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Ícaro Silva chama BBB de medíocre e Tiago Leifert detona ator
O Big Brother Brasil 22 ainda nem começou, mas já está causando “fogo no parquinho”. A briga, motivada por especulações de quem seriam os próximos brothers, está entre os assuntos mais comentados nas redes sociais nesta terça-feira, 21.
Tudo começou quando o ator Ícaro Silva, cujo nome estava circulando na web como um dos possíveis participantes do reality, afirmou que não existe a mínima chance dele aceitar participar do programa, chamando-o de "medíocre".
"Gente, respeita a minha história, a minha trajetória, meu ódio por entretenimento medíocre e minha repulsa por dividir banheiro. Parem de acreditar nessa história absurda de que eu cogitaria ir para o Big Boster Brasil", escreveu ele no Twitter.
O ex-apresentador do programa, Tiago Leifert, não gostou nada do comentário, e pelo Instagram, rebateu Ícaro. Em alusão ao pedido do ator sobre respeitar a sua história, Leifert também pediu para que ele respeitasse a história do BBB e disse que os rendimentos financeiros do BBB pagaram o salário do artista, já que Ícaro também trabalha na Globo.
"Meu sossego foi interrompido por um tweet do ator @icaro. Oi, Ícaro, sou o ex-apresentador do BBB. Não vou tentar mudar sua opinião: você tem total direito de achar qualquer produto 'medíocre'. Assim como eu, por exemplo, posso dizer o que eu penso de você: você é um excelente ator. Contudo, sua opinião sobre realities não é uma crítica construtiva e, sim, apenas uma agressão gratuita a quem nunca te fez mal (aliás, não só não te fizemos mal como provavelmente pagamos o seu salário nessa última aê!)", começou Tiago.
"Achar que o que você faz é superior não é baseado em fatos, é arrogância mesmo. Nenhuma métrica é capaz de dar embasamento ao que você escreveu: nem audiência, faturamento, repercussão, relevância, etc. Só seu gosto pessoal está do seu lado nessa, mas ele deixa de ser pessoal quando você o escreve na rede social. Mesmo apagando depois. Eu também pretendo apagar esse post aqui", continuou.
"Respeita nossa história, nossas equipes e o entretenimento que a gente proporciona. Se você realmente acredita no que você escreveu, você deveria ser adulto e nunca mais aceitar trabalho de nenhuma empresa que promova o entretenimento que você acha ruim. Que tal? Qual seu plano pra 2022? Alguma novela? Talvez seja hora de repensar, não se misturar com produtos inferiores a você. Vai firme e feliz ano novo", finalizou o apresentador.
Quem também defendeu o reality foi a ex-BBB e cantora Flayslane, a Flay. Em um comentário no perfil do Instagram Rainha Matos, ela se revoltou com a fala de Ícaro. "Não pensa em participar, ok. Até aí, tudo bem, mas o rapaz se acha tão superior ao programa a ponto de desmerecê-lo desse jeito? Chamar de bosta? Será que gosta quando alguém acha e chama o trabalho dele de bosta? A troco de que, né, eu penso. Esse programa é líder de audiência, é o sustento de tantas famílias, segue crescendo e sendo o maior do país há tempos, além de mudar a vida de quem passa por lá de forma tão honesta quanto o seu trabalho (suponho), não sei. Desce daí, papi, tenha respeito pela galera, você é artista, sabe o quanto o meio do entretenimento/arte/mídia tem altos e baixos. Humildade e pé no chão, filho, faz bem pra todo mundo", declarou ela.
Flay ainda citou o trabalho de Ícaro em Verdades Secretas 2, onde ele interpreta Joseph. "Arrogante, prepotente, desrespeitoso, até gostava do seu papel, mas agora acho uma bosta. Quem quer respeito, respeita", completou ela, que foi apoiada pelos internautas.
Repercussão
Pelo Twitter, os internautas relembraram um post de Ícaro de uma foto nua em celebração à vitória de Thelma no BBB 20. "Quando foi pra ganhar engajamento o BBB serviu né?", alfinetou um repostando uma matéria sobre sua torcida pela médica.
No entanto, Ícaro se mostrou surpreso com a repercussão da postagem. "Gente, eu estou muito excitado que minha primeira interação em massa no Twitter seja na base do ódio. O esgoto está transbordando. A parte mais legal é que agora vocês sabem que eu não estou topando passar uma parte da minha vida dividindo quarto com luz de necrotério."
Ele ainda citou o cancelamento de Karol Conká como mais um motivo para não aceitar qualquer convite para estar no programa. "A parte mais agressiva do mundo midiático é a misoginia. Combinada com racismo e então... Olha o que a Karol viveu esse ano", avaliou.
Ícaro Silva não comentou publicamente as falas de Tiago ou Flayslane.
Brasileiro deve economizar mais neste Natal; confira dicas
Época de confraternizar e celebrar com os amigos e a família, o fim de ano é também um momento de sair às compras para grande parte dos brasileiros. No entanto, se as festas do período são conhecidas pela fartura, a situação econômica atual do país pode acabar limitando o orçamento da população, especialmente no Natal.
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o percentual de famílias brasileiras com dívidas (em atraso ou não) alcançou 74,6% em outubro deste ano. O número foi o maior já registrado pelo estudo, que começou em janeiro de 2010. Antes de julho deste ano, a parcela nunca havia chegado a mais de 70%. A maioria das dívidas (84,9%) envolve cartão de crédito.
A situação é confirmada pelo levantamento do Reclame Aqui, realizado no início do mês, sobre as compras de Natal deste ano. Às vésperas da festa, 74,9% das pessoas disseram que não vão presentear pessoas queridas, conforme a pesquisa. O principal motivo é a falta de dinheiro para comprar presentes, apontada por 32,8% dos que não vão comprar. As demais justificativas são a falta de vontade de presentear (23,6%), a sensação de que tudo está caro (18,2%) e o fato de estar endividado (16,4%).
A técnica em Segurança do Trabalho Amanda Fernandes, de 27 anos, é uma das pessoas que pretendem economizar. Ela diz que os preços estão "altíssimos'' e que o custo de vida está incompatível com o salário que recebe.
“Vou economizar para evitar dívidas porque está difícil guardar dinheiro. O investimento no momento é em algo que nos dê mais dinheiro”, ressalta ela, que pretende economizar também durante a comemoração do Réveillon.
Para Amanda, no entanto, diminuir os gastos não significa deixar de agradar os mais chegados. A alternativa é investir nas famosas “lembrancinhas”, itens mais baratos, mas que demonstram o afeto da mesma maneira.
“Vou evitar comprar presentes caros e dar lembrancinhas para a família, para não passar em branco. Apesar de o dinheiro estar difícil, devemos valorizar nossa família principalmente nesses tempos de perdas devido à covid-19. Se não pode dar um kit de perfume, podemos dar uma barra de chocolate, um cartão de Natal, uma lembrancinha de R$ 1,99. O que vale é o carinho”, diz.
Segundo o professor, mentor e consultor empresarial na área de bolsa de valores Lucas Rios Freire, a renda familiar está diretamente ligada ao crescimento do país, revelado pelo Produto Interno Bruto (PIB). “Se o país cresce pouco ou se há, por outro lado, uma contração econômica, há uma direta tendência de empobrecimento das famílias, ligadas ao desemprego e à perda de renda familiar”, explica.
A pandemia e suas consequências, como o desemprego e o enfraquecimento do comércio, da indústria e da economia, são apontadas por Lucas como as causas do endividamento familiar visto nas pesquisas. Porém, ele também chama a atenção para outro fator: a falta de perícia em educação financeira.
“Conviver com dívidas sempre foi um desafio da família brasileira. Sim, porque na escola primária, a criança não é instruída em como organizar o orçamento familiar. A dívida não é um privilégio das famílias menos favorecidas economicamente, mas de toda a sociedade de modo geral e, principalmente, do próprio Estado Brasileiro”, explica.
“Não se deve esquecer que a fatura sempre chegará para ser adimplida. Compre somente o essencial. Não se iluda com descontos irrisórios e parcelas que irão se atrelar ao orçamento doméstico por 10, 12 meses. O espírito natalino não deve ser associado a um cenário de compras demasiadas e desnecessárias. Lembre-se sempre de realizar um planejamento doméstico financeiro de sorte para não fugir do orçamento realizado”, aconselha ele.
“Por fim, seria de bom-tom que as famílias tenham uma reserva financeira, em conta poupança, que cubra de seis a 12 meses de gastos rotineiros. Isto irá fazer com que a sombra do endividamento não persiga aquele núcleo familiar”, completa.
Ceia mais barata
Não dá para falar em festas de fim de ano sem citar as famosas ceias. Seja no Natal ou no Ano Novo, o brasileiro gosta de comemorar o momento com um cardápio repleto de delícias tradicionais da época. O grande empecilho deste ano é a alta nos preços dos alimentos.
Um levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontou um aumento de 6% no preço da cesta de Natal, que era cerca de R$ 309 em 2020 e, neste ano, passou para uma média de R$ 328. Alguns itens típicos tiveram alta de pelo menos 25%, como o panetone com frutas cristalizadas. Peru, chester, bacalhau, champanhe e bombons também estão mais caros.
Luciano Almeida, CEO da Foodtech Restin, uma plataforma on-line do setor alimentício, ensina como economizar com a comida. “É possível fazer uma ceia caprichada pensando de forma consciente naquilo que estará à mesa. Se o peru está caro, opte pelo frango e capriche nos temperos, recheio e acompanhamentos”, orienta.
A substituição e o planejamento das compras foram as principais táticas encontradas pela autônoma Arielle Moreira, 37, para garantir o cardápio natalino sem gastar muito. “Assim como em 2020, aqui em casa, vou substituir o peru por um frango mais elaborado. Como vou fazer uma pequena reunião familiar, também ficou combinado que cada parente deve levar um prato de comida”, conta ela.
Outras dicas dadas por Luciano é comprar produtos próximos ao vencimento, que costumam ser vendidos até pela metade do preço, não ter medo dos alimentos de “fim de feira” devido à aparência, fazer uma ceia consciente, sem extravagâncias, e congelar as sobras. “Assim, dá para preservar o sabor e usar em novas receitas para o dia seguinte. As frutas da decoração da mesa também podem ser congeladas e, no momento oportuno, transformadas em sucos, que vão super bem no calor”, ensina.
“Use o que sobrou e capriche no arroz carreteiro, um prato brasileiro da região Sul apreciado por muita gente. Baião de dois também vai super bem com as sobras de carnes. Frango, chester e peito de peru viram coxinhas muito apetitosas para aquele lanche da tarde. As aves também podem dar vida a escondidinhos e panquecas”, finaliza.
INSS irá pagar quase R$ 1,5 bilhão em atrasados; confira
Os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que estão com os benefícios atrasados, mas venceram na Justiça ações de concessão ou revisão em novembro deste ano, vão receber os valores nos próximos dias.
O Conselho da Justiça Federal (CJF) divulgou, nesta segunda-feira (20), a liberação dos limites financeiros aos Tribunais Regionais Federais (TRFs) para o pagamento de Requisições de Pequeno Valor (RPVs). Do total geral, R$ 1.461 bilhão corresponde a matérias previdenciárias e assistenciais, a exemplo de revisões de aposentadorias, auxílios-doença, pensões e outros benefícios, que atingem 79.836 processos, com 103.619 beneficiários.
O Conselho esclarece ainda que cabe aos TRFs, segundo cronogramas próprios, o depósito dos recursos financeiros liberados. Com relação ao dia em que as contas serão efetivamente liberadas para saque, esta informação deverá ser obtida na consulta de RPVs disponível no Portal do Tribunal Regional Federal responsável.
O TRF da 1ª Região, que atende, dentro outras unidades federativas, a Bahia recebe a liberação de R$ 635 milhões para matérias previdenciárias ou assistenciais, referentes a 2.330 processos, com 38.102 beneficiários.
Salvador: Gripário Pau Miúdo atende mais de 500 pacientes após reativação
Pelo menos 579 pessoas buscaram o gripário do Pau Miúdo para serem atendidas desde a reabertura do local na última sexta-feira (17). Os números mostram que houve uma média de quase 200 pacientes por dia. Administrada pela Fundação ABM de Pesquisa e Extensão na Área da Saúde (Fabamed), a unidade tem a capacidade para admitir 300 pacientes por dia com resolutividade eficaz nos atendimentos. O local funciona em regime 24 horas, sete dias na semana, com 10 leitos de observação e 02 de estabilização para o trato de síndromes gripais como H1N1, H3N2, Covid-19 e outros vírus.
A instalação fica em anexo ao Centro de Saúde Maria Conceição, foi a mais procurada pela população de Salvador nos picos da pandemia da Covid-19 com mais de 35 mil atendimentos. Os gripários, com estruturas semelhantes às unidades de saúde temporárias que funcionam no Carnaval, foram montadas exclusivamente para atendimento a pacientes com síndrome gripal.
De acordo com o coordenador do gripário e médico, Elmar Dourado, os gripários têm um papel importante no enfrentamento a síndromes gripais. “O público que é acolhido pelo Sistema Único de Saúde, além de ter acesso ao pronto-atendimentos e as UPAs, que sempre têm grande volume de pessoas, contam também com gripários aumentam a capacidade de atendimento das UPAs e sem falar que as unidades possibilitam a separação das pessoas com viroses, influenza e H1N1 dos casos de Covid-19”, explicou.
Queiroga critica 'pressa' e irá submeter vacinação de crianças a consulta pública
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que submeterá a vacinação de crianças de cinco a 11 anos contra a covid-19 a consulta pública. A imunização dessa faixa etária com doses pediátricas da Pfizer já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não tem data para começar no Brasil.
"Colocaremos em consulta pública esse assunto para que a sociedade tome conhecimento e registre sua opinião. Não é eleição para saber quem quer e quem não quer, é ouvir a sociedade", afirmou Queiroga na chegada ao ministério nesta segunda.
De acordo com Queiroga, a vacinação de crianças - criticada pelo presidente Jair Bolsonaro - precisa ser discutida profundamente e "sem açodamento". "Depois (da consulta pública) as contribuições serão discutidas pela área técnica. Se faz audiência pública onde se discutirá aprofundadamente esse assunto. Depois o Ministério da Saúde fará suas considerações ou recomendações", disse o chefe da Saúde. "Minha preocupação hoje é ampliar a segunda dose e a dose de reforço", acrescentou.
O ministro ainda se irritou ao ser cobrado por jornalistas sobre um prazo para o início da vacinação de crianças. "A pressa é inimiga da perfeição. O principal é a segurança. Você tem filho? Quando você tiver um filho de cinco a 11 anos, você vai entender o porquê eu estou fazendo isso", disse a um repórter. "Cronograma acontece no âmbito do Ministério da Saúde. Eu não abro mão de nenhuma prerrogativa aqui", completou, deixando claro que as análises da pasta e da Anvisa são "distintas".
Camila Queiroz pode voltar à Globo para Verdades Secretas 3
Pouco mais de um mês após deixar a TV Globo de forma polêmica, Camila Queiroz pode retornar à emissora para uma eventual terceira temporada de Verdades Secretas. É o que revela a colunista Patrícia Kogut, que garante que o retorno da artista não é descartado pela Vênus Platinada.
A possibilidade, no entanto, vale apenas para Camila. O empresário da atriz, visto como responsável pela confusão que causou a saída da morena da emissora, tem as portas fechadas na empresa.
Walcyr Carrasco e Amora Mautner já conversam sobre a nova temporada. Vale lembrar que o segundo ano da trama foi o mais assistido no ano na plataforma de streaming Globoplay.
Investimentos do governo em Defesa Civil caem 43% em 2021
O governo de Jair Bolsonaro (PL) reduziu em 43% os recursos para a Defesa Civil. Ao longo de 2021, foram empenhados R$ 918,6 milhões para a área responsável pela preparação do País para eventos climáticos extremos, menos que o montante de R$ 1,63 bilhão destinado no ano passado. Nesta temporada de chuvas, o Brasil ainda não chegou ao ápice da estação, mas as intempéries já provocaram danos. No extremo sul da Bahia e em Minas Gerais, mais de 300 mil pessoas sofreram com as enchentes das últimas semanas.
A falta de investimentos no setor significa que este ano terá o menor gasto da União com a Defesa Civil pelo menos desde 2016, de acordo com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) do governo federal compilados pela reportagem.
A área não foi contemplada pelo duto das emendas RP-9, o chamado "orçamento secreto". Revelado pelo Estadão, o esquema criado por Bolsonaro para garantir apoio político, sem transparência sobre a distribuição do dinheiro, não empenhou recursos para a Defesa Civil. Os investimentos da União na área foram fortalecidos apenas por emendas de bancadas estaduais: o Congresso destinou R$ 30,8 milhões; outros R$ 4,1 milhões chegaram via emendas individuais.
À reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pela área, disse "condenar qualquer tentativa de uso político da tragédia" e afirmou ter destinado pouco mais de R$ 1 bilhão para a área em 2021 - a diferença se deve ao critério adotado pela pasta, que inclui o pagamento dos chamados "restos a pagar" no cálculo - recursos empenhados em anos anteriores e quitados agora.
Emergência
Até o momento, 63 municípios do sul da Bahia já decretaram situação de emergência por causa das chuvas. Ao menos 7,4 mil pessoas estão desabrigadas em decorrência das enchentes na região. Outras 21,5 mil estão desalojadas, o que significa que tiveram de deixar suas casas, mas não precisaram recorrer a abrigos providenciados pelas prefeituras. As chuvas também tinham resultado em 14 mortes até a sexta-feira passada, e deixado ao menos 276 feridos. As cidades mais afetadas são Itamaraju, Jucuruçu, Prado, Itanhaém e Medeiros Neto.
Em Minas, as chuvas deixaram ao menos 2.024 desabrigados e 9.871 desalojados, além de 49 feridos e cinco mortos. O número total de pessoas afetadas era de pouco menos de 16 mil, segundo o mais recente boletim da Defesa Civil mineira, divulgado anteontem. Os municípios mais atingidos são os dos vales do Jequitinhonha, do Mucuri e do Rio Doce.
No Orçamento da União, as ações de Defesa Civil estão agrupadas sob o guarda-chuva do programa orçamentário 2218 - "Gestão de riscos e desastres". Além desta rubrica principal, o levantamento do Estadão considerou outros programas relacionados, como o de código 1027 ("Prevenção e preparação para desastres") e 1029 ("Resposta aos desastres").
A reportagem considerou um conjunto de 15 ações orçamentárias relacionadas ao assunto, mas a mais relevante é a ação de código 22BO ("ações de proteção e Defesa Civil"). Dos pouco mais de R$ 900 milhões já empenhados (isto é, reservados para gastar) pela União para a área da Defesa Civil, a maior parte (R$ 727,3 milhões) foi para a rubrica.
A ação 22BO inclui desde os repasses para os municípios baianos e mineiros atingidos pelas chuvas recentes até a Operação Carro-Pipa (OCP), tocada pelo MDR em parceria com o Comando do Exército. A operação distribui água para a população de regiões rurais afetadas pela estiagem. A Operação Carro-Pipa foi uma das menos impactadas pela queda de investimentos em Defesa Civil: o volume de recursos executado pelo MDR em parceria com o Comando do Exército é de cerca de R$ 485 milhões até o momento em 2021, ante R$ 521 milhões em 2020 - uma redução de cerca de 7%.
Na semana passada, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, que integra a estrutura do Ministério do Desenvolvimento Regional, reconheceu a situação de emergência em vários municípios mineiros e baianos - o que abre caminho para o envio de recursos extras para as cidades. O dinheiro é usado para restabelecer serviços básicos, para desobstruir vias e para comprar mantimentos para os atingidos, por exemplo.
Para os municípios do sul da Bahia e de Minas foram destinados cerca de R$ 14 milhões até o momento, segundo informou o MDR, em nota ao Estadão. Em todo o País, eram 60 municípios com situação de emergência reconhecida pela pasta até quinta-feira passada.
Deficiências
No Brasil, a Defesa Civil está organizada na União, nos Estados e nos municípios. O conjunto dos órgãos que integram esta estrutura é conhecido como Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec). A lei federal que organiza o sistema foi criada em 2012, mas segue sem regulamentação até hoje - um problema que persistiu nos mandatos presidenciais de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Nos últimos anos, o Tribunal de Contas da União (TCU) vem emitindo alertas sobre a falta de critérios objetivos e de planejamento na distribuição de dinheiro para projetos de prevenção de desastres naturais. Em fevereiro de 2020, por exemplo, uma auditoria relatada pelo ministro Augusto Nardes concluiu que a União estava direcionando recursos para áreas menos necessitadas, em detrimento de outras onde as carências eram maiores. A auditoria do TCU encontrou ainda situação precária em muitos órgãos municipais de Defesa Civil - a maioria das cidades não possui um plano municipal de redução de riscos.
Em resposta à reportagem, o MDR afirmou que "episódios extremos provocados pelo clima acontecem em todo o mundo e não há ações que poderiam ter evitado o aumento do nível dos rios e alagamentos das áreas, tal o volume de precipitações registradas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Câmara aprova flexibilização para servidores durante pandemia
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (16) medida que permite aos servidores públicos civis e militares das áreas de saúde e segurança pública contarem com o período de maio de 2020 a dezembro de 2021 para aquisição de direitos relacionados ao tempo de serviço. A matéria segue para o Senado.
Estão incluídos os servidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios das áreas de saúde e segurança. Pelo texto, estão proibidos pagamentos de atrasados devido à contagem do tempo nesse período e especifica que o pagamento retornará em 1º de janeiro de 2022.
O texto altera a legislação que direcionou recursos federais a estados, Distrito Federal e municípios para o enfrentamento da pandemia de covid-19 e restringiu despesas com pessoal da União e demais entes federados nesse período. Entre as restrições está o direito de computar tempo para direitos que já fazem jus, como anuênios, triênios, licenças-prêmio e demais mecanismos, incluindo o pagamento de novos direitos adquiridos no período de decretação da pandemia, entre março e 31 de dezembro.
Para o autor da proposta, Guilherme Derrite (PP-SP), “o projeto apenas corrige uma injustiça com esses profissionais que estiveram na linha de frente durante o tempo mais duro da pandemia”.
Reajuste da passagem de ônibus será em maio; valor preocupa prefeitura
O reajuste da passagem de ônibus em Salvador deve acontecer apenas em maio de 2022, anunciou o prefeito Bruno Reis. O valor, que ainda não foi definido, pode pesar no bolso dos passageiros devido ao acúmulo da inflação do ano.
"Ano passado demos o aumento em maio e nós temos até lá para tomar essa decisão. E eu tenho chamado a atenção, pelo menos eu fui 10 vezes a Brasília tratar de transporte público. Esse é o maior problema de todos os prefeitos atualmente", disse o prefeito, nesta sexta-feira (17).
Ele disse que está tentando um subsídio do governo federal para reduzir o impacto. "Esses contratos têm a regra clara para o reajuste da tarifa. Nenhum prefeito terá condição de dar um reajuste de menos de 10%, com a inflação do período, o combustível aumentou, pneu aumentou, teve aumento do salário dos trabalhadores do transporte público, aumento dos preços dos ônibus. Se esse cálculo conseguir o que está no contrato será um reajuste que irá superar quase 10%. Então o que que nós prefeitos estamos apelando? Que o governo federal possa dar um subsídio", disse.
O prefeito alertou que um aumento significativo da passagem pode gerar protestos, como aconteceu em 2013. "A pandemia veio para destroçar o sistema de transporte público pq reduziu os passageiros e aumentou a receita. Vocês lembram o que ocorreu em 2013? Aquelas manifestações que pararam o Brasil? Estamos na iminência do Brasil parar em 2022".
Bolsa Presença passa a ser permanente e valor do repasse às famílias será maior
O programa Bolsa Presença, que teria vigência até o mês de dezembro deste ano, passa a ser permanente e reconhecido como uma política de Estado. Isto significa que o pagamento do auxílio financeiro para as famílias dos estudantes em condição de vulnerabilidade socioeconômica, previsto para acontecer no ano de 2021, será executado concomitantemente com o calendário letivo a partir de 2022. O governador Rui Costa sancionou uma nova Lei, a de nº 14.396 de 16 de dezembro de 2021, que altera a Lei nº 14.310, de 24 de março de 2021, que prevê a mudança.
Outra novidade é que além dos R$ 150 por família de estudante, regulamente matriculado na rede estadual de ensino, o valor do benefício será ampliado. Será acrescido R$ 50 por aluno da família, a partir do segundo aluno admitido no programa. O Bolsa Presença faz parte do Programa Estado Solidário. Com a iniciativa, só em 2021, a previsão é a de que o programa atenda a 421.308 famílias e alcance 528.213 estudantes.
Os recursos disponibilizados pelo governo do Estado para este ano chegam a R$ 469 milhões. A concessão do benefício está vinculada à assiduidade nas aulas ministradas pela unidade escolar onde o aluno esteja matriculado; à participação obrigatória dos alunos nas avaliações de aprendizagem promovidas pela unidade escolar, visando orientar o acompanhamento pedagógico; e à manutenção dos dados cadastrais atualizados na unidade escolar e de sua família no CadÚnico.
O governador Rui Costa destacou que a iniciativa é estratégica para assegurar a permanência dos alunos na escola. “Este é um benefício fundamental para o fortalecimento da nossa educação quando o país volta a enfrentar um cenário de extrema pobreza. Por isso, fizemos um esforço grande para consolidar o bolsa presença como um benefício permanente para aquelas famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica e social. Por meio dessa iniciativa, o Estado consegue assegurar a permanência dos alunos na sala de aula. Assim, evitamos que estudantes deixem a escola em busca de algum tipo de renda para ajudar a família”.
O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, falou sobre o impacto desta iniciativa. “Esta decisão do governador Rui Costa é mais uma demonstração do zelo que ele tem com os estudantes e com suas famílias. Além de dar este suporte financeiro, neste momento de crise econômica que o país atravessa, transformar o Bolsa Presença em uma Política de Estado e disponibilizar recursos do próprio Tesouro Estado, revela também o cuidado com a aprendizagem, já que um dos critérios para receber o benefício é a permanência dos estudantes nas escolas”, afirmou.