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Bahia com Tudo

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Pais e responsáveis por crianças na capital e no interior do estado estão em alerta por conta do aumento de casos de meningite viral. Este ano, já foram registradas 31 ocorrências da doença em Salvador, número 675% maior do que os quatro pacientes diagnosticados na cidade em 2021, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em toda a Bahia, foram 85 casos em 2022, contra 17 no mesmo período de 2021, aumento de 400%.

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) afirma que o aumento ocorre porque, no auge da pandemia, as medidas de prevenção para conter a covid-19 também serviram para frear a meningite. Em 2020, foram 35 ocorrências na Bahia. Já em 2019, antes do novo coronavírus, o número foi alto também - 104.

Fortes dores de cabeça, vômito e febre acima de 38º são os principais sintomas da doença que inflama as camadas dos tecidos que recobrem o cérebro e a medula espinhal. A meningite viral é causada por um vírus e é o tipo mais comum da doença, que também pode acometer os pacientes via bactérias. A forma bacteriana tende a ser mais grave do que a viral.

Adriana Dourado, sanitarista da diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab, garante que até então não há registro de surto da doença no estado. Ela explica que a baixa notificação entre 2020 e 2021 se deve às medidas de isolamento e ao uso de máscaras. “Isso favorece o controle de outras doenças, como meningite”, acrescenta.

A transmissão da doença se dá pela saliva, secreções respiratórias ou contato com objetos contaminados. Diversos vírus podem provocar a doença, por isso é importante estar sempre com a caderneta de vacinação atualizada.

“Não existe uma vacina para meningite viral, mas para os vírus que causam a doença. Por exemplo, a vacina tríplice viral vai prevenir contra o sarampo, que pode levar à meningite”, esclarece.

Na metade do mês de outubro, a escola Gurilândia, que possui unidades nos bairros Pituba e Federação, enviou um comunicado aos pais e responsáveis pelos alunos alertando sobre a meningite viral e os sintomas da doença. No comunicado, a escola nega que tenha havido casos confirmados entre os estudantes, mas reforça que crianças com sintomas devem ir ao médico e permanecerem em observação.

A filha da advogada Tatiana Matos é aluna do grupo 5 da escola, e a mãe foi uma das que recebeu o comunicado. Tatiana, que é representante da turma da filha, conta que ficou preocupada quando soube de rumores de que alunos estavam com a doença e que por isso marcou uma reunião com a diretoria.

“A escola mantém uma central de monitoramento desde a pandemia e existia um boato de que alunos estavam com meningite viral no grupo 4. Quando soube, marquei uma reunião online, e até hoje nenhum caso foi confirmado”, afirma a advogada. A reportagem tentou contato com a escola, mas não obteve resposta até a publicação desta reporagem.

A doença
Casos de meningite viral são mais comuns em crianças de até 5 anos e dificilmente evoluem para quadros graves, como explica o virologista Gúbio Soares.

“Em caso de sintomas, é importante procurar os centros médicos. Geralmente, as medicações para a doença são conhecidas e controlam a febre e a dor de cabeça. Em casos raros, a meningite viral evolui para casos graves", diz o especialista.

O estudante Edrei Santos, 21, lembra até hoje da dor que sentiu pouco antes de ser diagnosticado com meningite viral, aos 12 anos de idade. Em uma manhã, quando acordou em casa, em Feira de Santana, a pressão na parte de trás da cabeça era tão forte que ele teve dificuldades para falar e andar.

“Acordei sentindo uma dor que me deixava paralisado. Eu lembro que comecei a chorar e que quanto mais eu gritava, mais dor sentia. Foi quando meus pais me levaram ao hospital”, relembra o jovem. Quando a meningite viral foi descoberta, Edrei passou cerca de uma semana internado para tratar os sintomas e felizmente recebeu alta sem adquirir sequelas.

Os sintomas das meningites viral e bacteriana são parecidos, por isso, é essencial procurar um especialista, para que o tratamento adequado seja feito.

Pessoas de até 19 anos devem tomar vacina contra forma bacteriana

Se para a meningite viral não existe vacina específica, no caso da forma bacteriana a vacina está disponível nos postos para os profissionais de saúde e pessoas de até 19 anos. Duas vacinas são oferecidas, a meningocócica tipo C (conjugada) e a ACWY. O público alvo foi expandido depois de um aumento de casos da forma bacteriana.

Em outubro, houve aumento de 160% nos casos do tipo bacteriano, mas segundo a Sesab, até julho, apenas 62,9% das crianças baianas tinham se imunizado. Até 24 de setembro, a Bahia tinha 273 pacientes com a doença. O aumento não é exclusivo daqui: em São Paulo houve crescimento de 77% nos casos entre maio e setembro.

Com medo da doença, a estudante de Psicologia Juliana Motta, 27, antes de participar de um congresso na capital paulista, procurpu um posto. “As profissionais de saúde me disseram que como eu já tinha tomado a vacina na infância, não precisava tomar novamente”.

Pouco antes da viagem para São Paulo, Juliana Motta também disse que iria se prevenir como fez durante a fase aguda da pandemia: usando máscara em locais fechados, lavando as mãos sempre que possível e usando álcool em gel.

Sintomas da meningite:

Febre
Rigidez na nuca
Dor de cabeça
Mal-estar
Náusea e vômito
Confusão mental
Sensibilidade à luz
Dores intensas ou dores nos músculos, articulações, peito ou barriga
Manchas vermelhas na pele, parecidas com picadas
Respiração rápida
Calafrios

Paloma Rodrigues, 27, é uma daquelas pessoas que adora reunir a galera e que sofreu com os momentos de isolamento social. Não por acaso, vai organizar uma festança de aniversário neste ano e decidiu usar o dinheiro que vai receber do 13º salário para arcar com os custos. Só na Bahia, cerca de 4,7 milhões de trabalhadores formais, beneficiários da Previdência e aposentados terão acesso ao benefício, o que significa que R$ 10,5 bilhões devem ser injetados na economia do estado. Nacionalmente, o valor chega a quase R$ 250 bi.

A primeira parcela do benefício terá de ser paga pelas empresas até o dia 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. Em média, cada baiano beneficiado deve receber R$ 2.066,48 de 13º salário, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos na Bahia (Dieese). A média calculada é inferior à nacional, de R$ 2.672, o que aponta para o abismo social entre regiões do país.

“O Nordeste e o Norte têm uma renda mensal mais baixa do que o Sudeste e o Sul e isso faz toda diferença na hora de tirar a média. Além disso, a maioria dos trabalhadores formais que recebe entre um e dois salários também está concentrada nas regiões que possuem média inferior”, explica o economista membro do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA) Edval Landulfo. O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 4,7 mil), enquanto o menor será no Maranhão (R$ 1,8 mil).

Em relação ao valor médio recebido por pessoa na Bahia, houve um aumento de 6,5% em comparação com o ano passado, quando foi de R$ 1.939. Também houve um acréscimo de 5,3% no número de trabalhadores beneficiados.

“A gente vê um crescimento no valor recebido, mas praticamente não há aumento se levarmos em consideração a inflação”, explica a supervisora técnica do Dieese-BA Ana Georgina Dias.

Entre ingredientes para feijoada, karaokê, bolo e doces, o custo da festa da profissional de Comunicação Paloma Rodrigues deve chegar aos R$ 5 mil. Apesar de o Dieese não realizar sondagem sobre a destinação do 13º salário, uma pesquisa do ano passado feita pela Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL) apontou que 33% dos trabalhadores gastaram com presentes de Natal e 24% com festas e viagens.

“Este ano queria muito estar com meus amigos [no aniversário], amo festa, dezembro e reunir a galera. Fazer aniversário em dezembro é ótimo com o 13º”, diz em tom de brincadeira.

O número de endividados na Bahia neste ano já ultrapassou os 4,3 milhões de pessoas. Por isso, a supervisora técnica do Dieese-BA acredita que muitos baianos devem utilizar o valor recebido para quitar os débitos e garantir crédito no mercado.

“A maioria das pessoas deve usar o 13º para pagar dívidas e até se endividar de novo. São poucos os que vão conseguir poupar neste momento de inflação que vivemos”, afirma Ana Georgina. Até sábado (12), a Serasa realiza o Feirão Limpa Nome na Praça Irmã Dulce, em Salvador, com ofertas especiais. As negociações também podem ser feitas por canais digitais.

O que fazer com o seu 13º salário

Quando o ano começa, Ana de Oliveira, 33, formada em Serviço Social, já sabe para onde vai o que receber do 13º salário: matrícula do colégio da filha e farda escolar. Neste ano, no entanto, ela não sabe se o valor vai ser suficiente para os planos, já que a mensalidade aumentou R$ 330 porque a filha vai entrar no ensino médio. “O salário já está comprometido com a mensalidade de dezembro, mas vai ajudar a pagar a matrícula de janeiro com desconto”, afirma.

Edval Landulfo, que também é educador financeiro, explica que se planejar é o melhor caminho para definir os gastos. Quem está com dívidas, deve tentar quitá-las: “Como muitas famílias vão precisar de crédito para comprar um bem essencial e o 13º não seria capaz de suprir essa demanda, o ideal é utilizar o dinheiro para quitar totalmente as dívidas e sempre negociar para não pagar juros”.

Já para aquelas pessoas que não possuem obrigações, o educador diz que o dinheiro deve ser usado para projetos pessoais a longo prazo. Esse é o caso de Yasmin Mesquita, 24, que vai aproveitar o dinheiro para completar o que falta para pagar a autoescola e tirar a carteira de motorista.

“O 13º vai fechar o valor que eu preciso para pagar todos os trâmites”, revela a auxiliar de atendimento.

13º corresponde a 2,7% do PIB na Bahia

O 13º salário foi uma conquista dos trabalhadores brasileiros que entrou em vigor há exatos 60 anos. Sua importância reflete no Produto Interno Bruto (PIB) estadual, soma de todos os bens e serviços finais, e corresponde a 2,7% dele. Na Bahia, os empregados do mercado formal representam 52,1% do total de pessoas que receberão os benefícios.

Já aposentados e pensionistas do INSS equivalem a 46,5% e o emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,4% no estado. Todo empregado que trabalhou formalmente por mais de 15 dias e que não tenha sido demitido por justa causa tem direito ao 13º proporcional ao tempo que desempenhou a função.

Para calcular o valor é preciso dividir o salário bruto por 12 e multiplicar pelos meses trabalhados no ano. Também devem entrar na conta verbas como horas extras e adicional de insalubridade.

Quem tem direito ao 13º?

Todo empregado que exerceu alguma função ao longo do ano com carteira assinada. Aposentados, pensionistas e pessoas que receberam auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão têm direito a gratificação. O pagamento é realizado conforme determina a Lei 4.090/1962.

Quando o 13º salário será pago?

A primeira parcela do benefício terá de ser paga pelas empresas até o dia 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.O valor pode ser depositado em uma ou duas parcelas.

Como o valor é calculado?

O salário bruto é dividido por 12 e multiplicado pelos meses trabalhados no ano. No cálculo da remuneração, devem entrar todas as verbas de natureza salarial, como por exemplo: horas extras, adicional de insalubridade, periculosidade, etc.

Existem descontos no 13º?

Sim. O Imposto de Renda e a contribuição ao INSS incidem sobre o 13º salário. Os descontos ocorrem na segunda parcela sobre o valor integral do 13º salário. Já o FGTS é pago tanto na primeira como na segunda parcela.

Pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira (11) mostra que, em 2021, considerando-se a linha de pobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporção de pessoas pobres no país era de 18,6% entre os brancos e praticamente o dobro entre os pretos (34,5%) e entre os pardos (38,4%). Os dados são do estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil.

“As populações preta e parda representam 9,1% e 47% da população brasileira, respectivamente. Mas, nos indicadores que refletem melhores níveis de condições de vida, a participação dessas populações é mais baixa”, diz o analista do IBGE João Hallak.

Na taxa de pobreza, o IBGE considerou a linha de U$$ 5,50 diários (ou R$ 486 mensais per capita). Na linha da extrema pobreza, (US$ 1,90 diários ou R$ 168 mensais per capita), as taxas foram de 5% para brancos, contra 9% dos pretos e 11,4% dos pardos.

“Em 2021, havia 8,4% da população na extrema pobreza. O percentual da população branca estava abaixo dessa média. Já as populações preta e parda tinham proporções acima da média e dos brancos”, diz o analista André Simões.
Desocupação também é maior entre os negros
O levantamento mostra ainda que, em 2021, a taxa de desocupação também era maior entre os pretos e pardos. Enquanto entre a população branca era de 11,3%, para a preta ficou em 16,5% e para a parda, em 16,2%.

A taxa de subutilização era de 22,5% entre os brancos, enquanto era de 32% entre os pretos e 33,4% entre os pardos.

“A taxa composta de subutilização considera, além da desocupação, a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas e quem estava na força de trabalho potencial. Entre os brancos, essa taxa era inferior às das populações preta e parda, e isso não muda conforme o nível de instrução. A distância varia um pouco, mas em todos os níveis de instrução a população branca tem uma taxa de subutilização inferior à da preta ou parda”, diz Hallak.

Enquanto os brancos representavam 43,8% da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), os pretos eram 10,2% e os pardos, 45%. Mas os percentuais de pretos e pardos são mais altos entre os desocupados: 12% e 52%, respectivamente. Já os brancos eram 35,2% dos desocupados em 2021.

“Esse indicador já mostra uma desvantagem dessas populações na inserção no mercado de trabalho. As proporções das populações preta ou parda entre os desocupados e subutilizados são maiores do que elas representam na força de trabalho”, destaca Hallak.

Informalidade e rendimento

A informalidade também atinge mais pretos e pardos do que brancos. Em 2021, a taxa entre a população ocupada ficou em 40,1%, sendo 32,7% para os brancos, 43,4% para os pretos e 47% para os pardos.

Já o rendimento médio dos trabalhadores brancos (R$ 3.099) superava o de pretos (R$ 1.764) e pardos (R$ 1.814) em 2021.

Por hora, no ano passado, o rendimento médio dos ocupados brancos era de R$ 19. Já para os pretos era de R$ 10,9, e para os pardos, de R$ 11,3.

O estudo aponta que os rendimentos são maiores entre aqueles que têm maiores níveis de instrução, mas as diferenças por cor ou raça permanecem nesse recorte. As pessoas brancas com ensino superior completo ou mais ganharam em média 50% a mais do que as pretas e cerca de 40% a mais do que as pardas.

Levando em conta o rendimento de todas as fontes, incluindo trabalho, aposentadoria e pensão, o rendimento médio domiciliar per capita da população branca, de R$ 1.866, era quase o dobro do verificado entre a população preta (R$ 964) e parda (R$ 945), diferença que se mantém desde o início da série histórica, em 2012, aponta o IBGE.

Os rendimentos foram os mais baixos da série, com maior queda entre os pretos (-8,9%) e pardos (-8,6%). Entre os brancos, a redução de rendimento frente ao ano anterior foi de 6%.

Além disso, mais da metade (53,8%) dos trabalhadores do país em 2021 eram pretos ou pardos, mas esses grupos, somados, ocupavam apenas 29,5% dos cargos gerenciais, enquanto os brancos ocupavam 69% deles.

Na classe de rendimento mais elevada, somente 14,6% dos ocupados nesses cargos eram pretos ou pardos, enquanto entre os brancos essa proporção era de 84,4%.

Após viralizar nas redes sociais, um vídeo em que um técnico de enfermagem aparece realizando uma cirurgia de amputação, no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (Hats), em Jacobina, o ex-diretor da unidade se pronunciou afirmando que este não foi um caso isolado.

Conhecido como Tuca, o ex-gestor e médico Manoel Inácio Paz Júnior, revelou que o técnico realizava cirurgias com frequência no Hats. Ao descobrir a irregularidade, ele proibiu o funcionário de realizar procedimentos cirúrgicos, afastou o médico por uso excessivo de medicamentos - que o impediam de trabalhar - e denunciou o caso ao prefeito de Jacobina, Tiago Dias (PCdoB).

Mesmo após saber o que estava ocorrendo na unidade, o prefeito, de acordo com Tuca, o surpreendeu com a resposta: "Se o técnico consegue fazer a cirurgia às vezes é até melhor que o próprio médico", contou o ex-diretor em entrevista à Rádio Clube FM, do município, ontem (09). Ainda assim, os afastamentos foram levados a diante.

No entanto, após seu pedido de demissão, feito juntamente com sua filha, a médica Dra. Manuela, que aconteceram em solidariedade aos colegas que foram mandados embora em uma demissão em massa, os procedimentos irregulares voltaram a acontecer. “É um fato que eu já tinha conhecimento, de que técnico faria cirurgia no hospital. Quando eu fui diretor, fatos graves ocorreram, casos de polícia. Um caso era este", afirmou Tuca.

Ao CORREIO, a prefeitura afirmou lamentar as declarações do ex-diretor e apontou ter dúvidas quanto a sua motivação de ir a público.“Ele não pediu para sair da direção, ele foi substituído. Não pela gestão, mas sim pela nova instituição que assumiu a gestão do Hospital. [...] Também nos causa dúvidas se são falas de um profissional que não agiu como manda o rigor ético profissional na posição de diretor [...] ao registrar as supostas faltas e falhas de conduta de profissionais que ele alega, ou se são afirmações motivadas por sua saída da direção do hospital”, diz a nota.

O Instituto Vida Forte, é a empresa que administra a unidade há menos de um mês. A contratação se deu de maneira emergencial, para substituir a Fundação José Silveira, antiga administradora. Neste período, houve uma série de demissões por parte da nova empresa, que afetaram desde técnicos de enfermagem até o setor de limpeza.

Família comenta caso
Na terça-feira (08), dia em que o vidro foi divulgado, o prefeito de Jacobina publicou em suas redes sociais, dois áudios descritos como um "pronunciamento dos familiares do paciente". Na gravação, um homem, chamado João Paulo, se apresenta como irmão da vítima e afirma que o rapaz já chegou no hospital com a perna amputada, devido a gravidade do acidente de moto que havia sofrido.

Já no segundo áudio - de 2,5 minutos - sem se identificar, uma mulher se apresenta como irmã do paciente e, assim como João Paulo, diz que ele chegou sem a perna, que o médico passou mal no momento da cirurgia e o técnico de enfermagem “fez apenas finalizar a perna do meu irmão”, descreve a gravação.

Em nota, o Instituto Vida Forte que está apurando o fato por meio de sindicancia e que “Todas as medidas de apuração já foram imediatamente iniciadas. Nosso compromisso é com o bem-estar e saúde do paciente e, por isso, toda e qualquer medida necessária será tomada”, diz o texto.

Relembre o caso
Imagens gravadas no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (HATS) denunciam a realização irregular de uma cirurgia. No vídeo, o procedimento de amputação de uma perna aparece sendo feito por um técnico de enfermagem, e não pelo médico.

Enquanto o cirurgião apenas observa o colega de trabalho, com uma mão na cintura e a outra no bolso, ambas sem luva, o técnico de enfermagem sutura a perna do paciente já amputada.

Na tentativa de ajudar o colega, outros profissionais também aparecem ao redor do técnico, na gravação feita no último sábado (5), e divulgada nesta terça (8), pelo Jornal da Clube, da Rádio Clube FM de Jacobina.

Em nota, a prefeitura da cidade informou que a Secretária Municipal de Saúde abriu um processo administrativo para apurar o caso. Para isso, o Instituto Vida Forte - responsável pela administração do hospital - foi acionado para prestar esclarecimentos preliminares sobre o ocorrido.

“Caso sejam comprovadas irregularidades ou desconformidades do ponto de vista das diretrizes médicas hospitalares, todas as medidas administrativas e jurídicas cabíveis serão prontamente adotadas", garante o texto, que também afirma ter solicitado a íntegra do vídeo que denuncia a ação.

O corpo da cantora baiana Gal Costa está sendo velado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta sexta-feira (11). A cerimônia, que é aberta para visitação pública foi aberta às 9h e segue até às 15h. A viúva Wilma Petrillo,72, e o filho da cantora, Gabriel,17, estão no local, acompanhados por outros familiares e amigos.

O sepultamento acontecerá às 16h no Cemitério da Consolação, na capital paulista.

O local está repleto de coroas de flores, enviados por artistas e admiradores da cantora, como o apresentador Silvio Santos, o cantor Djavan e o diretor da TV Globo, Boninho.

Já passaram pelo local a futura primeira-dama Janja e o apresentador da Globo Serginho Groisman.

A área reservada aos fãs mantém certa distância em relação ao corpo cantora, mas não impede as últimas homenagens. Alguns chegam ao local com discos nas mãos.

Um dos fãs presentes no velório é o baiano de Ubatã, que vive em Santo André (SP), Antônio da Paz.

“Eu vim fazer essa homenagem para ela porque uma cantora como ela a gente não pode esquecer. Transmite alegria, paz para nós. No Brasil, ela é o imenso”, disse, emendando trecho da canção “Festa do interior”. Antônio, chegou à Alesp às 6h.

Gal Costa morreu na última quarta-feira (9), aos 77 anos. A causa da morte ainda não foi confirmada.

O presidente eleito Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (10) que o vice eleito Geraldo Alckmin (PSB) não será ministro do futuro governo.

Ex-governador de São Paulo, Alckmin é o coordenador da equipe de transição.

"Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro porque é o vice-presidente", declarou Lula nesta quinta.

Lula deu a declaração em reunião com aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona a transição. Alckmin estava entre os presentes.

Durante o discurso, Lula chorou ao dizer que mantém o compromisso com o combate à fome no país e disse que os "perdedores" da disputa eleitoral vão ter o direito de "escrever" a história do país em conjunto com o novo governo.

"A gente costuma dizer que quem conta a história de uma nação são os vencedores, os perdedores não têm o direito de escrever. Nesse caso eu queria dizer pra vocês: os perdedores vão ter o direito de escrever e vão ter o direito de participar desse processo de transição e desta governança", afirmou o presidente eleito.

"Se quando eu terminar este mandato, cada brasileiro estiver tomando café, estiver almoçando e estiver jantando, outra vez eu terei cumprido a missão da vida", acrescentou.

Entre os integrantes da equipe de transição estão a senadora Simone Tebet, os economistas Pérsio Arida e André Lara Resende, e os ex-ministros Alexandre Padilha, Humberto Costa, Aloizio Mercadante e Nelson Barbosa.

Novo comunicado do Ministério da Defesa nesta quinta-feira (9) diz que embora o trabalho da equipe de militares na fiscalização do sistema eletrônico não tenha encontrado existência de fraude, a pasta "não exclui a possibilidade" de inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.

O Ministério solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral, com urgência, uma investigação técnica sobre o caso. De acordo com a nota, o novo comunicado foi feito com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o Ministério da Defesa, o relatório indicou "importantes aspectos que demandam esclarecimentos". Entre eles:

"Houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte;
Os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação
Houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação".
Por isso, de acordo com a publicação, "não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento".

A investigação técnica acontecerá sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e com uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas. Será criada uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

O comunicado anterior dizia que não foi identificada a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022 e apontava para necessidades de melhorias e espaço para falhas.

O ator Roberto Guilherme, conhecido nacionalmente por viver o Sargento Pincel no seriado 'Os Trapalhões', morreu aos 84 anos nesta quinta-feira (10). Segundo o g1, o artista estava internado em uma clínica no Rio de Janeiro. Ele lutava contra um câncer há alguns anos.

Roberto chegou a se tornar paraquedista do Exército na vida real. Ele conciliou a carreira militar com a paixão pelo futebol. Talentoso, ele disputou partidas pela Seleção Brasileira Militar de Futebol ao lado de Pelé.

Ele se tornou ator por acaso após substituir um colega em uma peça de teatro. Em 63 ele foi para a TV Excelsior, onde conheceu Renato Aragão. Em 65, já ao lado de Dedé Santana, fez do elenco fixo de 'Adoráveis Trapalhões'.

O Sargento Pincel surgiu pela primeira vez na TV Record, no programa 'Quartel Do Barulho', em 66. Já os Trapalhões só apareceram em 75.

As famílias inscritas no Cadastro Único têm até esta sexta-feira (11) para atualizar os dados do Cadastro Único (CadÚnico), data em que se encerra o prazo de revisão de dados. O prazo foi prorrogado devido às grandes filas que têm sido formadas em Centros de Referência em Assistência Socual (Cras) de todo o país.

Segundo o Ministério da Cidadania, neste ano, apenas as famílias com cadastros revisados pela última vez em 2016 ou 2017 foram convocadas para atualizar as informações junto aos municípios.

O processo de revisão cadastral foi escalonado devido dos impactos causados pela pandemia de covid-19. Com isso, as famílias que atualizaram dados pela última vez em 2018 ou 2019 serão convocadas nos próximos anos.

“As famílias inscritas no Cadastro Único devem atualizar os dados a cada dois anos ou sempre que houver alguma alteração. Quem for convocado para averiguação e revisão de dados deve comparecer a um Centro de Referência de Assistência Social ou a um posto de atendimento do Cadastro Único do município”, informou o ministério em nota.

Segundo a pasta, a atualização cadastral é “fundamental para assegurar a qualidade dos dados e garantir que as informações registradas na base do Cadastro Único estejam sempre de acordo com a realidade das famílias”.

A atualização do cadastro é obrigatória para a continuidade do recebimento de benefícios pagos via programas sociais como o Auxílio Brasil, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) e a ID Jovem.

Cantor, compositor, ator e apresentador, Rolando Boldrin morreu nesta quarta-feira (9) aos 85 anos. A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do artista, que não revelou a causa. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein havia 2 meses.

Segundo a TV Cultura, onde ele apresentava o programa Sr. Brasil, o velório será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

"Ele tirou o Brasil da Gaveta' e fez coro com os artistas mais representativos de todas as regiões do país. Em seu programa, o cenário privilegiava os artesãos brasileiros e era circundado por imagens dos artistas que fizeram a nossa história, escrita, falada e cantada, e que já viajaram, muitos deles 'fora do combinado', conforme costumava dizer Rolando", diz nota da TV Cultura.

Rolando também foi ator, participando de mais de 30 novelas, como “O Direito de Nascer”; “As Pupilas do Senhor Reitor”; “Os Deuses Estão Mortos”; “Quero Viver”; “Mulheres de Areia”; “Os Inocentes”; “A Viagem”; “O Profeta”; “Roda de Fogo”; “Cara a Cara”; “Cavalo Amarelo” e “Os Imigrantes”.

Na televisão, ainda apresentou os programas “Som Brasil” na Rede Globo, “Empório Brasileiro” na TV Bandeirantes e “Empório Brasil” no SBT. Na TV Cultura, esteve à frente do “Sr. Brasil” desde 2005.