre eles está a assessoria/reinspeção remota das práticas implementadas pela empresa, a gestão de afastamentos e o teleatendimento para tirar dúvidas sobre a Covid e monitorar os trabalhadores em isolamento domiciliar ou com sintomas. “O feedback que temos recebido é extremamente positivo. Nosso maior papel continua sendo a parceria junto à Indústria e seguimos sensíveis e motivados a cumprir esta missão”, conclui.

Fonte: Correio*

Um novo lote com 336.300 doses de vacina contra a covid-19 chegou na manhã desta quinta-feira (29) a Salvador, para ser distribuída entre os municípios baianos.

São 6.800 doses da Coronavac e 329.500 da Astrazeneca/Oxford, que serão usadas para dar continuidade à imunização em Salvador.

As vacinas chegaram em um avião da Latam por volta das 10h50. Elas passaria por conferência e contagem antes da distribuição.

Regularização
Nessa quarta-feira (28), o Ministério da Saúde anunciou que iria distribuir 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 104,8 mil doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

O novo lote da Coronavac tenta minimizar o prejuízo na aplicação da 2ª dose da vacina, que tem cronograma atrasado em diferentes cidades brasileiras. De acordo com a Saúde, as 104, 8 mil doses estavam armazenadas. A Coronavac deve ser administrada com o intervalo de até 28 dias entre as duas doses, mas idosos de ao menos oito Estados já ultrapassaram esse prazo sem que a segunda dose fosse ofertada.

Além do imunizante do Butantan, o governo federal informou que também serão distribuídas 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Todos os estados e o Distrito Federal vão receber as novas remessas em uma divisão proporcional.

Na nota, o Ministério da Saúde reforça a importância para todos tomarem a segunda dose da vacina, "mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório, para assegurar a proteção adequada contra a doença".

Tomar apenas uma dose da vacina contra a covid-19 não é recomendado e nem sensato. O alerta vem de especialistas preocupados com a situação brasileira de atraso na vacinação. De acordo com dados científicos, só quando 70% da população inteira do país tomar as duas doses é que será possível frear o avanço da covid-19 e reduzir a circulação do coronavírus.

Quem toma apenas uma dose da vacina corre o risco de não ter a imunidade completa para casos graves e, por isso, não entra na categoria dos 70% de brasileiros imunizados. É por isso que pode acontecer de uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina ser infectada pelo vírus e até morrer.

“A vacina foi mostrada com eficiência de 100% de cobertura de casos graves com duas doses e após mais 14 dias. Essa é a dita imunidade completa, que não livra do vírus e sim de casos graves. Se não completar o processo de imunização, não há garantia de que a dose recebida vai responder com o mesmo percentual de segurança”, explica Adielma Nizarala, médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS).

Os dois imunizantes que estão sendo aplicados no país são o CoronaVac, desenvolvido pela farmacêutica chinesa SinoVac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, e a da AstraZeneca, envasado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cada um possui intervalo diferente entre a primeira e a segunda dose: 14 a 28 dias para a CoronaVac e três meses para a AstraZeneca.

“Tem outras vacinas aplicadas fora do Brasil que tem apenas uma dose só, mas esse não é nosso caso”, lembra o infectologista e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Claudilson Bastos. O especialista também concorda que é necessário que seja observada a aplicação de duas doses.

“A eficácia da vacina na primeira dose não é alta. Dependendo do tipo, varia de 50% a 70% com apenas a primeira etapa. Com o reforço, a segurança aumenta consideravelmente. Os riscos de ter covid grave, em estado crítico, que precisa de hospitalização, diminui. E é essa a função da vacina, evitar mortes”, diz.

E isso já está sendo observado nos números da pandemia. Um levantamento feito pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostra que, até o dia 24 de abril deste ano, 99,9% dos cerca de 2,2 milhões de vacinados contra a covid não contraíram a doença ou, se infectados, não precisaram de hospitalização.

Apenas 382 pacientes imunizados chegaram ao ponto de serem internados, o que representa 2,14% das 17.786 notificações de internações por covid ocorridas em 2021. Dos 382 pacientes, 281 tinham tomado somente a primeira dose e 99 também a segunda. Em apenas duas notificações não constavam a informação de quantas doses tinham sido aplicadas.

Demora
Atualmente, a prefeitura de Salvador vive um momento complicado na sua etapa de vacinação, pois as doses da CoronaVac disponíveis são suficientes apenas até esta quinta-feira (29). Segundo o Instituto Butantan, um novo lote só estará disponível a partir da próxima semana. Isso significa que as pessoas que precisam tomar a segunda dose nesse final de semana vão ter que atrasar a data de aplicação da vacina.

Mas Adielma Nizarala não vê isso como motivo de pânico. “O problema mesmo é deixar de completar a imunização, deixar de tomar a segunda dose. Se passar alguns dias do prazo estabelecido pelo fabricante, não acontece nada. Não tem nenhum estudo que mostre que vai trazer algum maleficio esse atraso. Baseado no ritual de outras vacinas, a gente consegue perceber que não há problema”, diz.

O infectologista Claudilson concorda. “Não é o ideal. O correto é tomar no prazo correto. Eventualmente, se passar um tempo, o que não deve acontecer, tem que tomar de qualquer jeito e o mais rápido possível”, explica. Em Salvador, atualmente, 16.231 pessoas estão habilitadas para receber a segunda dose e ainda não compareceram aos postos de vacinação, segundo a SMS. Na Bahia, na última quinta-feira (22), eram 21.628 pessoas que não foram tomar a segunda dose da vacina, segundo a Sesab, que não enviou os números atualizados até o fechamento do texto.

Já o professor Celso Sant'Anna, médico imunologista e docente da Rede UniFTC, é mais crítico. Ele explica que a demora prolongada poderia causar até mesmo uma nova forma do coronavírus, mais resistente aos imunizantes e, consequentemente, mais perigosa à população.

"As consequências das pessoas não receberem as duas doses são trágicas. As vacinas foram programadas para serem aplicadas em duas doses, sendo aplicada uma só, não garante coisa nenhuma. A pessoa vacinada apenas com uma dose pode, inclusive, ser transmissora de uma forma de vírus mais forte e mais resistente. Caso haja um grande atraso, minha orientação é que se reinicie o processo de imunização do início, ou seja, mais duas doses", sustenta

A infectologista Fernanda Grassi, da Rede Covida, também defende que a vacinação seja feita de forma completa, com duas doses aplicadas no intervalo de tempo estipulado pelos fabricantes. "Ainda não sabemos o tempo exato que é aceitável um atraso. A CoronaVac tem uma melhor eficácia quando a segunda dose é aplicada 28 dias após a primeira. Podemos imaginar que uma ou duas semanas não tenha efeitos tão grandes, mas mais que isso, não podemos garantir que a segunda resposta será ótima", finaliza.

O MInistério da Saúde, por sua vez, afirmou que a população deve tomar a segunda dose da vacina mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório. “Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença”, disseram. A Sesab também foi procurada para se manifestar sobre o assunto, mas não retornou até o fechamento do texto.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (28) que o governo federal tome as providências para realizar o Censo demográfico.

A decisão atendeu a um pedido do governo do Maranhão.

Na semana passada, o governo confirmou que o Orçamento de 2021 não reservava recursos para o Censo e, portanto, ele não seria realizado neste ano.

Por lei, o Censo deve ser realizado a cada dez anos. O último ocorreu em 2010. No ano passado, a pesquisa, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), não seria realizado em 2020, foi adiada devido à pandemia de Covid-19.

“Defiro a liminar, para determinar a adoção de medidas voltadas à realização do Censo, observados os parâmetros preconizados pelo IBGE, no âmbito da própria discricionariedade técnica”, diz Mello na decisão.

Na decisão, Marco Aurélio criticou o corte no orçamento para o censo. Para o ministro, a decisão fere a Constituição.

“A União e o IBGE, ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de corte de verbas, descumpriram o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional – artigo 21, inciso XV, da Constituição de 1988”, escreveu o ministro.

O ministro negou que a decisão represente interferência. “Surge imprescindível atuação conjunta dos três Poderes, tirando os compromissos constitucionais do papel. No caso, cabe ao Supremo, presentes o acesso ao Judiciário, a aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais e a omissão dos réus, impor a adoção de providências a viabilizarem a pesquisa demográfica”.

Marco Aurélio destacou a importância da pesquisa para o país. “O direito à informação é basilar para o Poder Público formular e implementar políticas públicas. Por meio de dados e estudos, governantes podem analisar a realidade do País. A extensão do território e o pluralismo, consideradas as diversidades regionais, impõem medidas específicas”.

Ação
Na ação, o estado sustenta que "a ausência do censo demográfico afeta de maneira significativa a repartição das receitas tributárias, pois os dados populacionais são utilizados para os repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE), bem como do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ainda para uma série de outras transferências da União para os entes subnacionais".

Também pontua que "o cancelamento do Censo traz consigo um imensurável prejuízo para as estatísticas do país, pois sem o conhecimento da realidade social, demográfica e habitacional, tornam-se frágeis as condições que definem a formulação e avaliação de políticas públicas".

Aponta ainda que não cabe usar a pandemia da Covid-19 como justificativa para não realizar o Censo.

"A realização do censo nacional pressupõe a ordenação de uma série de atos administrativos que não restariam prejudicados pelo risco sanitário decorrente da pandemia da COVID-19, não podendo esse fato se utilizado pelo governo federal como justificativa para a paralisação das providências preparatórias imprescindíveis a sua realização"