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Bolsonaro pede demissão de presidente da Petrobras e indica general para vaga
O governo federal anunciou, no início da noite desta sexta-feira, 19, que vai trocar o presidente da Petrobras. Em nota, o Ministério de Minas e Energia anunciou que "decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco". Silva e Luna é general e atualmente é presidente de Itaipu.
O conselho de administração da Petrobras ainda precisa aprovar o nome indicado, podendo barrar essa indicação. O governo, porém, tem maioria no colegiado de 11 membros. Luna é um general da reserva do Exército Brasileiro, foi Ministro da Defesa entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019.
O temor de interferência política na Petrobras, com ameaça reiterada do presidente Jair Bolsonaro ao presidente da estatal, fez as ações da petroleira caírem hoje, somadas, mais de 14,5% na Bolsa brasileira, a B3. No total, a empresa perdeu quase R$ 30 bilhões em valor de mercado.
"Anuncio que teremos mudança, sim, na Petrobras", disse Bolsonaro no começo da tarde de hoje. O presidente, no entanto, acrescentou que "jamais vamos interferir nessa grande empresa, na sua política de preço". Os comentários foram feitos um dia depois de ele anunciar que vai zerar os tributos federais sobre o diesel, após novo anúncio de reajuste dos combustíveis pela Petrobras. Bolsonaro considerou o aumento, o quarto do ano, "fora da curva" e "excessivo". Durante sua live semanal no Facebook, na quinta-feira, 18, ele reforçou que não pode interferir na estatal, mas ressaltou que a medida "vai ter consequência".
Em setembro do ano passado, Luna assumiu como diretor-geral de Itaipu, para um mandato de até quatro anos. Na ocasião, ele substituiu o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, já fora do governo. O MME não informou quem vai assumir o comando de Itaipu.
Currículo
Com 71 anos, Luna serviu seus últimos cinco anos no Ministério da Defesa, inicialmente como Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto; depois, como Secretário-Geral do Ministério; e por último, como Ministro da Defesa.
Nos seus 12 anos como Oficial General da ativa, foi comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé, Amazonas, de 2002 a 2004. Foi chefe do Estado-Maior do Exército de 2011 a 2014 e comandou várias Companhias de Engenharia de Construção na Amazônia.
Luna tem pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, em curso realizado na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (1998); e Doutorado em Ciências Militares, realizado na Escola de Comando e Estado Maior do Exército (1987/88), entre outros cursos.
No exterior, foi membro da Missão Militar Brasileira de Instrução e Assessor de Engenharia na República do Paraguai, de 1992 a 1994; e adido de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutico no Estado de Israel, de 1999 a 2001.
Prefeitura de Camaçari proíbe utilização e circulação em praias, praças, parques, campos e quadras para conter avanço da pandemia
Quem descumprir toque de recolher poderá responder por crime contra a saúde pública
O toque de recolher anunciado pelo governo da Bahia terá início nesta sexta-feira (19) e, quem não respeitar as determinações poderá ser punido. Segundo a Secretaria de Comunicação do estado (Secom), as pessoas que descumprirem as ordens serão conduzidas à delegacia, onde uma ocorrência será registrada e encaminhada ao Ministério Público para a abertura de um processo criminal.
Quem não respeitar a determinação poderá ser autuado com base no artigo 268 do Código Penal, por “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”. A pena prevista é de detenção de um mês a um ano, e multa. A punição pode ser aumentada em um terço, caso cometida por funcionário da saúde pública, médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
A autuação também pode ocorrer com base no artigo 330, que prevê o crime de desobediência por não acatar ordem legal de funcionário público. A punição é de 15 dias até seis meses de detenção e multa.
A Secom informou, ainda, que será solicitado a cada prefeitura que casse o alvará de funcionamento dos estabelecimentos que desrespeitem os decretos e, eventualmente, peça ordem judicial para fechamento desses pontos comerciais.
Nesta quarta-feira, 17, o governo do estado publicou um novo decreto especificando o funcionamento do toque de recolher, que vai vigorar até o dia 25, sempre das 22h às 5h do dia seguinte. A norma também pode ser prorrogada, caso o governo entenda que é necessário estender o prazo de validade da restrição.
Também nesta quarta, a prefeitura de Salvador informou que os usuários do sistema de ônibus urbano da capital terão de reajustar a rotina. É que com o toque de recolher, o horário da última viagem nos coletivos será justamente às 22h, quando começa a valer a restrição diariamente.
Fiscalização
Procurada para explicar como vai se organizar para garantir o cumprimento do toque de recolher, a Polícia Militar informou que está em contato com as prefeituras para alinhar as diretrizes em relação à fiscalização e que todo o seu efetivo disponível será utilizado na operação.
“Inicialmente, nós vamos começar com orientação, para que as pessoas saibam que existem previstos no decreto dois crimes que, se forem descumpridos, elas podem responder por eles. É o crime de desobediência e o crime contra a saúde pública. Aí nós vamos observar como vai ser o comportamento das pessoas a partir daí”, diz a porta-voz da PM-BA, Major Flávia Barreto.
Segundo a porta-voz, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) será responsável pela orientação e, a PM, pela fiscalização e repressão dos estabelecimentos comerciais. Ela pede ainda, a contribuição da população. “O que a gente pede é que as pessoas nos ajudem, denunciando lugares que estejam descumprindo o decreto, entrando em contato através do 190, do disque denúncia (3235-000) ou da Ouvidoria (0800 2840011)'', finaliza.
A PM vai atuar em conjunto com Guardas Municipais, apoiando as medidas necessárias nos municípios em que o toque de recolher estiver em vigor. Segundo o secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino, o Centro de Comando e Controle da SSP irá funcionar 24 horas por dia, durante os dias de vigência do toque de recolher, para monitorar e fiscalizar o cumprimento das determinações.
O que fica proibido?
A restrição será válida para circulação de pessoas em vias, equipamentos, locais e praças públicas, das 22h às 5h. A medida, que permite o funcionamento somente de serviços essenciais, começa a valer nesta sexta-feira (19) e fica válida até dia 25 de fevereiro, com possibilidade de prorrogação.
Não se aplicam ao toque de recolher as situações de deslocamento para ida a serviços de saúde ou farmácia, para compra de medicamentos, ou situações em que fique comprovada a urgência.
Ficam liberados para circular, nos horários de restrições, somente servidores, funcionários e colaboradores, no desempenho de suas funções, que atuam nas unidades públicas ou privadas de saúde e segurança. Também ficam permitidos os serviços necessários ao funcionamento das indústrias e Centros de Distribuição, além do deslocamento dos seus funcionários.
Segundo o governo da Bahia, a partir das 22h, restaurantes e bares não poderão operar nem mesmo em modalidade de delivery. Somente serviços essenciais podem trabalhar com o delivery a partir deste horário, como farmácias para a entrega de medicamentos, por exemplo.
Supermercados também não poderão permanecer abertos. O horário máximo de funcionamento é às 21h30, para dar tempo de funcionários e clientes tomarem o rumo de casa. Postos de gasolinas poderão abrir, mas as lojas de conveniência deverão ser fechadas. Quem trabalha de madrugada deverá portar documento que comprove para poder circular na rua.
A determinação não se aplica ao funcionamento dos terminais rodoviários, metroviários e aeroviários ou ao deslocamento de funcionários e colaboradores que atuem na operacionalização destas atividades fins. Os meios de transporte metropolitanos (ônibus, metrô, ferryboat e lanchinhas) ficam autorizados até às 22h30, horário em que devem ser encerrados. Em Salvador, os ônibus urbanos deverão obedecer decreto publicado pela Prefeitura.
De acordo com a Sedur, o órgão permanecerá realizando as operações de fiscalização que já são feitas todos os dias em relação aos protocolos de funcionamento de estabelecimentos comerciais, com intensificação aos finais de semana.
O propósito da medida é conter as taxas de contágios do novo coronavírus, diminuindo também o número de casos ativos da doença no estado. Todos os municípios baianos estão inclusos, com exceção das regiões Oeste, Irecê e Jacobina, onde as taxas não estão elevadas.
"O objetivo é evitar a convivência em bares, bebidas, carros de som, enfim, aquelas aglomerações na madrugada, porque em geral estão associadas a bebidas alcoólicas e, portanto, ao descuido nas relações de convivência. Com isso, esperamos preservar vidas humanas e garantir leitos hospitalares para quem precisar. Faço um apelo para que todos os prefeitos nos ajudem nessa mobilização", disse o governador Rui Costa, na terça-feira, 16, ao anunciar o toque de recolher.
Estabelecimentos comerciais
Os shoppings centers, que já estavam liberados para funcionar até às 22h, devem, segundo o coordenador estadual do setor Bahia da Associação Brasileira de Shoppings Center (Abrasce), Edson Piaggio, passar a fechar as portas um pouco mais cedo. “O toque de recolher começa às 22h e, obviamente, haverá uma necessidade de o funcionário ter um tempo para sair do trabalho e se dirigir aos ônibus”, disse. A Abrasce deve se reunir até amanhã (18) com os representantes dos shoppings e lojistas para a definição do novo horário limite de funcionamento.
O coordenador ainda afirma que lamenta a redução do horário, mas apoia a decisão do governo do estado. “Há uma relação direta entre o número de horas de funcionamento e o volume de vendas. Quanto mais tempo aberto, melhor para o lojista, para o empresário e para o consumidor e, reduz, inclusive, a possibilidade de aglomeração nos estabelecimentos, que não está tendo agora. Então nós gostaríamos que o horário de funcionamento fosse mantido, mas, por outro lado, nos preocupamos com a saúde de todos”, finaliza Piaggio.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) emitiu uma carta nesta quarta-feira (17) pedindo para que o horário do toque de recolher seja ajustado para das 23h às 5h. A Associação afirma que entende o momento caótico vivido pela saúde pública no Estado e credita isso à oferta reduzida de leitos hospitalares para o tratamento de Covid-19 em relação à primeira onda e "descontrole das mais diversas aglomerações em ruas, praças públicas, paredões de som e festas clandestinas".
"Entendemos que as atividades de bares e restaurantes, ofertando ambientes seguros e seguindo fielmente todos os protocolos sanitários, cumprem sua função social e econômica. E de maneira responsável, desempenham papel relevante para a manutenção do emprego e da renda de milhares de famílias em nosso Estado", diz a carta.
A Abrasel acredita que o ajuste no horário para bares e restaurantes vai a reduzir circulação de pessoas nas ruas e reduzir a movimentação no horário de retorno para casa. Evitando picos e aglomerações no transporte público.
IBGE abre concursos para mais de 200 mil vagas para o Censo 2021
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reabriu o concurso para 204.307 vagas temporárias para a realização do Censo Demográfico 2021, com salários de até R$ 2.100. As vagas são para recenseador, agente censitário municipal e agente censitário superior. O Censo seria realizado no ano passado, mas foi adiado devido à pandemia.
Os salários variam de R$1.700 a R$2.100. São dois processos seletivos e os editais foram publicados nesta quinta-feira (18) no Diário Oficial da União. Os editais podem ser consultados aqui e aqui.
De acordo com os editais, para o cargo de recenseador, são 181.898 vagas. A remuneração por produção, de acordo com o número de domicílios visitados e questionários respondidos. Para agente censitário municipal são 5.450 vagas, com salário de R$2.100. E para agente censitário superior são 16.959 vagas, com salário de R$1.700.
Para a função de recenseador, a previsão de duração do contrato é de até 3 meses, podendo ser prorrogado mediante necessidades de conclusão das atividades do Censo e de disponibilidade orçamentária. A jornada de trabalho é de, no mínimo, 25 horas semanais.
Já para as funções de agente censitário, é exigido ensino médio completo. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, sendo 8 horas diárias.
Os melhores colocados em cada município ocuparão a vaga de agente censitário municipal, que será o responsável pela coordenação da coleta naquela cidade. Os demais agentes censitários supervisionam as equipes de recenseadores. A previsão de duração do contrato é de até 5 meses, podendo também ser prorrogado.
Inscrições
As inscrições para as vagas de recenseador começam no dia 23 de fevereiro e vão até 19 de março, com taxa de R$ 25,77. E para as vagas de Agente Censitário Municipal (ACM) e Agente Censitário Supervisor, as inscrições começam nesta sexta-feira (19) e vão até 15 de março, com taxa de R$ 39,49.
As inscrições deverão ser feitas pela internet, no site da Cebraspe, que organiza os processos seletivos.
Cerca de 160 mil alunos da rede municipal de Salvador voltam às aulas segunda
Cerca de 160 mil estudantes da rede municipal de Salvador vão retornar às aulas na próxima semana, por isso, professores e representantes da gestão municipal se reuniram para discutir os desafios do próximo ano letivo, nesta quinta-feira (18). A Jornada Pedagógica 2021 está sendo transmitida pelo YouTube e o acesso é livre para todos os públicos.
O secretário Municipal de Educação, Marcelo Oliveira, foi quem abriu o evento e destacou três eixos que vão nortear as ações da pasta esse ano. O primeiro deles será o foco no processo de alfabetização. Os gestores têm percebido que muitas crianças apresentam dificuldades com a leitura, mesmo após as séries iniciais, e criaram um programa batizado de ‘Aprender pra valer’.
“Vamos focar na capacitação das crianças no primeiro e no segundo ano de ensino para reparar as deficiências. Problemas na alfabetização acaba resultando em reprovações, e isso causa a distorção idade/ série, outra frente que vamos abordar. São 8 mil alunos com defasagem. Reduzir essas diferenças ajuda também na redução da evasão escolar”, disse.
O terceiro eixo é o controle mais rigoroso dos custos com a educação. O prefeito Bruno Reis participou da solenidade de abertura e afirmou que a pandemia terá consequências inevitáveis para educação. Ele acredita que a única maneira de reparar os estragos é com empenho e investimento público.
“A falta das aulas presenciais com certeza vai deixar efeitos na educação da nossa cidade que só com muito trabalho, empenho e, principalmente, com a decisão firme de investimento de recursos é que vamos poder reparar o tempo perdido. E depois, crescer na qualidade da educação para que a gente possa disputar as primeiras posições entre as melhores cidades do Brasil em qualidade de educação”, afirmou.
Jornada Pedagógica
O tema desse ano é a “Educação e seus desafios: ressignificação das estratégias de ensino e aprendizagem”. Um dos assuntos tratados é o continuum curricular 2020/2021 – um plano pedagógico emergencial, construído de forma colaborativa pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), que contempla a recuperação do conteúdo de 2020 e o cumprimento do currículo de 2021.
Em razão das medidas sanitárias para evitar a propagação da Covid-19, neste ano, o evento foi virtual, pelo canal da Smed no YouTube, e foi aberto a todos os integrantes da Rede Municipal de Educação – professores, gestores, coordenadores e técnicos.
Entre os palestrantes convidados está o roteirista e professor João Alegria, diretor de Educação da Fundação Roberto Marinho, que destacou os “Desafios e alternativas para o uso do audiovisual, tecnologias e o ensino híbrido na escola pública”. Participou também o geógrafo Celso Antunes, especialista em Inteligência e Cognição, mestre em Ciências Humanas (USP) e membro fundador da entidade Todos pela Educação, que faz uma palestra sobre “Novas maneiras de ensinar, novas maneiras de aprender”.
Aulas virtuais
A realização das aulas virtuais foi a saída encontrada pelo Município para atender a demanda da educação enquanto os encontros presenciais não forem autorizados. O coordenador-geral do Sindicado dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), Rui Oliveira, aprovou a medida, mas fez algumas ressalvas.
“Nossa luta sempre foi em defesa da vida. Nós consultamos 13 mil educadores e 97% deles disseram que só voltariam às aulas presenciais com vacina. Então, a atividade remota deve ser reconhecida nesse momento como uma ação emergencial, mas é preciso que sejam oferecidos equipamentos e capacitação para esses educadores. Por enquanto, as despesas com internet e compra de computadores ou celulares está sendo custeada pelos professores”, afirmou.
Ele contou também que muitos educadores não tem habilidade com produção de vídeo e precisam de treinamento. O assunto será discuto em reunião com representantes do Estado e do Município na próxima semana.
A APLB vai fazer também uma campanha em 30 cidades da Bahia para arrecadar equipamentos eletroeletrônicos usados, mas em condições de uso, para que estudantes carentes possam se preparar para a próxima edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para a dona de casa, Isaura Souza, 41 anos, a decisão de retomar as aulas virtuais é positiva. Ela tem dois filhos na rede municipal de ensino e está preocupada com o futuro das crianças. “Quando a gente fica muito tempo parado acaba esquecendo o conteúdo e vai ficando para trás na comparação com os estudantes das escolas particulares. Aulas à distância nunca serão a mesma coisa de aulas presenciais, mas é melhor do que ficar parado”, disse.
Aulas presenciais
Mesmo sem data definida para a retomada das aulas presenciais, o protocolo para quando esse momento chegar já está definido. O documento foi elaborado pela prefeitura e pelo governo do estado e apresentado, nesta quarta-feira (17), ao Tribunal de Justiça da Bahia, Ministério Público, e Defensoria Pública. O objetivo do Executivo é consegui a aprovação do Judiciário e fazer possíveis alterações recomendadas pelos órgãos antes dos encontros presenciais começarem.
A realização das aulas presenciais está condicionada a três fatores: redução no número de óbitos provocados pelo novo coronavírus, queda na taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e desaceleração do número de casos ativos.
“Nós validamos esse documento em reunião com o governo do estado, prefeitos, dirigentes da UPB, e deputados estaduais membros da comissão de educação essa semana. Vamos depois nos reunir também com o sindicato dos professores buscando validar esses critério”, afirmou Bruno Reis, em entrevista coletiva na quarta-feira.
Ele voltou a afirmar que o momento não permite a retomada das aulas e fez críticas a quem defende a reabertura das escolas. No início da semana, um grupo de pais e professores fez um protesto em frente ao prédio em que o prefeito mora.
“Vocês sabem que eu sempre defendi uma data, sempre condicionada a realidade do momento. Ninguém aqui é irresponsável para retomar a educação sem ter condições de oferecer leitos de UTI. Então, pode fazer manifestação onde quiser que não está me dizendo nada. Não há clima, e é uma irresponsabilidade defender nesse momento a retomada da educação. Eu também quero uma data, mas ela sempre esteve e estará condicionada ao cenário da pandemia em nossa cidade”, concluiu.
Petrobras comunica nova alta da gasolina e do diesel nas refinarias, diz Abicom
A Petrobras comunicou aos seus clientes que a gasolina e o óleo diesel vendidos em suas refinarias vão ficar mais caros a partir da sexta-feira, 19, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom). A alta do litro da gasolina será de R$ 0,2262 e a do diesel, de R$ 0,3305.
Essa é a segunda alta de preços dos combustíveis anunciada pela Petrobras neste mês. A primeira aconteceu no dia 9.
Com os reajustes, a empresa tenta se alinhar à cotação internacional, em linha com a política de paridade internacional.
Criança é sequestrada após assalto em supermercado em Lauro de Freitas
Uma criança foi sequestrada durante um assalto em um estacionamento de supermercado em Lauro de Freitas, na noite dessa quinta-feira (17). Segundo informações da Polícia Civil, a criança estava com o pai, que foi abordado quando se dirigia a um caixa eletrônico para fazer um saque.
A Polícia Militar afirma que o caso aconteceu por volta das 19h, e que uma equipe da 81ª CIPM foi até o local averiguar a situação. Lá, teriam sido informados por uma mulher que os suspeitos tinham fugido em dois carros, e que sua filha tinha sido sequestrada.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado na 27ª DT/Itinga, que realizou as primeiras diligências para encontrar a criança. Após levarem a criança, os criminosos passaram a exigir uma quantia para liberar a vítima, mas acabaram libertando-a, na Estrada da Cascalheira.
A menina foi encontrada por trabalhadores que passaram pelo local, por volta de 6h30 desta sexta-feira (18).
Belo é solto após passar noite na cadeia por show na pandemia no Rio
O cantor Belo deixou a prisão por volta das 11h30 desta quinta-feira (18), depois de passar a noite na cadeia, no Rio de Janeiro. Houve tumulto na frente da delegacia no momento em que o músico saiu.
Belo foi preso por conta de um show irregular que fez durante o período de Carnaval em uma escola no Rio de Janeiro, gerando muita aglomeração. Um alvará de soltura foi expedido na madrugada para liberar o cantor, após o desembargador Milton Fernandes de Souza aceitar o pedido de habeas corpus da defesa do artista.
"Até agora eu não entendi o que eu fiz para estar passando por essa situação. Quero saber qual o crime que eu cometi. Subi no palco e cantei", disse ele ao sair da Cidade da Polícia.
Em depoimento, ele negou ter envolvimento com traficantes da região. "Minha empresa recebeu o dinheiro. CNPJ com CNPJ", disse Belo, questionado sobre quem pagou seu show. "Se eu não posso cantar para o público, a minha vida acabou".
Além de Belo, são investigados pelo show dois produtores, Célio Caetano e Henrique Marques, e um traficante, Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, apontado como cheefe do tráfico na Favela Parque União. Eles são acusados de violar um decreto municipal que proibiu aglomerações no Carnaval, contribuindo com disseminação da covid-19. A invasão da escola onde aconteceu o evento também é investigada. Eles vão responder por infração de medida sanitária, crime de epidemia, invasão de prédio público e associação criminosa.
A advogada de Belo, Isadora Mendes, diz que ele não fez "nada irregular". "Ainda está na fase de inquérito. Primeiro ele precisa sair da cadeia. Só então vamos estudar quais serão os próximos passos. Ele já prestou esclarecimentos ontem (quarta). Ele não fez nada de irregular", disse ela à Folha de S. Paulo.
Prisão
Belo foi preso ontem, em operação da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), no Rio. O show aconteceu no Complexo da Maré em uma escola estadual, sem autorização. O show começou na noite de sexta (12) e foi até a manhã de sábado (13).
A Secretaria de Estado da Educação confirmou que não autorizou nenhum show na instituição de ensino, afirmando que "desde o início da pandemia e a suspensão das aulas presenciais, a Seeduc não autorizou nenhum evento de qualquer natureza dentro de suas unidades escolares.
Belo negou em depoimento ter envolvimento com tráfico. "Que perguntado se sabe quem é o 'dono' da comunidade onde houve o show, o declarante diz que não, até porque não sabia que era uma área de risco", diz trecho do depoimento, obtido pela GloboNews. Disse ainda que não sabe antecipadamente onde serão os shows e no sábado apenas entrou em uma van na porta de casa e desceu no local da apresentação.
Em nota, Belo e sua família afirmaram estarem surpresos com a prisão. No texto, ele pede desculpas pelo show, mas questiona a decisão da Justiça. “Ciente da gravidade da crise sanitária, Belo pede desculpas por ter se apresentado em uma aglomeração”, escreveu.
Carnaval de 2022 pode não acontecer, diz cientista do Consórcio Nordeste
Em entrevista à TV Bahia na manhã dessa quinta (18), o médico, cientista e coordenador do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, Miguel Nicolelis, alertou sobre a urgente necessidade de tomar medidas para frear o avanço da pandemia.
“Se nada for feito, se continuarmos com esses índices crescendo, com essas curvas crescendo assustadoramente, se as pessoas acharam que não ter carnaval em 2021 foi grave, a possibilidade da gente não ter carnaval em 2022 começa a ser real. Porque essa situação parece que pode perdurar ao longo de todo o ano de 2021”, disse.
Um novo decreto do governo do estado foi publicado nesta quinta, detalhando o toque de recolher que começará na sexta (19). Estabelecimentos comerciais e de serviços deverão encerrar as atividades até as 21h30 e entregas a domicílio só serão permitidas para as farmácias.
Belo é solto após passar noite na cadeia por show na pandemia no Rio
O cantor Belo deixou a prisão por volta das 11h30 desta quinta-feira (18), depois de passar a noite na cadeia, no Rio de Janeiro. Houve tumulto na frente da delegacia no momento em que o músico saiu.
Belo foi preso por conta de um show irregular que fez durante o período de Carnaval em uma escola no Rio de Janeiro, gerando muita aglomeração. Um alvará de soltura foi expedido na madrugada para liberar o cantor, após o desembargador Milton Fernandes de Souza aceitar o pedido de habeas corpus da defesa do artista.
"Até agora eu não entendi o que eu fiz para estar passando por essa situação. Quero saber qual o crime que eu cometi. Subi no palco e cantei", disse ele ao sair da Cidade da Polícia.
Em depoimento, ele negou ter envolvimento com traficantes da região. "Minha empresa recebeu o dinheiro. CNPJ com CNPJ", disse Belo, questionado sobre quem pagou seu show. "Se eu não posso cantar para o público, a minha vida acabou".
Além de Belo, são investigados pelo show dois produtores, Célio Caetano e Henrique Marques, e um traficante, Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, apontado como cheefe do tráfico na Favela Parque União. Eles são acusados de violar um decreto municipal que proibiu aglomerações no Carnaval, contribuindo com disseminação da covid-19. A invasão da escola onde aconteceu o evento também é investigada. Eles vão responder por infração de medida sanitária, crime de epidemia, invasão de prédio público e associação criminosa.
A advogada de Belo, Isadora Mendes, diz que ele não fez "nada irregular". "Ainda está na fase de inquérito. Primeiro ele precisa sair da cadeia. Só então vamos estudar quais serão os próximos passos. Ele já prestou esclarecimentos ontem (quarta). Ele não fez nada de irregular", disse ela à Folha de S. Paulo.
Prisão
Belo foi preso ontem, em operação da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), no Rio. O show aconteceu no Complexo da Maré em uma escola estadual, sem autorização. O show começou na noite de sexta (12) e foi até a manhã de sábado (13).
A Secretaria de Estado da Educação confirmou que não autorizou nenhum show na instituição de ensino, afirmando que "desde o início da pandemia e a suspensão das aulas presenciais, a Seeduc não autorizou nenhum evento de qualquer natureza dentro de suas unidades escolares.
Belo negou em depoimento ter envolvimento com tráfico. "Que perguntado se sabe quem é o 'dono' da comunidade onde houve o show, o declarante diz que não, até porque não sabia que era uma área de risco", diz trecho do depoimento, obtido pela GloboNews. Disse ainda que não sabe antecipadamente onde serão os shows e no sábado apenas entrou em uma van na porta de casa e desceu no local da apresentação.
Em nota, Belo e sua família afirmaram estarem surpresos com a prisão. No texto, ele pede desculpas pelo show, mas questiona a decisão da Justiça. “Ciente da gravidade da crise sanitária, Belo pede desculpas por ter se apresentado em uma aglomeração”, escreveu.
Imunidade pós-vacina pode demorar semanas, dizem especialistas
O início da campanha de vacinação contra a covid-19 levou esperança a milhões de brasileiros que esperam pelo momento em que poderão retomar uma rotina mais próxima à qual estavam habituados até o início da pandemia. Mesmo que lentamente, a imunização está avançando entre profissionais da saúde e pessoas dos grupos de risco.
O entusiasmo, no entanto, não deve levar ninguém a abrir mão de cuidados pessoais, sob risco não só de adoecer em um momento em que o sistema de saúde continua sob pressão, mas também de colocar em perigo a estratégia nacional de imunização. Especialistas lembram que, além de nenhuma vacina ser 100% eficaz, principalmente diante do risco de surgimento de novas variantes, o corpo humano demora algum tempo para começar a produzir os anticorpos que protegerão o organismo contra a ação do novo coronavírus.
Tempo médio
Segundo a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), a pediatra Isabella Ballalai, em média o tempo mínimo para que o sistema imune esteja apto a responder adequadamente contra a presença de qualquer agente patogênico causador de doenças é de, no mínimo, 14 dias após receber a primeira dose de uma vacina. Mas cada imunizante tem seu próprio tempo médio para ativar o sistema imunológico, conforme descrito por seus fabricantes.
Fiocruz
A dose da AstraZeneca, por exemplo, é capaz de atingir uma eficácia geral de proteção da ordem de 76% 22 dias após a aplicação da primeira dose. O percentual pode superar os 82% após a pessoa receber a segunda dose, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável por produzir, no Brasil, a vacina em parceria com a farmacêutica e a Universidade de Oxford.
Um estudo publicado na revista científica The Lancet, no início do mês, sustenta que a maior taxa de eficácia é atingida quando respeitado o intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose.
Butantan
O Instituto Butantan, parceiro do laboratório chinês Sinovac no desenvolvimento da CoronaVac, afirma que são necessárias, em geral, duas semanas após a segunda dose para que a pessoa esteja protegida, já que esse é o tempo que o sistema leva para criar anticorpos neutralizantes que barram a entrada do vírus nas células. Ainda segundo o instituto, uma quantidade maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo.
"É importante esperar, porém, que grande parte da população tenha sido imunizada antes de voltarmos aos antigos hábitos, para evitar contaminar outras pessoas, já que o indivíduo que tomou a vacina ainda pode transmitir o vírus. Mesmo após a imunização, ainda será preciso manter medidas de segurança, como o uso de máscara e a higienização constante das mãos."
Cuidados
“Ao tomar uma vacina, a pessoa tem que aguardar pela ação do seu próprio sistema imunológico, que vai produzir os anticorpos que irão protegê-la”, reforça Isabella, destacando a importância de, mesmo após tomar a segunda dose, a pessoa continuar usando máscaras, evitando aglomerações, higienizando as mãos e objetos e respeitando as recomendações das autoridades sanitárias.
“É muito importante que as pessoas entendam que será preciso continuar tomando os mesmos cuidados por mais algum tempo. Este ano tende a ser melhor que 2020, pois já temos mais conhecimento e algumas respostas à doença, mas, infelizmente, 2021 será ainda de distanciamento e de uso de máscaras”, acrescenta a vice-presidente da SBIm, acrescentando que, para diminuir a transmissão da doença, será preciso vacinar, no mínimo, 60% da população brasileira.
“Ainda temos muitos desafios para controlar a doença. Há o risco do surgimento de novas variantes – mesmo que a maioria das vacinas esteja demonstrando ser eficaz também contra algumas das variantes já identificadas, em algum momento isso pode não ocorrer. Logo, ainda não é hora de relaxar. Ainda não é hora de retirarmos as máscaras e desrespeitar o distanciamento social”, alerta Isabella.