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Bahia com Tudo

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A semana foi de tempo chuvoso e nublado em Salvador e região metropolitana (RMS), por causa das frentes frias do inverno. A previsão é de que o clima se manterá instável durante todo o final de semana.

No sábado (10), as temperaturas ficam entre 21ºC e 27ºC, tanto na capital, quanto na RMS, conforme precisão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em Salvador, o dia será de muitas nuvens com chuvas isoladas e ventos fracos. A umidade máxima chegará a 100%.

Em Lauro de Freitas, município que faz limite com a capital, o dia também será de pancadas de chuvas, com umidade máxima chegando a 90%. Em Camaçari, também na região metropolitana, apesar da instabilidade, o sol deverá aparecer entre nuvens, mas também terá chuvas isoladas.

O clima de Camaçari deverá se repetir na Ilha de Itaparica. As cidades de Itaparica e Vera Cruz também terão sol entre nuvens e pancadas de chuva.

Já no domingo (11), ainda de acordo com previsão do Inmet, o sol deve aparecer por entre nuvens na capital e região.

Salvador terá rajadas de ventos e a umidade máxima cai para 90%. Em Lauro de Freitas e na Ilha de Itaparica, a previsão se mantém, mas Camaçari terá mais chances de chuva.

Mais de 20 toneladas de cabos inativos das empresas de telefonia, internet e TV a cabo foram retirados de postes da rede elétrica, até maio deste ano, pela Coelba. O quantitativo é resultado das ações de ordenamento e fiscalizações de segurança realizadas pela companhia em todo o estado. No mesmo período foram 10.531 postes inspecionados e as notificações de irregularidades enviadas às mais de 70 empresas de telecomunicações que mantêm contrato de locação com a concessionária.

As ações de fiscalização têm como objetivo identificar e retirar fiações inativas, instaladas à revelia da distribuidora e que expõem a população ao risco de acidentes. Estas ações acontecem de forma contínua em toda a Bahia, levando em conta denúncias e vistorias.

“Infelizmente, algumas prestadoras de serviço não realizam de forma contínua a manutenção e retirada dos cabos já não utilizados. O crescimento da fibra ótica aumentou o número de cabos lançados nas estruturas, sem a devida remoção das fiações anteriores. Por isso, a Coelba tem intensificado as fiscalizações, para garantir que as telefônicas cumpram o que determina o contrato celebrado com a distribuidora”, afirma Karin Barbosa, gerente de Processos de Rede da Coelba.

A Coelba compartilha, hoje, aproximadamente um milhão e meio postes com 75 empresas de telecomunicações. No cadastro da Anatel constam cerca de 650 empresas de telecomunicações habilitadas para atuar no estado, o que demonstra o crescente surgimento de pequenas empresas na prestação de serviços de internet, que ainda estão em situação irregular, não autorizadas a utilizar os postes da Coelba. Por isso, a Coelba mantém duas frente de atuação, a primeira na regularização das empresas para que se mantenha o ordenamento de cabos, conforme determina o órgão regulador.

Na segunda frente, a companhia intensificou nos últimos meses a remoção de cabos irregulares e de empresas que não possuem contrato com a distribuidora, para garantir que sejam cumpridas as normas de segurança no compartilhamento de postes.

“A Coelba tem um plano bem estruturado de substituições de postes em todo o Estado, e um dos desafios é garantir a colaboração das empresas de telefonia para que estas atendam as notificações da distribuidora e compareçam na data programada de um serviço. Emitimos notificação prévia para as empresas de telefonia que possuem contrato com a Coelba, para que em conjunto possamos realizar o ordenamento na nova estrutura”, revela Bruno Fernandes, supervisor de projetos da Coelba.

A atuação tardia das empresas de telefonia contribui para o emaranhado de fios, uma vez que a atuação, em diferentes momentos, de empresas distintas, interfere no ordenamento realizado pela distribuidora de energia nas ações de manutenção.

Compartilhamento dos postes é obrigatório
O compartilhamento dos postes com as empresas de telefonia, internet e TV a cabo é determinado pelas Resoluções Conjuntas 001/1999 e 002/2001, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional do Petróleo (ANP), 004/2014 da Aneel e Anatel e 797/2017, da Aneel. De acordo com as Resoluções, as empresas que utilizam os postes precisam estar regularizadas e atender à normas técnicas e comerciais específicas.

Os contratos celebrados entre a Coelba e as empresas usuárias dos postes explicitam detalhadamente todas as obrigações das partes, dentre elas a responsabilidade pela manutenção e fiscalização das redes por parte das respectivas empresas que utilizam os postes. Ou seja, cada empresa é responsável pela fiscalização e manutenção da rede que lhe pertence.

Pela primeira vez neste ano, não houve aumento das taxas de incidência ou de mortalidade por covid-19 em nenhum estado do país. A informação consta na nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada nesta quinta-feira (8), que reafirma tendência de melhora nas taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Sistema Único de Saúde (SUS) pela quarta semana consecutiva. A análise compreende o período de 20 de junho a 3 de julho.

“Ainda não se pode afirmar que essa tendência é sustentada, isto é, que vai ser mantida ao longo das próximas semanas, ou se estamos vivendo um período de flutuações em torno de um patamar alto de transmissão, que se estabeleceu a partir de março em todo o país”, alertam os pesquisadores.

Segundo o boletim, mesmo com redução expressiva no número de casos, as taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) ainda são muito altas em vários estados. Em sua maioria, esses números indicam casos graves de covid-19. Os pesquisadores também afirmam que os padrões observados nos últimos meses evidenciam uma redução da taxa de mortalidade, parâmetro não acompanhado pela taxa de incidência. Esse cenário pode ser resultado do avanço da campanha de vacinação, que atingiu os grupos mais vulneráveis em um primeiro momento.

De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, estes avanços vão configurando novos cenários. No momento atual, o curso da pandemia segue com mudança gradativa do perfil etário de casos internados e óbitos.

“O rejuvenescimento, com expressiva concentração entre a população adulta jovem, traz novos desafios com relação às formas de enfrentamento da pandemia, como os relacionados a garantia da cobertura vacinal no maior estrato populacional do Brasil (30 a 59 anos), e reconhecer situações específicas de vulnerabilidade, requerendo abordagens mais adequadas às novas faixas etárias, e um aprofundamento das discussões sobre a repercussão da pandemia nestes estratos populacionais”, destacou a Fiocruz.

Taxa de ocupação
O boletim demonstra que a maioria dos estados apresentou queda substantiva na taxa de ocupação dos leitos de UTI covid-19, com destaque para as mudanças nos quadros de Tocantins (90% para 71%) e Sergipe (88% para 56%), que migraram da zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário e para fora da zona de alerta, respectivamente.

Em outros 14 estados, as taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 caíram pelo menos cinco pontos percentuais: Acre (37% para 26%), Pará (63% para 55%), Amapá (55% para 50%), Piauí (76% para 69%), Rio Grande do Norte (72% para 57%), Paraíba (59% para 49%), Pernambuco (76% para 63%), Alagoas (77% para 66%), Bahia (75% para 70%), Minas Gerais (75% para 70%), Paraná (94% para 89%), Santa Catarina (92% para 85%), Mato Grosso do Sul (88% para 74%) e Goiás (85% para 74%).

Com queda de quatro pontos percentuais, o Rio de Janeiro saiu da zona de alerta, com a taxa de ocupação caindo de 63% para 59%. No Maranhão, a taxa caiu de 79% para 75% e em São Paulo, de 76% para 72%. O Distrito Federal tem mantido o indicador relativamente estável, um pouco acima de 80%.

O Governo do Estado decidiu prorrogar a restrição de locomoção noturna até o dia 23 de julho, em todo o território baiano. A partir desta sexta-feira (9), a medida passa a valer das 24h às 5h. Além do toque de recolher, decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta sexta-feira (9), autoriza a realização de eventos e atividades com público inferior a 100 pessoas.

A partir de 15 de julho, os eventos com até 200 pessoas poderão ocorrer somente nos municípios integrantes de região de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid permaneça, por cinco dias consecutivos, igual ou inferior a 60%. Os shows e festas, públicas ou privadas, independentemente do número de participantes, continuam proibidos até 23 de julho.

Também em toda a Bahia, os estabelecimentos comerciais que funcionem como restaurantes, bares e congêneres deverão encerrar o atendimento presencial às 23h, permitidos os serviços de entrega em domicílio (delivery) de alimentação até as 24h.

Os eventos desportivos coletivos e amadores estão autorizados, mas sem a presença de público. Já os espaços culturais como cinemas e teatros funcionarão obedecendo a limitação de 50% da capacidade do local.

Os museus, parques de exposições e espaços congêneres também podem funcionar, desde que seja garantido o distanciamento mínimo de 1,5m, sendo vedada a realização de excursões para visitações desses equipamentos.

O decreto mantém os atos religiosos litúrgicos com a ocupação limitada a 50% da capacidade do local. Academias também podem manter o funcionamento, desde que limitem a ocupação a 50% da capacidade.

Transporte
De 9 de julho até 23 de julho, a circulação dos meios de transporte metropolitanos fica suspensa no período das 0h30 às 5h. Também de 9 a 23 de julho, os ferry boats não circulam das 23h às 5h, respeitadas as normas editadas pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).

Aulas
Conforme o decreto, as unidades de ensino públicas e particulares podem manter as atividades de forma semipresencial. Para que isso ocorra, é necessário que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 esteja abaixo de 75%, por cinco dias consecutivos, nas regiões de saúde. A realização das atividades letivas semipresenciais fica condicionada à ocupação máxima de 50% da sala de aula.

Desembarcou no aeroporto de Salvador, no final da tarde desta quinta-feira (08), novo lote com 111.150 mil novas doses com da vacina Pfizer, conforme estava previsto pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

Os imunizantes serão destinados para a primeira aplicação nos municípios baianos. Um novo lote com 61.800 doses da Coronavac está previsto para chegar nesta sexta-feira (9).

De acordo com a Sesab, as doses devem começar a ser enviados para as regionais de saúde, de onde serão encaminhadas para os municípios, nesta sexta-feira, em aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador, após conferência da equipe da Coordenação de Imunização do Estado. Eles serão remetidos, exclusivamente, aos municípios que aplicaram 85% ou mais das doses anteriores.

Com as cargas desta quinta-feira e sexta-feira, a Bahia chegará ao total de 9.333.930 doses de vacinas recebidas, sendo 3.422.000 da Coronavac, 4.698.900 da AstraZeneca/Oxford, 958.230 da Pfizer e 254.800 da Janssen.

A ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunizações, Francieli Fantinato, atribuiu sua saída do cargo à politização da vacinação contra o novo coronavírus, apontando para o presidente Jair Bolsonaro. Desde o início da pandemia, o chefe do Planalto questionou a eficácia dos imunizantes e falou, por exemplo, que não compraria as doses produzidas na China.

"Não dá para colocar em dúvida a vacinação quanto ao meio efetivo para controle da pandemia", disse a ex-coordenadora durante depoimento na CPI da Covid. "Quando os resultados apontam de forma favorável que aquilo pode trazer um resultado para a população, ter uma politização do assunto por meio do líder da nação que traz elementos que muitas vezes colocam em dúvida...", afirmou Francieli, sendo interrompida em seguida.

"Qualquer pessoa que fale contrário à vacinação vai trazer dúvidas à população brasileira, então há necessidade de se ter comunicação única, seja de qualquer cidadão de qualquer escalão "
Após o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), dar voz de prisão ao ex-diretor de Logística da Saúde, Roberto Dias, ontem a ex-servidora se negou a prestar juramento de falar a verdade na comissão no início do depoimento.

A Bahia vai receber mais lotes de vacina contra a covid-19 até essa sexta-feira (9). O primeiro chega nesta quinta-feira (8), com 111.150 doses do imunizante da Pfizer.

A previsão é de que o voo com as doses desembarque em Salvador às 16h50, segundo o secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas.

Para essa sexta, está prevista a chegada de 61.800 doses da Coronavac.

De acordo com a Sesab, os imunizantes da Pfizer/BioNTech serão destinados para a primeira aplicação, enquanto as vacinas Coronavac serão metade para a primeira aplicação e as demais para o complemento do esquema vacinal.

As doses devem começar a ser enviados para as regionais de saúde nessa sexta-feira, de onde serão encaminhadas para os municípios em aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador, após conferência da equipe da Coordenação de Imunização do Estado. Eles serão remetidos, exclusivamente, aos municípios que aplicaram 85% ou mais das doses anteriores. Esta foi uma decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que é uma instância deliberativa da saúde e reúne representantes dos 417 municípios e o Estado.

Com as cargas desta quinta-feira e sexta-feira, a Bahia chegará ao total de 9.333.930 doses de vacinas recebidas, sendo 3.422.000 da Coronavac, 4.698.900 da AstraZeneca/Oxford, 958.230 da Pfizer e 254.800 da Janssen.

O governo do Japão anunciou que Tóquio não receberá torcedores durante os eventos dos Jogos Olímpicos-2020. A decisão, entretanto, não é válida para outras províncias japonesas, que também receberão alguns outros eventos da Olimpíada. Neste caso, cada sede irá decidir se terá espectadores ou não. A decisão ocorre devido ao aumento no número de casos de infectados pela covid-19, especialmente pela nova variante Delta (indiana). A reunião teve a presença de membros do COI e do Comitê Organizador dos Jogos.

O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira por Tamayo Marukawa, ministra responsável pela organização do evento. A medida ocorre horas após a decisão do governo japonês de adotar o estado de emergência na capital do país durante toda a competição.

A Olimpíada ocorrerá de 23 de julho a 8 de agosto, e o estado de emergência estará em vigor até o dia 22 do próximo mês. Os japoneses estão preocupados com o avanço da doença e lentidão da vacinação no país. Atletas brasileiros já chegaram ao Japão.

Nos últimos dias, a cidade de Tóquio registrou um aumento do número de infectados pelo novo coronavírus, o que levou o primeiro-ministro, Yoshihide Suga, a tomar a decisão pelo estado de emergência. Porém, segundo ele, as medidas poderão ser revistas e, eventualmente flexibilizadas caso o sistema de saúde japonês apresente melhorias e caso a vacinação em massa da população japonesa apresente resultados promissores. Entretanto, para evitar que novos casos surjam, foi tomada a decisão de vetar a presença de público nas arenas. Apenas delegações e pessoal credenciado está autorizado.

A abertura da Olímpiada-2020 está marcada para o dia 23 deste mês. Porém, já haverão eventos esportivos antes desta data. A seleção brasileira feminina, por exemplo, entra em campo dia 21 diante da China, em duelo válido pelo Grupo F do futebol feminino. A modalidade de beisebol também terá partidas realizadas antes da tradicional cerimônia de abertura.

O governo federal exonerou o diretor do departamento de Imunização do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz. A demissão está publicada na edição desta quinta-feira, 8, do Diário Oficial da União (DOU) e vem um dia após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovar a convocação do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah). Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o reverendo negociou a contratação de 400 milhões de doses da vacina contra da AstraZeneca em nome do governo brasileiro com o aval de Cruz.

Randolfe, que é vice-presidente da CPI da Covid, se baseia em revelação feita pelo Jornal Nacional, da TV Globo, no último sábado. De acordo com a reportagem, o agora ex-servidor da Saúde teria autorizado o presidente da Senah a negociar vacinas com a Davati Medical Supply por valor três vezes mais alto do que o negociado anteriormente pela Pasta com outro laboratório - US$ 17,50 por dose, ante US$ 5,25 em janeiro.

As negociações com a Davati estão sob o escrutínio da CPI após o policial militar da ativa Luiz Paulo Dominghetti, que se diz representante comercial da empresa americana, declarar ter recebido um pedido de propina do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias para o governo fechar a compra de vacinas. Dias foi preso ontem após ser acusado de mentir ao colegiado, mas pagou fiança e foi solto horas depois.

Cruz foi nomeado no Ministério da Saúde em 31 de agosto de 2020, na então gestão interina de Eduardo Pazuello. À época, a indicação foi criticada pelo fato de o agora ex-diretor de imunização ser veterinário. Ele é mestre em saúde animal pela Universidade de Brasília (UNB).

A demissão de Cruz vem na esteira de outras exonerações que ocorrem desde que supostos esquemas de corrupção na compra de vacinas contra a covid-19 passaram a ser investigados pela CPI. Além de Cruz e Dias, a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Francieli Fantinato pediu demissão após ter seu sigilo telefônico e telemático quebrado pelos senadores. As baixas vêm enquanto o País ainda atravessa dificuldades na vacinação contra a covid-19 e mantém níveis altos de contaminação e mortes pelo coronavírus.

Foi o "tribunal do tráfico" que raptou, julgou e condenou à morte Bruno Barros e Yan Barros, tio e sobrinho, no último dia 26 de abril. A conclusão foi tomada pelos investigadores da Polícia Civil, que encerraram o inquérito do caso nesta quarta-feira.

Ao total, 23 pessoas foram indiciadas pelo crime. 10 foram presas, incluindo 4 funcionários do mercado, e outras 13 estão foragidas. 17 dos indiciados são suspeitos de terem ligação com o tráfico na região do Nordeste de Amaralina, onde fica o Atakarejo, local de onde as vítimas furtaram pedaços de carne para consumo próprio.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (7), a diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro, e a presidente do inquérito, a delegada Zaira Pimentel, afirmaram que a grande dúvida é quem teria acionado os traficantes.

"A única coisa que temos claro é que a polícia não foi acionada para atender a denúncia de furto. Alguém teria entrado em contato com os traficantes, ainda não sabemos quem", afirmam as investigadoras.

Após serem contactados, os traficantes teriam ido até o local para buscar Bruno e Yan, que foram levados até o Nordeste de Amaralina, onde foram executados. "Realizar assaltos e furtos na região sob o controle do tráfico não é algo tolerado pelas facções", apontam as investigadoras.

Os suspeitos do crime estão, agora, à disposição da Justiça. Eles devem responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e omissão de socorro qualificada.

Responsabilização do Atakarejo
Quatro funcionários do mercado estão presos e outro está foragido há um mês. Eles são suspeitos de omissão e complacência no caso.

Durante as investigações, foi descoberto um novo caso envolvendo a morte de um adolescente que também teria sido morto após furtar produtos do Atakarejo. As investigações sobre esse caso ainda não foram concluídas.

No entanto, a polícia não avançou para saber se a execução de acusados de furto era uma prática recorrente na rede de mercados. "Não há mais dados concretos para avançarmos neste sentido", aponta a delegada.

Apesar da não responsabilização criminal, o mercado pode ser alvo na esfera cívil por parte de ações movidas por familiares das vítimas.